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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Debate potencializa a sensação de jogo jogado

O debate presidencial promovido por UOL, Folha e SBT não produziu nenhum lance capaz de despolarizar a sucessão de 2018. Ao contrário. O programa potencializou a sensação de que o jogo do primeiro turno está jogado. Sem muita presença de espírito, Bolsonaro beneficiou-se da ausência de corpo propiciada pela hospitalização. Presente, Haddad saboreou os ataques que o vincularam a Lula. A lulodependência tornou-se para ele uma espécie de kriptonita às avessas, pois é da cadeia de Curitiba que vem o superpoder que o fez voar nas pesquisas, saindo de um dígito para mais de 20% das intenções de voto. [será que a tão falada transferência, não passou apenas de mero impulso que sempre aumenta o 'ibope' de quem acaba de chegar a uma disputa?
Tanto que mesmo dentro da margem de erro Haddad perdeu um por cento - será uma 'destransferência'?
O fato ocorrido em 2014, quando o terceiro passou a segundo e foi para segundo turno,  só reduz a credibilidade das pesquisas, que além da chamada margem de erro - 2% - também tem possibilidade de outro erro - 5% -  já que sua confiabilidade é de 95%.
Dirão os devotos do presidiário de Curitiba que Bolsonaro caiu o mesmo percentual, só que os eleitores de Bolsonaro são genuínos e nos dez dias que restam vão crescer bastante.]
 
Os rivais de Bolsonaro e Haddad serviram aos espectadores mais do mesmo. Em sua versão “doce de coco”, Ciro não perdeu a calma nem quando Cabo Daciolo lhe perguntou por que preferiu o Sírio Libanês a um hospital público quando precisou tratar da próstata, na noite anterior. Soou insincero ao dizer que tomaria distância do PT se fosse eleito. Alckmin recorreu ao velho blá-blá-blá quando lhe esfregaram na face a corrupção do PSDB. “Todos os partidos estão fragilizados”, disse. “Não passamos a mão na cabeça de ninguém”. Marina gastou baldes de saliva dirigindo apelos ao eleitorado feminino, que não a escuta. Escaldada pelo apoio dado a Aécio em 2014, absteve-se de assumir novos compromissos. Meirelles, Dias e Boulos esforçaram-se para aparecer. Mas tiveram um desempenho de sub-Daciolo.

Embora frequente a cena eleitoral sem nenhuma chance de virar presidente da República, Cabo Daciolo revelou-se um candidato imbatível ao posto de piada. Nas suas considerações finais, Daciolo vestiu-se de profeta: ''Estou profetizando à nação brasileira que vou ser o próximo presidente da República, para honra e glória do Senhor Jesus, em primeiro turno, com 51% dos votos. (…) Deus está controle.'' O Todo-Poderoso, como se sabe, existe. Por isso, é improvável que o Apocalipse ocorra em 7 de outubro. Mas o Cabo fala em Deus com tal convicção que muita gente fica tentada a acreditar que Ele talvez não mereça existir.

Deve doer em Ciro, Alckmin, Marina e nos outros presidenciáveis a ideia de que fazem o papel de figurantes numa peça confusa em que os personagens principais são um admirador da ditadura militar e um poste fabricado na cadeia. Mas é improvável que a plateia tenha enxergado no debate qualquer coisa que se pareça com um fato novo capaz de modificar o enredo da polarização. Os candidatos e seus argumentos rodam como parafusos espanados.

Blog do Josias de Souza
 

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Bolsonaro lidera corrida eleitoral no DF

Candidato do PSL se mantém à frente na corrida ao Palácio do Planalto em dois cenários: com ou sem a presença de Luiz Inácio Lula da Silva. Levantamento do Instituto Opinião Política foi produzido com exclusividade para o jornal

O candidato à Presidência Jair Bolsonaro, do PSL, lidera as intenções de voto dos brasilienses, tanto na pesquisa espontânea quanto no levantamento estimulado. O capitão reformado do Exército aparece à frente dos adversários em dois cenários: com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa e também na simulação em que o petista é substituído pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.
 

Na pesquisa estimulada em que houve a inclusão do ex-presidente, Jair Bolsonaro está à frente com 27% das intenções de voto. Lula aparece em seguida, com a preferência de 19,8% dos eleitores, e Marina Silva, da Rede, ocupa a terceira colocação, com 11,7% dos votos dos eleitores moradores do Distrito Federal. Em quarto lugar, está o candidato do PDT, Ciro Gomes, que figura na pesquisa com 7,4% das intenções de voto. O pedetista é seguido por Geraldo Alckmin (PSDB) que, segundo a pesquisa do Instituto Opinião Política, encomendada pelo Correio Braziliense, teria 6,3% dos votos, se a eleição fosse hoje.
 
O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, candidato do MDB, é o preferido de 1,9% dos eleitores de Brasília e Álvaro Dias (Podemos) foi citado por 1,8% dos entrevistados da pesquisa. João Amôedo, representante do Partido Novo na corrida pelo Palácio do Planalto, tem 1,6% das intenções de voto. Já o deputado federal Cabo Daciolo, do Patriota, recebeu a preferência de 0,8% do eleitorado.

O candidato do PSol à Presidência da República, Guilherme Boulos, aparece no levantamento com 0,6% das intenções de voto, seguido por João Goulart Filho, do PPL, com 0,5%. Completam a lista a representante do PSTU na disputa, Vera Lúcia, com 0,4%, e José Maria Eymael (DC), com 0,3%. No total, 5,9% dos eleitores consultados pelo instituto não souberam avaliar qual o candidato de sua preferência. Os votos brancos e nulos somaram 14,0%.
 
(...)
 
Disputa
Quando questionados em qual candidato votariam, sem a apresentação de uma lista de opções, os eleitores citaram exclusivamente nomes que realmente estão na disputa. Jair Bolsonaro (PSL) lidera a pesquisa espontânea, com 23% das citações. O ex-presidente Lula está em segundo lugar, com 14,5% das menções. A ex-ministra Marina Silva ficou em terceiro na corrida pelo Palácio do Planalto, segundo a pesquisa espontânea, com 5,7% das intenções de voto. O tucano Geraldo Alckmin é o quarto mais bem colocado. O tucano conta com 3,4% dos eleitores da capital federal, de acordo com o levantamento técnico do instituto.

Na sequência estão Ciro Gomes, com 3,0%, além de Álvaro Dias e João Amôedo, ambos, com 1,1% das intenções. Henrique Meirelles, Cabo Daciolo, Fernando Haddad e Guilherme Boulos também foram citados na pesquisa espontânea, mas todos aparecem com percentual inferior a 1%. O número de eleitores indecisos é grande, de acordo com a pesquisa. Ao todo, 24% declararam que não sabem em quem votar e 20,8% afirmaram que pretendem votar nulo ou em branco na disputa para presidente da República.
 
 
 

 

domingo, 12 de agosto de 2018

Militares na berlinda

Lamentável que a campanha resgate velhos estigmas e preconceitos, como o de que militares são toscos, turrões, alheios ao mundo fora da caserna – uns “brucutus”.


Se alguém acha que a atual campanha para a Presidência da República está sendo uma boa propaganda para a imagem dos militares, está redondamente enganado. Depois do capitão Jair Bolsonaro, o general Hamilton Mourão e agora o inacreditável Cabo Daciolo, que foi do PSOL e concorre a presidente pelo Patriota. Bom para quem? Na fala dele, sobra Deus e falta a letra “S”.

As Forças Armadas são a instituição mais admirada pela população em todas as pesquisas e os oficiais fazem sofisticados cursos na carreira, passam por escolas superiores de excelência, estudam geopolítica e estratégia. Demoraram anos para se livrar das marcas da ditadura, apesar de ainda não confortáveis com a abertura dos arquivos, e concluir esse ciclo da história.  Lamentável que a campanha resgate velhos estigmas e preconceitos, como o de que militares são toscos, turrões, alheios ao mundo fora da caserna – uns “brucutus”. Eles não são nada disso, mas o que dizer de Bolsonaro? Militar, [antes que seja iniciada a prática do esporte predileto = espancar Bolsonaro = deve ser destacado que Bolsonaro cursou a Escola Preparatória de Cadetes do Exército - EsPCEX  (instituição que não aceita os desprovidos, ou mal providos,  de inteligência) cursou a Academia Militar das Agulhas Negras  - AMAN, outra instituição, em que só os com inteligência bem acima da média conseguem ingressar; agora vamos ao brilhante POST - ser brilhante não significa necessariamente correção.] largou a carreira como capitão por indisciplina e para ser vereador. Deputado desde 1991, no sétimo mandato, nunca se destacou no plenário, nas comissões, nem por projetos: dois em 27 anos. Candidato, demonstra evidente despreparo para governar um País complexo e mergulhado em crise como o Brasil. [lembrando sempre que o Brasil fui governado por oito anos e quase seis por Dilma e o resultado é a tragédia que estamos vendo;
se Dilma e Lula não conseguiram, ainda que juntando a incompetência com a desonestidade destruir o Brasil, com certeza Bolsonaro vai corrigir muita coisa errada; aliás, se Janot não atrapalha, Temer já iria entregar para Bolsonaro um Brasil bem melhor do que o recebido.]

Tem-se, pois, que o líder nas pesquisas, quando o nome do ex-presidente Lula não entra, é um militar que não é militar há quase 30 anos e um deputado que critica os colegas, mas é do “baixo clero”, usa imóvel funcional indevidamente e é acusado de desviar funcionários pagos pela Câmara para cuidar de sua casa no Rio. Ele, o filho mais velho, o segundo e o terceiro são políticos e até a ex-mulher tentou ser. Se a política é tão abjeta, o que a família inteira faz dentro dela? Um mistério.  Bolsonaro procurou seu vice entre astronauta, príncipe, pastor, general, socialite, advogada polêmica… O risco seria um príncipe presidindo nossa República ou o Brasil indo para o espaço com o astronauta. Prevaleceu o general Mourão, que já defendeu intervenção militar e já estreou como vice decretando a “indolência” dos índios e a “malandragem” dos negros. E o Exército é justamente reduto e símbolo dessa rica miscigenação brasileira.

Para piorar, os eleitores acabam de descobrir o Cabo Daciolo, que nem chegou a sargento, mas já se imagina presidente. Bombeiro, foi expulso da corporação depois de tentar invadir um quartel. Do PSOL, foi expulso por querer incluir Deus na Constituição. Uma piada, mas uma piada de mau gosto. [O PSOL é uma piada e das mais ridículas. Genoíno também tentou excluir Deus da Constituição, foi excluído da vida política.]
Antes mesmo de Daciolo aboletar-se no debate de presidenciáveis na Rede Bandeirantes, o ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, já tinha dado o primeiro alerta de que as Forças Armadas não têm nada a ver com essas maluquices. Disse que vê “com naturalidade” Mourão na vice de Bolsonaro, mas frisando que não se trata de “uma chapa de militares”. Leia-se: “Não temos nada a ver com isso”.

Quem conhece de dentro as Forças Armadas e os generais Luna e Silva, Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, e Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, aplaudiu a fala: “Eles têm de se distanciar rapidamente dessa aventura do Bolsonaro, porque, depois que cola, não descola mais”.  Bolsonaro atraiu legiões de seguidores nas redes sociais com a condenação à corrupção e um discurso conservador e caro à expressiva parcela da população, senão à maioria, na área de costumes: família tradicional, papel das mulheres, drogas, aborto. Ok, é um direito de quem prega e de quem segue. Só não se pode transformar essa embalagem de comportamento social numa candidatura militar e menos ainda numa promessa de governo militar. Além da ameaça para o Brasil, é um enorme risco para as próprias Forças Armadas. [detalhe que será lembrado: para cada um brasileiro que adere ao espancamento do Bolsonaro, dois que o espancavam se tornam ex-espancadores e um neutro adere ao BOLSONARISMO.
Antes de ser contra ao Bolsonaro é preciso lembrar os dois trastes que foram eleitos nas últimas eleições.]

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Daciolo tem o Senhor Jesus, e Álvaro Dias, o Senhor Moro; como se saíram os candidatos no primeiro debate da eleição presidencial de 2018

A Band realizou nesta quinta o primeiro debate entre candidatos à Presidência da República na disputa deste ano. Participaram 8 dos 12 postulantes: Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede). O ausente da noite, e sem lamento dos presentes, foi o PT. Apanhou de quase todo mundo e não pôde se defender. Por que o tal Daciolo estava lá, e João Amoedo (Novo) não? Já chego lá, Antes, comentarei alguns desempenhos.

No critério do ridículo, Álvaro Dias só perdeu para Cabo Daciolo. Se este emendava uma “para honra e glória do Senhor Jesus” a cada bobagem que dizia, Dias não fazia por menos: “Para honra e glória do senhor Sérgio Moro”. Prometeu nomear o juiz Ministro da Justiça umas 200 vezes. Vem fazendo isso há tempos. E não foi desautorizado, até agora, pelo coruscante magistrado, que chega a competir com os holofotes…  No momento mais engraçado da noite, o destrambelhado Daciolo acusou Ciro Gomes de ser fundador do “Foro de São Paulo”, o que é mentira, e pediu que o pedetista explicasse o que é “Ursal”… E Ciro, mal contendo o riso: “O que é o quê? O que é isso?”
[Nota Blog Prontidão Total: a URSAL, oficialmente UNASUL, pretendia transformar a América Latina na UNIÃO DAS REPUBLICAS SOCIALISTAS DA AMÉRICA LATINA - URSAL,  seria a substituta da extinta URSS e localizada na América do Sul.
Com a consolidação da Rússia e a concretização do desmanche da URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, o plano foi por água abaixo e hoje é uma fonte de despesas, fadada à implosão.]

O ex-bombeiro, ora deputado, com gramática peculiar, explicou tratar-se da “União das Repúblicas Socialistas da América Latina”. Ciro, então, afirmou: “A democracia é maravilhosa, mas tem seu preço”. Daciolo acabou sendo útil a Jair Bolsonaro. E nem tanto pela dobradinha que chegaram a ensaiar. É que, no contraste com o deputado do Patriota, até o “Bolsomito” assume ares de Schopenhauer… Não! O candidato do PSL não disse nada de relevante e não explicou uma miserável de suas propostas. Mas demonstrou que sabe se conter. Conseguiu driblar o despreparo com generalidades sobre isso e aquilo. Até tentava sorrir. A minha pegada é psicanalítica: acho que Bolsonaro se via no espelho. Ele certamente ouvia a própria voz quando o bombeiro falava e, digamos, viu materializar-se, no desempenho do outro, o seu próprio ridículo.

Guilherme Boulos cumpriu o papel de “o socialista da turma”: contra os ricos, os bancos, os demais candidatos, todos eles “tons de Temer”, expressão repetida à exaustão. Encarnava o Lula de 1989, com a gramática no lugar, mas não as ideias. A realidade mudou, mas está ali um esquerdista em construção.  Henrique Meirelles tem o que dizer, mas ainda está pouco à vontade: tentou um tom um pouco mais agressivo, mas o figurino não se ajusta à sua fala. Aquele que é, provavelmente, o único verdadeiramente liberal do grupo apelou mais de uma vez ao governo Lula para exaltar os próprios feitos.   Geraldo Alckmin (PSDB) foi quem vestiu melhor o figurino “presidencial”. De longe, foi o que adjetivou menos e detalhou mais as propostas. Como é sereno e fala com desenvoltura, acabou tendo um bom desempenho em meio às falas desencontradas e à pletora de generalidade da maioria dos adversários.

Ciro demonstrou a retórica azeitada de sempre — é quem tem o discurso mais arrumado, goste-se ou não do que diz —, mas o formato não permitiu que desenvolvesse o seu melhor.  Marina Silva foi Marina Silva, mas, como já notei, ela anda com menos clorofila. Parece estar cada vez mais em outra dimensão. Resolveu assumir o papel de ombudsman dos demais candidatos e se saiu com uma patetada ao tentar pegar no pé de Alckmin por causa do apoio do centrao: “A forma como se ganha determina a forma de governar”. É? Bom saber. Como Marina só se coligou com o PV, se ela ganhar, governará sem ninguém, como ditadora.

E por que Amoedo não estava? Porque o Artigo 46 da Lei Eleitoral determina: “Independentemente da veiculação de propaganda eleitoral gratuita no horário definido nesta Lei, é facultada a transmissão por emissora de rádio ou televisão de debates sobre as eleições majoritária ou proporcional, assegurada a participação de candidatos dos partidos com representação no Congresso Nacional, de, no mínimo, cinco parlamentares, e facultada a dos demais (…).

Emissoras deveriam ser livres para convidar quem lhes desse na telha. Mas há essa exigência. E cabo Daciolo se enquadra nas regras. Pela honra e glória do senhor Jesus.
Que amava também as pessoas ridículas.

Blog do Reinaldo Azevedo


[TESTEMUNHA É OBRIGADA A DIZER TODA A VERDADE, SOMENTE A VERDADE, NADA MAIS QUE A VERDADE.] 
 

Debate inaugural não produzirá virada de votos

Nenhum dos quatro principais presidenciáveis —Bolsonaro, 'Marina', Ciro e Alckmin— protagonizou nada parecido com um tropeço no primeiro debate presidencial de 2018.

Por isso, é improvável que o evento resulte numa virada de votos. Serviu apenas para consolidar posições. O canibalismo esteve no limite do aceitável. Os contendores se deram conta de que, a essa altura, a plateia quer mais soluções do que sangue.

 [tomamos a liberdade de aspear a candidata da Rede, por ela ser o exemplo completo, acabado, do quanto um candidato - uma candidata - pode ser o pior entre os piores; 

Ferrou de vez quando ela comentou sobre a importância da educação e disse um exemplo da importância;

se ela foi o 'melhor' que a educação produziu, temos pena do Brasil - ou dão uma virada de 180º na educação ou acabamos  com o Brasil;

o Ciro com a ignorância que integra sua genética (não só no sentido de ser grosseiro, também como sinônimo de burrice) confundiu hierarquia com disciplina e lamentou não ter um chicote para TENTAR espancar Bolsonaro quando este destacou a importância dos colégios militares;

o Alckmin teve a grande dificuldade - que sempre o acompanha e vai continuar - de explicar, e convencer, como vai combater o que existe de ruim na política, se está aliado com a maior parte do que pior existe na política. 

os demais que o ilustre blogueiro Josias -  generosamente - justificou não destacá-los por não se incluírem entre os quatro principais, são nulidades que dever ser excluídas dos próximos debates - mantê-los é desperdício de tempo - desde o 'podemos', que lembra o 'coringa' do Batman,  o arruaceiro Boulos, o eufórico Daccioli (confunde debate com pregação evangélica), o Meirelles (cujo maior defeito é a insuperável falta de votos) e a Marina que não sabe a que veio - e quanto mais fala mais se enrola.]

O debate (íntegra disponível aqui) escancarou uma peculiaridade da atual campanha: todos desejam encarnar a mudança. A temática foi ditada pela rua, de baixo para cima. Incluiu uma agenda tão óbvia quanto urgente —do desemprego à roubalheira, passando pela ruína fiscal e a precariedade dos serviços públicos.  A má notícia é que os oito debatedores inundaram o estúdio da TV Bandeirantes com ideias que não deram água para alcançar a canela —em parte por conta do engessamento das regras, em parte pela aridez das propostas. Seja como for, a esperança que os candidatos foram capazes de inspirar nas três horas e doze minutos em que estiveram no ar cabe numa caixa de fósforos.

A noite produziu duas vítimas: Michel Temer e Lula, ambos ausentes. O primeiro apanhou indefeso. O segundo foi ignorado. Temer não contou nem com a solidariedade do seu ex-ministro Henrique Meirelles. O presidenciável cenográfico do PT teve um consolo. O condenado mais ilustre da Lava Jato assistiu pelo televisor instalado em sua cela especial à saudação do companheiro Boulos, do PSOL: “Boa noite, presidente Lula. Deveria estar aqui. Mas está preso injustamente em Curitiba, enquanto o Temer está solto lá em Brasília”.

Bolsonaro apresentou-se em versão ligth. Não explodiu nem mesmo quando Boulos, no comecinho do debate, dirigiu-lhe uma pergunta dura de roer, com prefácio desairoso: “O Brasil todo sabe que você é racista, machista, homofóbico”, disse o rival do PSOL.
Boulos prosseguiu: “Você, em 27 anos como deputado, ficou dez anos no partido do Paulo Maluf, recebeu auxílio moradia tendo casa, comprou cinco imóveis, fez da política um negócio em família, tem um monte de filhos no mesmo esquema que você.” Sapecou: “Quem é a Wal, Bolsonaro?”

E o capitão, contendo-se dentro dos sapatos: “Eu pensei que viesse discutir política nacional aqui.” Bolsonaro negou que Walderice, a Wal, seja funcionária fantasma em Angra dos Reis. Estava em férias quando a reportagem da Folha a procurou, disse.No tocante a patrimônio, o Ministério Público já revirou minha vida de perna para o ar. Os filhos? “Tenho moral para indicar e o povo vota neles.” [por sorte dos que assistem debates logo estarão livres de uma coisa como Boulos - pela sua insignificância, que resulta em percentual insignificante de votos, logo não estará entre os que tem alguma possibilidade.]
Para não ser acusado de ter virado um ex-Bolsonaro, o capitão devolveu a provocação. Expressando-se num idioma muito parecido com o português, afirmou:Me orgulho da minha honestidade e não dos atos de invadir propriedade privada dos outros, que trabalhou e suou muito para conseguir aquele patrimônio. E vai uns desocupados invadir e levar terror na cidade.”

Líder do movimento dos sem teto, [cobrando inclusive aluguel dos liderados que ocupam os imóveis ocupados - vide: miséria explorada.] Boulos não se deu por achado: “A Wal é funcionária fantasma do gabinete dele. Junto com o marido dela, Edenilson, tem a responsabilidade de cuidar dos cachorros do Bolsonaro numa das casas dele em Angra dos Reis. O problema não é a Wal. Ela é vítima de políticos como o Bolsonaro, que vendem essa ideia de que vão acabar com a bandalheira e é (sic) farinha do mesmo saco. Bolsonaro representa a velha política corrupta… Recebeu auxílio moradia tendo casa. Você não tem vergonha?”
Sem elevar o timbre de voz, Bolsonaro encurtou a conversa: “Teria vergonha se estivesse invadindo casa dos outros. Auxílio moradia está previsto em lei. Se é imoral, é outra história. Não vim aqui para bater boca com um cidadão desqualificado como esse aí”, encerrou, devolvendo a palavra ao mediador do debate antes do encerramento do tempo a que tinha direito para a tréplica.

Depois desse teste de nervos, Bolsonaro fez o que se esperava dele: pregou para convertidos. Em meio a respostas superficiais, encaixou a retórica que lhe rende votos. Coisas como a liberação das armas, restrição aos direitos humanos de bandidos, castração química de estupradores e disseminação de escolas militares pelo país… Tudo isso, mais o fim do fisiologismo. “O único que tem moral para cumprir essa missão é Jair Bolsonaro”, declarou. [convenhamos que muitos opositores de Bolsonaro devem entrar em estado de pré infarto, quando lêem o destacado em vermelho e são obrigados a ficar em silêncio, já que o destaque expressa parte do que o precisa:
- se bandido não concede nenhum tratamento humano a suas vítimas, qual a razão de ter direito a direitos humanos irrestritos?
- o que justifica que o cidadão de bem não pode possuir/portar armas? a excrescência chamada 'estatuto do desarmamento' só permite que policiais e bandidos andem armados - sendo as armas do bandidos mais poderosas que as dos policiais;
- o cara é estuprador, indeficiente, a única solução é a castração química - se não resolver partir para convencional: esmagamento testicular; (um parêntese: a polícia de Brasília prendeu na BR-070 um estuprador, que só agia às quintas-feiras;
razão da escolha: o marginal estava em liberdade condicional e toda quinta-feira tinha que se apresentar à Justiça - aproveitava a viagem para na ida estuprar uma, circulava o dia inteiro e na volta estuprava outra);
- as escolas militares educam os jovens em todos os pontos, inclusive, no tocante a necessidade, a importância da hierarquia e disciplina - sem usar o chicote que o Ciro pensou em suar quando respondeu a Bolsonaro sobre o tema.]
 
Marina e Ciro, segunda e terceiro colocado nas pesquisas sem Lula, poderiam ter duelado entre si. Mas preferiram alvejar Alckmin, o quarto colocado. Em certos momentos, ficou a impressão de que a dupla receia que o rival tucano decole quando puder ocupar o latifúndio que obteve no horário eleitoral.  Num embate direto com Alckmin sobre educação, Marina sugeriu ao telespectador que levasse o pé atrás ao ouvir do tucano a promessa de que dará prioridade ao ensino fundamental. “Tome muito cuidado, porque às vezes se faz um discurso oco da prioridade à educação, mas o condomínio já está cheio de Lobo Mau querendo comer o dinheiro da vovozinha”. O lobo da metáfora de Marina é o centrão, grupo partidário que encostou seu histórico de corrupção na candidatura de Alckmin. A vovozinha é o Tesouro Nacional.

Noutro ponto do debate, a candidata da Rede ironizou a promessa de Alckmin de governar com os melhores quadros dos partidos políticos e da sociedade. “Costumo dizer que a forma como se ganha determina a forma como se governa”, declarou Marina. “E fica muito difícil acreditar que quem se junta com aqueles que estão em graves casos de corrupção possa de fato ter critérios que sejam levados a sério na hora da composição do governo. Nós teremos critério. […] Quando se ganha com quem não tem compromisso com a ética, contamina o governo e todas as promessas caem no vazio.”

Alckmin viu-se compelido a adicionar à réplica uma pimenta que não orna com seu apelido de ''picolé de chuchu''. Apontou para o passado petista de Marina: “Nunca fui do PT nem ministro do PT. Quero deixar bem claro que somos de uma outra linhagem.” Alckmin também realçou que Marina aliou-se ao PV na campanha atual, esquecendo-se de que abandonara a legenda em 2010 sob a alegação de que não era compatível com seus valores.

Ciro alvejou Alckmin numa “nota de rodapé” sobre reforma tributária. O candidato tucano dissera que seu plano de reformulação do sistema tributário incluirá a tributação dos dividendos das empresas. E Ciro: “Fui ministro da Fazenda, ajudei no Plano Real, sob a liderança de Itamar Franco. O presidente Itamar cobrava 35% de alíquota dos ricos no Imposto de Renda e eu tributava lucros e dividendos. Foi só o PSDB assumir [no governo FHC], revogou tudo isso. Só para a gente ter clareza da história do Brasil. Não é nada pessoal. Quero preservar a antiga amizade que tenho com o governador Geraldo Alckmin.”

Alckmin classificou a reforma na CLT como “um avanço.” E Ciro: “Essa reforma trabalhista que o PSDB aprovou, proposta pelo Michel Temer, introduziu no mundo do trabalho brasileiro muita insegurança e medo do futuro. Essa selvageria nunca fez país nenhum prosperar. […] É um erro grave, vou ter que corrigir isso.” Alckmin não arredou o pé: “Mantenho a posição. A reforma trabalhista foi necessária.”
No pelotão que frequenta o rodapé das pesquisas, Álvaro Dias agarrou-se ao seu slogan da “refundação da República”, prometeu “institucionalizar” a Lava Jato e reiterou o compromisso de nomear Sergio Moro para o cargo de ministro da Justiça. Absteve-se de esclarecer se já combinou com o juiz do petrolão. Ainda assim, seu desempenho foi menos sofrível que o de Meirelles.

O ex-ministro da Fazenda atravessou o debate como se estivesse atormentado por uma dúvida: não sabia se priorizava a desvinculação com Temer ou a vinculação com Lula, a quem serviu como presidente do Banco Central. A certa altura, sentiu a necessidade de esclarecer que não participou do ruinoso governo de Dilma.

Num debate que pode ser definido como chocho, o Cabo Daciolo, desconhecido candidato do insignificante partido Patriota, injetou comédia no tédio. Falando sempre em nome de Deus, para glória do Senhor Jesus, o cabo atingiu o ápice do humor ao supervalorizar o hipotético esquerdismo de Ciro. “O senhor é um dos fundadores do Foro de São Paulo. Pode falar aqui, para a população brasileira, sobre o Plano Ursal [União das Repúblicas Socialistas da América Latina]. Tem algo a dizer para a nação brasileira?”
Ciro tentou desligar seu inquisidor da tomada: “Meu estimado cabo, eu tive muito prazer de conhecê-lo hoje. E pelo visto o amigo também não me conhece. Não sei o que é isso, não fui fundador do Foro de São Paulo e acho que está respondido.”

Daciolo manteve a língua em riste: “Sabe, sim. Estamos falando aqui de um plano que se chama Nova Ordem Mundial: conexão de toda a América do Sul, tirando todas as fronteiras e fazendo uma única nação. Poucos ouviram falar disso e será pouco divulgado. Quero deixar bem claro que, no nosso governo, o comunismo não vai ter vez. A nação brasileira, no nosso governo, será a primeira economia mundial. Para honra e glória do senhor Jesus Cristo.”
Sob risos, Ciro arrematou: “A democracia é uma delícia…, mas ela tem certos custos.” Por sorte, parte da audiência não precisou arcar com todos os “custos”, pois já havia se retirado, para encontrar o travesseiro.

[Nota: a URSAL, oficialmente UNASUL, pretendia transformar a América Latina na UNIÃO DAS REPUBLICAS SOCIALISTAS DA AMÉRICA LATINA - URSAL,  seria a substituta da extinta URSS e localizada na América do Sul.
Com a consolidação da Rússia e a concretização do desmanche da URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, o plano foi por água abaixo e hoje é uma fonte de despesas, fadada à implosão.]

Blog do Josias de Souza