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domingo, 31 de maio de 2015

Essa é a miséria que interessa ao PT manter - é desta miséria que seres tipo Lula, Dilma e outros da mesma laia tiram a fortuna e o poder, dos quais não querem abir mãos

Os miseráveis: retrato sem retoques de um Rio de excluídos

Este é o triste destino dos que votam, e votaram,  no PT - muitos ainda pensam em repetir o voto. Afinal, a fome destrói o raciocínio, a lucidez, o ânimo, o interesse pela próprivida.

Essa situação vergonhosa facilita aos atuais donos do poder, por colaborar com os seus planos diabólicos de permanecerem DONOS DO PODER

Não esqueçam: o aqui mostrado é uma fraçã da miséria que está em locais mais visiveis, mais acessiveis. Só que ela também está presente nos locais isolados, ermos, matando, destruindo, aviltando. Locais que uma vez a cada quatro anos vão visitados por prepostos dos políticos à caça dos votos que os manterão no poder e aos miseráveis na miséria crescente.


Estado tem 3,7% de seus moradores na extrema pobreza. Percentual só não é maior do que o do Norte-Nordeste


 O Estado do Rio tem 565.135 pessoas vivendo abaixo da linha da extrema pobreza. A série de reportagens "Os miseráveis" mostra como e onde vive quem precisa driblar dificuldades como desemprego e fome. São 3,77% da população do estado nessa situação, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O percentual é o maior entre todos os estados das regiões Sul e Sudeste, superado apenas pelos do Norte-Nordeste e Mato Grosso, no Centro-Oeste.

Em Japeri, o banho na casa de Roberto e Nilceia da Silva é só de baldeFoto: Márcia Foletto / Agência O Globo

Pelanca é a sobra da carne, a parte desprezada que pode ir tanto para o cachorro quanto para fábricas de sabão, que usam sebo como matéria-prima. Mas, na casa de Lúcia Pereira da Silva, sem água ou esgoto, num mangue à beira da Baía de Guanabara, em Magé, pelanca é dia de festa. Sinal de que sobraram 40 centavos para comprar um quilo do que, para muitos, é lixo. “Às vezes vem um pedacinho de carne junto. Tempero com louro e ponho no feijão. Fica gostoso”, diz. A 60 quilômetros dali, em Belford Roxo, José Roberto Lima idoso esquálido que vive numa casa sem banheiro lança mão da pelanca para alimentar seus três cães magros. Mas guarda um tanto para a própria sopa, feita com grãos dos mirrados pés de feijão que planta no quintal. Lúcia e José Roberto não fazem parte do Rio do cartão-postal. Estão entre os 565.135 fluminenses que sonham alcançar a pobreza. Porque o lugar deles é outro. Eles vivem na miséria.

A fome está sempre à espreita de quem vive abaixo da linha da extrema pobreza, como José Roberto...Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

Na indigência, como os dois, encontram-se 3,77% da população do estado, revelam números do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Gente suficiente para encher uma cidade como Niterói. Os dados, que tomam como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2013, do IBGE, mostram ainda que o Estado do Rio, sexta maior renda per capita do país, fica mal perto de seus vizinhos. Tem um percentual maior de miseráveis do que todo o Sul e Sudeste. No Centro-Oeste, só Mato Grosso está em situação pior. Os deserdados do estado que sediará as Olimpíadas de 2016 são tema da série de reportagens “Os miseráveis”, que O GLOBO publica a partir de hoje. 

Durante um mês, equipes percorreram os bolsões de extrema pobreza para contar as histórias de cidadãos que têm renda per capita inferior a R$ 140,70, quantia necessária para comprar uma cesta de alimentos com a quantidade mínima de calorias, de acordo com os critérios do Ipea.

Valor, aliás, que é um sonho distante para José Roberto. Aos 69 anos, com as mãos calejadas depois de uma vida dividida entre a roça e a construção civil, ele não tem renda. Conta com a solidariedade dos vizinhos, que dão um jeito de dividir a comida para que ele não viva só de feijão. As doações vão parar no fogão a lenha, já que ele não tem R$ 50 para pagar o botijão de gás.  — Eu vivo com o que Deus me dá. E só. Roubar, eu não vou — afirma.

Lúcia, a senhora de 63 anos que engana o estômago com a pelanca, também dá seu jeito. Vive, junto do marido desempregado e tuberculoso, e do filho de 21 anos, tampouco com trabalho, com menos de R$ 200 do Bolsa Família. Não dá nem R$ 70 por pessoa — dinheiro insuficiente para pagar um cafezinho diário. Água, ela bebe a que é dada pela chuva. Está difícil para Lúcia, mas é o casal Luiz Cláudio Feliciano e Alana da Silva quem leva uma vida de cachorro. E não é figura de linguagem. Os dois moram, com os filhos, de 2 anos e de 10 meses, num canil em Tanguá, município com o terceiro maior percentual de miseráveis, atrás de São Francisco de Itabapoana e Porciúncula, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Social. O local foi adaptado, mas ainda é possível ver as divisórias para os animais. A família vive no espaço de três delas, e foi parar lá após Luiz Cláudio perder o emprego na vizinha Itaboraí. Como tantos excluídos, depende dos R$ 180 do Bolsa Família.
O eletrodoméstico que denuncia a penúria: na casa da família Ferreira, em Japeri, a geladeira praticamente só tem água - Márcia Foletto / Agência O Globo

DESEMPREGO QUE ANGUSTIA
Luiz Cláudio acorda todos os dias às 5h para procurar trabalho. Mas, em Belford Roxo, a reação de Marco Saboya diante do desemprego é outra. Desde que foi dispensado de uma obra, onde ganhava R$ 700 para sustentar a mulher, Mônica, e os filhos Adriel, Diana e Kailane, de 8, 6 e 5 anos, respectivamente, passou a ter crises de ansiedade. Acorda sem conseguir respirar e bota, a cada minuto, a mão no peito, desconfiado de um infarto que o médico já descartou é angústia o que sente.  Às vezes, ele sai gritando pela rua, tenho que ir atrás. Tento fazer bicos, mas é difícil porque Marco não põe os filhos para a escola — diz Mônica, que ganha R$ 182 do Bolsa Família.

As enchentes já carregaram o pouco que a família tinha, levando Adriel a decretar: — Vou estudar e ganhar muito dinheiro para comprar outra casa.  Teresa Cosentino, secretária estadual de Assistência Social, argumenta que a redução da miséria no Rio, que tem um programa próprio de complementação de renda, é significativa. Em 2003, eram 1.109.863 indigentes. Em 2011, 481 mil. Em 2012, subiu para 550.140, e, em 2013, cresceu para 565.135. — É um movimento natural. Quando você está de dieta, perde mais peso no início ou no final? No fim, é mais difícil mesmo — diz Teresa.

Especialistas não têm uma explicação única para o desempenho do Rio, segundo estado que menos diminuiu proporcionalmente a miséria, entre 2003 e 2013, atrás apenas do Maranhão. Para eles, são vários calcanhares de Aquiles.  — O Rio tem uma periferia da periferia, como Japeri. São Paulo, por exemplo, tem subcentros importantes economicamente na área metropolitana e no interior. Nós, não — diz a economista Sônia Rocha, pesquisadora do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets).

Outra explicação pode estar na estrutura do mercado de trabalho fluminense, dizem os economistas Valéria Pero, Adriana Fontes e Samuel Franco. Eles lembram que o Rio tem, entre os mais pobres, uma taxa de desemprego maior do que a média nacional. A população mais desfavorecida acaba buscando alternativas na informalidade, que, por sua vez, não leva à superação da pobreza.

Outro fator é a elevada desigualdade no estado. E é justamente a melhor distribuição de renda, aliada ao crescimento econômico, uma das receitas para reduzir a pobreza. Para piorar, o desenvolvimento do Rio nos últimos anos, impulsionado pelo petróleo, ocorreu mais fortemente fora da Região Metropolitana, que concentra 74% da população.


Geladeira vazia

Geladeira vazia, a expressão que, dos remediados para cima, significa que a ida ao mercado está atrasada, tem um significado literal na casa de quem já cruzou a linha da pobreza rumo à miséria. Na maioria das vezes, o eletrodoméstico guarda só água. Ou, em dias de bonança, uma panela de arroz com feijão ou quatro espigas de milho, como no cômodo em que Roberto da Silva Paiva mora com a família, no centro de Japeri. Contando com os R$ 620 do Bolsa Família para sustentar a mulher, cinco filhos e três netos, Roberto, quando consegue um terreno para capinar, acrescenta R$ 50 ao orçamento. E se vê às voltas com uma escolha de Sofia: — Tenho que decidir se compro arroz para todos ou leite para o Abraão, meu netinho. Ele tem três meses e nasceu com sífilis. Pegou da mãe.

Dúvidas sobre o que guardar na geladeira, Sirlene Henrique, que vive em Sumidouro, na Região Serrana, não tem. A dela está desligada da tomada: Não tenho nada para colocar dentro mesmo. Uso como armário.

A nutricionista Ana Paula Bucar enumera as consequências de uma dieta tão pobre: — A deficiência proteica pode causar perda de massa muscular, afetar o funcionamento do coração, prejudicar o raciocínio. Para uma pessoa ter o mínimo diário de 1.500 calorias, teria que comer pelo menos 30 colheres de sopa de arroz. E mais trinta de feijão.

Continuar lendo em O Globo
http://oglobo.globo.com/rio/os-miseraveis-retrato-sem-retoques-de-um-rio-de-excluidos-16274605

Clique aqui para ler a parte dois e conclusão



Fernando Pimentel e a central de lavagem do PT


Turma do homem forte de Pimentel tinha até contrato com a lobista Erenice Guerra


A Polícia Federal descobre um esquema milionário operado por amigo do governador de Minas Gerais. O Ministério Público acusa a mulher de Pimentel de conivência com os desvios 

Na manhã desta sexta-feira (29), quando subiram pelas escadas do Bloco B da 114 Sul em Brasília, rumo ao confortável apartamento no 4º andar, os agentes da Polícia Federal sabiam que adentrariam um endereço que guarda alguns dos maiores segredos da República. O apartamento é uma espécie de sede paralela do Palácio das Mangabeiras, residência oficial do petista Fernando Pimentel, governador de Minas Gerais. Está registrado em nome da mulher dele, a jornalista Carolina de Oliveira Pereira (na foto acima com o marido). 

Durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, quando era o poderoso ministro do Desenvolvimento e Comércio Exterior, Pimentel e sua então namorada Carolina promoviam jantares discretos com políticos, empresários e lobistas, segundo fontes que participavam desses convescotes. A sala ampla acomodava bonitos quadros e uma mesa de jantar para oito pessoas. Uma empregada com uniforme servia sorrisos e boas bebidas. Falava-se muito de negócios, especialmente no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES. Pimentel era presidente do Conselho de Administração do banco. Pimentel morava no apartamento. Guardava suas coisas lá. Agora, os agentes da PF recolheriam, com ordem judicial, o que houvesse no imóvel: dinheiro, computadores, pen drives, papéis.

Um parecer do Ministério Público diz que Carolina Oliveira, mulher de Fernando Pimentel, seria "conivente" com o esquema do empresário Benedito Oliveira, amigo do casal (Foto: Reprodução) 

Ainda no começo do dia, também em Brasília, os agentes estiveram na sede da Oli Comunicação e Imagem, empresa que pertence a Carolina. A operação da PF, batizada de Acrônimo, investiga um esquema de lavagem de dinheiro desviado de contratos com o governo federal. A PF estava na rua – e nos bons apartamentos de Brasília e de outras cidades – para buscar mais provas do esquema. Entre os alvos, além da primeira-dama de Minas, brilhava um empresário que participou da campanha de Pimentel e da primeira eleição da presidente Dilma Rousseff, em 2010: o empresário Benedito Oliveira, o Bené. ÉPOCA obteve acesso ao inquérito da operação. De acordo com o Ministério Público Federal, que fundamentou os pedidos de busca e apreensão em 90 endereços, a Oli “seria uma empresa fantasma, possivelmente utilizada para os fins da ORCRIM (organização criminosa) com a conivência de sua proprietária Carolina de Oliveira Pereira”


Foi exatamente o que revelou ÉPOCA em novembro passado, numa reportagem. Nela, a revista, com base em entrevistas com a turma de Pimentel e documentos sigilosos, demonstrava que a empresa de Carolina era fantasma. Mostrava também que a ascensão financeira de Bené, dono de gráficas e empresas de eventos com contratos no governo petista, coincidiu com a ascensão política de Pimentel. Bené até indicara assessores e um secretário do Ministério do Desenvolvimento. E fora o dínamo da campanha de Pimentel ao governo de Minas.

A reportagem de ÉPOCA alavancou uma investigação da PF sobre Bené, que começara no mês anterior. Durante a eleição, ele fora detido no aeroporto de Brasília, num King Air de sua propriedade, com R$ 116 mil. Vinha de Minas. Não esclareceu a origem do dinheiro. Como se revelou na reportagem, o prefixo do avião (PR-PEG) trazia as iniciais dos filhos de Bené – daí “Acrônimo”, o nome da operação da PF. De acordo com a investigação que se seguiu, culminando com as batidas na sexta-feira, Bené era o cabeça do esquema. Foi preso, assim como o publicitário Victor Nicolato, parceiro dele, que ajudou a coordenar a campanha de Pimentel no ano passado.

O esquema de Bené, segundo as investigações, não era sofisticado. Ele conseguia contratos superfaturados com o governo do PT, valendo-se de sua influência junto a próceres do partido, lavava o dinheiro por meio de uma vasta rede de empresas – e, após embolsar sua parte, repassava o butim para sua turma. Nas palavras da PF, o amigo de Pimentel “seria o operador de organização criminosa estruturalmente ordenada e com clara divisão de tarefas, a qual teria por atividade o desvio de recursos públicos, por meio de contratos não executados e/ou superfaturados com entes federais, mormente no setor de eventos e gráfico, e a posterior lavagem desses recursos, utilizando para tanto diversas empresas, com abuso da personalidade jurídica e confusão patrimonial, inclusive com interposição de pessoas”.


ÉPOCA obteve um documento, já em poder da PF, que mostra que a investigação esbarrará em outra personagem que também orbitou a campanha e a convivência de Dilma: a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. Em maio do ano passado, Erenice acertou um contrato de sociedade com a Brasil Século III, de Virgílio Guimarães – era por meio dessa empresa, segundo a investigação, que o petista recebia dinheiro do esquema de Bené. De acordo com a PF, o ex-deputado petista, cuja biografia se notabilizou por ter sido o agente que promoveu o encontro do publicitário Marcos Valério, preso como operador do mensalão, com o PT, era destinatário do “envio frequente de recursos financeiros de Benedito” em benefício próprio e “outras pessoas indicadas”. O contrato entre Erenice e Virgílio visava “promover o desenvolvimento sustentável e competitivo” da FBM Farma, uma indústria farmacêutica pertencente ao grupo Hospfar Indústria e Comércio de Produtos Hospitalares, que mantém em 2015 contratos de R$ 10,6 milhões com o governo federal. Em 2014, a empresa recebeu R$ 61,4 milhões dos cofres públicos, o dobro do ano anterior. A companhia, que já foi alvo de investigação do Tribunal de Contas da União, contratou Erenice Guerra para advogar em seu favor.

A relação próspera entre Bené e o PT resultou numa multiplicação extraordinária da fortuna do empresário. De 2005 para cá, o faturamento de seu grupo formado por cerca de 30 empresas passou de R$ 400 mil para R$ 500 milhões. Esse salto gigantesco foi impulsionado graças a contratos superfaturados fechados com órgãos públicos, segundo a Polícia Federal. As empresas de Bené possuíam contratos de centenas de milhões de reais com os ministérios das Cidades, da Educação e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, entre outros. A Gráfica e Editora Brasil, controlada pela família de Bené, recebeu R$ 294,2 milhões entre 2004 e 2014. Quase um terço desse valor foi desembolsado pelo Ministério da Saúde. O inquérito da PF apontou ao menos 39 contratos com indícios de irregulares encontrados em auditorias realizadas pelo TCU e pela Controladoria-Geral da União. “São várias empresas com sócios entre si, com os mesmos endereços, sendo algumas delas fantasmas. O objetivo disso era realizar a lavagem de valores, provavelmente oriundos de fraudes licitatórias”, diz o procurador da República Ivan Cláudio Marx, do Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal no Distrito Federal e responsável por conduzir o caso com a Polícia Federal.

Em nota, o advogado Pierpaolo Bottini afirma que Carolina Oliveira “viu com surpresa a operação de busca e apreensão” em sua antiga casa, em Brasília. “Carolina acredita que a própria investigação vai servir para o esclarecimento de quaisquer dúvidas”, diz o texto. O governo de Minas Gerais afirmou, em nota, que não é objeto da investigação. Procurado, o advogado de Bené, Celso Lemos, não retornou as ligações. ÉPOCA também não conseguiu contato com o ex-deputado Virgílio Guimarães e Erenice Guerra.

Agora, os investigadores tentarão identificar o destino dos recursos desviados. O delegado do caso, Dennis Cali, deu pistas dos próximos passos. Perguntado se Pimentel era um dos investigados, o delegado dizia que não. E completava: “Até o momento”.


Leia a íntegra em Época
http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/05/turma-do-homem-forte-de-pimentel-tinha-ate-contrato-com-lobista-erenice-guerra.html 
 
 

Eduardo Cunha, necessário para conter a ditadura gay e outras excrescências da maldita esquerda

O bloco e o eu sozinho

Mistura de Severino Cavalcanti e Marco Feliciano que deu certo, Eduardo Cunha se tornou rapidamente o homem que a direita procurava 

Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro, assumiu a presidência da Câmara dos Deputados em 1º de fevereiro de 2015. Sua vitória, por 276 votos contra 136 de Arlindo Chinaglia, o candidato do governo, foi a primeira das várias derrotas que a partir de então, em ritmo vertiginoso, ele passaria a promover no Congresso contra temas, pautas e princípios do governo petista de Dilma Rousseff.

A organização pessoal de Cunha, e de seus interesses conservadores amplos, imediatamente ganhou nítido contraste com a dissolução geral da política petista que acontecia ao seu redor. Apesar da vitória para a Presidência e de conquistar a maior bancada no Congresso, o Partido dos Trabalhadores pareceu ter saído das urnas em 2014 simplesmente derrotado.

A crise de corrupção na Petrobras - envolvendo possíveis propinas do cartel que controlava a empresa endereçadas a PT, PMDB e PP e a 17 políticos investigados, entre eles Eduardo Cunha e Renan Calheiros, além de um senador do PSDB - e o acirramento da oposição que levou Aécio Neves a meros 3% de distância da presidente reeleita marcaram de maneira negativa o espírito do novo governo.

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O desgaste total da sua política econômica, que manteve o pleno emprego no Brasil, mas gastou todas as fichas disponíveis no limite da responsabilidade fiscal e não conseguiu promover crescimento no último ano e meio, levou o ânimo e a autoconcepção do governo petista à lona.

O governo só parece fazer política na plena posse de seu modelo de economia - uma espécie de social desenvolvimentismo, ou capitalismo social, se olharmos daqui ou dali -, e ter de realizar cortes fortes nos gastos públicos, de tipo neoliberal, desorientou definitivamente a bússola governista para a própria política. Além disso, logo a nova organização social à direita, a nova paixão política à direita, prosseguiu sua feroz crítica ao governo nas ruas, criando um fator de forte instabilidade que o PT não conhecia.

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Buscando legitimidade ...  imediatamente declarou que só passando por cima do seu cadáver o tema do aborto seria pautado na casa presidida por ele.

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Sobre o aborto, sua posição já era tradicional. Homem ligado ao movimento político de massas das  Igrejas Evangélicas brasileiras - mais precisamente, A Assembléia de Deus, ministério Madureira - em 2011, ele se tornou conhecido pela excentricidade e desfaçatez de propor projeto de  lei do 'dia nacional do orgulho hétero' , para defender, segundo ele próprio a 'maioria discriminada'.

Leia mais.....................no Estado de São Paulo 
http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,o-bloco-e-o-eu-sozinho,1697177

 

Celebre: hoje é seu último dia de trabalho para o governo

Neste 31 de maio completam-se cinco meses que o brasileiro trabalhou para pagar impostos. 

Com a elevação de tributos deste ano, essa conta aumentará em 2016

Acredite: 31 de maio é o último dia de trabalho de cada brasileiro para pagar impostos municipais, estaduais e federais em 2015. O cálculo de que cada contribuinte paga ao governo o equivalente a cinco meses de salário por ano foi feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) e é uma forma de traduzir a imensa carga tributária da economia para a escala do trabalho. 
CARGA TRIBUTÁRIA: Impostos em excesso e poucos serviços marcam os 5 meses de contribuição(Thinkstock/VEJA)
O instituto estima que os brasileiros dediquem 151 dias de trabalho ao ano para pagar impostos - o dobro do que era na década de 1970. Complexa e pouco transparente, a carga tributária no Brasil atravanca negócios, reduz a competitividade dos produtos e penaliza a população de todas as faixas de renda - em especial as mais baixas, que estão mais sujeitas às intempéries econômicas e à má qualidade dos serviços públicos sustentados com o dinheiro da tributação.

Em ano de ajuste fiscal e elevação de impostos, como é o caso de 2015, o IBPT estima que a conta de dias trabalhados para o governo cresça para 157 a partir do ano que vem. Entre os impostos a serem elevados estão o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre os combustíveis, além do retorno da Contribuição para Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Também foi aprovada esta semana pelo Senado uma medida provisória que eleva a tributação sobre alguns produtos importados, como cosméticos. Outra decisão diz respeito ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no crédito para pessoas físicas, cuja alíquota passa de 1,5% para 3%. [o IOF é um tributo cujas alíquotas podem ser modificadas por simples decreto - o que permite que Dilma sempre que entender conveniente aumente o valor da alíquota sem prestar contas a ninguém.]

A crescente carga tributária equipara o Brasil a nações desenvolvidas que possuem um Estado eficiente. Na Alemanha, os impostos consomem 139 dias de trabalho. Na Dinamarca, são 176 dias. "A diferença, no entanto, está na qualidade de vida oferecida nos países desenvolvidos, que superam em escala desproporcional a do Brasil", diz João Eloi Olenike, do IBPT.

Imposto único - Marcos Catão, tributarista e professor da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro, conta que a carga tributária no Brasil é alta por dois motivos: em períodos de bonança, governos não trabalharam para reduzir a carga e torná-la mais eficiente; 
em períodos de crise, que acontecem periodicamente, é preciso elevar impostos para conter a sangria dos cofres públicos, como ocorre atualmente. "O Brasil tem o pior sistema de tributação de consumo do mundo. Os setores de telecomunicações, energia e petróleo têm carga tributária entre 50% e 60% em média. O país mais próximo nesse quesito é o México, com 25%", explica Catão.


De acordo com o tributarista, a primeira coisa a ser feita para reduzir o peso dos impostos é acabar com taxas sobre o consumo e criar uma tributação única. Seria, segundo ele, um grande passo para a tão sonhada reforma tributária. "Não faz sentido pagar ICMS, PIS e Cofins e IPI para comprar uma cafeteira. É triste que o Brasil tenha perdido a chance de fazer uma reforma quando a economia crescia para valer. Agora, será quase impossível", afirma o economista. [cuidado com a lenga lenga de tributação única; inventaram o tal IPMF que depois foi substituído pela CPMF, todos com a promessa de que se tornariam imposto único.
Só que os demais permaneceram e os citados quase que não conseguimos eliminar.] 
 
Além de pagar os tributos embutidos no preço dos produtos e serviços que consome, como ICMS, PIS, COFINS, IPI, ISS, o trabalhador brasileiro paga taxas sobre a propriedade, como IPVA, IPTU e ITCMD, sobre o rendimento, como Imposto de Renda Pessoa Física e a Contribuição Previdenciária, e arca ainda com taxas e contribuições de limpeza, coleta de lixo e iluminação pública. Essa carga gigantesca também incide sobre as empresas. Condensar esse arsenal de siglas em apenas um imposto exigirá coalizão política e profissionalismo dos representantes do povo no Congresso. Dada a demora e a falta de interesse da classe em empreender a reforma, supõe-se que eles não possuam nenhuma das duas características.

Fonte: Veja OnLine

Conheça o IMPOSTÔMETRO - na página inicial do Blog Prontidão Total, você tem pode conferir segundo a segundo a arrecadação tributária no Brasil (o que nós, brasileiros babacas, pagamos de impostos). São dados exatos e reais.

 

O fim de um porco e da pocilga (os suínos que perdoem comparação tão ofensiva.)

O fim de Carlos Lamarca e da VPR

Uma cuidadosa ação da Inteligência colocou fim à carreira do terrorista Carlos Lamarca (o porco), mas os homens que lutaram contra o terror comunista nunca foram reconhecidos pelos governantes de plantão. No dia 7 de dezembro de 1970, uma segunda-feira, um grupo de militantes da Vanguarda Popular Revolucionária, chefiado por Carlos Lamarca, seqüestrou Giovani Enrico Bucher, embaixador da Suíça no Brasil. 
 
O seqüestro ocorreu na rua Conde de Baependi, Catete, no Rio de Janeiro. O embaixador viajava em seu carro, um Buick, dirigido por seu motorista, Hercílio Geraldo e, como sempre, acompanhado do agente da Polícia Federal Helio Carvalho de Araújo, designado para prover sua segurança. 
 
Após o carro ter sido interceptado, Carlos Lamarca, utilizando o codinome de "Paulista", bateu no vidro da janela do agente de segurança, abriu a porta e desfechou-lhe dois tiros com um revólver calibre 38 à queima-roupa. O agente, conduzido para o Hospital Miguel Couto, faleceu 3 dias depois. 

Desse seqüestro, tomaram parte diretamente seis militantes, além de Carlos Lamarca: Adair Gonçalves Reis, Gerson Theodoro de Oliveira, Alex Polari de Alverga, Inês Etienne Romeu, Maurício Guilherme da Silveira e Herbert Eustáquio de Carvalho. José Roberto Gonçalves de Rezende e Alfredo Helio Sirkis participaram do transporte do embaixador para o "aparelho" da VPR na rua Paracatu, em Rocha Miranda. O militante Paulo Brandi de Barros Cachapuz, nesse mesmo dia - e nos dias seguintes - deu seguidos telefonemas desinformando a polícia sobre o paradeiro do embaixador. [a tal de Inês acima citada, no final de abril passado foi acertar contas com o diabo, pagando por crimes bárbaros tipo o acima citado e muitos outros.
Foi a terrorista Inês que sustentou por muito tempo a versão da existência da 'casa da morte' em Petrópolis, onde teria sido barbaramente torturada.
A intensidade das torturas de terrorista falecida no dia 27 de abril combina com as que a atual presidente Dilma diz ter sofrido quando esteve presa. Segundo a presimente foi torturada por 22 dias e fotos realizadas poucos dias após a torturada mostram uma  jovem gozando de ótima saúde e aparência física - não podemos dizer que mostre uma jovem bonita, já que neste aspecto Dilma foi (é e sempre será) geneticamente desfavorecida.]

Essa data – 7 de dezembro de 1970 – marcou o início do fim da VPR (a pocilga).
Naquele mesmo dia a VPR distribuiu aos meios de comunicação o "Comunicado nº 1", um "Manifesto ao Povo Brasileiro" e uma "Carta Aberta à embaixada suíça", bem como uma carta de próprio punho do embaixador. 

No dia 9 de dezembro, o Ministério da Justiça, através de uma nota oficial, afirmava que "o governo brasileiro, no empenho de preservar a vida e a liberdade do embaixador", aguardava a relação nominal dos terroristas a serem liberados. Nesse mesmo dia, a VPR expediu o "Comunicado nº 2", dizendo que somente divulgaria a lista dos 70 presos a serem liberados depois de cumpridas as exigências de divulgação do "Manifesto ao Povo Brasileiro" por dois dias consecutivos na primeira página dos jornais e em todas as rádios e TVs do país, às 6, 12, 18 e 20:30 horas, o que não foi feito. 

Quatro dias depois, a VPR cobrou do governo o cumprimento dessa exigência através do "Comunicado nº 3" e, no dia 16 de dezembro com o "Comunicado nº 4". 

No dia 17, o governo deu garantia de que libertaria os 70 presos e, no dia seguinte, a VPR enviou o "Comunicado nº 5", com a lista dos 70. 
Na segunda-feira, 21 de dezembro, o governo respondeu que aceitava libertar apenas 51 presos constantes da relação. Não concordava com os outros 19 por vários motivos: 6 haviam participado de seqüestros, 4 estavam condenados à prisão perpétua ou a penas elevadas, 3 haviam cometido homicídios, 1 não estava identificado, 1 não queria ser banido do país e 4 já estavam em liberdade. 

A partir desse documento teve início uma discussão dentro da VPR para ver se o embaixador seria morto ou não, sendo realizada uma votação a respeito com o resultado de 15 a 3 a favor do "justiçamento" do embaixador. Os 3 que votaram contra foram Carlos Lamarca, Alfredo Hélio Sirkis e José Roberto Gonçalves de Rezende que não vislumbravam dividendos políticos na morte do embaixador. Lamarca, como comandante-em-chefe da VPR, exerceu seu direito de veto e sustou o "justiçamento" enviando ao governo outra lista dos presos a serem liberados. 

No dia 28 de dezembro, o governo divulgou que, da nova lista, alguns não poderiam ser também libertados. No dia 30, a VPR enviou uma outra relação e, no dia 4 de janeiro, o governo divulgou a preterição de mais 9 presos, substituídos no dia seguinte, por uma nova lista enviada pela VPR. No dia 6 de janeiro, nova preterição de 4 nomes e, no dia seguinte, nova lista substituindo esses 4. 

Finalmente, no dia 11 de janeiro, uma nota oficial do Ministério da Justiça condicionou a liberação e embarque para o Chile dos 70 presos a um Comunicado da VPR comprometendo-se a liberar o embaixador. No dia seguinte, a VPR cumpriu essa exigência e, às 24 horas do dia 13 de janeiro de 1971, os 70 presos, escoltados por três agentes da Polícia Federal embarcaram no Galeão, em um Boeing da Varig e, às 4:15 horas de 14 de janeiro desembarcaram no aeroporto Puhaduel, em Santiago, sendo fotografados ao lado do avião com os punhos cerrados e saudados por dezenas de militantes, brasileiros e chilenos, postados nas varandas do aeroporto, entoando a Internacional Socialista. 

Dos 70 presos banidos do Brasil, 24 eram militantes da VPR e os demais 46 pertenciam a outras organizações. No dia 15 de janeiro de 1971, Lamarca abandonou o "aparelho" em que se encontrava e, no alvorecer do dia 16, o embaixador foi deixado próximo ao penhasco da igreja da Penha, em um Volks, por Alfredo Helio Sirkis e Gerson Teodoro de Oliveira. Pouco tempo depois, Gerson Teodoro de Oliveira, a bordo desse Volks, que estava registrado no nome frio por ele utilizado, foi morto pela polícia.
Após esse tremendo desgaste de ter que manter o embaixador confinado por 39 dias, de fazer e refazer relações de presos e de impedir o "justiçamento" do embaixador, conforme desejava a maioria da VPR, a liderança de Carlos Lamarca estava irremediavelmente desgastada. Acolhido em um "aparelho" do MR8, na região dos Lagos, juntamente com sua amante Iara Iavelberg, Lamarca, em 22 de março de 1971, enviou um Comunicado à VPR escrito de próprio punho. Abaixo, uma cópia literal desse documento: 

"Ao Comando da VPR. Assunto: Pedido de Desligamento. Caráter: Irrevogável.

Apresento, conforme normas internas da Org, o meu pedido de desligamento para apreciação no meu órgão de militância. Considero essa apreciação como necessária para a formalização de crítica e auto-crítica.

Dou caráter de irrevogabilidade à este pedido em virtude de:

1) divergir da linha política da VPR, conforme coloquei em diversos documentos internos;

2) ter constatado desvios ideológicos da VPR e a deformação que acarreta em muitos dos seus quadros;

3) não ter conseguido levar a luta interna que iniciei há um ano com a devida serenidade;

4) não conseguir romper com o culto ao sectarismo existente na VPR;

5) discordar do método de direção (apesar de ser Cmt-em-Chefe); a Org impede a liberação de potencial, não forma quadros, aliena militantes, deforma dirigentes, elimina a criatividade, impede a prática leninista – tudo como já coloquei em documentos internos.

Considero-me também deformado – na Org em que vou militar farei auto-crítica na prática. Coloco-me como deformado porque constatei, na prática, essa deformação. Na VPR não há lugar para uma auto-crítica revolucionária, em todas as vezes que fiz, foi politicamente capitalizada para a defesa de posições – persistir é aceitar a deformação.

Estarei sempre atento para responder questionamento da VPR sobre qualquer acontecimento na organização – de 24 de janeiro de 1969 até esta data 22 de março de 1971 – se me chegar por escrito. Aguardarei a análise crítica da VPR, solicitando o direito de resposta, assim como apuração de responsabilidade pessoal, em qualquer época, e no nível desejado pela VPR. Condicionarei a minha entrada em outra Organização a isto, para que fique clara a minha predisposição de assumir a responsabilidade dos meus atos na militância individual ou coletiva na VPR.

Sempre travei a luta interna e procurei a coesão sem conciliar – saio sem travar uma luta desagregadora – apesar de ter cometido uma violência ao escrever o documento CONTRA O CUPULISMO. Uma violência, mas uma deformação. A deformação é uma necessidade da VPR. Sem a violência as posições políticas não afloram – e, de deformação em deformação à degradação política.

À VPR só resta um caminho, o CONGRESSO – um longo processo de discussões e um profundo imobilismo – se tentar andar quebra.

Tenho contribuições a dar para a Revolução no Brasil, e aqui ficarei e, na Organização em que for militar farei um comunicado à esquerda apresentando os motivos do desligamento e do ingresso em outra Organização Revolucionária.

O que sei, e que possa afetar a segurança da VPR morre comigo.

OUSAR LUTAR
OUSAR VENCER
Claudio – 22 MAR 71"


O original do documento acima foi apreendido pelo CISA no "aparelho" de Alex Polari de Alverga, pertencente ao Comando Nacional da VPR, quando de sua prisão, em maio de 1971. Em 22 de junho de 1971, Carlos Lamarca e Iara Iavelberg, em frente a uma loja do Bob’s, na Avenida Brasil, Rio de Janeiro, embarcaram em uma Kombi que, precedida por um Volks, os levou a Salvador/BA. Nas proximidades de Salvador, ambos passaram para o Volks e a Kombi retornou ao Rio com seu motorista.

Investigações posteriores indicaram que a Kombi tinha placa de Belém/PA e pertencia a um paraense, estudante de Economia na Universidade Gama Filho, no Rio; e que o Volks, de cor branca, tinha placa de Petrópolis/RJ. O levantamento do proprietário do Volks foi fácil, pois, na época, só existiam  dois Volks de cor branca registrados no Detran de Petrópolis.
Com base nesses dois informes foram levantadas as identidades dos proprietários, dois colaboradores do MR-8. O Volks pertencia ao filho de um ex-Ministro do STF, cassado, e a Kombi pertencia, realmente, a um estudante paraense. Seus nomes serão preservados. Eles nunca foram presos. Passaram a ser monitorados, pois poderiam, no futuro, passar a colaborar e eram uma forma da Inteligência não perder contato com a Organização. 

Menos de três meses depois, em 17 de setembro de 1971, Carlos Lamarca era morto no sertão da Bahia e o MR-8, no Rio de Janeiro e na Bahia, desmantelado. Lamarca foi o último dos chamados grandes comandantes da guerrilha a ser eliminado. Os dois outros, Carlos Marighela, e seu sucessor, Joaquim Câmara Ferreira (“Toledo”), morreram em novembro de 1969 e dezembro de 1970.
Em 1971, o balanço geral dos militantes da VPR era de que as organizações da esquerda armada haviam sido derrotadas em razão da ação da chamada repressão que levou ao seu isolamento social e político. Os remanescentes da VPR no Brasil já haviam jogado a toalha com a divulgação, no dia 7 de agosto de 1971, de três documentos históricos:
O Comunicado nº 1 (Novo Comando) afirmava que em vista dos últimos acontecimentos, fica estabelecido um novo comando na organização”; que esse novo comando “assume a organização praticamente extinta e vai tentar salvar o que sobrou”;

O Comunicado nº 2 (Medidas Imediatas) assinalava que “atualmente o que existe é o final da derrota, alguns elementos que devem ser preservados para que se possa tirar do fracasso desta experiência as lições necessárias (...) e, para isto, determina de forma imediata: a) a organização está desmobilizada; b) está convocado o II Congresso Nacional (...) por desmobilização entendemos a suspensão das ações armadas (...)”;

O Comunicado nº 3 (Aos Companheiros no Exterior):A organização chegou agora ao esgotamento total. Estamos sem as mínimas condições de atuação e sem possibilidades por mais remotas de tirar uma definição conseqüente, que sirva de guia para uma prática revolucionária (...) A crise política da organização que se seguiu à ação do embaixador suíço levou a uma aguda crise no Comando em abril/maio deste ano, tendo como conseqüência o desligamento inusitado de dois dos companheiros do Comando Nacional. Um desses companheiros caiu a 3 de maio, outro pediu ingresso em outra organização (...) O companheiro do Comando, restante, estabeleceu uma assim chamada ‘Coordenação Provisória’ que teve vida curta. Sua finalidade era coordenar discussões na organização, mas já a 12 de maio caíam dois companheiros da Coordenação, restando dela um único. Na realidade, porém, a situação era muito pior: a Unidade de Combate da Guanabara perdeu de março até maio quase todos os seus quadros. Restaram alguns poucos, dos quais caíram dois entre maio e agosto. Em São Paulo já não existe Unidade de Combate, sendo alguns quadros recém recrutados, que não têm condições de, sozinhos, montar uma UC (...) Entre 1 e 5 de agosto caíram dois companheiros fundamentais no NE (...) A organização está desmobilizada (o que significa apenas reconhecer com palavras uma situação de fato que se estendia desde maio deste ano e buscar salvar o que sobrou). Convocamos o Congresso, mas para realizá-lo precisamos que os companheiros nos enviem dinheiro (...) Sem dinheiro certamente não sobrará um único remanescente no Brasil. Esperamos, com urgência, a colaboração dos companheiros”.

O ato final da VPR foi realizado no Chile, em julho de 1973, às vésperas da deposição do governo Allende: uma reunião de avaliação, da qual participaram os militantes que se encontravam foragidos ou banidos naquele país. Essa reunião formalizou a extinção da Vanguarda Popular Revolucionária e sua desmobilização por completo, pois voltar ao Brasil naquele momento para prosseguir na luta armada não fazia parte da agenda pessoal da quase totalidade dos militantes.

A VPR, constituída em março de 1968, por um grupo partidário da teoria do foco guerrilheiro” que havia deixado a organização Política Operária, mais conhecida como POLOP, e por diversos sargentos e marinheiros expulsos das Forças Armadas, muitos com treinamento em Cuba, remanescentes do falido Movimento Nacional Revolucionário de Brizola, durante os cinco anos em que atuou, seqüestrou embaixadores, matou, “justiçou”, assaltou bancos e carros-fortes, estabelecimentos comerciais. Os que sobraram, no entanto, foram anistiados e a maioria recompensada financeiramente por não terem conseguido transformar o Brasil em uma república popular democrática

Na realidade, apesar da audácia, da lenda e do mito, Lamarca foi um desertor e um traidor do Exército Brasileiro.

E é assim que deverá passar à História.
Entretanto, aquele pequeno grupo de militares e civis – alguns dos quais não mais estão entre nós - que erradicaram o terrorismo, os seqüestros, os assaltos, os justiçamentos e os assassinatos de cunho político, que sacrificaram suas vidas e a de seus familiares, não receberam o reconhecimento da Pátria ou de seus governantes.

Por: Carlos I.S. Azambuja é Historiador.

Publicado originalmente no Blog Alerta Total

General Nilton Cerqueira, quando era secretário de Segurança do Rio, em 1995
Atualmente está com 85 anos e ainda vive 

[O comandante da operação que matou o porco Lamarca foi o general Nilton Cerqueira, que além da honra de participar do abate de uma hiena tipo o traidor Lamarca, ocupou, após o término do Governo Militar o cargo de secretário da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio, durante o governo Marcelo Alencar, 1995 a 1998.]