Nem a presidente Dilma Rousseff – ou somente ela – seria capaz de
mobilizar para uma viagem sua o aparato de segurança que ontem, em
Uberlândia, no Triângulo Mineiro, protegeu Rodrigo Janot, o
Procurador-Geral da República.
Ali, Janot participou do ato de repúdio ao atentado contra o promotor
Marcus Vinícius Ribeiro Cunha, atingido nas costas por três tiros no
último dia 21, na sede local da OAB.
Foram mobilizados 80 policiais militares – entre eles, atiradores de
elite. Um esquadrão antibombas compareceu ao local, bem como um
helicóptero da polícia mineira.
Na última quarta-feira, Janot e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, tiveram uma longa conversa em Brasília. Janot está a poucos dias de encaminhar à Justiça a lista de políticos
que deverão responder a processos por envolvimento com a corrupção na
Petrobras. Ou pedirá apenas a abertura de processos contra eles ou os
denunciará.
Para escapar à suspeita de que pudesse ter trocado ideias a respeito
com o ministro, Janot contou que o encontro serviu apenas para que
Cardoso lhe dissesse que sua vida corre perigo. Há um mês, a casa de Janot, no Lago Sul, em Brasília, foi arrombada. E
quem lá esteve permaneceu por apenas oito minutos. Foi embora levando o
controle do portão, nada mais. Esquisito!
- Eu não sou uma pessoa assombrada, mas alguns fatos concretos têm me
levado a adotar regras de contenção - disse. E acrescentou: - Transformei minha casa em um presídio, até com concertina (arame
farpado elétrico e espiral). De lá para cá, tenho recebido relatórios de
inteligência e os últimos aumentaram um pouquinho o nível do risco, por
isso, as precauções que eu tomei.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a polícia de Brasília trabalha
com a hipótese de que foram ladrões comuns os invasores da casa de
Janot. A casa fica dentro de um condomínio de casas protegidas por seguranças e
altos muros. Janot dispensou o trabalho da Polícia Federal para
investigar o que disse ter ocorrido por lá. O ministro da Justiça afirmou que “setores da inteligência” registraram ameaças à segurança de Janot. O único setor de Inteligência ligado ao Ministério da Justiça é a
Polícia Federal. E ela não incluiu em nenhum dos seus relatórios
informações sobre ameaças contra o procurador-geral.
Fonte: Ricardo Noblat - Blog do Noblat
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
sábado, 28 de fevereiro de 2015
Sob forte esquema de segurança, Janot diz que transformou sua casa em um presídio
Procurador-geral, que foi alertado sobre ameaças pelo ministro da Justiça, participa de ato de repúdio contra atentado sofrido por promotor
De O Globo
O procurador-geral da República é alertado pelo ministro Cardozo que corre risco de vida. Conforme reportagem do jornal O GLOBO, Janot Admite que transformou sua casa em um presídio.
A residência do procurador-geral em Brasília recentemente foi vítima de uma tentativa de arrombamento. Curiosidade: apesar da existência de armas e objetos de valor os ladrões levaram apenas o controle remoto do portão.
Leiam:
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse ao
GLOBO nesta sexta-feira que vive sob forte proteção em sua residência.
Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, ele fez alusão ao fato de sua
segurança ter sido reforçada após ter a casa invadida em Brasília. Janot
chefia a força-tarefa de procuradores que investigam o esquema
criminoso na Petrobras. — De lá para cá (desde que sua casa foi arrombada), tenho
recebido relatórios de inteligência e os últimos aumentaram um pouquinho
o nível do risco, por isso, as precauções que eu tomei. Transformei
minha casa em um presídio — disse ele.O procurador chegou nesta sexta-feira por volta do meio-dia em Minas Gerais, para acompanhar o ato de repúdio ao atentado contra o promotor de justiça Marcus Vinícius Ribeiro Cunha, atingido nas costas por três tiros no último dia 21. Janot chegou sob forte aparato de segurança montado pela Polícia Militar. Cerca de 80 homens fizeram a segurança do procurador no entorno da sub-sede da OAB, onde ocorreu o ato. No efetivo policial, havia ainda um helicóptero e agrupamentos especiais, com atiradores de elite posicionados nos edifícios próximos.
Durante entrevista coletiva, Janot admitiu que conversou com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo sobre a sua segurança e que se deslocou até o município mineiro em um avião da FAB, cedido pelo ministro. — Eu não sou uma pessoa assombrada,...
Continuar lendo ...
Brasil - um país conflagrado. O impeachment da Dilma é o primeiro passo, a primeira ação insubstituível para salvar o Brasil
Caldeirão social fervilha em meio a brigas de militantes nas ruas, paralisações de rodovias por caminhoneiros, greves de professores e metalúrgicos e uma população cada vez mais revoltada com o aumento do desemprego e do custo de vida.
Aonde vamos parar?
A Revista IstoÉ mostra em reportagem a conflagração que assola o Brasil de ponta a ponta e sempre crescente.As causas para revolta se avolumam e o governo nada faz. Finge negociar, mas o mentor da 'criatura' que está na presidência da República incita a população ao conflito, a invadir as ruas a pretexto de defender a Petrobras.
O ministro da Justiça recebe advogados de empreiteiras cujos chefões estão presos como consequência da operação Lava-Jato buscando formas de favorecer à impunidade dos criminosos do PETROLÃO - PT.
O advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams - xará do $talinácio - age como fosse advogado-geral das empreiteiras e dos criminosos presos pela Lava-Jato.
Lula chama um grupo de marginais, terroristas, criminosos da pior espécie - os bandidos do MST, na verdade um movimento social terrorista - para invadirem as ruas agindo como o 'exército' do PT.
Os facínoras do MST indo as ruas certamente serão acompanhados e apoiados por seus cúmplices - os integrantes da facção criminosa PCC.
Leia a reportagem da IstoÉ:
" No final da tarde da terça-feira 24, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se dirigiu à sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no centro do Rio de Janeiro, para participar de uma manifestação em favor do governo Dilma Rousseff. Organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), o ato público tinha por mote a “defesa da Petrobras”, bandeira política empunhada pelo PT para tentar se contrapor ao bilionário escândalo de corrupção estourado há quase um ano pelos investigadores da Operação Lava Jato.
AMBIENTE INFLAMÁVEL
Na tarde da terça-feira 24, militantes se digladiaram em frente à ABI, durante
ato em defesa da Petrobras. Do lado de dentro da associação, Lula conclamou
a militância à luta. Nessa atmosfera conturbada, caminhoneiros paralisaram
as principais rodovias do País e sindicalistas vestidos de leões
protestaram contra a deterioração dos salários
Na tarde da terça-feira 24, militantes se digladiaram em frente à ABI, durante
ato em defesa da Petrobras. Do lado de dentro da associação, Lula conclamou
a militância à luta. Nessa atmosfera conturbada, caminhoneiros paralisaram
as principais rodovias do País e sindicalistas vestidos de leões
protestaram contra a deterioração dos salários
(...)
Se há dois anos as multidões se revoltaram
contra os preços das passagens de ônibus urbanos e as deficiências na
organização da Copa do Mundo, agora o mau humor guarda relação com a
enxurrada de denúncias de corrupção do Petrolão e com as medidas
anunciadas por Dilma para enfrentar a crise econômica que a presidente
reeleita legou a ela mesma. Os primeiros sinais de descontentamento
começaram ainda no ano passado, na esteira do resultado das urnas. Ao
contrário do que propagandeou durante a campanha, a presidente Dilma
aumentou os juros e baixou medidas que afetam direitos trabalhistas e
previdenciários. Também ficou evidente que as manobras contábeis
utilizadas no primeiro mandato jogaram a economia do País no buraco, com
a inflação estourando o teto da meta e o crescimento em torno de zero.
Tudo muito, mas muito diferente do mundo mágico alardeado pelo
marqueteiro João Santana.
O Brasil de verdade aos poucos se
apresentou. O País já havia saído dividido das urnas. O clima de
ebulição social, no entanto, ficou mais escancarado nas últimas semanas,
quando vários focos de insatisfação engrossaram os protestos contra os
governantes. Metalúrgicos da região do ABC fizeram uma greve de seis
dias contra ameaças de demissão nas montadoras, uma das consequências do
desarranjo da economia nacional. Professores da rede pública do Paraná,
Estado governado pelo tucano Beto Richa, e do Distrito Federal, sob a
administração de Rodrigo Rollemberg, do PSB, organizaram paralisações
contra salários atrasados e más condições de ensino. Nas duas unidades
da federação, até a sexta-feira 27 o ano letivo ainda não havia
começado.
(...)
EM DEFESA DO IMPEACHMENT
Ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman defende a deposição de Dilma.
Para o integrante do PSDB, será a solução a para crise atual.
Ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman defende a deposição de Dilma.
Para o integrante do PSDB, será a solução a para crise atual.
Ler íntegra da reportagem IstoÉ
Fotos: Marcos de Paula/Estadão Conteúdo; Antônio Lacerda/EFE; Miguel SCHINCARIOL/AFP Photo; Márcio Cunha; Ag. o Dia/Estadão Conteúdo; Sérgio Lima/Folhapress, José Cruz/Ag. Brasil; Joka Madruga/APP-Sindicato Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress, Fernando Frazão/Ag. Brasil; Paulo Lisboa/Brazil Photo Press; Ed Ferreira/DPA/ZUMAPRESS.com; Rafael Hupsel/Ag. Istoé
No Brasil, mata-se mais do que no resto do mundo
É mais fácil observar o que há de errado na casa do vizinho do que na nossa casa.
Nicolás Maduro, presidente da República Bolivariana da Venezuela, autorizou a polícia e o exército a usarem balas de verdade para reprimir manifestações que atentem contra a segurança nacional. No Brasil, enquanto durou a ditadura de 64, a violência partida do Estado sempre se justificava em nome da segurança nacional. A Venezuela está perto de virar uma ditadura. Quanta nós...
No Brasil democrático, somente em São Paulo a polícia matou 707 pessoas em 2014, mais do que o dobro do ano anterior. No Rio, o total de mortos pela polícia foi de 582, superando o total de 2013. De 2008 a 2013, a polícia brasileira matou em todo o país 11.197 pessoas, batendo com folga o número de mortos feito pela polícia norte-americana em 30 anos. [a violência dos bandidos brasileiros, o desprezo que nutrem pela Polícia faz com que reajam de forma mais violenta a qualquer ação policial.
No Estados Unidos da América a reação de bandidos a uma abordagem policial raramente ocorre, reagir é a exceção.
Já no Brasil, infelizmente, a reação violenta de suspeitos à ação policial é a regra e muitas vezes os próprios bandidos atacam os policiais.]
Se levarmos em conta o total de homicídios (206 mil) no país entre 2004 e 2007, ele deixa para trás o total de mortos no mesmo período nos 12 maiores conflitos armados do mundo. Ao todo, morreram 170 mil pessoas nos confrontos de Iraque, Sudão, Afeganistão, Colômbia, República Democrática do Congo, Sri Lanka, Índia, Somália, Nepal, Caxemira, Paquistão e Israel.
Dilma se reelegeu prometendo, entre outras coisas, combater a violência crescente no Brasil. A ver.
Fonte: Blog do Noblat - Ricardo Noblat
Os golpes do juiz
O juiz, os carrões e o ex-bilionário
Os golpes do juiz federal que pegou para uso pessoal os carros, e até o piano de cauda, de Eike Batista, fazendo com que os processos contra o empresário voltassem à estaca zero
A Revista IstoÉ traz reportagem de Helena Borges e Rogério Daflon, que mostra alguns golpes do juiz Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.Vamos à reportagem:
"Assim que sair do caso, ele mete o pé fora do País.” A frase foi dita sob anonimato à ISTOÉ por uma pessoa próxima do juiz Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que garantiu que ele cogita se mudar do Brasil. Este seria o último ato de um magistrado que praticamente virou réu no processo que julga crimes financeiros cometidos pelo empresário Eike Batista. Isso porque Souza levou para seu condomínio, ilegalmente, bens apreendidos pela Polícia Federal na casa do ex-bilionário, como três carros de luxo e um piano de cauda. Questionado, o juiz justificou sua atitude como sendo “normal”. Só ele parece ter achado. O magistrado foi tirado do caso na quinta-feira 26 e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) pediu seu afastamento ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), até que sejam apuradas as circunstâncias que o levaram a dirigir um carro de Batista, um Porsche Cayenne, pelas ruas do Rio. Não é a primeira vez que Souza se enrola com a Justiça.
Em 2007, ele e a mulher, uma juíza federal, pediram, separadamente, ajuda de custos para moradia em Linhares (ES), para onde foram transferidos do Rio. Porém, como o casal residia no mesmo endereço, o pedido foi negado por duplicidade de benefício. ISTOÉ teve acesso à intimação na qual eles solicitaram a verba extra. No documento, o relator do caso, o juiz Fernando Cesar Baptista de Mattos, diz que a “cônjuge do recorrente, também juíza federal, já havia recebido o benefício pleiteado, no valor de três remunerações de magistrado federal” e, “haveria duplo pagamento do benefício.”
Procurado por ISTOÉ, o relator preferiu não se manifestar, mas confirmou, via assessoria, que se trata do magistrado do caso Eike. No mesmo ano, em Colatina (ES), Souza teve outra iniciativa polêmica. Ele mandou prender o então secretário de Estado da Saúde Anselmo Tose durante oito horas por ele não cumprir sua decisão de fornecer imediatamente medicamentos gratuitos a uma paciente de cinco anos com câncer no cérebro. A procuradoria-geral do Estado reprovou o ato, reiterando que o processo tramitava em juizado especial. Em sua passagem pelo Espírito Santo, teria deixado ainda quase R$ 200 mil em dívidas, sendo que R$ 188.335 em protestos da Caixa Econômica Federal em Cachoeiro de Itapemirim, onde atuou como magistrado, segundo o jornal “Extra”.
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Receita Federal investiga doação da ditadura da Guiné Equatorial à Beija-Flor de Nilópolis
Campeã do carnaval 2015, escola teria recebido R$ 10 milhões de governo de Obiang. Origem da verba ganhou várias versões
Jornal O Globo traz manchete que informa a abertura de investigação pela Receita
Federal sobre a doação da Guiné Equatorial - uma das mais duradouras e sanguinárias do mundo - à escola de samba Beija-Flor.
Federal sobre a doação da Guiné Equatorial - uma das mais duradouras e sanguinárias do mundo - à escola de samba Beija-Flor.
Leia:
A Receita Federal do Rio anunciou, nesta sexta-feira, que abriu
investigação para identificar a origem dos R$ 10 milhões que financiaram
o desfile da Beija-Flor de Nilópolis, campeã do carnaval carioca. Como
antecipou o jornalista Ricardo Noblat, a escola teria recebido
patrocínio do ditador Teodoro Obiang — presidente da Guiné Equatorial
que está há 35 anos no poder — para exaltar o país na Marquês de
Sapucaí. Os técnicos da Receita já estão rastreando o repasse dos
recursos, levando em conta duas informações contraditórias: a primeira,
de que o dinheiro foi doado pelo ditador; e a segunda, de que o
financiamento partiu, na verdade, de empreiteiras brasileiras
investigadas na operação Lava-Jato, como chegou a ser informado por um
dos carnavalescos da escola.
A doação de R$ 10 milhões para a Beija-Flor — o maior patrocínio já
feito para uma escola de samba carioca — já estava sendo investigada
pelo Ministério Público Federal (MPF) no Rio. Em meio à polêmica,
representantes da Guiné Equatorial e diretores da escola apresentaram
várias versões para a origem do dinheiro. Uma delas dizia que os
recursos teriam sido arrecadados por empresas africanas.
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A Advocacia-Geral da União existe para defender o governo ou empreiteiros?
O governo na defesa dos gatos gordos
A retórica do Planalto, do ministro da Justiça e da AGU embute uma ajuda às empreiteiras, driblando o MP
Elio Gaspari - O Globo
Quando o ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo, trata das malfeitorias das empreiteiras e
diz que “é preciso separar as pessoas das empresas”, pressupõe que
milhões de dólares rolavam porque “pessoas” delinquiam. Ele acrescenta:
“Temos que ter cuidado para não atentar contra a economia, contra o
emprego e contra o bem-estar da sociedade.”
É a Doutrina Engevix. Em novembro, quando a Lava-Jato começou a cercar as empreiteiras, um de seus maganos anotou: “Janot e Teori sabem que não podem tomar a decisão. Pode parar o país.” Ou seja, o procurador-geral Rodrigo Janot e o ministro Teori Zavascki travariam o processo. Não travaram. Essa doutrina ecoa a tolerância com o tráfico de escravos no século XIX. A lei o proibia, mas, se fosse cumprida, as fazendas de café quebrariam. Com uma diferença: Dom Pedro II não recebia doações de negreiros.
Trazendo a Doutrina Engevix para a vida real, o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, defendeu a tese segundo a qual as empreiteiras podem negociar acordos de leniência com a Controladoria-Geral da União, um órgão do aparelho do Executivo. Sua argumentação parte da constatação de que há no Brasil uma “especifidade”, a “sobreposição” de órgãos e leis. De fato, para caçar larápios, há uma sopa de letras (CGU, TCU, CVM, Cade, MP) e de números de leis (2.864, 8.429, 8.433). Deu no que deu.
Na sua exposição, Adams ofendeu os fatos. Disse o seguinte: “No caso americano, quem faz os acordos é a SEC, que é o nosso correspondente à Comissão de Valores Imobiliários.” Nem pensar. Os acordos que a SEC faz, como os da CVM, são pontuais, quando não há processo penal. O ex-diretor financeiro da Petrobras fechou sete acordos com a CVM, no valor de R$ 1,75 milhão, desembolsados pela seguradora da empresa.
Num deles estava o “amigo Paulinho”. Deu no que deu. Adams ilustrou sua posição dizendo mais: “A Siemens fez no mundo, empresas americanas fizeram e fazem.” Nem pensar. A Siemens foi apanhada na Alemanha e nos Estados Unidos. Suas “pessoas”, como diria o ministro Cardozo, haviam aspergido US$ 1,4 bilhão pelo mundo afora (inclusive no Brasil). A empresa não propagou a patranha do perigo de desemprego para 400 mil empregados em 190 países. Gastou US$ 1,3 bilhão para se investigar e achou mais US$ 1 bilhão de capilés. Negociou com o governo e propôs acordos ao juiz federal americano e ao Ministério Público alemão. Pagou US$ 1,6 bilhão em multas e chamou um ex-ministro das Finanças da Alemanha para fazer uma faxina em sua práticas. O acordo foi precedido pelas chancelas do juiz e do procurador. Nessas especificidades há lógica.
Como o pulo do sapo de Guimarães Rosa, a balbúrdia de leis e siglas brasileira não é produto da boniteza, mas da precisão. Elas tecem uma rede de atalhos úteis para o andar de cima, inacessíveis ao andar de baixo. Para que os paralelos mencionados por Adams tivessem solidez, as empreiteiras precisariam da chancela do juiz Sérgio Moro ou do Ministério Público.
Adams mostrou que um acordo com a CGU não trava o processo penal. Era o que faltava. Ele disse que nesse processo “as provas que forem carreadas levarão à condenação ou absolvição dos culpados”. Em seguida corrigiu-se: “dos acusados”. Ainda bem.
É a Doutrina Engevix. Em novembro, quando a Lava-Jato começou a cercar as empreiteiras, um de seus maganos anotou: “Janot e Teori sabem que não podem tomar a decisão. Pode parar o país.” Ou seja, o procurador-geral Rodrigo Janot e o ministro Teori Zavascki travariam o processo. Não travaram. Essa doutrina ecoa a tolerância com o tráfico de escravos no século XIX. A lei o proibia, mas, se fosse cumprida, as fazendas de café quebrariam. Com uma diferença: Dom Pedro II não recebia doações de negreiros.
Trazendo a Doutrina Engevix para a vida real, o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, defendeu a tese segundo a qual as empreiteiras podem negociar acordos de leniência com a Controladoria-Geral da União, um órgão do aparelho do Executivo. Sua argumentação parte da constatação de que há no Brasil uma “especifidade”, a “sobreposição” de órgãos e leis. De fato, para caçar larápios, há uma sopa de letras (CGU, TCU, CVM, Cade, MP) e de números de leis (2.864, 8.429, 8.433). Deu no que deu.
Na sua exposição, Adams ofendeu os fatos. Disse o seguinte: “No caso americano, quem faz os acordos é a SEC, que é o nosso correspondente à Comissão de Valores Imobiliários.” Nem pensar. Os acordos que a SEC faz, como os da CVM, são pontuais, quando não há processo penal. O ex-diretor financeiro da Petrobras fechou sete acordos com a CVM, no valor de R$ 1,75 milhão, desembolsados pela seguradora da empresa.
Num deles estava o “amigo Paulinho”. Deu no que deu. Adams ilustrou sua posição dizendo mais: “A Siemens fez no mundo, empresas americanas fizeram e fazem.” Nem pensar. A Siemens foi apanhada na Alemanha e nos Estados Unidos. Suas “pessoas”, como diria o ministro Cardozo, haviam aspergido US$ 1,4 bilhão pelo mundo afora (inclusive no Brasil). A empresa não propagou a patranha do perigo de desemprego para 400 mil empregados em 190 países. Gastou US$ 1,3 bilhão para se investigar e achou mais US$ 1 bilhão de capilés. Negociou com o governo e propôs acordos ao juiz federal americano e ao Ministério Público alemão. Pagou US$ 1,6 bilhão em multas e chamou um ex-ministro das Finanças da Alemanha para fazer uma faxina em sua práticas. O acordo foi precedido pelas chancelas do juiz e do procurador. Nessas especificidades há lógica.
Como o pulo do sapo de Guimarães Rosa, a balbúrdia de leis e siglas brasileira não é produto da boniteza, mas da precisão. Elas tecem uma rede de atalhos úteis para o andar de cima, inacessíveis ao andar de baixo. Para que os paralelos mencionados por Adams tivessem solidez, as empreiteiras precisariam da chancela do juiz Sérgio Moro ou do Ministério Público.
Adams mostrou que um acordo com a CGU não trava o processo penal. Era o que faltava. Ele disse que nesse processo “as provas que forem carreadas levarão à condenação ou absolvição dos culpados”. Em seguida corrigiu-se: “dos acusados”. Ainda bem.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Financial Times lista dez motivos pelos quais Dilma pode sofrer um impeachment
Um
dos assuntos mais comentados nas redes sociais (além da
Petrobras) é a situação
complicada da presidente Dilma Rousseff (PT) diante do governo. Com isso, o jornal britânico Financial Times decidiu listar nesta quarta-feira (25) 10 motivos
pelos quais a petista poderia não chegar ao fim de seu mandato.
O artigo,
assinado pelo editor-adjunto de mercado emergentes da publicação,
Jonathan Wheatley, cita entre as
razões a perda de apoio no Congresso Nacional, principalmente com a recente
vitória de Eduardo Cunha. Segundo o
texto, até mesmo alguns petistas se voltaram contra a
presidente. "Alguns membros [do partido] a veem como uma intrusa
oportunista", disse Wheatley. A maioria dos motivos mencionados no texto
são de teor econômico, sendo que apenas dois têm relação indireta com a
economia: a falta de água e possíveis apagões elétricos.
Veja os
motivos:
Perda de apoio no Congresso
"Para um presidente brasileiro ser cassado,
ele deve fazer algo flagrantemente errado. Mas muitos fazem isso e sobrevivem", começa o autor. Porém,
para ele, o que realmente conta é a perda de apoio no
Congresso. Diante disso, ela começa a criar "inimigos" dentro de casa, começando a ver petistas
ficarem descontentes com ela. Até mesmo a nomeação de Joaquim Levy para a
Fazenda tem sido razão de raiva para integrantes da esquerda.
Escândalo
da Petrobras
Diante de
todos os escândalos envolvendo a estatal, o pessimismo do mercado diante do
governo só aumenta e pressiona ainda mais a presidente. No fim, Wheatley
destaca que, se em algum momento o Congresso decidir fazer algo para um
impeachment, "a Petrobras forneceria
o pecado flagrante". "Dilma
foi presidente do conselho de administração, quando a maior parte da suposta
corrupção aconteceu", destaca.
Queda
na confiança do consumidor
"Os consumidores estão extremamente fartos,
como mostrado por um levantamento mensal divulgado nesta quarta-feira pelo
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas" afirma o texto mostrando o
gráfico da FGV com a forte queda da confiança.
Aumento
da inflação
"Vinte anos atrás, a inflação no Brasil foi de
cerca de 3.000% ao ano. Muitos brasileiros são jovens demais para lembrar, mas
outros não. Alguns temem agora que o governo abandone a meta de inflação de
4,5% ao ano", afirma o
texto.
Aumento
do desemprego
O artigo
lembra que muitos brasileiros têm se preparado para perdoar o governo em
relação a inflação e crescimento lento porque sentiram seus próprios empregos
estavam seguros. "Mas com a economia
deverá contrair-se 0,5% este ano [...] Estima-se que 26 mil empregos líquidos
foram perdidos em janeiro, normalmente um mês onde ocorre contratação desse
número. Isso representa um grande desafio para a popularidade de Dilma",
afirma.
Queda
na confiança do investidor
Após a
notícia de que o Tesouro tinha vendido 10 milhões de contratos de dívida de
curta duração com vencimento em outubro deste ano, o texto destaca que este foi
o maior leilão único de tal dívida de curto prazo. Citando o Valor Econômico, Wheatley diz que o
governo está sendo forçado a vender cada vez mais títulos como esses rendendo
diante da preocupação dos investidores
com a capacidade do governo para cumprir as metas orçamentais.
Déficit
orçamentário
"No ano passado, o Brasil emitiu o seu
primeiro déficit orçamentário primário em mais de uma década, efetivamente
levando o país de volta para os dias sombrios antes de começar a implementar
pelo menos uma aparência de disciplina fiscal", afirma o FT. "A administração Rousseff parece
desistir do fantasma do ano passado, com um déficit primário equivalente a
0,63% do PIB e um déficit nominal, incluindo o pagamento da dívida, equivalente
a 6,7% do PIB", completa.
Problemas
econômicos no geral
"Que a economia está a implodir é quase
desnecessário dizer", começa o autor. "Os
investidores esperavam que a nomeação do "Chicago boy" Levy para o
ministério das finanças iria mudar as coisas. Muitos ainda se seguram nessa
esperança. Mas a tarefa parece cada vez mais difícil", afirma. "Levy tem aparecido como uma figura
solitária, o único homem no governo segurando 'a represa'. Rousseff nem sequer
apareceu no anúncio de sua nomeação. Ela estava lá na cerimônia formal [...]
Mas uma pesquisa no Google Imagens sugere que eles não têm sido vistos juntos
em público desde então", completa o FT.
Falta
d'água
"A sensação de se aproximar de apocalipse no
Brasil é sublinhada por uma escassez de água que atinge a cidade de São
Paulo", lembra o
jornal britânico, que destaca a pequena recuperação do Cantareira nas últimas
semanas, mas que mesmo assim está longe de sair da crise. "A causa não é a baixa precipitação apenas. Estima-se que
um terço da água do sistema é perdida pela Sabesp. Má gestão e falta de
investimento também são culpados", afirma.
Possíveis
apagões elétricos
"A última vez que um governo foi derrubado (embora nas urnas e não por
impeachment) a principal causa foi o
racionamento de energia elétrica", afirma o texto citando a derrota de
Fernando Henrique Cardoso para Lula em 2002, depois de um "verão de racionamento de energia elétrica provocada por uma
combinação de baixa pluviosidade, má gestão e falta de investimento". "A administração Rousseff pode evitar
um destino semelhante. Ou talvez não", diz o FT.
"O que derrubou Collor não era o seu
envolvimento em casos de corrupção, mas a repulsa que as pessoas sentiam dele
e, especialmente, entre a maioria no Congresso. Rousseff deve ter muito cuidado
para não seguir o mesmo caminho", completa o jornal.
Transplante de cabeça = simplesmente impossível. Mas, se fosse possível Dilma seria a primeira candidata
Um transplante de
cabeça pode acontecer até 2017, diz cientista
O
cientista italiano Sergio Canavero diz que a ciência avançou o bastante para
tornar a operação possível. Sua intenção, com ela, é
aumentar o tempo de vida de pessoas que sofram de doenças debilitantes
O
italiano Sergio Canavero diz que é possível cortar cabeças de maneira elegante. Desde 2013, o cirurgião de
Turim, e membro do Grupo de Neuromodulação Avançada de Turim, advoga que é possível fazer um
transplante de cabeça bem-sucedido. Em junho deste ano, Canavero dará
início a uma iniciativa internacional com o objetivo de realizar a operação até
2017. Sua intenção é, através da cirurgia, aumentar
o tempo de vida de pessoas que sofram de doenças debilitantes severas,
cujos músculos e órgãos degeneraram ou sofram de câncer em estágio avançado.
Neste mês, o cientista publicou um compilado de técnicas que, segundo ele, permitirão aos médicos transplantar uma cabeça para um novo corpo sadio. É preciso resfriar corpo e cabeça para que suas células sobrevivam sem oxigênio por mais tempo. É necessário, também, cortar as terminações que ligam a cabeça à medula espinhal de maneira cuidadosa e limpa. Depois, para fundir as duas extremidades, Canavero deve borrifar a região com uma substância chamada polietilenoglicol. Ele vai estimular a gordura nas células a se misturar, fundindo cabeça e espinha. Em estudos já realizados, o polietilenoglicol estimulou o crescimento de células da medula espinhal em animais.
Para evitar que o corpo se mova, o indivíduo que passar pelo transplante será mantido em coma por duas ou três semanas. Durante o período, vai receber pequenas descargas elétricas – alguns estudos indicam que esse tipo de estímulo ajuda a criar novas conexões nervosas. Canavero disse à revista New Scientist que, ao acordar, a pessoa operada será capaz de sentir o próprio rosto e falar com a mesma voz de sempre. Com fisioterapia, dentro de 1 ano ela poderá voltar a andar.
Até hoje, nenhum transplante de cabeça realizado deu certo. Eles foram operados em animais como cachorros e macacos. Feita a operação, os indivíduos sobreviveram por poucos dias. Em 1970, um transplante de cabeça em um macaco terminou com a morte do animal depois de oito dias. Isso aconteceu porque o sistema imunológico do corpo receptor rejeitou a cabeça nova e intrusa. A operação foi realizada pelo Dr. Robert White, da Universidade Harvard. O macaco transplantado respirava com a ajuda de aparelhos e sua medula não foi reconectada: não se movia do pescoço para baixo. Esteve consciente por apenas algumas horas. Quem estava presente diz que, pelas suas expressões, o bicho parecia confuso e cheio de dor.
Canavero acredita que a possibilidade de rejeição é contornável: hoje em dia, a ciência já é capaz de evitar a rejeição no caso do transplante de grandes porções de tecido, como pernas ou transplantes conjuntos de coração e pulmão. Uma cabeça nova pode ser um desafio, mas há cientistas confiantes de que o problema possa ser resolvido.
Outro desafio para Canavero será encontrar um país que autorize a realização de uma operação como essa em humanos. “A grande questão aqui é de natureza ética”, disse ele à New Scientist. “Esse transplante deve ser feito? Há, obviamente, muitas pessoas que vão discordar”.
Revista Época
Neste mês, o cientista publicou um compilado de técnicas que, segundo ele, permitirão aos médicos transplantar uma cabeça para um novo corpo sadio. É preciso resfriar corpo e cabeça para que suas células sobrevivam sem oxigênio por mais tempo. É necessário, também, cortar as terminações que ligam a cabeça à medula espinhal de maneira cuidadosa e limpa. Depois, para fundir as duas extremidades, Canavero deve borrifar a região com uma substância chamada polietilenoglicol. Ele vai estimular a gordura nas células a se misturar, fundindo cabeça e espinha. Em estudos já realizados, o polietilenoglicol estimulou o crescimento de células da medula espinhal em animais.
Para evitar que o corpo se mova, o indivíduo que passar pelo transplante será mantido em coma por duas ou três semanas. Durante o período, vai receber pequenas descargas elétricas – alguns estudos indicam que esse tipo de estímulo ajuda a criar novas conexões nervosas. Canavero disse à revista New Scientist que, ao acordar, a pessoa operada será capaz de sentir o próprio rosto e falar com a mesma voz de sempre. Com fisioterapia, dentro de 1 ano ela poderá voltar a andar.
Até hoje, nenhum transplante de cabeça realizado deu certo. Eles foram operados em animais como cachorros e macacos. Feita a operação, os indivíduos sobreviveram por poucos dias. Em 1970, um transplante de cabeça em um macaco terminou com a morte do animal depois de oito dias. Isso aconteceu porque o sistema imunológico do corpo receptor rejeitou a cabeça nova e intrusa. A operação foi realizada pelo Dr. Robert White, da Universidade Harvard. O macaco transplantado respirava com a ajuda de aparelhos e sua medula não foi reconectada: não se movia do pescoço para baixo. Esteve consciente por apenas algumas horas. Quem estava presente diz que, pelas suas expressões, o bicho parecia confuso e cheio de dor.
Canavero acredita que a possibilidade de rejeição é contornável: hoje em dia, a ciência já é capaz de evitar a rejeição no caso do transplante de grandes porções de tecido, como pernas ou transplantes conjuntos de coração e pulmão. Uma cabeça nova pode ser um desafio, mas há cientistas confiantes de que o problema possa ser resolvido.
Outro desafio para Canavero será encontrar um país que autorize a realização de uma operação como essa em humanos. “A grande questão aqui é de natureza ética”, disse ele à New Scientist. “Esse transplante deve ser feito? Há, obviamente, muitas pessoas que vão discordar”.
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CPI da Petrobras é instalada sob o controle do PMDB e PT
A CPI da Petrobras na Câmara aprovou nesta quinta
os nomes dos deputados Hugo Motta
(PMDB-PB) para presidente da comissão e Luiz Sérgio (PT-RJ) para relator. Sob o controle dos caciques políticos, a CPI começa a funcionar sem afastar deputados que receberam
doações de empresas investigadas na operação Lava-Jato. "Quem
contrata a orquestra escolhe as músicas", reclamou o líder do Psol,
Chico Alencar (RJ) após pedir o afastamento de parlamentares "com rabo preso".
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) chegou a apresentar
candidatura avulsa à presidência, mas recebeu somente quatro votos. Houve um voto em branco. Ao assumir o
comando da comissão, Motta disse que pretende atuar “com imparcialidade e autonomia”. Ao se dirigir aos demais
colegas, ele pediu “fé em Deus e
discernimento” na condução dos trabalhos.
Em um breve discurso, o relator Luiz Sérgio disse
que não vai “proteger” nem “perseguir” ninguém. A estratégia do PT é responsabilizar
pessoas e salvar a instituição. Só esquece que as pessoas fizeram gordas contribuições ao PT durante mais de dez anos a partir do recebimento de propinas. E "as pessoas" foram colocadas na empresa por indicação
política. Luiz Sérgio observou que os fatos evidenciam o cometimento de delitos
graves, mas disse que é preciso ter “a
capacidade de separar e ser implacável com aqueles que cometeram os delitos”
para que se consiga reerguer a Petrobras.
A sessão foi marcada por um debate acalorado entre
os deputados sobre financiamento de campanha. A polêmica começou após o
deputado Ivan Valente apresentar uma questão de ordem
pedindo a destituição dos parlamentares que receberam doações de campanha de
empreiteiras implicadas na Operação Lava Jato.
Ao Blog do Camarotti, Luiz Sérgio admitiu que recebeu contribuição de campanha dessas
empresas, mas disse que não se sente constrangido porque as doações de
quase R$ 1 milhão foram realizadas
de maneira legal.
O tema
provocou reação entre os deputados. O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ),
repudiou o que chamou de tentativa de “criminalizar
o que não é crime”. “Todos aqui tiveram suas campanhas
financiadas. Os parlamentares foram diplomados porque tiveram suas contas de
campanha aprovadas. Não podemos transformar um ato legal em ilegal”, disse.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) discordou e ponderou que todos ali tinham recebido, via partido, doações que haviam sido feitas por empreiteiras, com exceção do PSOL. “Se atendermos à questão de ordem, vamos acabar com a CPI. Eu recebi legalmente dessas empresas, dentro da lei, doação”, afirmou. A questão acabou sendo rejeitada pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que, por ser o mais velho entre os integrantes da comissão, presidiu os trabalhos no início da sessão até que o presidente fosse eleito.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) discordou e ponderou que todos ali tinham recebido, via partido, doações que haviam sido feitas por empreiteiras, com exceção do PSOL. “Se atendermos à questão de ordem, vamos acabar com a CPI. Eu recebi legalmente dessas empresas, dentro da lei, doação”, afirmou. A questão acabou sendo rejeitada pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que, por ser o mais velho entre os integrantes da comissão, presidiu os trabalhos no início da sessão até que o presidente fosse eleito.
Poderes
da comissão
O prazo de funcionamento do
colegiado é de 120 dias, prorrogável por mais 60. A CPI tem poderes de
investigação equiparados aos das autoridades judiciais, como determinar
diligências, ouvir indiciados, e inquirir testemunhas.
E também
requisitar de órgãos e entidades da administração pública informações e
documentos, tomar depoimentos de
autoridades federais, estaduais e municipais, bem como requisitar os serviços policiais.
Terceira
CPI
Esta é a
terceira CPI no Congresso para tratar do tema. Em 2014, funcionaram duas CPIs
sobre o tema, ambas integradas por uma maioria da base aliada.
Uma delas, exclusiva
do Senado, foi boicotada pela oposição. A outra, mista, chegou ao final com a aprovação de um relatório que deixou
políticos suspeitos de fora.
Por: Agência Congresso – Com informações G1
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