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quinta-feira, 31 de maio de 2018

Greve de caminhoneiros deixa rastro de prejuízos bilionários em todo o País

Com protestos no fim, crise de desabastecimento começa a ser revertida, mas efeitos na economia ainda vão perdurar por muito tempo; perdas com a greve superam R$ 75 bi



Apesar de alguns pontos de manifestação ainda espalhados pelo País, a paralisação dos caminhoneiros dá claros sinais de que chegou ao fim. Em todos os Estados, a vida começa a voltar ao ritmo normal. O quadro de desabastecimento inicia sua reversão: o combustível está chegando aos postos, os alimentos voltam aos supermercados. Os reflexos da crise provocada pelos protestos, porém, ainda devem perdurar por bastante tempo. Nem todos os setores têm um levantamento das perdas. Quem já fez essas contas mostra que o prejuízo será contabilizado na casa dos bilhões. O número dos setores consultados pelo Estado já chega a pelo menos R$ 75 bilhões em perdas.
Mas o impacto na economia será bem maior. Economistas já levam em conta os efeitos da greve nas revisões, para baixo, que vêm fazendo para o desempenho do PIB. O número, que era próximo de 3% no início do ano, agora é de 2%. E há outros efeitos. O governo teme que a paralisação dos motoristas abra caminho para outras greves de forte impacto no País. Os petroleiros já seguiram esse caminho. [atualizando: petroleiros amarelaram e suspenderam o motivo por tempo indeterminado - o 'indeterminado' tem o sentido mais de ano que vem do que próximos dias.].]

Perdas. As projeções preliminares de diversos segmentos da economia após dez dias de greve dos caminhoneiros apontam para perdas de mais de R$ 75 bilhões. Em alguns casos, os prejuízos ainda podem aumentar mesmo após o fim do movimento, pois, dependendo do tipo de atividade, a retomada poderá levar de uma semana a 20 dias.
Também há preocupação sobre como será a volta das atividades. “Não sabemos ainda, por exemplo, como será precificado o aumento do frete”, afirma José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). “Dá arrepios só de pensar.”  O setor calcula que deixou de gerar, até agora, R$ 3,8 bilhões, e precisará de duas a três semanas para retomar totalmente as atividades.

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) estima que as áreas de comércio e serviços deixaram de faturar cerca de R$ 27 bilhões entre os dias 21 e 28.  “São nítidos os transtornos causados pelo desabastecimento generalizado, que pode provocar danos ainda maiores ao País, como aumento do desemprego, falta de gêneros alimentícios, estoques, baixo fluxo de vendas e prejuízo ao desenvolvimento econômico”, diz o presidente da Fecomércio de Minas Gerais, Lúcio Emílio de Faria Júnior.  Os supermercados contabilizam R$ 2,7 bilhões em prejuízos. Para os distribuidores de combustível, as perdas já atingem R$ 11,5 bilhões.

Volta lenta
Com menos bloqueios nas estradas e a volta, lentamente, do abastecimento de combustíveis, algumas empresas estão retomando operações. Das 167 unidades produtoras de aves, ovos e suínos que estavam paradas em todo o País, 46 reiniciaram atividades nesta quarta-feira, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). As empresas do setor acumulam prejuízos de R$ 3 bilhões e perderam 70 milhões de aves, mortas por falta de ração. Com parte do abastecimento retomado, a mortandade deve acabar.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a cadeia produtiva da pecuária de corte deixou de movimentar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões. Os produtores de leite perderam R$ 1 bilhão, parte disso com o descarte de mais de 300 milhões de litros de leite. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) calcula que produtores em geral devem levar de seis meses a um ano para se reestruturarem.

O setor têxtil estima perdas de R$ 1,8 bilhão e, até quarta-feira, ainda tinha cerca de 70% das empresas paradas ou prestes a parar. A previsão da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) é de que serão necessários pelo menos 20 dias para que a situação seja normalizada.  Carros. Na indústria automobilística quase todas as fábricas estão paradas desde sexta-feira. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, diz que “a maioria retomará a produção, de maneira gradual, a partir de segunda-feira”. As unidades da Fiat em Minas Gerais e da Jeep em Pernambuco voltam a operar nesta quinta-feira.

A Anfavea não divulgou prejuízos, mas, com base na produção média de veículos em abril, cerca de 51 mil veículos deixaram de ser fabricados. O resultado deste mês poderá interromper uma sequência de 18 meses de alta na comparação interanual.  Até terça-feira as vendas do setor tinham caído 11% em relação a abril (para 192,8 mil unidades), mas ainda devem superar o volume de maio de 2017, de 195,6 mil unidades.
A indústria química soma R$ 2,5 bilhões em perda de faturamento e calcula em dez dias o período para retomada de atividades. 

Economia - O Estado de S. Paulo 

Breve balanço da greve dos caminhoneiros

No campo político, para o governo a tragédia é completa. 

Devemos colocar as consequências da greve dos caminhoneiros, iniciada no dia 21 de maio em todo o país, em três categorias: políticas, econômicas e eleitorais.  No campo político, para o governo a tragédia é completa. Revelou hesitação, demora, falta de coordenação e, sobretudo, falta de preparo para lidar com situações extremas. Desde que soube da possibilidade de paralisação nas estradas, ele deveria ter elaborado um plano de contingência prevendo todos os cenários possíveis e apontando as reações cabíveis a cada situação. 

Por exemplo, o governo poderia ter mobilizado aviões de grande porte para abastecer aeroportos. A Latam fez isso em Brasília.  Também poderia ter usado os aviões Hércules da FAB para levar combustível a aeroportos de menor porte para minimizaria a situação.  Caminhões de combustível deveriam ter sido escoltados desde o primeiro dia da greve e postos de gasolina poderiam ter sido ocupados por policiais para impedir tumulto. Enfim, houve amadorismo e indecisão por parte do Planalto em um momento crítico para um governo impopular que não sabe comunicar as coisas boas que faz e menos ainda as coisas ruins. Mais uma vez, os órgãos de inteligência não funcionaram direito. [além das medidas apontadas, todas excelentes e eficientes - tanto no objetivo de reduzir os efeitos nefastos da greve-locaute  quanto na dissuasão dos caminhoneiros ao ver que a ação deles poderia ser minimizada com a eficiente atuação das forças de segurança - o governo deveria ter adotado de imediato:
- ocupação por forças federais, fuzileiros navais e Exército, do Porto de Santos de modo a manter livre o fluxo de caminhões - medida de grande impacto junto aos caminhoneiros, que sentiriam a disposição do governo em neutralizar o movimento paredista;
- liberação imediata do  'rodoanel' e com isso neutralizando parte do travamento na capital paulista.
Mas, o governo ficou vacilando, com medo de usar a força que tinha e com isso transmitiu a impressão de que Temer não estava tendo o apoio necessário ma sufocação do movimento dos caminhoneiros e empresas transportadoras.
Para se ter uma ideia da 'lerdeza' do governo, só hoje, passados mais de dez dias do inicio da greve, é que o governo adota medidas ainda tímidas para liberar o porto santista.]

Tão e justificadamente atuante por conta dos desvairios da política nacional, por onde andou o Ministério Público na greve dos caminhoneiros?  Onde está a defesa do interesse da cidadania que se prejudica com a falta de comsbutível e de gás de cozinha? O que aconteceu com as vozes fortes que atacam o mundo político com razão e algum exagero ativista? Não interessa aos defensores da sociedade atuar contra empresários que praticam lockout ? O que aconteceu? Por outro lado, vale destacar a pronta atitude da AGU e do TST em declarar a ilegalidade da greve dos petroleiros. 

As repercussões econômicas são dramáticas. Nos Estados Unidos existe um cálculo que considera a seguinte fórmula: para cada dia de furacão são necessários no mínimo cinco para tudo voltar ao normal. Como a paralisação dos caminhoneiros já dura nove dias, precisaremos de 45 para que as coisas se normalizem? Talvez um pouco menos? Os prejuízos são imensos para inúmeros setores. A normalização pode até vir em 45 dias, já os prejuízos se revelarão no balanço das empresas e na queda de arrecadação de tributos.

Eleitoralmente, o grande vencedor é o pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL), que surfou na crise com esperteza. Primeiro, apoiou os caminhoneiros e, com isso, teve seu desempenho turbinado nas redes sociais. Mais adiante, recuou e disse que a greve deveria acabar. Enfim, falou o que parte substancial do eleitorado queria ouvir em momentos distintos. 

Os grevistas estão se dispersando, mas a crise decorrente de seus protestos pode não estar no fim. Os petroleiros, por exemplo, ameaçam com uma paralisação de 72 horas esta semana que pode agravar o quadro nacional e jogar o país em mais confusão. [felizmente, os petroleiros amarelaram e suspenderam a greve política e dificilmente tentarão outra ainda este ano.]

Mesmo levando em conta que a tendência é voltarmos à normalidade de um governo enfraquecido, os riscos ainda são consideráveis.  Pela certeza de que as instituições quando não estão preparadas são sonolentas em reagir.  


Murillo de Aragão,  cientista político Blog do Noblat - Veja


 

Prisão de Lula deu origem à greve de petroleiros [também deu origem ao movimento 'bom dia, presidente' que começou com 100 militontos e agora é 'escarrado' pela Justiça com menos de trinta.]

O acervo de textos e documentos disponíveis no site da Federação Única dos Petroleiros (FUP) revela que a prisão de Lula, em 7 de abril, está na origem da greve de 72 horas deflagrada pela corporação da Petrobras na quarta-feira. Durante a primeira semana de encarceramento de Lula, dirigentes da FUP e de “sindicatos aliados” estiveram em Curitiba. Em 14 de abril, a federação divulgou o documento intitulado “Petroleiros e petroleiras rumo à greve.” Nele, Lula é tratado como “primeiro preso político pós-64.” Os pontos mais relevantes do texto foram destacados em vermelho, na margem esquerda. Num dos tópicos, lê-se: “Reunidos em Curitiba, petroleiros apontaram o caminho da resistência: A GREVE”.

A passagem do sindicalismo petroleiro pela capital paranaense coincidiu com a transferência simbólica da sede do PT para a cidade da Lava Jato, em 9 de abril. Foi nessa época também que o partido e suas ramificações no sindicalismo e nos movimentos sociais instalou o acampamento “Lula Livre” nas imediações da superintendência curitibana da Polícia Federal. Contra esse pano de fundo, os petroleiros decidiram “traçar novas estratégias de luta e garantir a democracia no país.” [o acampamento Lula livre, cuja ação mais inteligente consistia em toda manhã berrar em um megafone 'bom dia presidente' e que foi notificado pela Justiça a desocupar a 'moita' (o que eles lá faziam é comumente feito, quando em áreas rurais ou desabitadas, atrás de uma moita) sob pena de multa diária de R$ 500 mil.]

O documento de 14 de abril explica o que foi acertado em Curitiba: “Seguindo o indicativo do Conselho Deliberativo, serão realizadas assembleias entre os dias 30/04 e 12/05 para aprovar a greve nacional contra as privatizações do Sistema Petrobrás e retiradas de direitos dos trabalhadores próprios e terceirizados, além da defesa da democracia e contra a prisão política de Lula.”

O texto traz declarações do coordenador geral da FUP, José Maria Rangel: “Os golpistas estão acabando com nossa soberania, e fizeram tudo isto com Lula solto. Imagine agora com ele preso, o que serão capazes de fazer com nosso país e com a classe trabalhadora.”

A paralisação de 72 horas foi convocada como uma “advertência”. De acordo com o comunicado divulgado pela FUP na quinta-feira da semana passada, trata-se de “mais uma etapa das mobilizações que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve por tempo indeterminado.” Nesse texto (íntegra aqui), ao enumerar as razões que motivaram a greve, a entidade sindical omitiu a principal: o encarceramento de Lula. Preferiu pegar carona na paralisação dos caminhoneiros, apoiada por 87% dos brasileiros, segundo o Datafolha. [a greve dos petroleiros foi suspensa hoje, pouco mais de 24 horas após a tentativa de iniciar;
o FUP, ligado à CUT - braço sindical do PT - amarelou diante da multa  diária fixada pelo TST e de valor elevado,  do desânimo da categoria em fazer uma greve política e decretou a 'suspensão por tempo indeterminado';

o usual em greves é que a suspensão por tempo indeterminado enseje o retorno da greve a qualquer momento, mas, no caso dos petroleiros, esse indeterminado é indicativo que discussão sobre greve é algo adiado para o próximo ano.]

Eis o que escreveu a FUP no comunicado sobre sua greve de advertência: “Os eixos principais do movimento são a redução dos preços dos combustíveis, a manutenção dos empregos, a retomada da produção das refinarias, o fim das importações de derivados de petróleo, não às privatizações e ao desmonte da Petrobrás e pela demissão de Pedro Parente da presidência da empresa.”

Em 15 de maio, num manifesto sobre a greve nacional que virá depois da paralisação de advertência, a FUP foi mais explícita. Chegou mesmo a ilustrar o texto com uma foto de Lula (veja a imagem acima e leia a íntegra aqui). O documento informa que, nas mesmas assembleias em que aprovaram a ''greve nacional'', os petroleiros endossaram ''um manifesto público em defesa da soberania, pela democracia e contra a prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.''

MATÉRIA COMPLETA, no Blog do Josias de Souza

Flerte com o abismo

Enorme quantidade de pessoas não entende que dinheiro público é o dinheiro delas

Como assim as pessoas apoiam um movimento, o dos caminhoneiros, mesmo sabendo que sofrerão severos transtornos e prejuízos diretos na vida pessoal e financeira? Em outras palavras, agindo contra os próprios interesses – e sabendo disso.  Supõe-se que alguma coisa mais esteja em jogo, além da irracionalidade em decisões (no comportamento de consumidores, por exemplo) há tanto tempo detectada por teorias econômicas de comportamento. Como eventual contribuição a uma explicação, avanço aqui duas possibilidades inteiramente subjetivas e derivadas da minha biografia pessoal como repórter.

Será que as pessoas percebem seus “interesses objetivos e racionais” como analistas percebem ou acham que deveriam perceber? No caso brasileiro dos últimos dias, é patente que não. Em primeiro lugar, salta aos olhos que uma enorme quantidade de pessoas não entenda que dinheiro público é o dinheiro delas, recolhido por meio de impostos e contribuições. Para elas, portanto, se tem alguém gastando mais do que arrecada, esse alguém é “o governo”, essa distante e incompreensível entidade que manda nas nossas vidas sem que a gente entenda muito bem como.

Em segundo lugar, o governo é ocupado por “eles”, políticos e seus nomeados, uma espécie de casta. “Eles” são interessados apenas nos próprios negócios, na própria corrupção e, agora que “nossa” paciência se esgotou e nossa indignação explodiu, precisam ser varridos como lixo. É evidente que “nós” não nos sentimos representados por “eles” – e quando confrontada com o fato de que “eles” estão lá pois foram votados para estarem lá, imensa quantidade de pessoas não gosta do que enxerga no espelho.  Muita gente acha que a revolta que acompanhou as manifestações de caminhoneiros (acompanhadas, em alguns casos, de comportamento criminoso) é uma espécie de mal necessário para que dessa situação crítica renasça um novo País, não importam os danos imediatos causados à economia. É óbvio, na minha percepção, que essa conduta reflete muito mais uma imensa frustração do que um claro sentido de ação, mesmo os caminhoneiros tendo arrancado o que pretendiam (baixar os próprios custos, empurrando a conta para outros).

Não são poucos os que enxergaram, por outro lado, que atender às reivindicações dos caminhoneiros só seria possível tornando ainda mais complicada a solução para contas públicas quebradas. Mas – e aqui deveríamos escrever MAS, em maiúsculas –, foi irresistível para parcela expressiva da população a identificação proporcionada pelo símbolo do trabalhador sacrificado (o caminhoneiro) que levanta o dedo médio em riste contra “eles”, enquanto entrega a Deus o comando na boleia.

Acho perda de tempo decifrar neste momento qual o “recado” que essa revolta está transmitindo para a política – na verdade, a mensagem principal é o ódio e o desprezo em relação à própria política, entendida como um jogo sujo no qual só “eles” ganham, com seu sistema de benefícios próprios, desperdícios, corrupção e a inexplicável administração de preços que leva o combustível que “nós” produzimos a custar bem menos na Bolívia.
Temo ter de dizer que esse flerte com o abismo, registrado nos últimos dias, seja a expressão da desintegração (que não me parece meramente passageira) da capacidade do Estado de impor diretrizes e autoridade. Mas também desse nebuloso estado de espírito segundo o qual a fúria e a frustração que existem na população criam a necessidade de mudança por meio do fracasso social.

William Waack - O Estado de S. Paulo

Grupo de caminhoneiros no Porto de Santos não aceita fim da greve

Polícia Militar e tropas do Exército e da Marinha faziam a segurança do local na manhã desta quinta-feira

Apesar do fim da paralisação em todo o estado de São Paulo, ainda havia caminhoneiros parados no Porto de Santos na manhã desta quinta-feira, 31. Eles resistiam a aceitar o fim da greve e deixar o local. Na noite de quarta-feira, 30, o governador Márcio França esteve no porto para negociar com os grevistas, mas eles não deixaram o local.

A Polícia Militar e tropas do Exército e da Marinha faziam, no início da manhã, a segurança do maior terminal portuário do país. A presença de militares foi reforçada com a chegada de veículos blindados. Não havia bloqueios e a PM tentava demover os caminhoneiros de permanecerem no local. Os acessos ao porto foram liberados na noite de quarta-feira, 30 mas os caminhões com cargas ainda só entram acompanhados por escolta. As forças de segurança escoltam também os veículos que deixam o porto. [o que importa é que caminhões entram e saem do terminal sem problemas;
se os caminhoneiros, após ganhar tudo que reivindicavam na greve-locaute das transportadores e caminhoneiros,  querem continuar agindo como bonecos de ventríloquo que assim procedam.]

Prejuízos
Apesar de alguns pontos de manifestação ainda espalhados pelo país, a paralisação dos caminhoneiros dá claros sinais de que chegou ao fim. Em todos os Estados, a vida começa a voltar ao ritmo normal. O quadro de desabastecimento inicia sua reversão: o combustível está chegando aos postos e os alimentos voltam aos supermercados. Os reflexos da crise provocada pelos protestos, porém, ainda devem perdurar por bastante tempo.

Veja
 

Petroleiros ficam de 'quatro', mas, a multa por ontem - quando desobedeceram a decisão judicial - deve ser cobrada

Petroleiros decidem suspender greve 

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) anunciou hoje (31) a suspensão da greve temporária de 72 horas iniciada no dia 29. Segundo a entidade, a suspensão representa um recuo momentâneo e necessário para a construção de uma greve por tempo indeterminado.  De acordo com a FUP, o recuo foi necessário também por causa de recentes decisões do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que, segundo a entidade, visam, por meio de multas abusivas, “criminalizar e inviabilizar os movimentos sociais e sindicais”. [sindicato é uma coisa que deveria ser extirpada do Brasil - já que a utilidade deles é ZERO;
quando não estão contra o Brasil - caso da FUP e de muitos outros; 
estão contra o POVO - caso em que mais se destaca o 'sindicato dos rodoviários' , especialmente o do DF; 
- ou estão contra os próprios trabalhadores que dizem representar.
Resumo:  são prejudiciais à Nação, ao desenvolvimento e aos trabalhadores.]
A FUP fez críticas à diretoria da Petrobras. Entre as justificativas apresentadas pelo movimento grevista, estão críticas à “escalada descontrolada” de aumentos do gás de cozinha e dos derivados. [os sindicatos sabem perfeitamente que se todas as operações realizadas pela Petrobras envolvendo petróleo, são referencias, ou mesmo realizadas, em dólar, o que torna impossível o uso de qualquer outra moeda - óbvio que o dólar apresenta inconveniente, especialmente que as variações cambiais  influem sobre o preço pago pelo petróleo.
Ser contra as importações de derivados é outra forma de deixar o Brasil refém dos petroleiros - tendo a opção importar derivados o Brasil tem mais espaço para se livras de ser chantageado pelo petroleiros.
Tivesse o Brasil  prestigiado ferrovias e hidrovias não tinha caído de quatro diante da greve-locaute dos caminhoneiros e transportadoras.]   São reivindicadas também a retomada da produção, a plena carga das refinarias e o fim das importações de derivados.

Após a deflagração da greve, o TST considerou a greve abusiva e determinou uma multa diária de R$ 500 mil contra o movimento. Posteriormente, o valor da multa aumentou para R$ 2 milhões. Por meio de nota, a FUP argumentou que, mesmo ciente de que a greve de advertência da categoria não causaria riscos de desabastecimento, o TST tomou a “decisão arbitrária e política de decretar a ilegalidade do movimento, assumindo o golpe e agindo como um tribunal do capital”.  “O TST joga o jogo do capital e não deixaria barato a greve dos petroleiros. As multas diárias de R$ 500 mil saltaram para R$ 2 milhões, acrescidas da criminalização do movimento. O tribunal cobrou da Polícia Federal investigação das entidades sindicais e dos trabalhadores, em caso de desobediência”, diz a nota.
“Essa multa abusiva e extorsiva jamais seria aplicada contra os empresários que submetem o país a locautes para se beneficiarem política e economicamente. Jamais seria imposta aos empresários que entregam patrimônios públicos, aos que destroem empregos e violam direitos dos trabalhadores”, acrescenta a FUP ao orientar que seus sindicatos façam um “recuo momentâneo e necessário para a construção da greve por tempo indeterminado.”

Ainda de acordo com a nota, os petroleiros saem da greve “de cabeça erguida”, por terem “desmascarado” os interesses privados e internacionais que pautam a atual gestão da estatal.

SindipetroNF
O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro) também divulgou nota em que “repudia” a decisão do Tribunal Superior do Trabalho de aumentar a multa diária à categoria, caso os petroleiros decidam pela manutenção da paralisação de 72 horas, prevista para ser encerrada à meia-noite de amanhã.

Nela, o SindipetroNF, sem se posicionar sobre a recomendação da FUP, informa que os departamentos jurídicos do sindicato e também da FUP estão avaliando a nova intimação do TST para, amanhã (1º), comunicar a categoria “qual o entendimento jurídico acerca de mais esse ataque à classe trabalhadora. O sindicato avaliará, também, o quadro nacional para se posicionar diante da nova conjuntura”.

A direção do SindipetroNF aproveita a nota para comunicar aos grevistas das plataformas e do Terminal de Cabiúnas que “a greve por tempo determinado está mantida e segue forte em todo Norte Fluminense. Com 25 plataformas e o terminal no movimento, as orientações permanecem as mesmas”.

 Agência Brasil


Intervenção Militar Constitucional, medida extrema, só justificável se as instituições não funcionarem - felizmente, não é o caso presente



Merval Pereira: Mais democracia é a solução, e não menos

Apesar da desmoralização dos políticos e do governo Temer, Forças Armadas rejeitam assédio das 'vivandeiras'


Vivandeiras estão de volta

As críticas dos petistas e aliados à utilização das Forças Armadas em situações como essa da greve dos caminhoneiros não valem seu valor de face. No episódio do impeachment da então presidente Dilma Roussef houve consultas informais ao Exército sobre a possibilidade de decretação do Estado de Emergência no país, reveladas pelo próprio Comandante do Exército, General Villas Boas.

Assim como naquela ocasião o Exército rejeitou a sugestão, que claramente visava impedir o impeachment através de uma intervenção militar capitaneada por uma presidente petista, hoje também o General Villas Boas foi curto e grosso ao comentar a possibilidade de uma intervenção militar no país, reivindicada por grupelhos da direita. Disse ele:(...) “existem “tresloucados” ou “malucos” civis que, vira e mexe, batem à sua porta (do Exército) cobrando intervenção no caos político. Eu respondo com o artigo 142 da Constituição. Está tudo ali. Ponto”.

O que está ali escrito é que as Forças Armadas são subordinadas ao presidente da República e “(...) destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.” Na visão de Villas Boas, o presidente Temer “talvez por ser professor de Direito Constitucional, demonstra um respeito às instituições de Estado que os governos anteriores não tinham. A ex-presidente Dilma, por exemplo, tinha apreço pelo trabalho das pessoas da instituição, mas é diferente”.

O General Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, disse em uma entrevista que “acha ótimo” ser perguntado sobre possibilidade de intervenção militar.  “(...) Meu farol está muito mais potente do que o retrovisor. (...) (este) é um assunto do século passado. Mas ainda existem algumas pessoas que acham que essa alternativa é possível. Precisamos saber o porquê, para sabermos onde erramos.”  O general Joaquim Silva e Luna, ministro da Defesa, admitiu que se incomoda com os apelos de parte dos caminhoneiros: “Porque podem dar a impressão de que as Forças Armadas estão por trás de uma insuflação, o que não é verdade. Além disso, intervenção militar é inconstitucional. O caminho do acesso ao poder é pelo voto. É o único caminho.”

 Na sua avaliação, “(...)as Forças Armadas estão vacinadas, não pretendem isso, não buscam isso e de maneira nenhuma trabalham para isso. Posso lhe garantir que os oficiais e generais da ativa afastam essa possibilidade, repudiam esse tipo de manifestação. É lógico que as Forças Armadas se sentem lisonjeadas pela credibilidade que essas faixas demonstram, mas têm plena consciência de que esse não é o caminho. O caminho são as eleições que vão acontecer".




A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, abriu a sessão de ontem citando o “grave momento” político e social pelo qual passa o país. Ressaltou que a democracia “é o único caminho legítimo” para buscar as soluções dos problemas. Poderia citar aqui vários outros depoimentos de militares e civis, em entrevistas ou discursos no plenário da Câmara e do Senado, de repúdio à minoria que clama por uma intervenção militar. A crise é séria, a ponto de questões como essa serem debatidas abertamente.


É a volta das "vivandeiras" de que falava o Marechal Castelo Branco antes de aceitar a prorrogação de seu mandato na ditadura militar de 64, referindo-se aos políticos que procuravam militares para incentivar uma intervenção. Os apelos vêm dos dois lados. À direita, os que querem de volta uma ditadura militar, na pressuposição de que os militares são a salvação nacional, o que já sabemos, e pelo visto eles também sabem, que não são.

À esquerda, querem tumulto político, até mesmo com a intervenção militar, na crença nada ingênua de que uma crise política que levasse à renúncia de Temer poderia antecipar a eleição presidencial e, quebrada a institucionalidade, até mesmo a libertação de Lula para candidatar-se. [os estúpidos da esquerda devem ter presente que Lula é um presidiário, condenado a doze anos e um mês de prisão o que já torna uma estupidez, coisa tipicamente petista, sua candidatura;
Lula também foi condenado em segunda instância o que o torna inelegível,  nos precisos termos da Lei da Ficha Limpa, mesmo que por uma decisão absurda fosse libertado.  
Lula responde a mais oito ações penais e nos próximos dias deve ser condenado em mais uma - condenação que servirá, no mínimo, para aumentar o tempo necessário a que ele seja beneficiado com eventual progressão de pena.]
 
Mas o fato de os militares responsáveis pela condução das Forças Armadas virem a público rejeitar esses assédios demonstra que, apesar da desmoralização dos políticos e do próprio governo do presidente Temer, prevalece a ideia de que mais democracia é a solução para as crises, e não menos.  

O Globo


Sete lições dos caminhoneiros

A palavra de ordem “Fora, Temer!” é unificadora de extremos. Houve ciberataques aos órgãos oficiais. Grupos radicais tentaram derrubar o governo e atuarão fortemente nas eleições

Não se recomenda a ninguém jogar um paralelepípedo para o alto, bem na vertical, e ficar olhando para ver o que acontece. Com sorte, o sujeito escapa com vida de um traumatismo craniano. A greve dos caminhoneiros, depois de 10 dias, entrou mesmo em declínio, mas quase deixou a economia do país em estado de coma. A primeira lição a se tirar talvez seja a de que nenhuma categoria profissional tem o direito de fazer a nação de refém, como disse o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Por isso, é legítimo utilizar os meios de defesa do Estado para evitar que isso aconteça, inclusive as Forças Armadas. Não importa que o governo Temer seja impopular nem que a opinião pública, como um suicida, majoritariamente apoie o movimento como quem quer cabecear um paralelepípedo. Todos devem ter seus direitos de ir e vir respeitados.

A segunda lição é a de que o país não está preparado para enfrentar um locaute das empresas de transportes e de distribuição, que foram a espinha dorsal do movimento; sem esse apoio, a greve não teria a mesma envergadura. Agora, sabemos que esse setor minoritário da economia tem o poder de pôr em colapso o país. É preciso repensar o atual modelo de transportes. Um pacto perverso entre o setor automotivo, os sindicatos de metalúrgicos e o governo gerou o excesso de oferta de frete no mercado, exacerbado pela “nova matriz econômica” e a recessão do governo Dilma.

Terceira lição: os militares não estavam preparados para enfrentar uma crise do modelo de logística que tanto defenderam como via de integração nacional. Não havia um plano de contingência para prevenir o bloqueio de portos, refinarias, centros de distribuição e principais eixos rodoviários do país; as Forças Armadas, mesmo convocadas, demoraram 10 dias para abrir os corredores de abastecimento dos principais centros do país. Até o aeroporto de Brasília ficou sem condições operacionais, o que não acontece nem em Bagdá, Damasco e Cabul.

A substituição das ferrovias pelas rodovias no Brasil tem muito a ver com a experiência da II Guerra Mundial, na qual o deslocamento rápido de tropas e blindados alemães por rodovias surpreendeu os franceses e escancarou a obsolescência da Linha Maginot. As fortificações construídas pela França ao longo de suas fronteiras com a Alemanha e a Itália, após a Primeira Guerra Mundial, entre 1930 e 1936, eram compostas de 108 fortes a 15 km de distância uns dos outros, edificações menores e casamatas, e mais de 100 km de galerias. Interrompida a 20km de Sedan, por ali avançaram as britzkrieger alemãs, apesar das lições da derrota de Napoleão III e seus 88 mil homens, no mesmo local, em 1870, na guerra franco-prussiana. Com a Linha Maginot intacta, a França foi ocupada e as tropas inglesas cercadas e empurradas para o mar.

Quarta lição da greve: as estruturas verticais de poder, em tempos líquidos, não conseguem traduzir e representar a sociedade no fluxo das crises. Como nas manifestações de 2013, os caminhoneiros se organizaram horizontalmente pelas redes sociais; o movimento continuou mesmo após os sindicatos terem fechado um acordo com o governo. Foi preciso outra negociação, com líderes regionais; ainda assim continuou mais radicalizado e violento, porque a minoria fez uso da força para manter os bloqueios nas estradas. Não houve um ponto estratégico, em todo o território nacional, em que um grupo atuante não impusesse suas decisões aos demais, num nível de cooperação e coordenação superior até ao das forças de segurança.

Eleições
A ficha dos políticos só caiu quando eles se deram conta de que havia setores do movimento dos caminhoneiros interessados em desestabilizar o Planalto e provocar uma intervenção militar. Já não existe um governo de coalizão, essa é a quinta lição. O isolamento do presidente Michel Temer foi absoluto. Não houve solidariedade do Congresso. Alguns governadores mandaram a Polícia Militar se recolher. Corretamente, as Forças Armadas foram orientadas a negociar exaustivamente com os grevistas, jamais entrar em confronto com os manifestantes. Foram raros os casos de emprego de tropa de choque para dissolver bloqueios ilegais e até desumanos, no caso de transporte de oxigênio e produtos farmacêuticos. Dois homicídios estão na conta de grevistas.


A sexta lição: a Constituição de 1988 ainda é o que nos une, com todos os defeitos. Graças a elas as instituições funcionam e têm legitimidade. Seus mecanismos, quando acionados, responderam às necessidades, mais uma vez tendo o Judiciário como poder moderador. Temos um governo fraco, mas um Estado forte, capaz de exercer suas funções essenciais: arrecadar, normatizar e coagir. Finalmente, a última lição: a greve dos caminhoneiros foi instrumentalizada por grupos radicais. Estão muito organizados na internet, utilizam perfis falsos, robôs e fake news. A maioria é de direita e simpática ao deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), candidato a presidente da República, mas setores de esquerda a eles se aliaram para desestabilizar o governo, irresponsavelmente. A palavra de ordem “Fora, Temer!” é unificadora dos extremos. Houve muitos ciberataques aos órgãos oficiais. Está óbvio que esses grupos atuarão fortemente nas eleições, com os mesmos métodos. Até que ponto tentarão inviabilizá-las ou fraudá-las?

Férias — Entrarei em recesso por três semanas. Leonardo Cavalcanti me substituirá.

Nas entrelinhas - Luiz Carlos Azedo


[Em medida eleitoreira e inócua] GDF congela preço da gasolina a R$ 4,29 por pelo menos um mês

GDF reduz o valor do litro da gasolina usado como referência para a cobrança do ICMS e confia que combustível ficará mais barato nas bombas. 

Capital recebe carretas com álcool anidro, mas normalização do abastecimento vai demorar mais um pouco 

Em meio à escassez de combustível, o Governo do Distrito Federal reduziu o valor do litro da gasolina usado como referência para a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Em vez dos R$ 4,59 que estão em vigor, passará a valer os R$ 4,29 que prevaleceram na primeira quinzena de abril. Esse preço deve ficar congelado por pelo menos um mês.  Em contrapartida, após cinco reduções seguidas no preço da gasolina, a Petrobras anunciou, ontem, o aumento do custo do combustível nas refinarias. O reajuste de 0,74% vale a partir de hoje. Com isso, o preço do combustível saiu de R$ 1,9526 para R$ 1,9671.

O último reajuste tinha sido anunciado no dia 21, quando teve início a greve dos caminhoneiros. De lá para cá, a companhia realizou cinco cortes seguidos no preço da gasolina nas refinarias. Esse é o primeiro aumento desde então. Segundo a Petrobras, o valor do combustível varia segundo as cotações internacionais. E, ainda assim, os preços que chegam aos postos é da gasolina pura, que ainda passa por um processo de mistura com biocombustíveis. O reajuste vem depois por conta de impostos e custos de tratamento e transporte.

Ontem, os brasilienses encararam mais um dia de longas filas para abastecer. Dos 33 postos percorridos pelo Correio, apenas quatro — três na EPTG e um na Asa Sul — tinham gasolina no início da noite de ontem. O grande problema tem sido a falta de álcool anidro, substância misturada à gasolina tipo A para obter o tipo C, própria para abastecer os veículos. De acordo com o governo, no entanto, 10 caminhões carregados de álcool anidro foram recebidos pela distribuidora do DF, ontem, por volta das 19h30. Os combustíveis vieram de Ipameri (GO), escoltados pela Polícia Rodoviária Federal.

A situação, porém, está longe de ser normalizada
. “O processo não é rápido. Alguns postos já estão cientes de que só receberão gasolina na sexta-feira (amanhã)”, explicou Carlos Alves, presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do DF (Sinpospetro).  Segundo ele, somente o diesel é encontrado em maiores quantidades. “Mesmo se o álcool anidro chegar, ainda vai fazer a mistura, não vai direto para os postos, e a tendência é acabar rápido devido à grande procura.”

O gerente de compras de um comércio local Edinaldo Gilberto Batista dos Santos, de 49 anos, esperou ontem na fila de um posto no Sudoeste por pelo menos 1h30. Ele afirmou que está sem gasolina para ir comprar as mercadorias que abastecem o seu comércio. “Com a crise, os produtos pararam de chegar. E eu não consigo mais comprar porque estou sem gasolina”, reclamou.

Confusão
Alguns clientes indignados por terem sido impedidos de encher galões de gasolina no posto Jarjour, da 206 Norte, atearam fogo nas vias do Eixinho L Norte, a fim de bloquear o trânsito. A polícia que estava no local afirmou que o dono do posto optou por fechar o estabelecimento, mesmo com gasolina, para evitar mais conflitos.


Segundo Abdalla Jarjour, proprietário da unidade, a confusão começou porque o posto se recusou a abastecer galões. “Não vendemos em galão que não seja do Inmetro”, explicou. Segundo ele, seria um desrespeito às pessoas que estavam nos carros à espera de combustível.  A atendente Vilany da Rocha, 41 anos, disse que não abriria mão de encher o galão para retirar seu carro que está parado próximo ao posto. “Vou ficar aqui até as 6h”, protestou. [a legislação proíbe o armazenamento de combustíveis em recipientes que não sejam certificados pelo Inmetro ou ANP;

não há o que discutir;
os policiais militares é que foram lenientes  quando não impediram a ação indevida dos elementos que pretendiam comprar em desacordo com a legislação
A obrigação do PMs era a prisão em flagrante dos piromaníacos que atearam fogo nas vias públicas.]

 

PERCEBERAM QUANTA COISA BOA OS CAMINHONEIROS FIZERAM?

Humor para curtir na fila do gás ou do combustível

COISA BOA OS CAMINHONEIROS FIZERAM:

1- ACABOU O TIROTEIO NO RJ;

2- ACABOU MARIELI; 

3- PRESIDENTE TEMER MELHOROU DA AMNÉSIA;

LEMBROU DOS HOSPITAIS, ESCOLAS  E DO POVO; 

4 -DEPUTADOS MORRENDO DE MEDO DE UMA INTERVENÇÃO; 

5 - MUITAS PESSOAS DESCOBRIRAM QUE É POSSÍVEL CHEGAR AOS LUGARES CAMINHANDO.

6 - OITO DIAS SEM POLICIAL MORTO.

7 - OITO DIAS SEM ASSALTO.

8 - OITO DIAS SEM ROUBO DE CARGA.

9 - OITO DIAS SEM EXPLOSÃO DE CAIXAS ELETRÔNICOS. 

CAMINHONEIROS VOCÊS SÃO OS "CARAS".

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