Rodrigo Constantino
O
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou o embaixador
do Brasil em Israel para reunião de “repreensão severa”. [repreensão severa? aquela foi a famosa 'comida de ... .]
"E
não deixaremos de lutar pela proteção das vidas inocentes em risco. É
disso que se trata". Diz trecho em destaque no comunicado da página da Presidência da República do Brasil no antigo Twitter.
"O embaixador de Israel em Brasília e o governo Netanyahu foram
informados de que o Brasil reagirá com diplomacia, mas com toda a
firmeza, a qualquer ataque que receber, agora e sempre", diz o restante.
A
vitimização sempre foi a arma preferida da esquerda radical.
Ela
destila ódio, promove ataques pérfidos, faz comparações absurdos e prega
ideias abjetas, mas quando alguém reage de forma dura, a esquerda
sempre banca a vítima.
No caso, Lula tenta se sair como o humanitário
que "talvez" tenha se excedido na forma, mas tinha belas intenções no
conteúdo. É o antissemita "do bem", digamos.
O presidente nunca se manifestou solidário às milhares de vítimas fuziladas no paredão cubano, para dar o exemplo mais óbvio.
Vamos
checar se há mesmo certa coerência nessa
incrível preocupação com vidas
inocentes – ignorando os números incríveis que os petistas repetem com
base em dados do próprio
Hamas,
que controla a Faixa de Gaza há duas décadas.
Se tudo se resume a uma
consternação com a quantidade de palestinos mortos – e deixando de lado
que o único culpado por isso é o próprio Hamas,
cabe questionar por onde
anda Lula além do Oriente Médio (ou mesmo por lá).
O presidente
nunca se
manifestou solidário às milhares de vítimas fuziladas no paredão
cubano, para dar o exemplo mais óbvio.
Ao contrário: Lula sempre
enalteceu Fidel Castro,
o maior assassino do continente. Lula tampouco demonstrou sequer
preocupação com milhões de venezuelanos mortos, presos ou exilados pela
ditadora companheira de
Chávez e depois
Maduro.
Quem foge para Roraima em busca de liberdade e oportunidade está mesmo em desespero. Lula não liga.
O
Irã,
dos aiatolás xiitas que financiam o Hamas, pune minorias, prende
inocentes,
mas Lula jamais se mostrou preocupado.
Isso sem falar da
China,
cujo Partido Comunista controla o povo a mão de ferro tem sete décadas, chegando a promover uma chacina em 1989 de milhares. Lula não se manifesta.
Agora mesmo morreu mais um crítico de Putin
na Rússia, preso, depois de clara tentativa de envenenamento. Todos
sabem que foi o Kremlin.
Lula alega desconhecer os detalhes e faz pouco
caso, banalizando mais esta morte.
Milhares morrem na
Ucrânia invadida
por Putin, mas
Lula quer, no máximo, resolver tudo numa conversa de
bar, enquanto no fundo passa pano para as atrocidades do ditador russo.
Lula
liga mesmo para as vidas de milhares de mulheres e crianças palestinas?
Ele adquiriu de repente, do nada, uma sensibilidade ausente desde
sempre?
Se fosse o caso, ele estaria condenando, repito, o Hamas, não
Israel por se defender.
É o Hamas que mantém as próprias mulheres e
crianças como escudo humano, escravizadas, reféns.
Mas
Lula não dá a mínima para essas pessoas, claro.
Ele só liga para seu
projeto de poder.
E por isso fez o cálculo de que era hora de dobrar a
aposta e aproximar o Brasil da China, da Rússia e do Irã, demonizando
Israel.
As mulheres e crianças palestinas não têm nada com isso. São
apenas instrumentos de retórica.
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário