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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Delação da JBS sob suspeita de 'crime perfeito'


Câmara aprova pente-fino em atos da JBS e ameaça até rever acordo

Membros de 17 partidos, inclusive da oposição a Temer, assinam documento aprovado por unanimidade em comissão para evitar que ‘crime perfeito’ se concretize

 O Brasil espera que o STF deixe a Câmara investigar e não aceite denúncias que as investigações podem atrapalhar a Lava Jato

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade nesta quarta-feira um requerimento assinado por 30 parlamentares de 17 partidos que determina a fiscalização de atos praticados recentemente pelo grupo JBS e que, caso sejam constatadas irregularidades, seja feita a anulação da delação firmada pelos executivos da companhia.

O foco é passar um “pente-fino” nos  termos da colaboração assinada pelo Ministério Público Federal com executivos do grupo, entre eles o empresário Joesley Batista, que gravou uma reunião com o presidente Michel Temer (PMDB), que detonou a atual crise política. Também está na mira operações financeiras feitas pelo grupo antes da delação, que trouxe instabilidade ao mercado.

O documento é assinado tanto por parlamentares que apoiam Temer quanto por oposicionistas, como PT , PSOL, PCdo B e Rede e determina que a fiscalização seja feita com o apoio do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Advocacia-Geral da União (AGU), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Banco Central, entre outros órgãos. O  texto do documento diz que o objetivo será “averiguar eventuais irregularidades praticadas pelo Grupo J&F [que controla a JBS], ou por empresas deste grupo, nos mercados financeiro e de capital nacionais”, citando a aquisição de dólar e a venda de ações feitas pela companhia antes da delação.

Além disso, questionam os termos que consideram generosos do acordo firmado pelo MPF, que permitiu aos irmãos Joesley e Wesley Batista escaparem de punições como a prisão.  “Mesmo após confessarem o pagamento de propinas pagas durante anos a fio, para diversos políticos, funcionários públicos e partidos, de diferentes matizes ideológicas, com o único intento de impulsionar o Grupo J&F e, consequentemente, enriquecerem mediante recebimento de vultosos bônus, dividendos ou mesmo crescimento vertiginoso do valor de participações societárias, os delatores foram beneficiados com o perdão judicial, sem qualquer condenação ou pena privativa de liberdade, e com a possibilidade de seguirem tocando seus negócios criminosos.”

“Para piorar (…),eles teriam acrescido uma “cereja ao bolo”:   "Mediante uso de informações privilegiadas, sabedoras do escândalo prestes a estourar e das consequências que ele traria aos mercados, empresas do grupo, seus respectivos sócios e executivos, resolveram lucrar com a própria torpeza. Compraram moeda estrangeira e venderam ações da JBS momentos ou dias antes do caso vazar. Se já eram criminosos confessos, a se confirmar referidas operações no mercado financeiro, passam a ser bandidos reincidentes”, afirma.

Segundo o documento aprovado, “a se confirmarem essas operações no mercado financeiro, estamos falando da prática de uma série de graves crimes”. “Enfim, não podemos permitir que tal “crime perfeito” se concretize.”

Por fim, o requerimento aprovado acena com a revisão da delação. “A serem confirmadas as práticas delituosas acima descritas, há que se rever a colaboração premiada negociada junto à Procuradoria Geral da República e homologada pelo Supremo Tribunal Federal, além das bases do acordo de leniência ainda em andamento. Vejam que há dinheiro público e do público sob risco”, afirma se referindo à participação do BNDES e de fundos de pensão na composição societária do grupo.

O outro lado
Em nota, a JBS informou que “gerencia de forma minuciosa e diária a sua exposição cambial e de commodities”. “A JBS tem como politica e prática a utilização de instrumentos de proteção financeira visando, exclusivamente, minimizar os seus riscos cambiais e de commodities provenientes de sua dívida, recebíveis em dólar e de suas operações.”
Segundo a empresa,as movimentações realizadas nos últimos dias seguem alinhadas à sua política de gestão de riscos e proteção financeira”.
A JBS ainda dá um exemplo do impacto de oscilações na cotação do dólar em seus negócios. “Ao considerar a variação cambial na cotação do dólar de 3,16 reais para 3,40 reais, como a ocorrida entre 31 de março (fechamento do primeiro trimestre) e 18 de maio, a companhia sofreria um prejuízo superior a R$ 1 bilhão.”

Em relação às operações com ações, a companhia informou que não se manifestaria sobre o assunto no momento.

 Fonte: Revista VEJA

 

MPF fecha delação que pode derrubar Lula e Palocci pede prisão domiciliar para delatar Lula

João Alberto Lovera trabalhou por 31 anos na Odebrecht

O Ministério Público Federal acaba de fechar um acordo de leniência com João Alberto Lovera, ex-gerente administrativo e financeiro da Odebrecht.  Lovera diz que a empreiteira comprou um terreno para que fosse construída a nova sede do Instituto Lula. A ordem teria partido do presidente da empresa, Marcelo Odebrecht. Este acordo foi incluído só agora na leniência feita entre a Odebrecht e o Ministério Público Federal. Dessa forma, Lovera não faz parte dos 77 delatores que trabalharam na empresa. 

Lovera afirma que visitou o terreno em julho de 2011 acompanhado de Lula, a ex-primeira-dama Marisa Letícia e Paulo Okamotto.  A compra deste local teria acontecido com recursos do Setor de Operações Estruturadas, como era chamado o departamento responsável pela distribuição de propina da empreiteira.  “… firmando o compromisso de dizer a verdade, passa a detalhar o que se segue: que no segundo semestre de 2010, teve conhecimento de que houve solicitação de Marcelo Odebrecht a Paulo Ricardo Baqueiro de Melo, para que adquirisse imóvel destinado à construção da futura sede do Instituto Lula”, diz trecho do termo de adesão de Lovera.

O depoimento prossegue: Lovera relata que em 2010 acompanhou Paulo Melo (executivo regional da Odebrecht Realizações Imobiliárias e Participações, conhecida como OR) num encontro com Roberto Teixeira, apontado como advogado do Instituto Lula.   A Odebrecht, então, teria dado parecer contrário à compra do terreno devido a pendências judiciárias do local. “…. algum tempo depois, soube por Paulo Melo que o referido imóvel seria adquirido pela empresa DAG…”, disse ele ao MPF. Posteriormente, o local seria passado ao Instituto Lula.
“… em julho de 2011, juntamente com Paulo Melo, acompanhou uma visita ao terreno da qual participaram o ex-presidente Lula, bem como sua esposa, Marisa Letícia, Paulo Okamotto….”, disse o MPF.
“… algum tempo depois dessa visita, soube que o cliente desistiu da aquisição do terreno….”
“por conta disso, soube que a OR pesquisou uma série de outros imóveis para o Instituto Lula. Que, com relação ao imóvel da Rua Haberbeck Brandão, esse foi posteriormente adquirido pela OR….”

Palocci se propõe delatar Lula e segundo o jornal 'Folha de S.Paulo', ex-ministro promete explicar conta-propina e dar detalhes sobre criação da Sete Brasil

 O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci negocia com a Procuradoria-Geral da República (PGR) um acordo de delação premiada em que promete focar seus depoimentos em banqueiros, empresários e no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em troca, pede para sua pena ser cumprida em um ano de prisão domiciliar. 

Para ter sua delação aceita, Palocci, preso desde setembro do ano passado por causa das investigações da Operação Lava Jato, decidiu revelar detalhes das negociações feitas pelo ex-presidente e um dos donos do BTG Pactual, André Esteves, e o ex-dono do Pão de Açúcar Abílio Diniz.

Segundo o jornal,  no caso de Esteves, o ex-ministro promete explicar supostas vendas de medidas provisórias no Congresso para bancos privados, nos quais, segundo Palocci, o banqueiro esteve envolvido. Sobre Abílio, o petista diz poder detalhar uma manobra para tentar mantê-lo no controle do Grupo Pão de Açúcar, em meio à disputa com a francesa Casino.

O petista deve confirmar também as informações sobre o ex-presidente Lula dadas por ex-executivos da Odebrecht, principalmente no diz respeito à conta-propina “Amigo”.
Outro episódio que envolve o ex-presidente e que Palocci pretende esclarecer é o suposto benefício financeiro obtido por Lula na criação da empresa Sete Brasil, em 2010.

A defesa de Lula afirmou ao jornal que a Lava Jato “não conseguiu apresentar qualquer prova sobre suas acusações contra o ex-presidente”. A assessoria de Abílio disse que o contrato entre a empresa de Palocci e o escritório de Bastos foi alvo de investigação e não apresentou irregularidades.  Diz ainda que, no período de vigência do contrato, Abílio não tinha função executiva na empresa. A assessoria do BTG Pactual não comentou.


As informações são da edição desta quarta-feira do jornal Folha de S.Paulo.


 

STJD abre inquérito e Inter pode ser excluído da série B

Tribunal concluiu que houve falsificação de e-mails no caso Victor Ramos e clube gaúcho pode ser punido

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) concluiu nesta manhã de quarta-feira o processo aberto contra o Internacional no “caso Victor Ramos. De acordo com o comunicado oficial da instituição, o Inter não foi responsável pela falsificação dos documentos, mas, ainda assim, o inquérito foi aberto pelo fato de o clube gaúcho ter utilizado a documentação adulterada em sua tentativa de escapar do rebaixamento no ano passado. Em caso de punição, o Inter pode ser excluído da disputa da série B do Brasileirão e da Copa do Brasil.

Clique aqui e confira o relatório do STJD

Em dezembro do ano passado, o Internacional reiterou uma denúncia feita em março pelo Flamengo de Guanambi, da Bahia,com relação a escalação do jogador Victor Ramos pelo Vitória. Os gaúchos pediram ao STJD a revisão do antigo processo que questionava uma possível transferência irregular do atleta. Diante disso, o departamento jurídico do clube juntou como provas seis cópias de e-mails trocados entre a Diretoria de Registro e Transferência da CBF e o Vitória, em conversa privada, na qual se discutia a transferência de Victor Ramos – cujos direitos pertenciam ao Monterrey do México.

A partir da denúncia, a CBF pediu a abertura de um inquérito contra o Internacional, afirmando que as cópias anexadas ao processo aberto pelo time estavam adulteradas. Após apuração do STJD, a instituição determinou o término do processo, mas não abriu mão da denúncia.

Como não há punição para pessoa jurídica, no caso o Internacional, em caso de falsificação de documentos, o CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) estabelece que a pena seja aplicada de acordo com as leis internacionais, da Fifa, conforme informou o auditor relator do STJD, Mauro Marcelo de Lima e Silva. De acordo com o artigo 61 do Código Disciplinar da Fifa, um clube que falsificar documentos pode ser expulso das competições que disputa e até ser proibido de contratar jogadores, em caso de punição.

Fonte: Gazeta Press 

Ato de JUSTIÇA; o Serraglio que hoje muitos debocham atuou com total independência como relator da CPI dos Correios a que descobriu o MENSALÃO - PT

Porque Serraglio disse não

O Osmar Serraglio que recusou o convite de Temer é o mesmo que atuou com independência como relator da CPI dos Correios.

 Osmar Serraglio, deputado federal do PMDB-PR e relator da CPI dos Correios (Ana Araújo/VEJA)

Não surpreende a recusa do deputado Osmar Serraglio de assumir o ministério da Transparência, após ser demitido da pasta da Justiça, para assegurar uma cadeira na Câmara ao homem de confiança de Michel Temer, o suplente Rodrigo Rocha Loures. O gesto de independência causa estranheza se medido pela régua da aliança de Serraglio com Eduardo Cunha. Torna-se natural, contudo, se o cotejo for com a atuação de Osmar Serraglio como relator da CPI dos Correios, aquela que resultou no processo do mensalão. 

Deputado da base governista, pois do PMDB, atuou de maneira independente. Assim como seu parceiro de comando da CPI, Delcídio Amaral, presidente do colegiado, petista e, por sua conduta à época, execrado no partido.  O passado não os redime de nada, mas ao menos não os condena e repõe a veracidade dos fatos.  Em relação a Serraglio, faltou ao presidente Michel Temer um pouco de memória antes de propor a parceria na trama, evitando o constrangimento da recusa. [Temer além da indecisão, da lentidão, da falta de memória, da ingenuidade, revela mais uma falta: pactua com a indisciplina; 
desde quando funcionários podem rejeitar um ministro escolhido pelo presidente da República? 
 - Temer nada fez quando funcionários do ministério da Transparência - tão transparente que é invisível - fizeram manifestação contra uma decisão do presidente da República na nomeação de um ministro de Estado.

Presidente, para evitar maior desperdício de tempo na recuperação da economia uma série de defeitos do senhor - alguns elencados acima - são aceitos.
Mas, por favor, não exagere.]

Fonte: Revista VEJA
 


Mais uma mancada da inestuprável deputada petista Maria do Rosário

Danilo Gentili debocha de notificação recebida da Câmara dos Deputados

O humorista Danilo Gentili se envolveu em uma nova polêmica com o mundo dos políticos nesta segunda-feira, 29. Ao receber um documento enviado pela Procuradoria Parlamentar da Câmara de Deputados, contendo reclamações da deputada Maria do Rosário (PT-RS) sobre seu perfil no Twitter, resolveu fazer um vídeo com sua reação ao abrir o envelope.


Ao conferir que o material trazia diversos prints de tuítes seus feitos no passado com críticas à deputada, sequer leu o restante do material: rasgou as folhas e esfregou-as em suas partes íntimas, dentro de sua calça, em frente às câmeras. Na sequência, armazenou-as novamente dentro do envelope e retornou a correspondência à deputada, através dos correios.  “Para Maria do Rosário e para qualquer outro deputado, de qualquer outro partido: Eu que decido se você cala ou não a boca – nunca o contrário”, finaliza Danilo.

Em seu Twitter, a deputada se pronunciou sobre o assunto: “Sofri outro ataque daquele que se diz comediante. Comprova viés machista e autoritário. Criminoso vai responder à Justiça. E assim será.”

“Sou mulher firme e cabeça erguida. O cara usou a palavra Deputada destacando Puta?Ñ sou. Mas conheço mts q podem lhe ensinar ética e respeito”, afirmou.


‘Palavrões ao vento’ e outras notas de Carlos Brickmann

O desempenho de Osmar Serraglio na Justiça só não conseguiu reprovação unânime porque foi elogiado por Roberto Requião – ou seja, era pior ainda

Quem achava que Osmar Serraglio, como ministro da Justiça, não passava de uma nulidade, equivocou-se: passava, sim. Comprovou que, também em questão de caráter, tinha plenas condições de equiparar-se a outros ministros de Temer e Dilma. Seu desempenho na Justiça só não conseguiu reprovação unânime porque foi elogiado por Roberto Requião – ou seja, era pior ainda. E terminou o serviço abandonando Temer, com quem tinha tramado a estratégia para manter o mandato de seu suplente, Rocha Loures, evitando que caísse nas mãos de Sérgio Moro. Gente fina.

Serraglio virou ministro para que Loures (aquele da mala de dinheiro), assumisse sua cadeira de deputado, com foro privilegiado. Talvez Temer achasse que, se até José Eduardo Cardozo foi ministro da Justiça, por que não Serraglio? Temer logo viu o engano. Então resolveu levar Torquato Jardim, bem avaliado, bem relacionado, para a Justiça. E, para garantir o foro de Loures, Serraglio continuaria ministro, agora na Transparência.  Serraglio concordou, deixou que o Governo anunciasse a troca, e recuou, pondo Loures na linha de tiro dos juízes da primeira instância. Aécio Neves, hoje aliado de Temer, definiu-o com palavrões diversos (tranquilize-se: esta coluna é de família, não irá transcrevê-los). Serraglio bem poderia ter assumido: em Brasília, Ministério da Transparência não pode fazer nada. E o ministro seria tão transparente que ninguém o veria.

Perdas, não: ganhos
Com a desistência de Serraglio, Temer nada perdeu: o ministro do STF Edson Fachin decidiu manter o processo de Loures unido ao dele. Temer tem foro privilegiado e Loures fica junto. Só perdeu outra preocupação: um afilhado político de Serraglio, Daniel Gonçalves Filho, ex-superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, está no alvo da Operação Carne Fraca. Dizem que está disposto a uma delação premiada, atingindo Serraglio. Seria muito ruim para Temer ter outro ministro sob suspeita.

Palavras ao vento
Desde a delação premiada de Joesley Batista, surgiram grandes frases. Quem acompanha a vida de alguns políticos as achará ainda melhores.
Joesley: “Eu dava essa grana toda, mas ficava muito constrangido”.
Renan Calheiros: “Se falar de propina comigo, mando prender”.
Rocha Loures: “Eu não sabia o que tinha na mala”.
Lula:O PT pode ensinar a combater a corrupção”.
Dilma:Olha o que eles fizeram com o Brasil
Aécio Neves: “Lamento minha ingenuidade”.

Escuta seu lamento
Quando governador de Minas, Tancredo Neves, avô de Aécio, deu longa entrevista a este repórter. No final, perguntei-lhe qual o melhor telefone para esclarecer alguma dúvida. Tancredo disse que não falava ao telefone.
Por que? “Eu fui ministro da Justiça e sei como são essas coisas”.
Tancredo foi ministro da Justiça até agosto de 1954 – há quase 63 anos. Não havia celulares que gravam e fotografam. Mas ele sabia como eram essas coisas. Seu neto Aécio, hoje, quando gravações e interceptações progrediram um pouco, fala tudo ao telefone. Pelo jeito, herdou do avô aquele belo apartamento no Rio, alguns imóveis e o sobrenome. Só.
Tem motivos para lamentar-se.

As diferenças
Mais uma frase, desta vez do jurista Ives Gandra Martins, sobre o comportamento da Ordem dos Advogados do Brasil:
 “A OAB levou dez meses, depois do meu parecer, para pedir o impeachment de Dilma, e 24 horas com uma fita com trechos individuais nos pontos comprometedores, para pedir o impeachment de Michel Temer, no momento em que o Brasil começava a sair do caos petista”.

Ajuste governamental
O novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, em entrevista ao Correio Braziliense, já se mostrou mais adequado ao cargo e ao Governo Temer do que seus antecessores. Tem, por exemplo, uma versão mais palatável do soturno encontro nos porões do Palácio do Jaburu entre o presidente da República e Joesley Batista, que vinha gravá-lo para enriquecer sua delação premiada. Afinal, por que Temer permitiu conversas tão inconvenientes e tolerou, sem reagir, confissões de crimes que o interlocutor lhe narrava?
“O presidente é parlamentar faz 24 anos”, disse Jardim, “e tem a conduta de informalidade própria de quem é do Congresso. Ele tem uma descontração ao encontrar as pessoas, doadores de campanha, empresários… Nesse âmbito é que eu compreendo ele ter recebido o empresário.” Explicar, no caso, é melhor do que negar, ou, como Aécio, lamentar a própria ingenuidade. Acreditar na explicação é outra tarefa.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes - VEJA 

 

O golpismo das celebridades em Copacabana

Quando se trata de juntar gente para dizer que o povo comparece a seus eventos, a esquerda reúne companheiros de viagem, pilotos de vôo pelos ares da utopia, figurinhas carimbadas, cantores, atores, músicos e promovem grande espetáculo. Alguma conta no exterior paga os cachês ou o crédito fica gerado e certificado para futuros resgates.



O grosso da classe artística brasileira, mais uma vez, faz o jogo do que há de pior na política. Na foto, Marcelo Freixo e o ator Wagner Moura.

Então, pequenas multidões são atraídas pela oportunidade de um show que seria totalmente grátis não fora o dever de escutar discursos políticos proferidos por pessoas cujo pouco conhecimento enche a paciência antes de encher uma xícara de cafezinho. Sem artistas e celebridades, vai-se o público. Cria-se, então, um insolúvel mistério: quem é que estava ali, mesmo? A permanência dessa dúvida nos eventos da esquerda é uma clamorosa denúncia do esvaziamento de suas pautas e de sua credibilidade.

A concentração ocorrida em Copacabana neste último domingo reuniu numa dessas aglomerações algo entre 10 mil e 30 mil pessoas. A turma do palanque queria diretas já. Ali estavam, pelo que li, Caetano Veloso, Criolo, Mano Brown, Maria Gadu, Milton Nascimento, Gregório Duvivier, Sophie Charlotte, Daniel Oliveira, Maria Casadeval, Antônio Pitanga, Bete Mendes e Zezé Motta. Não sei se alguém se deixa conduzir pelas posições políticas desse pessoal, mas o evento em si, misturando música, dança de rua e diretas já, como afirmei antes, tem o peso político de uma rolha.

Por outro lado, os oradores, ao apelarem para a ruptura com a ordem constitucional, alegam uma suposta ilegitimidade do Congresso para cumprir o preceito que determina eleição indireta se a vacância ocorrer depois da primeira metade do mandato presidencial. Ora, a legitimidade do Congresso só foi contestada pelo PT após o impeachment da presidente Dilma; e se ele é ilegítimo para cumprir o preceito constitucional e promover a eleição indireta, onde irá buscar legitimidade para alterar a Constituição e romper a periodicidade das eleições presidenciais?

Sublinhe-se: foi para evitar casuísmos golpistas, voltados a atender interesses de oportunistas como os que recheavam o palanque de Copacabana, que os constituintes de 1988 definiram a periodicidade das eleições como cláusula pétrea da Carta maior da República.
Mas não podemos querer que a turma daquele palanque entenda e se conforme com isso, não é mesmo?

Por: Percival Puggina -  http://puggina.org


Coréia do Norte: a brutal perseguição comunista contra os católicos

Ninguém conhece o destino dos bispos católicos da Coréia do Norte, informou a agência AsiaNews. No Anuário Pontifício eles figuram como titulares de suas dioceses, porém os considera “dispersos”, um eufemismo por “desaparecidos”.  Para o regime comunista, trata-se de “perfeitos desconhecidos” e desde os anos 80 funcionário algum fornece qualquer informação sobre eles.

A Coréia do Norte esta subdividida em três diocesesPyongyang, Chunchon e Hamhung além da Abadia Territorial de Tomwok.  Nos anos 50, 30% dos habitantes da capital Pyongyang professavam a fé católica, mas no resto do país atingiam só o 1%.
Durante a Guerra de Coreia (1950-1953) as tropas comunistas massacraram missionários, religiosos estrangeiros e católicos coreanos. O regime norte-coreano, satélite de Rússia e da China, tentou varrer toda presença cristã.

No Norte foram destruídos todos os monastérios e igrejas, e os monges e sacerdotes foram condenados à morte.  Naquela guerra o delegado apostólico no país, Mons. Patrick James Byrne foi condenado à morte. A execução não teve lugar, porém o representante Vaticano foi deportado a um campo de concentração onde faleceu em virtude das privações.  Desde aquela época não se têm mais notícias dos 166 sacerdotes e religiosos presentes no país pelo fim da guerra. “São perfeitos desconhecidos” respondem sempre os burocratas socialistas.

Oficialmente não ficou nem clero nem culto. Fontes de AsiaNews no país afirmam que os “verdadeiros” católicos que restam, não são mais de duzentos, na sua maioria idosos.  O regime autoriza apenas a igreja de Changchung na capital Pyongyang. Na realidade, é mera “vitrina” de propaganda do regime.  Os fiéis devem professar a fé em secreto. Se forem descobertos numa missa podem ser presos, torturados e condenados à pena capital. O simples fato de possuir uma Bíblia é crime punível com a morte.

Mons. Hong Yong-ho foi nomeado Vigário Apostólico de Pyongyang em 24 março de 1944 pelo Papa Pio XII.  Em 10 março de 1962, a Santa Sé elevou o Vicariato à condição de diocese em protesto contra a perseguição do regime comunista. Mons. Hong tornou-se um símbolo da resistência católica, mas hoje está “desaparecido”.  Se ele estiver vivo teria mais de cem anos, e o Vaticano julga que “não pode se excluir que ainda esteja prisioneiro em algum campo de reeducação”.  Enquanto isso, na Coréia do Sul, num regime de liberdades, os católicos aumentam continuadamente e já superaram a barra de 10% da população total, segundo a agência UCANews.

Luis Dufaur
edita o blog Pesadelo Chinês.


Trombada é alto risco

Alerta para novo ministro Torquato Jardim: Lava Jato é blindada, Temer não

Publicado no Estadão

O advogado Torquato Jardim estará para o presidente Michel Temer no Ministério da Justiça assim como Márcio Thomaz Bastos esteve para o presidente Lula e José Eduardo Cardozo para a presidente Dilma Rousseff. Fiéis à sua cultura de advogados, o objetivo era, como é agora, defender seus chefes. Simples assim.

O que não é nada simples é o momento dramático em que Torquato assume, com Temer acossado não só pela gravação feita por Joesley Batista, que ele questiona judicialmente, mas também por outras suspeitas envolvendo a JBS e pelo processo de cassação da chapa Dilma-Temer no TSE. Além de velho amigo e parceiro de Temer, o novo ministro tem longo histórico na Justiça Eleitoral.

A bem da verdade, Temer já manifestava insatisfação com o ex-ministro Osmar Serraglio antes das delações da JBS. Crise de índios? Ele não foi de grande valia. Matança de posseiros? Idem. Afinal, para que servia Serraglio no ministério número um da República?

Para piorar, ele é deputado e foi escolhido por indicação do PMDB da Câmara, mas o pau quebrava na reforma trabalhista, depois na da Previdência, e era acusado de não dar o ar da graça na articulação política no Congresso. Ou seja, Serraglio caiu de maduro. O novo problema é que caiu para o lado, mais precisamente para o Ministério da Transparência. A gritaria já começou.  Mas o foco não está lá e sim no Ministério da Justiça, que não abrange só índios, posseiros e penitenciárias em chamas, mas também a Polícia Federal – pelo menos no organograma. Temer tem à disposição dois pesos pesados do Direito, o próprio Torquato Jardim e seu advogado e também amigo Antônio Claudio Mariz de Oliveira. Ajudam muito, mas se os dois, ou os três, incluindo o próprio Temer, tentarem passar uma rasteira na cúpula da PF, vai ser tiro no pé.

Quanto mais tentam minar a Lava Jato, mais fica evidente o quanto a maior operação de combate à corrupção do planeta está blindada. Todas as investidas no Legislativo e todos os dardos atirados do Executivo e mesmo do Judiciário não deram em nada e toda estridência de envolvidos à direita e à esquerda entraram por um ouvido e saíram pelo outro.  A Lava Jato continua firme e forte e quem mais pode arranhá-la não está fora, mas dentro dela. A PGR ataca ministro do STF, o ministro do STF devolve com pedradas, a guerra entre MP e PF, procurador sarcástico acusa o juiz Sérgio Moro de ter “coração generoso” por absolver alguém por falta de provas… Calma, gente! A Lava Jato tem de estar acima dessas vaidades e idiossincrasias e respeitar o equilíbrio entre o combate à corrupção e as regras do Estado Democrático de Direito.

Hoje, o CNJ julga Moro pelos áudios entre Lula, investigado, e Dilma, então presidente, sob a expectativa de que isso não vá adiante. Amanhã, o Supremo debate o fim do foro privilegiado, mas nem todos os juízes são como Moro (PR), Vallisney de Souza Oliveira (DF) e Marcelo Bretas (RJ). Em tese (porque nem sei quem são), será que os juízes de Alagoas são imunes à proximidade com o senador Renan Calheiros e seu filho governador?

Vê-se o quanto o ambiente brasileiro está contaminado pela crise e por descobertas estarrecedoras, disputas de egos e falta de cenários a curto, médio e longo prazos. Temer tem direito de trocar ministros e de lutar pelo mandato, mas é cedo para saber o desfecho, até mesmo no TSE na próxima semana. Jogar o Ministério da Justiça contra PF, MP e Judiciário será o pior caminho. A trombada é certa e a Lava Jato está blindada, mas Temer não.

Fonte: Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo


Venezuela - “Cubazuela”: Raúl Castro a um passo do seu sonho macabro

Respeito à Constituição

Não se pode usar a decisão contra o governador do Amazonas como precedente para o caso de Temer porque cada caso envolve marco jurídico específico. No caso do Amazonas, pautou-se pela Lei Eleitoral. No caso de Temer, vale a Constituição

Há quem tenha visto a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinando o imediato afastamento de José Melo do governo do Estado do Amazonas como um elemento complicador para a situação do presidente Michel Temer, como se o que lá foi decidido pudesse balizar o julgamento da ação contra a chapa Dilma-Temer no TSE. Na verdade, é descabida a relação entre os dois casos já que a Constituição Federal dispensa um tratamento específico aos presidentes da República. Sempre, e especialmente em momentos de crise, é de grande importância para o bem do País que o cristalino texto constitucional prevaleça sobre extravagantes interpretações, que nada mais são do que reflexo de interesses particulares.

No dia 4 de maio, por 5 votos contra 2, o TSE determinou o imediato afastamento do governador do Amazonas, José Melo (Pros), e de seu vice, Henrique Oliveira (SD), em razão de compra de votos nas eleições de 2014, quando a chapa obteve a reeleição no segundo turno com 55,5% dos sufrágios. Na decisão, contra a qual ainda cabe recurso, o TSE estabeleceu que o novo governador deverá ser escolhido por meio de eleições diretas. Com tempos tão agitados como são os atuais, houve quem não tenha atinado para as diferenças entre os casos, fazendo uma indevida conexão do caso do governador do Amazonas com a ação que julga a chapa Dilma-Temer. Tentaram ver, na decisão que o TSE poderá adotar já no início do mês, uma brecha para que, em caso de eventual cassação do mandato de Temer, haja eleições diretas.

Não se pode usar a decisão contra o governador do Amazonas como precedente para o caso de Temer porque cada caso envolve um marco jurídico específico. No caso do governador, o Tribunal pautou-se pela Lei Eleitoral. No caso do presidente da República vale o tratamento que a Constituição dá à matéria. O art. 81 da Constituição determina que, “vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga”. Em seguida, no § 1.º do mesmo artigo, lê-se que, “ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei”. Não cabe, portanto, convocação de eleição direta.

Como é natural, os constituintes de 1988 poderiam simplesmente ter deixado as eleições diretas como regra geral em caso de vacância dos cargos de presidente da República e vice-presidente. No entanto, decidiram expressamente criar uma regra específica, caso a vacância ocorresse nos últimos dois anos do período presidencial. Não se pode, portanto, ignorar a existência desse mandamento constitucional e criar, seja por qual motivo for, uma regra diferente.

Seria uma fraude ao Estado Democrático de Direito se determinado grupo político ou estrato social pudesse, diante de determinadas circunstâncias, mudar as regras do jogo simplesmente porque elas agora não lhe são apetecíveis. Quando os defensores da ideia de eleições diretas, em caso de cassação do presidente Michel Temer, vinculam sua bandeira à campanha das Diretas Já, ocorrida no final do regime militar, como se fossem causas semelhantes, estão fazendo uma contrafação. Então, nos inícios dos anos 80 do século passado, lutava-se pela volta do regime democrático e pelo estabelecimento de uma Constituição cidadã que estivesse acima da estrutura legal criada durante a ditadura militar. 


Agora, quem promove a bandeira das eleições diretas está lutando em sentido contrário, querendo que determinados interesses prevaleçam sobre o disposto na Constituição de 1988.  O rigor com o Direito e com os conceitos jurídicos não é um formalismo jurídico arcaico. Ele representa uma das garantias de que a vontade da população, expressa na lei – no caso, na Constituição –, será respeitada. Sem esse cuidado, não há democracia possível, restando apenas a voz dos mais fortes. Ou de quem grita mais alto.

Fonte: O Estado de S.Paulo - Editorial

O desembargador deveria chefiar a Secretaria da Cracolândia

O doutor que vetou a internação de seres humanos reduzidos a zumbis merece administrar a maior feira de drogas ao ar livre do Brasil

Na sexta-feira passada, 26 de maio, decidida a prosseguir o desmonte da Cracolândia, a prefeitura de São Paulo conseguiu do juiz Emilio Migliano Neto autorização para submeter viciados sem equilíbrio mental para exercer o livre arbítrio à avaliação de psiquiatras que recomendariam ou não a internação em clínica especializada. No dia 28, a segunda etapa da operação aplaudida por 999 em mil moradores foi suspensa pelo desembargador Reinaldo Miluzzi. 

Nesta terça-feira, a proibição foi ratificada pelo Tribunal de Justiça. O prefeito João Doria deveria convidar o desembargador Miluzzi para assumir a chefia de uma Secretaria da Cracolândia. Em parceria com os demais defensores dos direitos humanos de seres desumanizados pelo vício, e com o apoio unânime da plateia de zumbis, o doutor adotaria as medidas necessárias para que todos morram em público e livres do assédio de quem deseja salvá-los.      

Fonte: Coluna do Augusto Nunes - VEJA

 

 

INsegurança Pública no DF - presos agora tem direito a saídão para se divertir nas festas juninas

Saidão junino de presos divide opiniões e recebe críticas da população

Decisão da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do DF de liberar presos entre 9 e 12 de junho recebe críticas da população. Especialistas avaliam, no entanto, que o saidão junino atende requisitos legais e pode contribuir para a ressocialização

A decisão da Justiça de liberar presos para o saidão de festas juninas ampliou o debate sobre os limites do benefício aos detentos do sistema penitenciário. Enquanto especialistas em direitos humanos aprovam a concessão dada pela juíza da Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), Leila Cury, nas ruas, a notícia deixou a população em alerta. Muitos acreditam que a medida não tenha eficácia real e colabora com o aumento da violência. Por lei, cada preso pode deixar a cadeia, sem custódia, para reencontrar parentes, 35 dias no ano. [a característica principal dos pseudo especialistas em direitos humanos é exatamente defender direitos humanos de bandidos, esquecendo os direitos humanos  dos HUMANOS DIREITOS.]

Neste ano, houve duas saídas: de Páscoa e do Dia das Mães. Ao todo, 1.723 presos foram liberados, sendo 846 em abril e 877 em maio. Na primeira, 12 não retornaram ao sistema, mas dois foram recapturados. Já no segundo benefício, oito fugiram e dois foram presos.  Em 2016, nas seis saídas, 8.892 internos receberam o benefício. A previsão para junho é de que cerca de 915 apenados deixem o sistema carcerário. Desses, 41 são mulheres e 874, homens. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública. Detentos em regime semiaberto poderão deixar o Centro de Progressão Penitenciária (CPP) das 7h de 9 junho até as 10h do dia 12. Entre os principais crimes cometidos pelos beneficiados, estão roubo, furto e tráfico de drogas.

Regras
Com o benefício de junho, a VEP aumentou para 10 o número de saidões de presos por ano, com uma quantidade menor de tempo a cada período. Os beneficiados não podem frequentar bares, usar drogas, nem sair de casa após as 18h, outro ponto criticado na medida, já que as festas de São João começam, normalmente, no fim da tarde e início da noite. Porém, de acordo com o TJDFT, a juíza não usou o termo “saidão de festas juninas” no documento enviado à Secretaria de Segurança. “(A decisão da VEP) delimitou, apenas, o período de 9 a 12 de junho como data para o saidão”, informou o tribunal. Essa é a primeira vez que o benefício é concedido nessa época do ano no DF.

O funcionário público Cláudio Ferreira, 50 anos, é contra a medida. Morador do Lago Norte, ele acredita que o benefício é uma oportunidade para reincidências. “Não acho que valha a pena soltar nesse período. Essa medida só prejudica, não favorece em nada”, expõe. A diarista e moradora do P Norte, em Ceilândia, Eliane Ribeiro da Silva, 42, concorda. Ela acredita que, nos saidões, as ruas ficam mais inseguras. “Não acredito que ressocialize. Eu acho que só vai provocar mais violência, aumentar o perigo”, opina.

Objetivo
Para o presidente da Comissão de Segurança da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o distrital Lira (PHS), não há justificativa para liberar presos no período de festas juninas. “Interpreto como uma falha do poder Judiciário. Esse período de junho é movimentado, com festas e eventos. As pessoas clamam por mais segurança. Quando se libera um saidão, da mesma forma que tem presidiários com boas intenções, há aqueles que saem para praticar crimes. A sensação de segurança fica comprometida”, avaliou.

Na visão do consultor em segurança pública George Felipe Dantas, as datas comemorativas são meramente referenciais. “Dia dos Pais, Dia das Mães, Natal ou Ano-Novo são datas que, para alguns, fazem sentido e, para outros, não. Não há nenhum problema em imaginar que os saidões possam ser estendidos para outros dias. Na verdade, utilizam-se esses períodos mais como marcos simbólicos”, esclareceu.

O professor de Pós-Graduação em Direitos Humanos da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB) Alexandre Bernardino Costa ressalta a necessidade do benefício e não vê problema em ocorrer em junho. Para ele, não há polêmica, mas “preconceito”. “O benefício é reservado aos presos de bom comportamento. Há preconceito por segmentos da sociedade. É preciso se informar mais. Existe uma quantidade grande de presos provisórios nas cadeias. A maior parte dos apenados em regime fechado foram condenados por tráfico não violento. Comercializaram entorpecentes, mas não têm histórico de violência. Em seguida, vêm os que cometeram furtos. Também não é um ato violento. Só depois, vêm as pessoas que cometeram assaltos e, por último, em uma incidência absolutamente menor, homicidas e latrocidas”, enumera.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF, Ricardo Vale (PT), também defende a medida. “Se a decisão é tomada de forma legal, tem que ser cumprida. Os direitos dos presos têm de ser garantidos sempre. A sociedade precisa apoiar o processo de recuperação dessas pessoas. No fim, todos queremos que os presos deixem o sistema integrados à sociedade, para que não cometam mais crimes. Se alguém aproveita um saidão para fugir, para cometer assaltos ou para traficar, essa pessoa será novamente presa, e vai perder o benefício. Claro que é uma possibilidade, mas não uma regra. Não podemos condenar uma maioria com base no comportamento de uma minoria”, diz.

O que diz a lei
A Lei nº 7.210/1984, mais conhecida como Lei de Execução Penal, estabelece que os condenados em regime semiaberto podem [podem é uma opção e não uma determinação; explicando o óbvio: PODEM é diferente de DEVEM.
A Lei de Execução Penal vale para todo o território nacional, mas, essa excrescência de liberar bandido para se divertir só existe no DF e com uma agravante que chega a ser cômica: os liberados não podem sair as 18h, mas, foram liberados para participar de festejos que só se realizam à noite. ] ter autorização para saída temporária do sistema prisional, sem vigilância direta, para realização de visita a familiares, estudo externo e outras atividades que auxiliem no retorno ao convívio social. A autorização para saída temporária é dada pela Vara de Execuções Penais (VEP), que fixa um calendário anual para a concessão do benefício. O limite é de 35 dias de saidão por ano.

Suspeito de assalto preso
A Polícia Militar de Goiás deteve, ontem, em Goiânia, o quarto suspeito de participação no assalto que feriu um policial em uma loja de títulos de capitalização na 703 Norte. Segundo informações da PMDF, Tiago Henrique Rufino Teixeira, 27 anos, havia fugido com a ajuda de Francisco Oliveira de Araújo, que acabou morto em troca de tiros com a PM de Goiás. 

Francisco estava armado e era tido como foragido da Justiça. Tiago, por sua vez, se rendeu e foi levado sob custódia. Na segunda-feira, dia em que aconteceu o crime, a PMDF havia prendido dois homens na QNN 19, em Ceilândia. Hércules da Silva Castro, 46, e Renato Vargas de Oliveira, 56,  tinham diversas passagens pela polícia. Também foi detida Jocilene Maria Viegas Pires, 38 anos, liberada ontem, pois a participação dela no crime não foi confirmada. De acordo com a PMDF, Orlando segue em recuperação no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e o estado dele inspira cuidados.

[por uma mera coincidência o POST abaixo deste noticia a libertação do ex-governador do DF, o petista Agnelo Queiroz; 
repetindo: trata-se de mera coincidência, o petista não foi favorecida por nenhum tipo de saídão.]

Fonte: Correio Braziliense

Ex-governador do DF, o petista Agnelo Queiroz, consegue habeas corpus e é solto Por favor, não considerem como uma antecipação do saídão dos bandidos para festas juninas

Agnelo Queiroz consegue habeas corpus e é solto

O ex-governador Agnelo Queiroz (PT) deixou, na manhã desta quarta-feira (31/05), o Departamento de Polícia Especializada (DPE) da Polícia Civil, onde cumpria prisão temporária, no âmbito da Operação Panatenaico. A soltura ocorreu  graças a uma decisão do desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) Néviton Guedes, que deu provimento ao habeas corpus impetrado pela defesa no último fim de semana.  O benefício foi estendido, ainda, ao presidente da Via Engenharia,  Fernando Queiroz, e ao ex-presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) Nilson Martoreli.

A liminar do habeas corpus de Agnelo Queiroz havia sido negada pelo desembargador Hilton Queiroz, no plantão de fim de semana, e repassada à 4° Turma do TRF para a análise do mérito.  Néviton Guedes reavaliou o recurso e decidiu dar provimento. A decisão pode ser estendida aos demais impetrantes.  De acordo com o advogado de Agnelo Queiroz, Paulo Guimarães, o ex-governador deixou a DPE entre 5h30 e 6h. O petista deve se pronunciar sobre a prisão temporária na tarde desta quarta-feira.

Agnelo Queiroz cumpria prisão temporária com o ex-governador José Roberto Arruda (PR), o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), e outros sete detidos, desde 23 de maio. Os dez são suspeitos de integrar um esquema de superfaturamento, em R$ 900 milhões, das obras do Estádio Nacional Mané Garrincha. O cartel gerou aos cofres da Agência de Desenvolvimento de Brasília (Terracap) um rombo de R$ 1,3 bilhão.

Em outra decisão, o desembargador Néviton Guedes também deferiu a soltura da ex-presidente da Agência de Desenvolvimento de Brasília (Terracap) Maruska Lima de Souza. Ela deixou o Presídio Feminino do Gama por volta das 6h. “A decisão do TRF prova que não havia fundamento legal suficiente para a prisão temporária e, muito menos, para a prorrogação. A reclusão foi um constrangimento ilegal. Agora, aguardamos a continuação das investigações, que, mais à frente, esclarecerão os fatos”, alegou a advogada Bianca Alvarenga Gonçalves. 

[ o POST acima deste cuida da soltura de bandidos para  se divertirem em festas juninas, mas,  nada tem a ver com a libertação do ex-governador do DF, o petista Agnelo. 
Trata-se de mera coincidência.]

 Fonte: Blog CB - Poder - Ana Viriato

 

Taxa de desemprego sobe a 13,6% em abril, e país tem 14 milhões de desocupados

Cerca de 1,1 milhão de pessoas passaram a buscar emprego, um crescimento de 8,7%

A taxa de desemprego subiu a 13,6% no trimestre encerrado em abril, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Mensal divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE. Com isso, o número de desempregados ficou em 14 milhões, uma alta de 23,1% em relação ao mesmo período do ano passado — o que corresponde a um acréscimo de 2,6 milhões de brasileiros à fila de desempregados, na comparação anual.

Em relação a janeiro, último dado comparável com a taxa de abril, houve alta de 8,7%, equivalente a 1,1 milhão de pessoas. No trimestre encerrado em janeiro a taxa havia sido de 12,6%. Já a registrada no período de fevereiro a abril de 2016 foi de 11,2%.  Apesar de ainda alto, o número de desempregados no país cresce mais lentamente, quando comparado ao ano passado. [não chega a ser garantia de solução do desemprego a curto prazo mas é um indicador seguro que a economia começa a parar de cair e com isso o desemprego entra em queda.] Em abril passado, a alta da população desocupada chegou a 18,6%, bem maior que os 8,7% registrados neste ano. Na comparação anual, a alta deste ano, de 23,1%, também é inferior à registrada no ano passado, quando o salto frente ao mesmo período foi de 42,1%.

Mas a alta mais gradativa do número de desempregados pode não estar necessariamente relacionada a uma melhora do mercado de trabalho, explica Cimar Azeredo. O número de desempregados também pode estar caindo influenciado por pessoas que perderam o emprego e desistiram de procurar uma nova colocação.  — O que pode estar explicando a redução da desocupação? As pessoas estão desistindo de procurar trabalho. Podem ir para o lado de insuficiência de horas trabalhadas ou para o lado do desalento — afirmou Cimar Azeredo.

A população ocupada caiu 1,5% na comparação anual, para 89,2 milhões de pessoas. Ou seja, foram perdidos 1,4 milhão de postos de trabalho, na comparação com o mesmo período do ano passado. Na comparação com o trimestre encerrado em janeiro, a queda foi de 0,7%. A combinação entre a queda da ocupação e o aumento da desocupação resultou na alta da taxa de desemprego. O resultado de abril é inferior ao registrado no trimestre encerrado em março, que foi de 13,7%. No entanto, o IBGE compara com o de janeiro por causa da metodologia chamada de trimestres móveis. O número de janeiro é o último sem interferência dos números de fevereiro e março.

MENOR CONTINGENTE COM CARTEIRA DA SÉRIE HISTÓRICA
Na comparação com o ano passado, o número de empregados com carteira assinada recuou 3,6%, para 33,3 milhões de pessoas. Este é o menor contingente de trabalhadores com carteira desde o início da série histórica, iniciada em 2012. Considerando apenas os meses de abril, a taxa de desemprego de abril também é a maior da série histórica.
O rendimento do brasileiro ficou estatisticamente estável, em R$ 2.107, tanto na comparação em relação ao trimestre anterior, como na comparação anual.

Apesar da taxa ainda alta, os dados mostram alguns sinais de recuperação do mercado de trabalho. Na indústria, houve um aumento de 1,8% do número de empregados na comparação com janeiro, a primeira alta após dois anos de quedas consecutivas no setor. Mas, para Cimar Azeredo, os dados devem ser observados com cautela, principalmente diante da perspectiva de que os próximos dados reflitam efeitos da crise de incerteza gerada pela turbulência política. — Isso pode ser sinal de que o mercado está demitindo menos. A procura, apesar de continuar crescendo, cresce em uma intensidade menor, em função de efeitos externos, tanto macroeconômicos, como políticos. Só que a pesquisa é toda refletida no mês de abril. Mas você tem ainda o mês de maio, em que se tem notícias que podem afetar o cenário econômico e o mercado de trabalho. Os dados podem, com esses efeitos exógenos, trazer resultados novos influenciados por esses movimentos — destacou Azeredo.

RESULTADO DA INDÚSTRIA AINDA RUIM
Apesar da melhora da indústria, o setor ainda está em patamar muito abaixo do alcançado antes da recessão. Segundo o IBGE, 14,8% dos brasileiros empregados no Brasil estavam na indústria em 2012. Agora, esse percentual é de apenas 12,9%.  — A gente tem que ser bastante cauteloso com esse resultado e aguardar o segundo trimestre do ano e confrontar com o primeiro, para ver se esse crescimento da indústria é só um soluço ou parte de um movimento consolidado — destacou Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.

O desemprego não cai desde novembro de 2014, quando o indicador atingiu o ponto mínimo da série histórica, 6,5%. Foi justamente o último ano de crescimento da economia brasileira, que entrou em recessão nos dois anos seguintes. A retomada do mercado de trabalho é apontada como uma das condições para uma recuperação sólida do Produto Interno Bruto (PIB), que depende do consumo das famílias.

Nos últimos meses, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) chegaram a mostrar sinais positivos. Em abril, o país criou 59,8 mil postos de trabalho com carteira assinada, no saldo entre admissões e demissões. Foi o segundo mês de resultado positivo do levantamento, depois de fevereiro. Em janeiro e março, no entanto, o Caged ficou no vermelho.

Fonte: O Globo




O desemprego no país foi de 13,6%, em média, no trimestre de fevereiro a abril, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No período, o número de desempregados no Brasil foi de 14 milhões de pessoas. ... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2017/05/31/desemprego-e-de-136-e-atinge-14-milhoes-de-trabalhadores-diz-ibge.htm?cmpid=copiaecola
Desemprego é de 13,6% e atinge 14 milhões de trabalhadores, diz IBGE... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2017/05/31/desemprego-e-de-136-e-atinge-14-milhoes-de-trabalhadores-diz-ibge.htm?cmpid=copiaecola
Desemprego é de 13,6% e atinge 14 milhões de trabalhadores, diz IBGE... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2017/05/31/desemprego-e-de-136-e-atinge-14-milhoes-de-trabalhadores-diz-ibge.htm?cmpid=copiaecola
Desemprego é de 13,6% e atinge 14 milhões de trabalhadores, diz IBGE... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2017/05/31/desemprego-e-de-136-e-atinge-14-milhoes-de-trabalhadores-diz-ibge.htm?cmpid=copiaecola