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sábado, 31 de janeiro de 2015

Um cadáver no poder

Um cadáver no poder (I)

Por que ainda há quem siga a Teologia da Libertação? Aparentemente nenhuma pessoa razoável deveria fazer isso. Do ponto de vista teológico, a  doutrina que o peruano Gustavo Gutierrez e o brasileiro Leonardo Boff espalharam pelo mundo já foi demolida em 1984 pelo então cardeal Joseph Ratzinger (v.“Liberation Theology”, 1984, http://www.christendomawake.org/pages/ratzinger/liberationtheol.htm dois anos depois de condenada pelo Papa João Paulo II (v. Quentin L. Quade, ed.,The Pope and Revolution: John Paul II Confronts Liberation Theology. Washington, D.C., Ethics and Public Policy Center, 1982). Em 1994 o teólogo Edward Lynch afirmava que ela já tinha se reduzido a uma mera curiosidade intelectual (v. “The retreat of Liberation Theology”, The Homiletic & Pastoral Review, 10024, 212-799-2600,https://www.ewtn.com/library/ISSUES/LIBERATE.TXT. 
Em 1996 o historiador espanhol Ricardo de la Cierva, que ninguém diria mal informado, dava-a por morta e enterrada (v. La Hoz y la Cruz. Auge y Caída del Marxismo y la Teología de la Liberación, Toledo, Fénix, 1996.
 
Uma década e meia depois, ela é praticamente doutrina oficial em doze países da América Latina. Que foi que aconteceu? Tal é a pergunta que me faz um grupo de eminentes católicos americanos e que, com certeza, interessa também aos leitores brasileiros.
Para respondê-la é preciso analisar a questão sob três ângulos:
(1) A TL é uma doutrina católica influenciada por idéias marxistas ou é apenas um ardil comunista camuflado em linguagem católica?
(2) Como se articulam entre si a TL enquanto discurso teórico e a TL enquanto organização política militante?
(3) Respondidas essas duas perguntas pode-se então apreender a TL como fenômeno preciso e descrever a especial forma mentis dos seus teóricos por meio da análise estilística dos seus escritos.
À primeira pergunta tanto o prof. Lynch quanto o cardeal Ratzinger, bem como inumeráveis outros autores católicos (por exemplo, Hubert Lepargneur, A Teologia da Libertação. Uma Avaliação, São Paulo, Convívio, 1979, ou Sobral Pinto,Teologia da Libertação. O Materialismo Marxista na Teologia Espiritualista, Rio, Lidador, 1984), dão respostas notavelmente uniformes: partindo do princípio de que a TL se apresenta como doutrina católica, passam a examiná-la sob esse aspecto, louvando suas possíveis intenções justiceiras e humanitárias mas concluindo que, em essência, ela é incompatível com a doutrina tradicional da Igreja, e portanto herética em sentido estrito. Acrescentam a isso a denúncia de algumas contradições internas e a crítica das suas propostas sociais fundadas numa arqui desmoralizada economia marxista.
Daí partem para decretar a sua morte, assegurando, nos termos do prof. Lynch, que
“Embora ainda seja atraente para muitos estudiosos americanos e europeus, ela falhou naquilo que os liberacionistas sempre disseram ser a sua missão principal, a completa renovação do catolicismo latino-americano”.
Todo discurso ideológico revolucionário pode ser compreendido em pelo menos três níveis de significado, que é preciso primeiro distinguir pela análise e depois rearticular hierarquicamente conforme algum desses níveis se revele o mais decisivo na situação política concreta, subordinando os demais.
O primeiro é o nível descritivo, no qual ele apresenta um diagnóstico, descrição ou explicação da realidade ou uma interpretação de alguma doutrina anterior. Neste nível o discurso pode ser julgado pela sua veracidade, adequação ou fidelidade, seja aos fatos, seja ao estado dos conhecimentos disponíveis, seja à doutrina considerada. Quando o discurso traz uma proposta definida de ação, pode ser julgado pela viabilidade ou conveniência dessa ação.
O segundo é o da autodefinição ideológica, em que o teórico ou doutrinador expressa os símbolos nos quais o grupo interessado se reconhece e pelo qual ele distingue os de dentro e os de fora, os amigos e os inimigos. Neste nível ele pode ser julgado pela sua eficácia psicológica ou correspondência com as expectativas e anseios da platéia.
O terceiro é o da desinformação estratégica, que fornece falsas pistas para desorientar o adversário e desviar antecipadamente qualquer tentativa de bloquear a ação proposta ou de neutralizar outros efeitos visados pelo discurso.
No primeiro nível, o discurso dirige-se idealmente ao observador neutro, cuja adesão pretende ganhar pela persuasão. No segundo, ao adepto ou militante atual ou virtual, para reforçar sua adesão ao grupo e obter dele o máximo de colaboração possível. No terceiro, dirige-se ao adversário, ou alvo da operação.
Praticamente todas as críticas de intelectuais católicos à Teologia da Libertação limitaram-se a examiná-la no primeiro nível. Desmoralizaram-na intelectualmente, provaram o seu caráter de heresia e assinalaram nela os velhos vícios que tornam inviável e destrutiva toda proposta de remodelagem socialista da sociedade.
Se os mentores da TL fossem católicos sinceramente empenhados em “renovar o catolicismo latino-americano”, ainda que por meios contaminados de ideologia marxista, isso teria bastado para desativá-la por completo. Uma vez que esse tipo de análise crítica saiu das meras discussões intelectuais para tornar-se palavra oficial da Igreja, com o estudo do Cardeal Ratzinger em 1984, a TL podia considerar-se, sob esse ângulo, extinta e superada.
Leiam agora este depoimento do general Ion Mihai Pacepa, o oficial de mais alta patente da KGB que já desertou para o Ocidente, e começarão a entender por que a desmoralização intelectual e teológica não foi suficiente para dar cabo da TL (v. “Kremlin’s religious Crusade”, em Frontpage Magazine, junho de 2009, http://archive.frontpagemag.com/readArticle.aspx?ARTID=35388 Em 1959, como chefe da espionagem romena na Alemanha Ocidental, o general Pacepa ouviu da própria boca de Nikita Kruschev: “Usaremos Cuba como trampolim para lançar uma religião concebida pela KGB na América Latina.”

O depoimento prossegue:Khrushchev nomeou ‘Teologia da Libertação’ a nova religião criada pela KGB. A inclinação dela para a ‘libertação’ foi herdada da KGB, que mais tarde criou a Organização para a ‘Libertação’ da Palestina (OLP), o Exército de ‘Libertação’ Nacional da Colômbia (ELN), e o Exército de ‘Libertação’ Nacional da Bolívia. A Romênia era um país latino, e Khrushchev queria nossa “visão latina” sobre sua nova guerra de “libertação” religiosa. Ele também nos queria para enviar alguns padres que eram cooptadores ou agentes disfarçados para a América Latina – queria ver como “nós” poderíamos tornar palatável para aquela parte do mundo a sua nova Teologia da Libertação.
“Naquele momento a KGB estava construindo uma nova organização religiosa internacional em Praga, chamada “Christian Peace Conference” (CPC), cujo objetivo seria espalhar a Teologia da Libertação pela América Latina.
“Em 1968, o CPC – criado pela KGB – foi capaz de dirigir um grupo de bispos esquerdistas sul-americanos na realização de uma Conferência de Bispos Latino-americanos em Medellín, na Colômbia. O propósito oficial da Conferência era superar a pobreza. O objetivo não declarado foi reconhecer um novo movimento religioso, que encorajasse o pobre a se rebelar contra a ‘violência da pobreza institucionalizada’, e recomendá-lo ao Conselho Mundial de Igrejas para aprovação oficial. A Conferência de Medellín fez as duas coisas. Também engoliu o nome de batismo dado pela KGB: ‘Teologia da Libertação.’”

Ou seja, em suas linhas essenciais, a idéia da TL veio pronta de Moscou três anos antes de que o jesuíta peruano Gustavo Gutierrez, com o livro Teología de la Liberación(Lima, Centro de Estudios y Publicaciones, 1971), se apresentasse como seu inventor original, decerto com a aprovação de seus verdadeiros criadores, que não tinham o menor interesse num reconhecimento público de paternidade. O tutor da criança, Leonardo Boff, entraria em cena ainda mais tarde, não antes de 1977. Até hoje as fontes populares, como por exemplo a Wikipedia, repetem como papagaios adestrados que o Pe. Gutierrez foi mesmo o gerador da coisa e o sr. Boff seu segundo pai.

Escrito por Olavo de Carvalho e publicado no Diário do Comércio.

http://olavodecarvalho.org

Serra assegura que Dilma não acabará o mandato. É crível?

Senador do PSDB compara o "ambiente de desgoverno" com "os vividos por Jânio Quadros e João Goulart nos anos 60, quando ambos acabaram renunciando à presidência"

O senador José Serra, do oposicionista PSDB, um político de peso e prestígio nacional e internacional, fez uma profecia arriscada sobre a presidenta Dilma Rousseff e seu segundo mandato.

Em conversas com seus correligionários de partido, advertiu que Dilma “não irá concluir seu mandato”. Segundo suas afirmações, obtidas ontem pelo competente jornalista político do jornal O Globo Ilimar Franco, o senador Serra compara o “ambiente de desgoverno agravado pela crise econômica e pelas denúncias de corrupção, com os vividos pelos ex-presidentes Jânio Quadros e João Goulart nos anos 60, quando ambos acabaram renunciando à presidência”.

A profecia do senador oposicionista torna-se mais grave por tratar-se de um político com uma biografia e história de Governo nacional e estadual, que quando foi Ministro da Saúde do Governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, alcançou projeção internacional por seu empenho em quebrar as patentes farmacêuticas para dar remédios grátis aos portadores de AIDS e por ampliar a política social dos medicamentos genéricos.

Presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em sua juventude, exilado durante a ditadura militar de 1964, e mais tarde duas vezes ministro, prefeito e Governador de São Paulo, Serra, que representa a esquerda social do PSDB, disputou as eleições presidenciais com Lula em 2002.

Hoje, o senador tucano segue com possibilidades de voltar a disputar a Presidência da República em 2018 ou até mesmo antes, se for cumprida sua profecia sobre a renúncia de Dilma. Serra não é impulsivo nem simplista. Sabe o que diz e quando o diz. Por isso, ao lançar sua profecia aos seus devia estar consciente de que pisava em campo minado e em um momento especialmente crítico pelo qual o país atravessa.

É de estranhar, entretanto, que o senador não tenha indicado ao mesmo tempo quem poderia levar a presidenta Dilma a abdicar de seu cargo. No caso do popular Jânio Quadros, que renunciou em 1961 depois de sete meses de Governo, o mesmo falou em sua carta de despedida de “forças ocultas levantadas contra mim”. Hoje, existem estas mesmas forças ocultas que obrigariam Dilma Rousseff a deixar a Presidência?

O partido de Serra foi o primeiro a se opor oficialmente por meio de seu presidente Aécio Neves contra aqueles que começaram a pedir o impeachment de Dilma após o apertado resultado das eleições presidenciais. E Aécio foi o primeiro a felicitar a vencedora das eleições, naquela noite. [é esse comportamento oposicionista, leniente e mesmo covarde, que está ajudando Dilma e a corja lulopetista afundar o Brasil; em 2005, com o estouro MENSALÃO - PT, todas as condições para detonar Lula, via impeachment, estavam presentes, mas a oposição optou por deixar o $talinácio no poder, sagrando até morrer.
O resultado está aí: Lula se reelegeu, elegeu o poste Dilma - que criou vida própria,  se tornou mais incomPTente - mas, conseguiu se reeleger.
Qualquer pessoa consciente sabe que o PETROLÃO - PT pode terminar da mesma forma que o MENSALÃO - PT: poucos ladrões condenados, entre eles alguns petralhas, que logo estarão soltos. Talvez, escolham no PETROLÃO - PT, um ou dois otários, não políticos, para o papel de Marcos Valério.
O mesmo risco existe quando estourar o CAIXÃO - PT, ELETROLÃO - PT e BRASILZÃO - PT = impunidade.]

No caso de João Goulart, foram os militares que o depuseram da Presidência para dar vida ao golpe por medo de que o Brasil pudesse se transformar em uma nova Cuba. Hoje, como Serra sabe melhor do que ninguém, é impensável qualquer tipo de movimento sério por parte dos militares para derrubar Dilma, nem ninguém teme os comunistas, que se aburguesaram como a maioria dos partidos.

A nova geração das Forças Armadas colabora ativamente com as instituições democráticas. Os militares suportaram firmes a atuação da Comissão da Verdade sobre os crimes cometidos (?)  pelo Exército durante a ditadura. Se pode existir algum mal-estar entre os militares pela grave crise econômica, de valores e até social que o país atravessa, flertando com a recessão econômica e com fricções evidentes entre o Governo e o Congresso e entre Dilma e seu partido, o PT, isso não vai além do que se vê nas outras instituições: os partidos políticos, os juízes, os movimentos sociais, a Igreja Católica e todos os cidadãos comuns, descontentes com a má qualidade dos serviços públicos agravada pela corrupção política e empresarial que se revela maior a cada dia e cujo símbolo é a degradação da Petrobras, que poderia derrubar nos próximos dias dezenas de congressistas e até ministros, ex-ministros e ex-governadores, que podem ser processados pela justiça enquanto grandes empresários continuam na prisão.

Entretanto, nenhum desses estamentos hoje se apresenta capaz e com força para obrigar Dilma a renunciar ao seu cargo.  Talvez pudessem ser todos esses descontentes, crise econômica e corrupção juntos? Isso implicaria que Dilma, constrangida pelo que Serra chama de “desgoverno”, poderia jogar a toalha antes de cumprir seu segundo mandato.

Mas Dilma Rousseff não é Jango e Serra sabe disso. Talvez a ex-guerrilheira se pareça em sua firmeza de caráter e em suas convicções, acertadas ou não, ao tucano, ele também duro e firme como uma rocha quando se trata de defender suas convicções.

Quem conhece a presidenta de perto, e por isso às vezes é testemunha da dureza de um temperamento que não aceita nunca se equivocar e que ama o poder, sabe muito bem que nenhum medo de “forças ocultas levantadas contra ela”, como no caso de Jango, seria suficiente para fazê-la desistir espontaneamente de seu cargo. [talvez não seja possível  fazê-la desistir espontaneamente do cargo que avilta... epa.... ocupa. Derrubá-la talvez seja impossível ou inconveniente.
Porém, sempre ela pode ser 'convencida' a pedir pra sair.]


Sem contar que em um momento de grave crise, por exemplo, com o Congresso ou por parte de possíveis acusações de conivência com a corrupção, Dilma contaria sempre com o apoio popular de Lula, que mesmo existindo hoje arestas entre eles, não permitiria que ela fracassasse. Ela mesma, em um gesto de clara inteligência política, sempre se blindou, para o bem e para o mal, nos 12 anos de Governo do PT. Dilma não morreria sozinha. [a história do Brasil mostra que apoio popular costuma desaparecer quando encontra resistência à altura.
Nunca, o apoio popular a opositores de um governo forte impediu que o mesmo se consolidasse.]
Por tudo isso, Serra deveria explicar melhor aos seus quem são, nesse momento e contexto histórico, que pouco tem a ver com o dos anos 60 das renúncias de Jango e Goulart, aqueles que poderiam obrigar Dilma a renunciar.

 Fonte: El País

Empreiteiras querem Lula e Dilma na Justiça

Empreiteiras querem levar Lula e Dilma à roda da Justiça

VEJA desta semana revela que os réus por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa querem trazer para a cena do crime o topo da cadeia de comando do petrolão

Lava Jato

Com os processos da Operação Lava-Jato a caminho das sentenças, as empreiteiras querem Lula e Dilma junto com elas na roda da Justiça

Há quinze dias, os quatro executivos da construtora OAS, presos durante a Operação Lava-Jato, tiveram uma conversa capital na carceragem da polícia em Curitiba. 

“Se tiver que morrer aqui, não morro sozinho”

VEJA desta semana revela a estratégia dos executivos das construtoras na defesa dos processos da Operação Lava Jato. Réus por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, eles estudam trazer para a cena do crime, com nomes e sobrenomes, o topo da cadeia de comando do petrolão

Sentados frente a frente, numa sala destinada a reuniões reservadas com advogados, o presidente da OAS, Léo Pinheiro, e os executivos Mateus Coutinho, Agenor Medeiros e José Ricardo Breghirolli discutiam o futuro com raro desapego. Os pedidos de liberdade rejeitados pela Justiça, as fracassadas tentativas de desqualificar as investigações, o Natal, o réveillon e a perspectiva real de passar o resto da vida no cárcere levaram-nos a um diagnóstico fatalista. Réus por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, era chegada a hora de jogar a última cartada, e, segundo eles, isso significa trazer para a cena do crime, com nomes e sobrenomes, o topo da cadeia de comando do petrolão. Com 66 anos de idade, Agenor Medeiros, diretor internacional da empresa, era o mais exaltado: “Se tiver de morrer aqui dentro, não morro sozinho”.

A estratégia dos executivos da OAS, discutida também pelas demais empresas envolvidas no escândalo da Petrobras, é considerada a última tentativa de salvação. E por uma razão elementar: as empreiteiras podem identificar e apresentar provas contra os verdadeiros comandantes do esquema, os grandes beneficiados, os mentores da engrenagem que funcionava com o objetivo de desviar dinheiro da Petrobras para os bolsos de políticos aliados do governo e campanhas eleitorais dos candidatos ligados ao governo. É um poderoso trunfo que, em um eventual acordo de delação com a Justiça, pode poupar muitos anos de cadeia aos envolvidos. “Vocês acham que eu ia atrás desses caras (os políticos) para oferecer grana a eles?”, disparou, ressentido, o presidente da OAS, Léo Pinheiro. Amigo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos tempos de bonança, ele descobriu na cadeia que as amizades nascidas do poder valem pouco atrás das grades.

Na conversa com os colegas presos e os advogados da empreiteira, ele reclamou, em particular, da indiferença de Lula, de quem esperava um esforço maior para neutralizar os riscos da condenação e salvar os contratos de sua empresa. Léo Pinheiro reclama que Lula lhe virou as costas. E foi dessa mágoa que surgiu a primeira decisão concreta do grupo: se houver acordo com a Justiça, o delator será Ricardo Breghirolli, encarregado de fazer os pagamentos de propina a partidos e políticos corruptos. As empreiteiras sabem que novas delações só serão admitidas se revelarem fatos novos ou o envolvimento de personagens importantes que ainda se mantêm longe das investigações. Por isso, o alvo é o topo da cadeia de comando, em que, segundo afirmam reservadamente e insinuam abertamente, se encontram o ex-presidente Lula e Dilma Rousseff.

(Com reportagem de Daniel Pereira e Hugo Marques)

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Conjugue com Dilma: Eu menti, vocês mintam...

Sabe por que a presidente Dilma Rousseff não concede entrevistas desde as vésperas do Natal do ano passado? 

Porque se sentiria obrigada a mentir. Como mentiu para se reeleger.

Frase do dia

"O que estamos assistindo no dia a dia é o atestado absoluto de falência do governo. Um governo que não tem sequer a hombridade, a dignidade de reconhecer os seus erros, que não se julga no dever de explicar à população brasileira o que o Brasil de hoje é tão diferente do Brasil cantado em verso e prosa na campanha eleitoral poucos meses atrás."

Aécio Neves, senador do PSDB-MG

Deve achar que para se reeleger valeu a pena mentir. Mas que para continuar mentindo e justificar as mentiras passadas, o preço a pagar seria mais alto. O silêncio dela, pois, não trai nenhum arrependimento por ter mentido à farta durante a campanha eleitoral. Trata-se apenas de pura e legítima defesa.
Dilma Rousseff (Imagem: Arquivo Google)
Que deseja ser conhecida como Dilma Kim Jong-un  
 
Dilma pode ser tudo, menos boba. Não se conhece aqui ou lá fora um bobo que tenha chegado ao poder. E ali se mantido por um tempo razoável. Uma parte dos erros que Dilma cometeu na condução econômica do seu primeiro governo se deveu de fato à sua incompetência. De ótima gestora, como foi vendida por Lula, não tinha nada.

Mas a outra parte dos erros foi cometida de forma consciente. Para facilitar a reeleição. Por causa disso, gastou mais do que o governo poderia ter gastado. Deixou a inflação crescer por causa disso.  No momento em que se cala e quase some de circulação, Dilma cobra dos seus ministros que façam o contrário. Que se exponham mais e mais. E que “travem a batalha da comunicação”.

Por “batalha da comunicação”, entenda-se repetir as mentiras da campanha. E assim vemos ministro constrangido a dizer, por exemplo, que as conquistas sociais são intocáveis. Não são.  E vemos ministros forçados a recuarem do que haviam dito – como ocorreu com Joaquim Levy, da Fazenda, mais de uma vez. O risco maior que eles correm: ser desautorizados por ela.

Em resumo: assim Dilma se preserva. E acaba jogando seus auxiliares no forno.

Fonte: Ricardo Noblat - Blog do Noblat

 

As digitais do tesoureiro do PT

As digitais do tesoureiro

Investigações se aproximam de João Vaccari Neto a partir da inclusão da empreiteira Schahin no inquérito da Lava Jato. O petista seria o elo com a empresa suspeita de ter integrado o esquema de desvio de recursos da Petrobras para irrigar os cofres do PT

Na terça-feira 27, a Polícia Federal abriu dez novos inquéritos contra empreiteiras citadas no Petrolão. São suspeitas de conluio em licitações e pagamento de propina a políticos e executivos. Dentre elas, atrai especialmente a atenção da força-tarefa da Operação Lava Jato o grupo Schahin. Fundado pelos imigrantes sírios Salim e Milton Taufic Schahin, o grupo se originou numa corretora de valores, evoluiu para empreendimentos imobiliários e hoje atua em todos os setores estratégicos da economia, como telecomunicações, produção e transmissão de energia, infraestrutura portuária e até exploração de petróleo do pré-sal.
 O CERCO SE FECHA
Ligação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, com empreiteira
investigada no esquema da Petrobras complica ainda mais sua situação

Uma das estrelas petistas mais próximas dos irmãos Schahin é o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que, agora, corre sério risco de virar réu na Justiça Federal do Paraná. Com base na recente delação do ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco e em depoimentos de outros investigados, como o ex-diretor internacional da estatal Nestor Cerveró, que foi preso no início do mês, a PF suspeita que o grupo Schahin tenha integrado o esquema de desvio de recursos da Petrobras e de outras obras públicas para encher os cofres do PT. Os contratos da Petrobras com o grupo empresarial preveem o arrendamento de plataformas e navios-sonda de exploração em águas ultraprofundas. No total, a Schahin teria recebido US$ 15 bilhões pelos contratos. 

Indícios levantados pela PF sugerem que o dinheiro desviado percorreu uma rota internacional complexa, escoando por meio de mais de uma centena de contas bancárias distribuídas em quase 50 offshores em uma dezena de diferentes paraísos fiscais, como Panamá, Suíça, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Marshal, Cayman e Luxemburgo. “A engenharia financeira criada pelo grupo Schahin para os contratos com a Petrobras é uma espécie de cebola, com várias camadas até o seu núcleo. Para chegarmos aos verdadeiros controladores, precisamos descascá-la camada por camada”, afirma um dos delegados envolvidos na investigação. 


 ELES JÁ SABIAM
Segundo o ex-gerente de serviços da Petrobras Pedro Barusco (acima),
o tesoureiro do PT, João Vaccari, tinha uma boa relação com o grupo Schahin.
Pivô do mensalão, Marcos Valério (abaixo) contou ao MP que um empréstimo de R$ 6 milhões

Só no Panamá, o grupo Schahin criou ao menos nove offshores. Uma delas é a Turasoria S.A., proprietária do navio-sonda SC Lancer, arrendado à Petrobras. No contrato social da Lancer, são indicados como sócios José Jannarelli, Lilian de Muschett e Kenji Otsuki. Em 2013, o nome de Muschett apareceu no escândalo envolvendo o premiê da Espanha, Mariano Rajoy. Ela figurava em empresas fantasmas criadas pelo ex-tesoureiro do PP espanhol Luis Bárcenas para lavar dinheiro de corrupção. Otsuki, por sua vez, já foi citado como “homem da propina do Banco Schahin” pelo corretor Lucio Bolonha Funaro, também citado no caso do mensalão.

Em Dellaware, nos EUA, o grupo Schahin mantém outras duas offshores, a Soratu Drilling LLC e a Baerfield Drilling LLC, controladoras de outras sondas arrendadas à Petrobras. Extratos bancários, obtidos por ISTOÉ, revelam que essas empresas receberam recursos da conta nº 232222-04 que o Banco Schahin mantinha no Clariden, na Suíça. Em 2011, a entidade financeira foi vendida pelo grupo ao BMG. Posteriormente, uma investigação sigilosa do Banco Central apontou que a Schahin desviou US$ 110 milhões de contas dos clientes para o banco Clariden e que os recursos desapareceram. Agora, suspeita-se que o dinheiro foi usado para alavancar empréstimo de US$ 1 bilhão dos Schahin junto ao Deutsche Bank para o arrendamento dos navios-sonda para a Petrobras.

Funaro, que possui uma antiga disputa judicial com o grupo Schahin, promete arrolar a Petrobras numa ação contra o grupo em Nova York. Na CPI que investigou a Petrobras em 2009, ele também denunciou a relação umbilical” dos Schahin com Vaccari e os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef. A oposição tentou investigar o caso, mas não conseguiu. Na última Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar crimes contra a Petrobras, no ano passado, deputados do PPS e do PMDB mineiro apresentaram requerimentos para audiências sobre os contratos da Schahin com a estatal. Mas os requerimentos foram sumariamente engavetados pelos governistas. A blindagem sobre os negócios da Schahin também impediu que avançassem todas as tentativas de denúncias recentes, inclusive de gente ligada ao PT.

No final de 2012, o publicitário Marcos Valério procurou um acordo tardio de delação premiada para tentar reduzir sua condenação no processo do mensalão. Ofereceu ao MPF denúncia-bomba de que a cúpula do PT teria recorrido a um empréstimo de R$ 6 milhões do Banco Schahin para comprar o silêncio de um empresário de Santo André que ameaçava envolver Lula, José Dirceu e Gilberto Carvalho na morte do ex-prefeito Celso Daniel. Segundo Valério, a ajuda de Schahin rendeu ao grupo os gordos contratos de arrendamento de sondas à Petrobras. Em abril do ano passado, para tentar preservar o mandato parlamentar e evitar a expulsão do PT, o então deputado federal André Vargas envolveu o nome da Schahin com o casal Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann em negociatas na hidrelétrica de Itaipu. Coincidência ou não, Gleisi foi tesoureira da usina e até dias atrás Vaccari tinha assento no conselho de administração.


Além das sondas e plataformas, a Schahin também faturou
com obras de gasoduto e até da reforma do Centro de Pesquisas da Petrobras
Mesmo execrado do partido e sem mandato, Vargas ainda guarda o que sabe para usar num eventual processo. Cerveró, por exemplo, entregou só uma ponta do iceberg de segredos da relação PT-Schahin-Petrobras. Contou que a estatal começou a negociar com a empresa a partir de 2006, para suprir a demanda por plataformas FPSOs e navios-sonda de exploração em águas ultraprofundas. Explicou que a primeira parceria foi firmada com a japonesa Mitsui e que a Schahin entrou como “investidora”. A PF e o MPF querem entender por que uma empresa líder mundial do setor precisaria se associar a um grupo brasileiro sem expertise e em situação financeira precária. A suspeita dos investigadores é de que a Schahin tenha entrado como intermediária para viabilizar o pagamento de propina ao PT.
 
De 2006 até hoje, os contratos de arrendamento se multiplicaram. Em 2008, foram adquiridos dois navios-sonda, e outro no ano seguinte. Em 2011, a estatal arrendou mais duas plataformas e, em 2012, fechou negócio para mais três navios-sonda. A maioria desses contratos, obtidos por ISTOÉ, é remunerada por hora, mesmo quando os navios não estão em uso. Além das sondas e plataformas, a Schahin também faturou com obras de gasoduto e até da reforma do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes). 

Esta obra foi citada pelo ex-gerente Pedro Barusco como exemplo da “boa relação” entre Vaccari e o grupo Schahin. Na delação premiada, Barusco revelou uma “troca de propinas” com o tesoureiro do PT. Disse que precisava receber um “crédito” dos Schahin pela obra do Cenpes e, como devia para Vaccari, resolveu fazer uma permuta, pela qual o tesoureiro herdaria a propina do ex-gerente. Procurada, a Schahin se limitou a responder que “desconhece os termos do noticiado inquérito”.

AS OFFSHORES DA SCHAHIN PELO MUNDO 

Fonte:  ISTOÉ Independente

Fotos: Paulo Araújo/Agencia O Dia/AE; MARCELO PRATES/HOJE EM DIA/AE 

 

Fora do Tema: mas, entendam, é a bunda de Paolla Oliveira x visão dos intelectuais

Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que elogiar uma bunda

Mário Teodoro, mestre em sociologia, assina artigos quinzenais em dois dos principais jornais brasileiros; Cristina Fontana, antropóloga e responsável pela coordenação dos cursos de pós-graduação de uma importante universidade pública. Forjados no calor de 1968, o casal não se permite muitos momentos como aquele: distrações em frente à televisão. Mas, desta vez, um amigo muito próximo é o responsável pela direção de arte de “Felizes Para Sempre?” e, para não magoá-lo, a melhor opção era assistir 5 minutinhos da série - o suficiente para um elogio genérico durante um jantar.
Paolla Oliveira chamou atenção por boa forma física em cena de “Felizes para sempre?” - Reprodução

A dupla ainda foi torturada por quinze minutos de Big Brother Brasil - experiência que rendeu um debate acerca de George Orwell e a espetacularização do cotidiano mais banal. “É a validação da mediocridade como comportamento padrão e aceitável. Vou escrever sobre isso no meu próximo artigo, já batizado de ‘O Herói do Possível’”, observou Teodoro.

Quando o programa começa, o casal acha graça nas referências ao cinema de Lars von Trier. “O ‘pobro’ não vai entender essa”, comenta, jocosa, Cristina - que assim como outros colegas de universidade usa a palavra “pobro” para se referir, de forma sucinta, ao povo pobre e sem acesso à educação formal.

Mas eis que surge uma bunda. A bunda de Paolla Oliveira. Um silêncio desmoronou, pesado, sobre aquele apartamento. Qual dos dois iria ser o primeiro a se arriscar nesta delicada seara? Quem iria ser o primeiro a tecer um comentário sobre a bunda da atriz.
São momentos como esse que você põe toda uma carreira acadêmica a perder. Uma palavra mal colocada e você pode ser queimado na inquisição das rodas intelectuais do eixo Rio-São Paulo.

Teodoro, que suava e deixava escapar uma tremidinha nervosa na voz, arriscou-e e, murmurando, disse: “derrière”.  Gênio! Ao usar a palavra francesa e evitar encher a boca com um termo de segundo time, Teodoro conseguiu introduzir o tema com certa classe e cuidado. Cristina aproveitou a brecha e, aliviada, complementou: “Arsch, querido! Arsch” - referindo-se a mesma bunda - só que em alemão, a língua mãe de toda a filosofia ocidental.

A partir daí, os dois tentaram disfarçar aquela súbita admiração pela derrière/Arsch de Paolla e encaminharam uma conversa no sentido de entender, do ponto de vista semiótico, o poder da bunda ao redor do mundo. Os dois concordavam que era difícil encontrar um autor sério que tenha se debruçado, de forma consistente, sobre a questão da bunda. Apenas de uma maneira derivativa era possível encontrar referências bibliográficas sobre a presença da bunda na nossa cultura (pelo menos entre autores que eles não desprezavam).

De certo que Karl Marx tinha pela bunda uma visão classista. Acreditava no poder simbólico de uma nádega como síntese do poder burguês. “Quero sua bunda como quero seu trabalho, sua mais-valia e sua felicidade”, gritaria um porco capitalista. O marxismo nos faz olhar a bunda com a culpa do capital, com a sensação da opressão, a bunda como resultado da sodomia do dinheiro e de outras taras terríveis.

Por isso, marxista histórica, Cristina sempre cobriu sua bunda, escondendo-a dentro de uma espécie de meia burca. Com essa ideia, ela fomentou movimentos feministas que pregavam a pena capital para quem virasse o pescoço e mirasse, de passagem, uma bunda que se vai (e se esvai). Teodoro também tinha pela própria bunda uma certa aversão. Era ela, a bunda, que fazia o intelectual requisitado pelos maiores jornais do País se assemelhar a um reles trabalhador braçal e iletrado. A bunda era democrática demais até para um homem com convicções socialistas como as dele.  

Teodoro trouxe Michel Foucault para a conversa - coisa que Cristina considerou uma provocação barata. Para Teodoro, Foucault teria escrito em “A História da Sexualidade” um belo arrazoado sobre a bunda e as estruturas sociais. Cristina, antropóloga, sempre achou essa interpretação um equívoco imperdoável. “Quando você pensa que Foucault está falando de bunda, você se engana. Ele está falando sobre…”

Na tevê, a bunda de Paolla Oliveira aparece novamente. Resplandecente. Um sol. O silêncio caiu sobre a casa outra vez. Aquela bunda mitológica teria o poder de encher a Cantareira, restituir o nosso respeito pela Petrobrás e fazer um casal de intelectuais repetir: “Que bunda!”

Teodoro e Cristina se deram as mãos, se olharam nos olhos e se abraçaram. Foi a primeira vez, em muitos anos, que os dois estavam experimentando esse calor sublime de se sentirem populares, se sentirem do “pobro”, livres e capazes de admirar uma bunda.  Em silêncio, Teodoro e Cristina foram para o quarto. Tiraram suas calças e ficam admirando a bunda um do outro. Eram bundas tristes, mas cheias de história e sonhos perdidos pelo caminho. Choraram. Beijaram-se (no sentido grego também) e foram dormir felizes. Sonharam com a Paolla Oliveira, mas não contaram um para o outro.

Transcrito do Blog de Gilberto Amendola - Yahoo! Mulher
https://br.mulher.yahoo.com/blogs/n%C3%A3o-%C3%A9-voce-sou-eu/triste-epoca-e-mais-facil-desintegrar-um-atomo-do-120537534.html

Paolla Oliveira virou o termo mais procurado do Google após aparecer em trajes sumários na minissérie “Felizes para sempre?”. 

Veio direto para o Cena Virtual!

Abundância

O fio dental que Paolla Oliveira ostentou em cena de “Felizes para sempre?” segue causando comoção. O nome da atriz chegou a ser o termo mais procurado do Google. Veja o vídeo aqui. 


Treinador de homens-bomba explode turma por engano

Acidente de trabalho - Homem dava aula para aspirantes a ataques suicida quando detonou explosivos presos ao corpo matando 22 e ferindo 15

Um grupo de extremistas sunitas que assistiam a uma aula de treinamento para atentados suicidas em um acampamento ao norte de Bagdá foi morto na segunda-feira quando seu comandante involuntariamente realizou uma demonstração com um cinto que estava cheio de explosivos, contaram funcionários do Exército e da polícia iraquiana. 
 
Militantes sunitas mascarados posam em foto na cidade de Faluja, A 70 quilômetros de Bagdá - REUTERS

Os combatentes pertenciam a um grupo conhecido como o Estado Islâmico do Iraque e da Síria, o Isis, que luta na província de Anbar contra o Exército iraquiano, dominado por xiitas. Mas eles também estão ligados a ataques a bomba em outros lugares.
Vinte e dois membros do Isis foram mortos e 15 ficaram feridos na explosão no acampamento, que está em uma área de plantações no nordeste da cidade de Samarra, afirmaram as autoridades policiais e do Exército. Armazéns de explosivos e armas pesadas também ficavam nesse acampamento, segundo os funcionários. Oito militantes foram presos quando tentavam fugir.

O homem que estava conduzindo o treinamento não foi identificado pelo nome, mas foi descrito por um oficial do Exército iraquiano como um recrutador prolífico, que foi “capaz de matar os bandidos de uma vez”. No início deste mês, militantes do Isis invadiram a cidade de Fallujah e a vizinha Ramadi, ambas na província de Anbar, com armamento pesado, assumindo o controle de vias de acesso e escritórios de autoridades locais.
Desde então, forças de segurança locais e tribais reestabeleceram o controle em Ramadi.
Mas o Iraque está desenvolvendo um plano, com a ajuda dos Estados Unidos, que faria tribos sunitas assumirem a liderança na luta contra o Isis em Fallujah com apoio do Exército iraquiano, um alto funcionário do Departamento de Estado disse ao Congresso na semana passada.

A fonte, o funcionário Brett McGurk, afirmou que o Isis tinha cerca de dois mil combatentes no Iraque, e que seu objetivo a longo prazo era estabelecer uma base de operações em Bagdá, liderada por Abu Bakr al-Baghdadi, que foi classificado como terrorista global pelo Departamento de Estado.




E o lulopetismo desestabilizou a Petrobras - PT roubou no MENSAÇÃO: R$ 140 MILHÕES - PT roubou no PETROLÃO: R$ 2,1 BILHÕES. Imaginem, no próximo ... se deixarmos

A maior crise na história da empresa é causada por um partido de esquerda e não pelos “neoliberais” tucanos, nem os ‘entreguistas’ de todos os matizes

[para registro: na fila, para estourar, estão a ELETROBRAS = ELETROLÃO - PT, a CAIXA = CAIXÃO - PT e o Banco do Brasil = BRASILÃO - PT.

o CAIXÃO - PT já está sob investigação do TCU, haja vista que a Caixa Economica criou uma empresa unicamente para fugir das licitações.]

Num enredo de realismo fantástico aplicado à política, o lulopetismo, corrente hegemônica do PT, partido de esquerda, é que se tornou o maior algoz da Petrobras, nas seis décadas de história da estatal, ícone da própria esquerda.

Não foram o “neoliberalismo” da social-democracia tucana nem os “entreguistas” de todos os matizes o carrasco da companhia, como petistas sempre denunciaram. Bastaram 12 anos de administração comandada pelo PT para a maior empresa brasileira, situada também com destaque em rankings internacionais, chegar ao ponto de não ter acesso ao mercado global de crédito, devido ao alto risco que representa.

A maior crise da história da Petrobras tem começo, meio e ainda não se sabe o fim. É certo que ela será uma empresa menor, depois da baixa patrimonial que terá de fazer para refletir os efeitos dramáticos produzidos em seus ativos pelo lulopetismo: desde a rapina patrocinada por esquemas político-partidários do PT, PP, PMDB, por enquanto a decisões de investimento voluntaristas, sem cuidados técnicos, e também inspiradas por preferências políticas e ideológicas.

No mais recente fiasco da diretoria e Conselho de Administração a divulgação do balancete do terceiro trimestre do ano passado sem auditoria e registro contábil da roubalheira do petrolão , foi revelado que, da análise de 31 ativos da companhia, resultou a estimativa de que eles estariam superavaliados em astronômicos R$ 88,6 bilhões.

Não apenas pelos desvios do petrolão, mas por mau planejamento e mudanças de parâmetros como dólar e preço do petróleo. Sobre a corrupção em si, o Ministério Público do Paraná informa que a Operação Lava-Jato, a que está desbaratando a quadrilha da estatal, permitiu a denúncia contra responsáveis por desvios de R$ 2,1 bilhões, dos quais R$ 450 milhões foram recuperados e R$ 200 milhões, bloqueados na forma de bens de réus. Para comparar: no mensalão foram R$ 140 milhões.

O começo da hecatombe foi a entrega da estatal ao lulopetismo sindical, de que José Sérgio Gabrielli é símbolo. Ex-presidente da estatal, ele foi denunciado devido a evidências de superfaturamento em obras do centro de pesquisa da estatal. Diretores passaram a ser apadrinhados por políticos/partidos, e assim abriram-se as portas do inferno. O próprio Lula fez uso político da estatal, ao impor a construção de refinarias inviáveis no Maranhão e no Ceará, para contentar os Sarney e os Gomes (Cid e Ciro). Elas acabam de sair dos planos da estatal, mas, só em projetos, desperdiçaram R$ 2,7 bilhões. A Abreu e Lima, por sua vez, um ícone do superfaturamento, surgiu de conversas entre Lula e o caudilho Hugo Chávez — sem que a Venezuela investisse na refinaria.

Na quinta, a agência Moody’s rebaixou todas as notas de risco da estatal, colocando-a no limiar da perda do “grau de investimento”. Abaixo desse nível, os títulos da empresa entram na faixa do “junk”, “lixo”. Com méritos.

Fonte: Editorial - O Globo

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Assim não, juiz Sérgio Moro!



Assim não, juiz Sérgio Moro! Assim, o senhor ainda acaba ganhando uma estrelinha do PT! Ou: Nem um homem probo tem o direito de agredir o estado de direito
Alguns leitores têm de pôr um troço na cabeça: eu escrevo o que quero, não o que querem que eu escreva. Construí a liberdade de dizer tudo o que penso; não a ganhei de ninguém. E, por óbvio, ela está ancorada na Constituição. Critiquei, sim, ontem, o juiz Sérgio Moro, que, até onde sei, é um homem correto. A exemplo dele, quero os ladrões da Petrobras na cadeia. Mas isso não me impede de apontar seus erros. Quem não gostar que não leia.

Só para refrescar a memória: o juiz negou habeas corpus aos diretores presos da OAS, a menos que a empreiteira rompesse todos os seus contratos com órgãos públicos nas três esferas de administração. O juiz pode ser um valente, mas precisa tomar cuidado com a paixão pelos holofotes. Ele negue o que quiser, e a Justiça decida. Mas não lhe compete antecipar uma pena — antes da condenação — e fazer uma exigência, ainda que oblíqua, que prejudicaria não apenas os donos da OAS, mas milhares de pessoas. Por que a empreiteira romperia até contratos que não estão sob investigação? Isso é prática que demoniza o setor privado. E a Petrobras, o antro da roubalheira? Não tem de romper nada? Tenham paciência!

Agora leio no Estadão que o juiz reclamou da lista de testemunhas de defesa do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, apontado como uma espécie de coordenador do que foi chamado “Clube das Empreiteiras”. Entre os nomes arrolados por ele estão o ministro Jaques Wagner, da Defesa, ex-governador da Bahia; o ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo; Arlindo Chinaglia, candidato do PT à Presidência da Câmara, e José Di Fillipi Jr., ex-tesoureiro das campanhas de Lula e Dilma e atual secretário da Saúde de São Paulo. Há ainda 18 outros nomes, de vários partidos. Mas é evidente que são estes os que chamaram a atenção.

E chamam a atenção, muito especialmente, porque Pessoa é autor de um manuscrito em que deixa claro que o PT era o coordenador da festança. Vai além e diz que o dinheiro que passou pela diretoria de Paulo Roberto Costa era “fichinha” perto do que realmente aconteceu. Mais: assegura que todas as empreiteiras colaboraram com a campanha de Dilma e que Edinho Silva, tesoureiro em 2014, devia estar “muito preocupado”. Em tom irônico, indaga se as contribuições ao PT têm ou não a ver com obras da Petrobras.

Muito bem. Leio agora no Estadão  que o juiz Sérgio Moro não gostou da lista de testemunhas de Pessoa. É mesmo? Ele quer saber por que aqueles nomes estão lá. Escreve: “Há a possibilidade de que tais testemunhas tenham sido arroladas apenas com propósitos meramente abonatórios, o que não seria justificável, pois testemunha é quem sabe fatos relevantes para o julgamento, ou seja, deve ter conhecimento sobre fatos que são objeto da imputação”. Vai além: “A oitiva de agentes públicos como ministros, deputados e secretários é sempre demorada e difícil em vista do procedimento do artigo 221 do Código de Processo Penal. (…) Além disso, tais agentes públicos servem a comunidade e não se afigura correto dispender o seu tempo, além do desse Juízo, ouvindo-os sem que haja real necessidade”.

Epa! Aí não! Nunca vi isso. O juiz pretende agora criar um departamento prévio de censura de testemunhas, definindo quais podem e quais não podem ser arroladas? Vetaria os nomes indicados com base em que lei? Estabelecer esse limite seria cercear o direito de defesa, é evidente. De resto, parece-me óbvio que um réu arrole testemunhas com “propósitos abonatórios”. Ele queria o quê? Que o empresário chamasse pessoas para atacá-lo em juízo?

Vamos ficar atentos! Não estou gostando do rumo que vêm tomando certas coisas. Queira o juiz ou nãonão estou aqui a avaliar intenções porque não conheço o fundo das consciências —, ao criticar as indicações feitas por Pessoa que remetem ao núcleo duro do PT —, Moro, na prática, tenta conduzir a investigação, afastando-a, curiosamente, do partido que está no poder. Então uma empreiteira baiana não pode chamar o baiano Jaques Wagner, que conhece a empresa de perto, para ser testemunha? Por que não? “Ah, mas pode ser uma forma de chantagem e de recado…” É? Eis, então, algo a ser investigado. Por que chamar o ex-tesoureiro das campanhas de Lula e Dilma? Pois é… Talvez Fillipi Jr. e o próprio Pessoa conheçam os motivos.

Qual é o problema, doutor Moro? Será desagradável ver, sei lá, Jaques Wagner cobrir o réu de elogios? Wagner que, diga-se, vem do setor petroleiro e deu emprego a José Sérgio Gabrielli quando este foi chutado da Petrobras.

Assim não, doutor Moro! O senhor tem o direito de ter a sua tese. Mas é preciso tomar cuidado para que convicções mais profundas — como a eventual aversão ao setor privado — não turvem o seu juízo. A roubalheira na Petrobras tinha um centro nervoso, sim: era político! Caso se insista em que se tratava apenas de um bando de empresários tentando roubar a estatal, os bandidos estrelados acabarão sendo, uma vez mais, beneficiados, como já foram no caso do mensalão.

Fonte: Blog do  Reinaldo Azevedo