Senador informou que já conseguiu 50 assinaturas para instalar a comissão
Além das CPI da JBS, que irá vasculhar o
acordo de delação premiada do empresário Joesley Batista com o
procurador-geral da República Rodrigo Janot, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciou hoje já ter 50 assinaturas para instalar uma CPI para investigar os altos salários.
Embora diga que a CPI temo o objetivo de combater os supersalários nos
Três Poderes, essa é mais uma frente que pode se transformar em
trincheira contra o Judiciário, onde são registrados pagamentos de altos
salários, turbinados com benefícios autorizados pela Justiça.
Em sua conta no Twitter, Renan disse que protocolou o pedido para a instalação da CPI dos supersalários. — Conseguimos o apoio de 50 senadores. A comissão tem o
objetivo de combater os super salários nos Três Poderes. Cortes ameaçam
serviços essenciais. Vamos enfrentar no Senado uma longa batalha de
enfrentamento a esses privilégios — disse Renan.
ATAQUES AO MINISTÉRIO PÚBLICO
Momentos depois de anunciar a criação da nova CPI, Renan subiu à tribuna para fazer duros ataques ao procurador-geral da República Rodrigo Janot e a outros membros do Ministério Público. Ao comentar o episódio da participação do ex-procurador Marcello Miller, até pouco tempo braço-direito de Janot na PGR, na delação dos irmãos Batista e executivos da JBS, Renan pediu a anulação das delações de Sérgio Machado, Delcídio Amaral e Nestor Cerveró, segundo ele conseguidas pelos mesmos métodos e orientadas por Miller.
Renan acusou Janot de disparar denúncias nos últimos dias para tirar o foco de suas “lambanças” descobertas na gravação da conversa de Joesley e Carlos Saud. — Estou indignado, senhor presidente. Indignado! Sou uma das vítimas preferenciais de Rodrigo Janot, que promoveu inquéritos sem base fática e jurídica mínima, apenas para promover o desgaste da minha imagem pública, tentando influenciar noticiários e julgamentos — protestou Renan da tribuna.
No discurso, Renan disse que “a ambição desenfreada pela
dinheirama dos irmãos Batista” estimulou o ex-procurador Marcello Miller
e outros assessores da PGR a ultrapassarem os limites de suas funções,
“para ajudar criminosos a escamotear provas e obter prêmios generosos,
com o beneplácito” de Janot. Disse ainda que o procurador-geral
sustentou o sigilo das gravações de Joesley Batista até quinta-feira
passada, tentando de todas as formas impedir que fossem divulgadas
exatamente porque sabia da gravidade do seu teor.
— Essa corriola fez e desfez neste país. Agora está claro o motivo que levou Rodrigo Janot a defender com unhas, dentes e mídia perante o Supremo Tribunal Federal o acordo de delação premiada celebrado entre o Ministério Público Federal , Joesley Batista e executivos da JBS — acusou Renan, que completou:
— É possível entender por que essa turma deseja afastar a Polícia Federal, órgão de investigação por excelência, dos acordos de colaboração premiada mesmo expressamente autorizado por lei.
Fonte: O Globo
ATAQUES AO MINISTÉRIO PÚBLICO
Momentos depois de anunciar a criação da nova CPI, Renan subiu à tribuna para fazer duros ataques ao procurador-geral da República Rodrigo Janot e a outros membros do Ministério Público. Ao comentar o episódio da participação do ex-procurador Marcello Miller, até pouco tempo braço-direito de Janot na PGR, na delação dos irmãos Batista e executivos da JBS, Renan pediu a anulação das delações de Sérgio Machado, Delcídio Amaral e Nestor Cerveró, segundo ele conseguidas pelos mesmos métodos e orientadas por Miller.
Renan acusou Janot de disparar denúncias nos últimos dias para tirar o foco de suas “lambanças” descobertas na gravação da conversa de Joesley e Carlos Saud. — Estou indignado, senhor presidente. Indignado! Sou uma das vítimas preferenciais de Rodrigo Janot, que promoveu inquéritos sem base fática e jurídica mínima, apenas para promover o desgaste da minha imagem pública, tentando influenciar noticiários e julgamentos — protestou Renan da tribuna.
— Essa corriola fez e desfez neste país. Agora está claro o motivo que levou Rodrigo Janot a defender com unhas, dentes e mídia perante o Supremo Tribunal Federal o acordo de delação premiada celebrado entre o Ministério Público Federal , Joesley Batista e executivos da JBS — acusou Renan, que completou:
— É possível entender por que essa turma deseja afastar a Polícia Federal, órgão de investigação por excelência, dos acordos de colaboração premiada mesmo expressamente autorizado por lei.
Fonte: O Globo