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domingo, 30 de setembro de 2018

“Tá difícil pra todo mundo” e outras notas de Carlos Brickmann


Fernando Haddad, ele mesmo denunciado na Lava Jato, não quis ficar só: o tesoureiro de campanha que escolheu, Francisco Macena, também é réu

 Os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) (Paulo Whitaker/Nacho Doce/Reuters)


Bolsonaro é auto-suficiente. Quem tem a seu lado o general Mourão não precisa de inimigos. Fernando Haddad é não-suficiente: em boa parte do país há apreensão de material de campanha petista que, sem dar nomes, manda votar no 13 — e põe, ao lado, o retrato de Lula. A vida é dura: Bolsonaro, tão fã de militares, tem de mandar um general ficar quietinho. E Haddad? Estudar tanto, por tantos anos, para virar genérico de presidiário?


Os problemas de ambos, porém, não se limitam aos aliados. Chegam agora a seus eleitores, em reportagens de capa nas grandes revistas semanais. Haddad, mostra a IstoÉ, tem a campanha comandada de dentro da cela de Lula, preso em Curitiba. E Bolsonaro: é capa da Veja, com base no processo em que se separou de Ana Cristina Siqueira Valle. Ela o acusou de ocultar da Justiça Eleitoral, em 2006, três casas, um apartamento, uma sala comercial e cinco lotes. E de ter rendimentos superiores ao triplo do salário de deputado somado aos proventos de militar da reserva. Quem pagava o extra?  [a suposta acusadora já declarou em diversas entrevistas que mentiu ao fazer as acusações, atribuindo tal conduta ao fato de durante um processo de separação ser comum a troca do que ela chama de cotoveladas.
Assim, não tem como prosperar as acusações apresentadas por Ana Cristina, que inclusive tece elogios ao capitão.]  Ela não esclarece. Ainda o acusa de ter furtado, do cofre dela no Banco do Brasil, R$ 600 mil, mais US$ 30 mil, mais jóias. E de tê-la ameaçado de tal maneira que ela foi morar na Noruega.  Verdades ou mentiras? O fato é que o processo estava arquivado e Veja teve que desarquivá-lo. Ana Cristina hoje apoia Bolsonaro, mora no Brasil, diz que exagerou na ação e adotou o nome eleitoral de Cristina Bolsonaro.



Com quem andas

Haddad, ele mesmo denunciado na Operação Lava Jato, não quis ficar só: o tesoureiro de campanha que escolheu, Francisco Macena, também é réu. Acusação: receber R$ 2, 6 milhões de pixuleco da empreiteira UTC para pagar dívidas de campanha. Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana, reforça as denúncias de uso intensivo do caixa 2. Três tesoureiros do PT foram condenados e há outros dois citados por delatores.



Do zero ao infinito

Mas o grande problema atual da chapa do PT não é a corrupção. É a capa da revista IstoÉ desta semana: mostra como o ex-presidente Lula, cumprindo pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, de dentro da prisão comanda a campanha de Haddad; “De lá”, diz a revista, “o petista articula a cooptação de caciques regionais e até entregas de dinheiro por meio de jatinhos”.  Um caso, com nomes citados: “Ao descobrir que um dos motores da candidatura de Ciro no Maranhão era o deputado Weverton Rocha (PDT-MA), candidato ao Senado, Lula, por meio de Gilberto Carvalho, enviou uma importante mensagem a Valdemar Costa Neto (ex-presidente nacional do PTB, preso em regime semi-aberto): ‘Faça chegar dinheiro à campanha de Weverton Rocha’. O deputado, conforme informações colhidas por Lula da prisão, precisava de R$ 6 milhões para deslanchar sua campanha. (…) Valdemar deflagrou a operação para o envio do dinheiro ao Maranhão”. A verba foi enviada num avião Cirrus, a serviço da empreiteira CLC, diz IstoÉ. O avião caiu em Boa Viagem, Pernambuco, mas sem vítimas nem danos à carga. O dinheiro, completa a revista, foi entregue ao candidato, que então cortou o apoio a Ciro e o deu a Haddad.


A revista publica textos de bilhetes, diz quem são os portadores que vão à prisão ver o Chefe e lá recebem as mensagens de comando aos políticos da aliança. Na campanha, pelo que está publicado em IstoÉ, só resta um papel a Haddad: fingir que ele não é ele, mas Lula. Não lhe deve ser difícil.



Ruim até para Alckmin

Este é um fim de semana de más notícias para os candidatos — até para os que estão com as intenções de voto lá em baixo. Alckmin, por exemplo, que imaginava estar deslanchando a essa altura da campanha, pelo domínio do tempo de TV, ainda encontrou espaço para levar mais uma pancada — e em Goiás, onde os tucanos estão no poder há longo anos, onde o candidato do partido ao Senado, Marconi Perillo, é também um dos coordenadores da campanha tucana à Presidência. Na manhã de sexta-feira, a Polícia Federal desfechou a Operação Cash Delivery, que investiga pagamentos irregulares a agentes públicos. Um dos alvos da Cash Delivery é Marconi Perillo, citado em delações de executivos da Odebrecht. A defesa do governador (e candidato ao Senado) afirmou que a operação foi desfechada agora para prejudicar a campanha. De acordo com as delações, Perillo teria obtido duas doações da Odebrecht, uma de R$ 2 milhões, em 2010, outra de R$ 10 milhões, em 2014. Se não se eleger, Perillo perde o foro privilegiado.



A facada e a leitura

Depois do atentado a Bolsonaro, a leitura de artigos sobre ele triplicou: é o que indica a pesquisa da Taboola, plataforma internacional de descoberta de conteúdo, líder mundial no setor.  A leitura on-line passou de 7,6 milhões para 20,71 milhões em um mês. As datas de maior crescimento foram a do atentado, dia 7, e a da segunda cirurgia de emergência, dia 13.





 

O PT quer ‘tomar o poder’

Ao afirmar que é apenas uma “questão de tempo” para que o PT efetivamente tome o poder, José Dirceu, réu triplamente condenado, dá a entender que esse processo já está em curso. 


Um regime autoritário pode se instalar da maneira clássica, por meio de um golpe, ou como resultado de um paulatino processo de captura do poder por um determinado grupo político, que assegura sua hegemonia a partir do aparelhamento do Estado. De um modo ou de outro, o resultado é sempre o mesmo: a submissão do Estado - e da Nação - aos interesses de quem o controla, o exato oposto de uma democracia. É precisamente isso o que o PT tentará fazer se esse partido conseguir vencer a eleição presidencial.  Para os que ainda concedem ao PT o benefício da dúvida, enxergando naquele partido credenciais democráticas que a sigla há muito perdeu - se é que um dia as teve -, recomenda-se a leitura de uma entrevista que o “companheiro” José Dirceu deu ao jornal El País.

Na entrevista, o jornal pergunta ao ex-ministro, deputado cassado e réu triplamente condenado se ele acredita na possibilidade de que o PT seja impedido de assumir a Presidência caso vença a eleição - ou seja, se pode haver um golpe. José Dirceu considera essa hipótese “improvável”, pois significaria colocar o Brasil na rota do “desastre total”, uma vez que “na comunidade internacional isso não vai ser aceito”. Mas então Dirceu, condenado a mais de 33 anos de prisão por corrupção no âmbito da Lava Jato, deixa claro que, para o PT, as eleições, afinal, são apenas uma etapa na tomada do poder. “Dentro do país é uma questão de tempo para a gente tomar o poder. Aí nos vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição”, explicou o ex-ministro.

Não é preciso grande esforço para perceber o projeto antidemocrático petista nessas poucas palavras. Quando diz que “tomar o poder” é diferente de “ganhar uma eleição”, significa que o poder pode ser conquistado e consolidado à margem ou mesmo a despeito do natural processo democrático - que, justamente, tem como um de seus fundamentos a alternância de governantes, para evitar a cristalização de um determinado grupo político-partidário na máquina estatal.

Ao afirmar que é apenas uma “questão de tempo” para que o PT efetivamente tome o poder, Dirceu dá a entender que esse processo já está em curso. Pode-se dizer que os esquemas arquitetados pelo PT e seus associados para corromper o Congresso eram parte da estratégia, e só não foram mais longe porque houve um acidente de percurso - a Operação Lava Jato.

Mas há um aspecto menos escandaloso e mais insidioso nessa ofensiva do PT, que é a construção, passo a passo, da hegemonia do pensamento e da ação petistas em diversos setores da sociedade - e, para que essa estratégia insinuada por Dirceu seja bem-sucedida, é preciso contaminar de petismo também as instituições sobre as quais repousa a tarefa de garantir a democracia. Foi exatamente o que o chavismo fez na Venezuela, não à toa um modelo de “democraciapara os petistas. 

Em resolução publicada depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, o PT lamentou não ter se concentrado na “construção de uma força política, social e cultural capaz de dirigir e transformar o País”, o que incluía a reforma do Estado para se contrapor ao que chamou de “sabotagem conservadora”, e disse ter falhado ao não “promover oficiais (das Forças Armadas) com compromisso democrático e nacionalista” - isto é, militares alinhados ao PT.

Mas, como constatou Dirceu, nem o impeachment de Dilma nem a prisão do máximo líder da camarilha petista, Lula da Silva, interromperam o empreendimento autoritário do partido. Ao contrário: a autorização dada ontem pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski para que Lula possa dar entrevistas na cadeia mostra o quanto as instituições basilares da democracia continuam permeáveis ao lulopetismo. [a autorização já foi devidamente cassada, pelo ministro Luiz Fux, em uma segunda derrota do Lewandowski em apenas um dia.]
 
Para permitir que Lula, encarcerado por corrupção e lavagem de dinheiro, dê declarações com potencial para influir na disputa presidencial, tumultuando um processo já bastante confuso, Lewandowski invocou a “liberdade de imprensa”. Ou seja, recorre-se a um dos princípios mais caros aos regimes democráticos para garantir a Lula um privilégio - situação por si só incompatível com uma democracia, mas muito coerente com a “tomada de poder” pelo PT.

[aos defensores do absurdo que é o criminoso Lula ter direitos e privilégios que não são concedidos a outros bandidos condenados, sugerimos a leitura atenta do presente Editorial do jornal O Estado de S. Paulo - apesar de apenas o último parágrafo derrubar todo e qualquer argumento dos que defendem que um valor importante, caro à democracia, seja utilizado para dar privilégios, benesses, a um bandido.] 

Editorial - O Estado de S. Paulo



Manifestantes em atos a favor de Bolsonaro em 16 cidades do país; no Rio, os apoiadores do candidato se concentraram em Copacabana

Manifestantes a favor do presidenciável Jair (PSL) se reúnem em cerca de 16 cidades de sete estados em atos em defesa do candidato. O movimento foi convocado pelas redes sociais e reuniu No Rio de Janeiro, manifestantes saíram às ruas na tarde deste sábado para marcar posição a favor candidatura de Bolsonaro. Apoiadores do capitão da reserva se reúnem em Copacabana, Zona Sul da cidade, para defendê-lo com camisas e bandeiras do Brasil.

Goiás, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Tocantins foram os estados que concentraram os manifestantes entre as cidades Rio de Janeiro, Itatiaia, São Paulo, Boituva, Itapira, Ourinhos, Santa Bárbara d’Oeste, São José do Rio Preto, Amparo, Rio Verde, Montes Claros, Teresina, Osório, Gurupi, Tupã e Presidente Prudente em defesa do candidato Jair Bolsonaro.

No Posto 5 em Copacabana, os manifestantes a favor de Bolsonaro destacam a defesa da família e o histórico Ficha Limpa do deputado. Muitos também aproveitam o ato para protestar contra o PT e a esquerda. O ato começou por volta das 14h30 com a execução do Hino Nacional e a reza do ‘Pai Nosso’. Muitos usam blusa verde e amarela e bandeiras do Brasil. Em meio à manifestação várias vezes, grupos entoam os gritos “eu vim de graça”, em provocação a manifestantes de esquerda, que supostamente receberiam para protestar. [em todas as manifestações da esquerda os participantes ganham, no mínimo, as passagens de ida e volta e um sanduíche com suco.]







Por que os cubanos comem de pé nas ruas? [votem no Haddad e em breve estaremos comendo em pé - isso quando houver comida, já que tudo racionado é a regra nos países comunistas]

 “Comer parado”, é assim que os cubanos chamam o hábito de se alimentar de pé, nas ruas. 

A prática cresceu muito com um decreto governamental de 1995.  Com o fim da União Soviética, em 1991, Cuba deixou de receber ajuda financeira. A fome se abateu porque o governo não tinha como sustentar a população. O mercado paralelo de alimentos proliferou e era um dos mais lucrativos. Com isso, surgiram vários restaurantes pequenos e clandestinos, fora da alçada oficial.

Sem ter como resolver a questão, a ditadura comunista decidiu regularizar a situação. Os cidadãos, assim, foram autorizados a administrar os seus restaurantes.  Contudo, aqueles que quisessem colocar mesas para os clientes deveriam pagar um imposto maior.

A abertura também veio com várias outras regras. Os restaurantes só podiam funcionar na residência dos seus donos e não poderiam ter mais de doze cadeiras. Somente familiares poderiam trabalhar no estabelecimento.


Para os que vendessem comida sem mesas, tipo delivery, o imposto cobrado pela ditadura era menor. Foi essa, portanto, a saída para a maioria dos pequenos empreendedores. É por isso que muitos cubanos aprenderam a comer de pé. Outra curiosidade é que o nome desses restaurantes — paladares — vem de uma novela brasileira. No início dos anos 1990, Vale Tudo, da Rede Globo, fez muito sucesso em Cuba.

Na trama, uma personagem interpretada por Regina Duarte começou a vender sanduíches em uma praia do Rio de Janeiro para sair da pobreza. Como o negócio foi dando certo, ela inaugurou um restaurante chamado Paladar. Os cubanos ficaram deslumbrados com esse exemplo de empreendedorismo e tentaram copiá-lo.