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terça-feira, 31 de maio de 2022

Rosa Weber dá 10 dias para Bolsonaro explicar combate ao ‘racismo institucional’ e DUAS AVULSAS

 

Ministra do STF acolheu pedido de partidos de esquerda

[voltaram os prazos dados para não serem cumpridos.]

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu dez dias para o presidente Jair Bolsonaro prestar informações sobre políticas públicas contra o “racismo institucional”. Segundo a magistrada, a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República também têm de se manifestar.

Weber acolheu um pedido da ONG Coalização Negra por Direitos e de partidos de esquerda (Rede, PT, PDT, Psol, PV, PSB e PCdoB). O documento foi protocolado no STF em 12 de maio. Na papelada, o ajuntamento acusa Bolsonaro de “omissões que violam os direitos constitucionais” dos negros.

SÓ EM BANÂNIA MESMO

O grupo solicitou ainda que o STF obrigue Bolsonaro a elaborar, em um ano, um “Plano Nacional de Enfrentamento ao Racismo Institucional e à Política de Morte à População Negra”. [lembramos que já tentaram obrigar o presidente Bolsonaro a fazer algo que ele decidiu não fazer e ficou por isso mesmo.] Em linhas gerais, trata-se de um conjunto de políticas públicas para “combater a violação de direitos da população negra”.

Principais exigências da esquerda sobre “racismo institucional”
  • Medidas de combate “ao racismo institucional nas instituições públicas e privadas”;
  • Políticas públicas para garantir “o pleno exercício dos direitos políticos da população negra, considerando medidas que visem a mitigar a violência política a candidatas e mandatários negros, criando mecanismos efetivos de monitoramento e investigação de casos de violência política, notadamente a de gênero”;
  • Cursos de formação de policiais federais e dos Estados que tenham, “obrigatoriamente”, conteúdos sobre relações raciais, o enfrentamento ao racismo institucional e os direitos e garantias fundamentais”;
  • Criação de “centros de referência multidisciplinares para o atendimento de pessoas vítimas do racismo institucional”;
  • Providências para a “proteção dos espaços de exercício de fé das religiões de matriz africana, bem como de suas liturgias”;
  • Ampliação das “políticas públicas voltadas para a garantia do direito à alimentação, à segurança alimentar e nutricional da população negra”.

Leia também: “A perseguição a Bolsonaro”, reportagem publicada na Edição 75 da Revista Oeste

Revista Oeste  

LAPA DE CORRRUPTO FOGE DOS OVOS

Diante de impasses para a definição do palanque eleitoral, integrantes do PSB de Santa Catarina querem que o PT cancele a ida do ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Estado.

A viagem do pré-candidato à Presidência da República está marcada para 2 e 3 de junho.

Baixa adesão popular também contribui para o possível cancelamento do evento.


A palavra “baixa”, se referindo à adesão popular, não foi usada corretamente nesta notícia.

Na verdade, a adesão popular ao Rei dos Ladrões é baixíssima, despicienda, mínima, decadente, ínfima, decrescente, irrisória, quase zero, abaixo do fundo do esgoto uns 13 palmos.

Faz tempo que ele não bota a cara nas ruas porque sabe, porque tem certeza, porque tem consciência de que vai leva ovo podre no fucinho.


A farsa da linguagem “neutra” - Gazeta do Povo

J.R. Guzzo

linguagem neutra

Veteranos do curso de Letras da UFMG recepcionam calouros com uso da linguagem neutra. -  Foto: Reprodução

A linguagem “neutra”, que tanto encanta burocratas de RH, gerentes de marketing inclusivos e demais devotos de “pautas” definidas por eles mesmos como “progressistas”, é um tipo de estupidez francamente incomum. Em geral, esse tipo de anomalia germina nos lixões mentais onde se cultivam e se colhem as ideias vadias.  
No caso, porém, a mania de eliminar o feminino e o masculino da gramática portuguesa vem de onde se espera que venha justamente o contrário – as escolas secundárias e as universidades, cujo dever perante a sociedade é promover o avanço do conhecimento, da cultura e da lógica. É para isso que são pagas. Se for para propagar o erro e a ignorância, elas perdem o sentido. É o que está acontecendo.
 
A linguagem do “todes” e do “iles”, que tanto prospera hoje em dia nas cerimônias de formatura de universidades e no credo ideológico de escolas de gente rica, é antes de tudo um erro de português – seria mais o menos como ensinar, na aritmética, que 2 + 2 são 22, ou que o ângulo reto ferve a 90 graus. 
 Não há, realmente, como sair disso: usar o feminino e o masculino é um requisito fundamental do português, idioma oficial do Brasil e, mais do que tudo, a língua que o povo brasileiro fala no seu dia a dia, de maneira livre, natural e sem nenhuma imposição vinda de cima ou de fora.

O cidadão fala o português da maneira como aprende em casa, como lhe vem à cabeça e como está acostumado a falar em sua vida: não pode, simplesmente, ser obrigado a falar de um modo diferente. Querer impor o contrário é uma violência. Acima de tudo, é contra a lógica. Nossos catedráticos e outros altos pedagogos querem que os bebês sejam chamados de ”menines”. Tudo bem: mas é menino ou menina? Xeque-mate.

Fica, desde logo, um problema insolúvel: por acaso as escolas e as universidades vão passar a reprovar, nos exames, os alunos que escreverem ou falarem o português correto? 
Os devotos da “abolição de gêneros” não admitem que se chame uma mulher de “ela” e um homem de “ele”, mas nos manuais de gramática portuguesa está escrito que é isso, exatamente isso, o que as pessoas devem fazer, se quiserem se expressar no idioma nacional.

Como é que fica, então? Os militantes da “linguagem neutra” vão chamar o Ministério Público para processar criminalmente os infratores por atos contra a democracia, o igualitarismo e as “causas identitárias”? Ou, pior ainda, por “homofobia” – crime “equivalente ao racismo”? Será que vão apresentar um projeto de lei no Congresso para impor a sua nova língua à população?

Tudo isso é um completo absurdo, mas é assim que os responsáveis pelas universidades e escolas secundárias querem que seja. Não vão conseguir, é claro. O que chama a atenção, nessa história toda, não é o efeito concreto da fantasia que querem impor; ninguém vai começar a falar “ile”, “bem vinde” e outras cretinices do mesmo tipo, porque ninguém consegue obrigar um povo a falar uma língua que não é a sua.

Língua não é produto de alguma cerebração intelectual processada em agências de publicidade
, e sim da vontade, da prática e da inclinação da população em falar de uma determinada maneira. A “linguagem neutra”, nesse sentido, tem as mesmas possibilidades de sucesso que o esperanto, e demais tentativas de se criar línguas artificiais. O que impressiona, mesmo, é o tamanho da farsa.

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

 

O ódio permitido - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo

Acordei hoje cedo com a recomendação de um texto por um parente, que não é muito interessado em política, mas rejeita o bolsonarismo. Dizia que a leitura é obrigatória, imperdível. Trata-se do texto de Fersen Lambranho publicado no Brazil Journal, "O ódio que nos separa - e a resposta que lhe cabe". Li o texto, que tem pontos até razoáveis, mas algo me incomodou bastante ali.

Explico. O autor fala do nazismo, do Holocausto, do ovo da serpente, do clima de intolerância, de banalização do mal, e tudo isso num contexto que parece pregar a tolerância e paz, o diálogo e o debate sobre ideias, em vez de um tribalismo que demoniza o "outro". Até aí, tudo bem. Mas o que está fora da ordem, então? O timing do texto, e o claro intuito, que uma pessoa mais atenta não deixaria passar batido.

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Fersen é da escola Garantia, do Jorge Paulo Lemann. Ele fala da pandemia, e ali já salta aos olhos o real alvo de seu ataque disfarçado de moderação:

Invocar o Holocausto para chegar na reação que alguns tiveram nessa pandemia parece puro apelo retórico, para dizer o mínimo. Na pandemia, talvez o autor devesse ter ficado chocado é com a facilidade com que tanta gente aceitou tiranias em nome da ciência, enquanto demonizavam os céticos como se fossem "terraplanistas" ou "genocidas". Transeuntes arrastados em praça pública, banhistas presos, mulheres espancadas por policiais, pequenos comerciantes impossibilitados de trabalhar, vacina experimental obrigatória até em crianças, e tudo isso para "salvar vidas". Quem condenou essa postura chinesa era do mal?

Fersen fala do totalitarismo, mas não parece compreender que a maior ameaça totalitária hoje vem justamente do progressismo woke, da agenda globalista, da esquerda. Ele fala em "acolher" o próximo, mas não parece se dar conta de que essa elite "inteligentinha" resolveu transformar em pária social qualquer conservador que não reza na mesma cartilha do politicamente correto:

Para ser justo com o autor, ele fala que o discurso do ódio pode vir dos dois lados. Mas mesmo esse relativismo é pouco convincente. Ora, a turma petista criou o "nós contra eles" em nosso país, e era apenas natural que houvesse uma reação. O tribalismo à direita é uma reposta a isso. Imperfeita, um tanto raivosa às vezes, mas necessária. Especialmente quando lembramos que a turma "moderada" e "civilizada" passa pano muitas vezes para o "ódio do bem" enquanto repudia os "broncos" de direita. É a típica postura tucana, ou do "liberal purinho".

Nossa elite adota a visão estética de mundo, e dá mais peso à forma do que ao conteúdo. Um radical picareta com fala mansa tem mais chance de sucesso na sedução dessa turma do que um tiozão do churrasco sincero e honesto. Levei meu filho para ver "The Bad Guys" este fim de semana, e a animação da DreamWorks mostra bem isso (com spoiler): o porquinho pacifista, uma espécie de Gandhi que rivalizava só com a Madre Teresa de Calcutá, era na verdade o pior de todos os vilões! Cuidado com as aparências...

A preocupação com o suposto nazismo, que é o ponto central do texto de Fersen, existe apenas como histeria da elite tucana, enquanto a ameaça de volta da quadrilha petista é bem real. O autor simula uma incrível bondade, disposição ao diálogo, uma postura solidária, mas conclui que 2022 precisa ser a "festa da democracia", o que remete exatamente ao discurso de toda a elite tucana e do "sistema" que, em nome da suposta defesa da democracia contra uma terrível ameaça nazista, justifica todo tipo de absurdo.

Ou será que Fersen, ao falar em solidariedade e democracia, tem em mente condenar um evento que seu colega Lemann fez em Boston, em que a deputada Tabata Amaral, sua cria política, levantou a bola para o ministro Barroso se colocar como o bem e a democracia incorporados nele, lutando contra o mal, Bolsonaro?  
Isso sem dizer que o próprio Lemann afirmou que teremos outro presidente no Brasil ano que vem!  
É essa a "festa da democracia" que queremos? Uma democracia de gabinete, sem povo?

Será que Fersen tem duras críticas aos abusos supremos, a ministro que manda prender jornalista por crime de opinião, deputado com imunidade por se exceder em falas, abre inquérito ilegal contra bolsonaristas, inclui o próprio presidente em vários, um deles por quebrar o sigilo de um inquérito da Polícia Federal que nem era sigiloso, e ainda fala que a "extrema direita" tomou conta das redes sociais e o poder judiciário precisa reagir?

Sobre a cultura do cancelamento, que Fersen pede paciência e generosidade para lidarmos com seus efeitos, será que ele tem em mente os chacais e hienas que degolam cabeças virtuais de quem não se ajoelha sobre o milho woke? Será que ele tem em mente os "anões dorminhocos" que tentam destruir empresas e pessoas que não repetem as cartilhas esquerdistas?

Enfim, o texto em si tem pontos interessantes, mas quando analisamos o conjunto da obra, o timing, o perfil, o tema escolhido, fica claro o verdadeiro objetivo. Fersen vende tolerância, mas alfineta bolsonaristas. Fala em ameaça nazista, mas ignora a real ameaça golpista de um sistema podre que soltou e tornou elegível o ex-presidente ladrão socialista, enquanto tenta derrubar o presidente eleito - aquele que tem defendido a liberdade individual e a Constituição.

Por fim, o autor quer a festa da democracia, mas parece nem notar que a democracia tem sido atacada desde dentro, não por Bolsonaro, mas por todos esses da elite que primeiro rotulam o presidente como nazista, para depois justificar todo tipo de abuso de poder contra ele. Afinal, se é para impedir a volta de Hitler, vale tudo, não? 
Quem se importa com um ou outro inquérito ilegal?
 
Vamos lutar contra o ódio que nos separa, diz Fersen. Mas ele ignora que há o tal "ódio do bem", o ódio permitido, pois disfarçado de luta contra a inexistente ameaça do nazismo. Basta ver o caso da chef argentina, que chamou todo apoiador de Bolsonaro de "escroto ou burro", o que foi tomado pela mídia como uma singela "crítica", enquanto a reação natural de revolta de quem foi atingido assim foi chamada de "ataque"
A imprensa saiu em defesa da moça. Bolsonaristas podem ser tratados como párias sociais, segundo a elite tucana. Eles representam um ovo da serpente, não é mesmo?
 
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 

Durante abordagem policial, aluno é jogado no chão e algemado no CED 1

Dois alunos discutiram no meio do pátio do Centro Educacional 1, localizado na Estrutural. Após a confusão, policiais militares agiram de forma truculenta com os adolescentes

Em menos de um mês, os alunos do Centro Educacional 1 (CED), localizado na Estrutural, alegaram ter sofrido violência novamente dos policiais militares que comandam a escola — modelo cívico-militar. Em vídeos divulgados por meio de redes sociais, um aluno menor de idade foi algemado e prensado com força no chão. [nossa opinião: o que é inaceitável que qualquer pessoa - seja maior de idade ou 'di menor' ao ser abordado pela polícia, reaja e fique por isso mesmo; 
é inaceitável o que ocorreu em Sergipe, houve excesso dos agentes da PRF que serão punidos; 
mas também é inconcebível que seja dada ao abordado oportunidade para ter uma reação violenta - nos moldes que teve o individuo abordado no Ceará por dois agentes da PRF, que vacilaram e foram desarmados e morto.
Se os agentes policiais - da PRF ou de qualquer outra corporação - fossem treinados para realizar abordagens com segurança (para eles e para o abordado) situações como as ocorridas no Ceará e em  Sergipe seriam evitadas.
Consideramos que cursos de formação, reciclagem e treinamento de integrantes de força policial, devem ser centrados em preparar os que estão treinados/reciclados para agirem com eficiência na contenção de bandidos, ou mesmo de suspeitos. 
Atenção MP: se os policiais forem treinados nos cursos de formação/reciclagem para cuidar de direitos humanos, o número de policiais mortos em serviço vai aumentar. Eles tem que ser treinados para preservar os DIREITOS HUMANOS dos HUMANOS DIREITOS e não os dos MANOS.
Se a Polícia não for respeitada, onde vamos parar?] 
 
Além disso, é possível escutar que outros alunos estavam tossindo em decorrência do uso do spray de pimenta. A situação começou com uma briga entre dois alunos no pátio do colégio. Após a confusão, um dos adolescentes foi contido no chão e algemado. Mas a história não parou por aí. Com a chegada da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) em várias viaturas, outros alunos foram prejudicados. 

De acordo com uma adolescente que estuda no CED 1 — que preferiu não se identificar —, uma colega chegou a desmaiar com o cheiro do spray. “Os meninos começaram a brigar e foram para a direção. Depois disso, várias viaturas chegaram na escola, e eles usaram spray de pimenta, só que o cheiro era muito forte. Foi nesse momento que a minha amiga desmaiou e ficou no chão, pois não conseguia levantar. Ela tentou, mas caiu de novo e levaram ela para a direção”, contou.

E a situação foi confirmada por funcionários do local. A profissional, que preferiu não se identificar, confirmou ao Correio que os fatos aconteceram nesta segunda-feira (30/5), e que os alunos ficaram aterrorizados. “Teve uma briga sim, e os policiais da escola, pela falta de preparo, jogaram o aluno no chão, algemaram, e chamaram reforços. Esses reforços entraram na escola batendo nos alunos com cassetete e jogando spray de pimenta. Uma das adolescentes chegou a desmaiar com o cheiro”, garantiu.

Até a publicação desta reportagem, a Polícia Militar do Distrito Federal e a Secretaria de Educação não se posicionaram sobre o caso. O espaço permanece aberto.

Continue lendo - Correio Braziliense 

Esforço de guerra - José Maurício De Barcellos

Não se faz uma boa análise do cenário político nacional descurando de dois fatores externos que fortemente o influenciam, além da conjuntura interna naturalmente, mas que, em muitos aspectos, daqueles fatores decorrem, quais sejam estes: a Nova ordem Mundial (NOM) e o avanço da ideologia comunista sobre as Nações livres e em desenvolvimento, mormente as situadas no hemisfério sul.

Em rápidas pinceladas, como cabe no escopo deste artigo, cumpre dizer que a NOM ou a “Nova Ordem Geopolítica Mundial” designa o plano geopolítico internacional que surgiu para atacar a soberania dos Estados Unidos e do capitalismo, que praticamente se estendeu e se consolidou por todo mundo, com a queda do Muro de Berlim, em 1989 e o esfacelamento da União Soviética, em 1991.

Os poderios militar e econômico dos EUA, que se tornaram impossíveis de serem alcançados por qualquer outra nação do planeta, fizeram nascer frentes emergentes para rivalizá-los, a saber: o Japão e a União Europeia, inicialmente e, depois dos anos 2000, a China que de vez abandonou a ineficiência do comunismo pelo progresso do capitalismo, mas sem, contudo, libertar seu povo, que permanece subjugado por um regime assassino e escravagista.

Decorridas mais de três décadas, a NOM, aliada ao “globalismo” – uma nova proposta de domínio econômico universal, tão nociva quanto à do regime de esquerda mais feroz e àquele igualada por práticas totalitárias – entendeu que a América do Norte somente podia ser vencida infestando sua sociedade até fazê-la adoecer com o vírus do marxismo, porque acabou por compreender que, por enquanto, nenhuma Nação podia se atrever a guerrear contra o poderio norte-americano, até porque seria impossível para qualquer potência nuclear se valer das armas de destruição em massa.

No entanto, que ninguém se iluda. Aquele é ainda o real propósito dos “globalistas” e dos vermelhos. Neste diapasão, fico impressionado com o avanço alcançado. Impressiona como conseguiram ultrajar a mais expressiva manifestação da soberana vontade do povo da maior Nação democrática do mundo, elegendo mediante escancarada fraude eleitoral, um velho vigarista senil, lambaio do Partido Comunista Chinês.

Se fizeram isso com a Nação mais poderosa do mundo imaginem o que pretendem conosco?

O Brasil é o alvo da vez. Aqui eles já têm em suas algibeiras a vermelhada ladra e delinquente, a direita venal e corrupta, os “Contras” em geral e a molecada interesseira, preguiçosa e chupa-sangue das malogradas terceiras vias. Todos são identificáveis a olho nu. Uma força daquele tamanho não é com conversa fiada que se combate.

A serviço da NOM, comprados pelos poderosos magnatas do porte dos George Soros e dos Bill Gates da vida, estão Lula e as quadrilhas integradas pela classe política abjeta; estão também os lados podres do STF e do Congresso Nacional et caterva, sem falar da velha imprensa e da banca sanguessugas do suor de nossa gente. Alguém acha pouca coisa?

O pior cenário é aquele em que os patriotas possam se perder com as miuçalhas propagadas pela mídia, porca e rasteira, dos Barões das Comunicações e que, a rigor, não passam de meras manobras diversionistas para encobrir o avanço da NOM no Brasil e da vermelhada sem verniz.

A grande perda de tempo e de energia daqueles que vão lutar até a morte contra a “venezuelação” do País é dar valor às porcariadas do dia a dia, que vão desde a odiosa perseguição de um Mandarim do “Corrupto dos Porões do Jaburu” contra os homens livres que conhecem seu passado negro ou mesmo da campanha eleitoral, ilegal e fora de época, promovida pela mais alta Corte do Brasil contra quem aquele Tribunal elegeu como seu maior inimigo, o Presidente do Brasil, até à falácia de uma “gringa” vigarista que, a sorrelfa, sempre cuspiu nos pratos dos brasileiros que comiam em sua birosca e ninguém sabia.

A par de se exigir que o Chefe desta Nação, que também as Forças Armadas e as instituições republicanas que, porventura, ainda tenham um pouco de espírito público e alguns integrantes com um resto de vergonha na cara para se desincumbirem realmente de sua missão constitucional, cumpre ao patriota um esforço para evitar a volta ao poder daqueles que levaram o Brasil à beira do abismo social e econômico. É a hora do derradeiro esforço, de um verdadeiro esforço de guerra, tal qual, no passado, Nações inteiras fizeram para manter a sua terra e sua liberdade. Que outro jeito tiveram?

Quando guerras intestinas, como esta que nossa sociedade trava contra a vermelhada ateia e assassina, tomam proporções gigantescas, desagregadoras e desestabilizadoras, a atuação da sociedade civil passa a ser exigida com maior força, com todo empenho, formando assim os chamados esforços de guerra.

Podem-se entender os esforços de guerra como as mobilizações de recursos, tanto materiais como recursos humanos para dar auxílio e suporte às Forças Armadas, a quem cabe em derradeira medida, por força de preceito constitucional, recompor a lei e a ordem, justas estas e que no momento estão sendo achincalhadas e desafiadas por atores públicos que exorbitam de duas funções e competências.

O século XX foi marcado por duas grandes guerras mundiais. Com elas os esforços de guerra se intensificaram e foi a única solução possível diante da desgraça que se abateu sobre o mundo livre. Diversos são os exemplos de esforços de guerra, principalmente ao longo dos conflitos do século XX, tanto nas guerras mundiais, como no Brasil.

São inúmeros os exemplos dignificantes deste tempo de heroísmo e de entrega, mas nada comparável às participações femininas, sempre por mim compreendidas como o alicerce de tudo.

Sem dúvida que assim o é e há muito tempo. Na Segunda Guerra Mundial, por exemplo, se requereu um maior esforço de guerra, por parte das mulheres. Se na Primeira Guerra elas se voluntariaram ou foram recrutadas para o trabalho nas fábricas ou com a enfermagem, na Segunda Guerra passaram a operar máquinas, atuaram como engenheiras e exerceram as mais diversas funções. Tem-se um emblemático exemplo na atuação da então Princesa Elizabeth, hoje rainha Elizabeth II, que, durante a guerra contra a Alemanha de Hitler, se alistou no exército britânico como motorista de ambulância e mecânica nas oficinas das Forças Armadas inglesas.

Tenho fé nos patriotas e argumento apoiado nos inúmeros casos de valentes abnegados que já perderam até sua liberdade, mas que ainda permanecem, na trincheira, lutando como podem contra a canalha que, nos últimos 35 anos, ultrajou esta Terra de Santa Cruz.

Minha fé é maior ainda porque creio na força do caráter e no destemor das mulheres brasileiras, quer provenham elas dos cantões ou dos guetos deste imenso Brasil, quer dos condomínios mais luxuosos das nossas megalópoles, por isso que, na hora H, vão enfrentar o dragão vermelho dos traidores da Pátria, com invulgar coragem e desprendimento.

*Publicado originalmente no Diário do Poder, em 28/05/2022.


segunda-feira, 30 de maio de 2022

O enigma da mielite transversa - Revista Oeste

Guilherme Fiuza 

Todos os que estão calados diante dessa atrocidade são cúmplices dela

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

Prossegue a insanidade das vacinas experimentais de covid, com a anuência/complacência de autoridades, médicos, jornalistas, milícias checadoras e outros irresponsáveis que terão de responder por sua conivência com essa violência, mais cedo ou mais tarde. Enquanto isso, vamos vendo o que se tornou proibido ver: os efeitos adversos graves pós-“vacina” de covid.

Tratar como seguras substâncias que não têm seus estudos de segurança concluídos é um escândalo. E é o que faz a propaganda dominante, oficial ou não. Mas o delito é ainda mais grave: diante de reações adversas coincidentes com a aplicação da vacina” de covid, cuja investigação seria essencial ao menos para se iniciar o real dimensionamento dos riscos, as autoridades viram as costas.

Duvida? Então veja o depoimento deste cirurgião norte-americano:

“Meu nome é Joel Wallskog. Sou cirurgião ortopédico em Mequon, Wisconsin. Realizo uma média de mais de 5 mil consultas anuais e faço mais de 800 cirurgias por ano. No dia 30 de dezembro de 2020, recebi a primeira dose da vacina Moderna contra covid, no início sem incidentes.

Cerca de uma semana depois, meus pés estavam dormentes, com uma sensação de fisgadas. Também comecei a ter fortes sensações de choques elétricos por toda a coluna vertebral, chegando aos meus pés. Depois de três ou quatro dias, eu estava trabalhando numa sala da clínica, conversando com um paciente. Estava sentado, e, quando tentei me levantar, não consegui. Me apoiei com os braços para ficar de pé, mas caí para trás rapidamente.

Nesse mesmo dia, fiz uma ressonância magnética da coluna torácica e lombar. Dois ou três dias depois, um neurologista me diagnosticou com mielite transversa, uma doença rara que envolve uma lesão desmielinizante da coluna espinhal torácica.

Após o meu diagnóstico, levantei a questão sobre se o meu estado poderia estar relacionado com a vacina da Moderna que eu tinha recebido. Pedi ao meu empregador que reportasse meu caso ao VAERS (o sistema norte-americano de registros de eventos adversos de vacinas), supondo que a FDA (a agência reguladora de medicamentos e alimentos) e o CDC (o centro de controle de doenças) ficariam alarmados com meu diagnóstico. Eu esperava que me contatassem logo após o registro do meu caso no VAERS.

Ninguém me telefonou, nem me contatou de forma alguma. Semanas se passaram e eu mesmo resolvi entrar em contato com o CDC. Lá eles reconheceram a minha notificação no VAERS, mas declararam que a minha reação foi classificada como “não grave”, já que eu não tinha sido hospitalizado, nem tinha morrido.

Não tive mais notícias do CDC. Nenhum contato também da FDA, nem do NIH (o instituto nacional de saúde dos EUA). Uma palavra descreve como me senti nos primeiros meses após o meu diagnóstico: abandonado.

Minha vida mudou completamente após essa reação adversa. Minha carreira de 19 anos, para a qual me formei por quase 14 anos, provavelmente acabou. Quero declarar que tive um evento adverso real. Exijo que o CDC, a FDA, o NIH e todas as agências governamentais envolvidas ouçam as pessoas lesionadas. Seus eventos adversos são reais.

Exijo que todos sejam abertos e transparentes com os dados da vacina contra covid. O sistema VAERS é extremamente inadequado. Peço também ao Congresso que crie uma legislação prevendo ajuda financeira no âmbito do programa de compensação por lesões causadas pelas vacinas de covid-19. Obrigado”.

Agora veja o depoimento da mãe de Aline, que também era perfeitamente saudável antes da “vacina”. E passou a ter a mesma mielite transversa do Dr. Wallskog. Você tem notícia de algum alerta de risco, ou ao menos possível risco ainda indeterminado sobre este mal, aos que continuam se inoculando com essas substâncias? Não, você não tem.

Então acompanhe o relato a seguir e decida se a vacinação de covid, da forma como está sendo feita, é uma ação de saúde pública correta:

“Minha filha Aline Porto Ferreira, de 15 anos, até então era uma jovem saudável e apaixonada por caminhão. Foi inoculada com a 1ª dose de Pfizer em 30/09/2021 e apresentou apenas febre. Entretanto, 29 dias após receber a 2ª dose, em 30/11/2021, estávamos na praia e ela começou a sentir muita dor no pé esquerdo. No decorrer dos dias essa dor foi subindo para a perna, e logo para a outra perna.

No dia 15/01/2022 ela não conseguia mais andar. Sentia as pernas, mas não tinha forças nem para ficar em pé. Fomos ao posto de saúde na minha cidade, e lá a Aline foi medicada. Disseram que poderia ser problema psicológico. Porém na mesma noite ela foi levada ao hospital, na cidade de Tubarão (SC).

Aos 15 anos de idade, Aline teve a chance de comparar os riscos que corria com a doença covid versus os riscos que corria com a vacina de covid?

No dia 18/01/2022, foi internada. Foram dez dias na UTI e no total 27 dias hospitalizada. Fizeram diversos exames, e os médicos nos disseram que todos constatavam que a vacina foi a causadora do problema. Seu diagnóstico: mielite transversa, uma inflamação da medula espinhal.

O hospital emitiu uma nota: “A vigilância sanitária da cidade de Pedras Grandes notificou como um efeito adverso da vacina (…). Alguns exames mais complexos ainda precisam ser feitos, ainda está em investigação (…).”

Enquanto ficou internada, ela fez uso, entre outras medicações, de injeções de imunoglobulina, que tivemos que lutar para que o Estado fornecesse. Alegavam falta de RG (o que não foi empecilho para a vacina). Precisou fazer uso da cadeira de rodas para se locomover e fisioterapia todos os dias.

No dia 18/03/2022 ela voltou para o hospital, pois apresentou um novo sintoma: dormência e dores começando pelos dedos das mãos. Ficou hospitalizada mais 17 dias, foram feitos mais exames, ressonâncias, onde se constatou que a mielite já estava na medula espinhal quase toda, no cérebro e nos nervos dos olhos.

Começou a fazer mais um ciclo de corticoide intravenoso uma vez por dia, durante cinco dias. Isso não resolveu, daí iniciaram outro medicamento intravenoso e quimioterápico: a ciclofosfamida. Após o primeiro ciclo, ela voltou a caminhar, e deixou as fraldas. Depois de um mês, retornou para fazer outro ciclo. A médica resolveu encaminhá-la para Porto Alegre, para consulta com um neurologista especialista em doenças autoimunes.

No dia 09/05/2022 chegamos a Porto Alegre, e o médico confirmou o diagnóstico: mielite transversa autoimune. Prescreveu mais seis ciclos de ciclofosfamida. Agora, uma vez por mês ela é internada para fazer um dos ciclos. Ao final dos seis ciclos, fará novos exames para saber qual será o próximo tratamento. Esse tratamento deixa ela bem debilitada, é de cortar o coração”.

Aos 15 anos de idade, Aline teve a chance de comparar os riscos que corria com a doença covid versus os riscos que corria com a vacina de covid? Claro que não. Nem o Dr. Joel Wallskog, nem ninguém no mundo teve essa chance, porque não estão concluídos os estudos de desenvolvimento desses “imunizantes” que não impedem os “imunizados” de contrair a doença.

No entanto, não há, na prática, liberdade para cada um decidir com seu médico se toma ou não esses produtos. O preço pode ser a exclusão da vida em sociedade, ou a estigmatização. Todos os que estão calados diante dessa atrocidade são cúmplices dela.

Leia também “Jantando a democracia”

Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste


Tríplex sorteado e o ridículo passado pelo STF - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia 

Eduardo Leite não ganha nem no próprio estado
Aqui em Porto Alegre está todo mundo esperando para ver o que decide agora na quinta-feira o PSDB. Porque está entre Simone Tebet, que é MDB, e Eduardo Leite, que perdeu as prévias para João Doria. Dentro do partido não queriam Doria, ele não decolou. Eduardo Leite está se oferecendo para ser candidato, aliás já renunciou ao governo do Rio Grande do Sul exatamente para isso, não renunciou por nada, nem para ser vice de ninguém. Simone Tebet também não quer ser vice de Eduardo Leite, então já dá para prever que o PSDB siga com Eduardo Leite como cabeça de chapa.

Leite não vai ganhar mais votos que os outros dois, Bolsonaro e Lula, nem no estado onde foi governador. Estou sentindo aqui o ambiente, e é o seguinte: todo mundo sabe que ele saldou as dívidas do estado com o dinheiro recebido do governo federal para tratar de pandemia
E da pandemia todo mundo se queixa que ele, assim como outros governadores e prefeitos, o que fez foi tirar emprego e renda, porque não teve nenhum outro efeito o tal de lockdown.

Maratona de viagens
O presidente Jair Bolsonaro está indo nesta segunda-feira a Recife. Vai ver in loco os males causados pela chuva. São mais de 60 mortos e mais de mil desabrigados já. Tragédias brasileiras em todas as épocas do ano. No Rio de Janeiro, é no verão. Agora é Recife com chuvas torrenciais.

Não sei como o presidente aguenta, é a maior correria, não tem parada. Estava em Goiânia na Marcha para Jesus. Depois foi para Manaus, com aquela multidão gigantesca também na marcha.  Antes disso teve Minas Gerais, também acompanhado de multidões, inclusive em Belo Horizonte.

Em Minas, no auditório da federação das indústrias, Bolsonaro levantou o braço de Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, mostrando uma aliança. Depois levantou o braço de Arthur Lira (Progressistas), que ficou satisfeitíssimo, mostrando que está tudo bem entre o presidente da Câmara e o presidente da República. 
Eu faço uma ressalva, porque eu perguntei ao Palácio sobre o Rodrigo Pacheco, que muitos reclamam e chamam de roda presa
O Palácio disse que não tem queixas dele, que está encaminhando bem as questões de interesse da presidência da República.

Tríplex sorteado e o ridículo passado pelo STF
Foi sorteado no sábado o tríplex do Guarujá, que a OAS deu para Lula, conforme o processo que já foi revisado duas vezes e comprovou as condenações. Foi revisado no tribunal regional e superior, que comprovou as condenações, só que o Supremo que resolveu decidir que houve um erro de CEP, que não era em Curitiba que deveriam tratar disso.

Fernando Gontijo comprou e fez um sorteio numa plataforma chamada “Pancadão”. Quem pagasse R$ 19,90 poderia participar do sorteio. Duzentos e cinquenta mil pessoas pagaram e quem ganhou foi Antônio Tarcísio. Ele ganhou o tríplex que era de Lula, e que Lula disse que não era dele e sim de um amigo, assim como o sítio de Atibaia.

O Supremo passa por um ridículo com essas coisas, mas é um assunto seríssimo, um assunto de confiança na Justiça. 
Agora mesmo, vão para Algarve, em Portugal, segundo o Estadão, juízes, desembargadores, ministros de tribunais superiores para um evento sobre maus pagadores, débitos não pagos. Tudo de graça, pago exatamente pela entidade Instituto Brasileiro da Insolvência (Ibajud). Os juízes que estão indo lá são responsáveis por processos de mais de R$ 8 bilhões de devedores insolventes. 
Vai ser aberto pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Morte em abordagem da PRF
A Polícia Rodoviária Federal abriu inquérito, vai tomar medidas, afastou os cinco policiais que causaram a morte de Genivaldo de Jesus Santos. Ele, esquizofrênico, foi abordado e reagiu com susto. Puseram gás onde ele foi preso e acabou morto.

Eu vi uma postagem do ministro Gilmar Mendes dizendo “o assassinato do homem negro Genivaldo de Jesus Santos”. 
Gente, se houvesse uma petição do advogado dele, o texto seria “Genivaldo de Jesus Santos, brasileiro, casado, aposentado”. Ninguém falaria em cor de pele, Gilmar Mendes viu cor de pele. É o contrário do que diz a Constituição, em que todos são iguais sem distinção de qualquer natureza.
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 

O ex-futuro candidato - VOZES

Guilherme Fiuza

O pré-candidato do PSDB João Doria

O pré-candidato do PSDB João Doria - Foto: Pablo Jacob/Governo de SP

Tomei uma decisão e não tem volta.

– Que decisão? Pensa bem. Decisão sem volta não tem volta.

– Já pensei. E ninguém vai me fazer mudar de ideia.

– Fala logo.

– Não sou mais candidato à presidência.

– O que?

– Isso mesmo que você ouviu. Não adianta insistir.

– Estou confuso.

– Imagino. Vou surpreender a todos.

– Não. Estou confuso porque achei que você já tivesse desistido antes.

– Como assim?! Tá louco? Até um minuto atrás eu era candidato a presidente.

– Então devo ter me enganado. Achei que algum tempo atrás tivesse ouvido você dizer que não disputaria.

– E você acreditou?

Claro.

– Esse foi o seu erro.

– Acreditar em você?

Não. Ignorar os movimentos da política.

– Que movimentos?

– Política é como a maré: vai e volta.

Entendi. Você foi e voltou.

– Não. O que vai e volta é a política. Eu sempre estive no mesmo lugar.

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– E esse lugar era o de candidato a presidente.

– Exato. Mesmo quando parecia não ser.

– Agora ficou claro. Então você sempre foi candidato a presidente mesmo quando parecia não ser e agora decidiu desistir da desistência de desistir.

– É por aí.

– E por que você não quer mais ser presidente da República?

– Não é que eu não queira.

– Ih... Então o que é?

– A República é que não me merece.

– A República?

– É. O país. A sociedade. O povo.

– Entendi. Como você chegou a essa conclusão?

– Comecei a perceber isso no dia em que estava andando num shopping vazio.

– O que aconteceu?

– Acenei para ninguém e ninguém respondeu.

– O que há de errado nisso?

– Tudo. Num país educado, nenhum aceno fica sem resposta.

Você não acha que se em vez de acenar para ninguém, tivesse acenado para alguém, alguém teria correspondido?

– Isso não é problema meu. Fiz a minha parte, que era acenar. E não gostei da falta de resposta. Povo malcriado.

– Povo? Você disse que não tinha ninguém no seu caminho...

– Justamente. Se fosse um povo educado estaria no meu caminho para acenar para mim, me aplaudir e gritar meu nome.

– É, realmente é falta de educação deixar uma pessoa que quer ser presidente do país andando sozinha por aí.

– Completa falta de educação. E olha que eu dei todas as pistas para eles perceberem a minha importância.

– Trancou tudo, né?

– Exato. Tranquei todo mundo alegando emergência sanitária e fui passear em Miami, onde não tinha nada trancado. Eles não entenderam meu gesto.


– Não mesmo.

– Gente burrinha. Incapaz de distinguir um líder corajoso.

– Corajoso?

– Claro. Tranquei milhões de pessoas e fui curtir as praias da Flórida. Sou ou não sou corajoso?

– Sem dúvida.

– Danem-se todos. Cansei. Vou retomar meus negócios da China. Saio da vida pública e volto para a privada.

– Você merece.

– Eu sei.

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


AVULSAS

 

 VAI SER PUBLICADO AMANHÃ NA PÁGINA DO PT

CULPA DOS OVOS

* * *

Segundo apurou o Serviço Secreto do JBF, Lula está fugindo destes debates porque descobriu que os ovos que seriam jogados nele pelos empresário são bem mais pesados e fedorentos que os ovos comuns.

ERIKA KAGAY KAGOU DE NOVO

O MEDO DAS OVADAS NAS RUAS

 

A PREOCUPAÇÃO DO RÁBULA COM OS COITADOS DOS BANDIDOS

TSE - Bolsonaro atribui ‘lista intragável’ de indicados ao TSE a Moraes e Fachin - Bela Megale

O Globo

O presidente Bolsonaro atribui ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, e ao vice da corte, Alexandre de Moraes, a lista tríplice de indicados para a vaga aberta no tribunal eleitoral. Para o presidente, os nomes da “intragável lista”, como o assunto é tratado no Planalto, vieram de uma combinação entre Fachin e Moraes, vistos pelo presidente como seus “algozes”, em especial o segundo.

Em conversas recentes com aliados, Bolsonaro deixa claro que seu plano atualmente para a vaga de ministro substituto aberta no TSE é deixá-la como está, até as eleições de outubro. Ou seja, Bolsonaro deixará a vaga aberta durante o pleito. Não há prazo para que o presidente faça a nomeação para o TSE. [Presidente Bolsonaro, eles indicam e o senhor, por força de disposição da Constituição Federal, nomeia. O  poder de  escolher quem dos indicados nomear, ou de não nomear nenhum, é do Senhor. USE-O.]

Os nomes que integram a lista são André Ramos Tavares, que chegou a presidir a Comissão de Ética da Presidência da República. Os fatores que desabonam Tavares, na visão de Bolsonaro, são pareceres elaborados pelo advogado contra o impeachment de Dilma Rousseff e a favor derrubada da inelegibilidade do ex-presidente Lula, em 2018. 

Já a advogada Vera Lúcia Santana é considerada de esquerda pelo presidente e faz parte do grupo de juristas Prerrogativas, que apoia Lula. O terceiro indicado, Fabrício Medeiros, tem “padrinhos” como Alexandre de Moraes e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, encarados inimigos do presidente.

Bela Megale, colunista - O Globo

 

Desigualdade de gênero deixa o Itamaraty de saia justa

Com o objetivo de combater a falta de representatividade feminina no Itamaraty, um grupo de diplomatas, criado em 2013, produziu o documentário Exteriores: Mulheres Brasileiras na Diplomacia

Em 2023 vamos celebrar 105 anos desde o dia em que o Ministério das Relações Exteriores (MRE) teve que abrir as portas para a primeira mulher ingressar no Itamaraty, a baiana Maria José de Castro Rebello Mendes, então com 27 anos. Depois de tantos anos, a desigualdade de gênero persiste no Itamaraty, pois a carreira de diplomata é predominantemente masculina.

A valente Maria José enfrentou muitos obstáculos desde que não aceitaram sua inscrição, alegando que mulher não podia participar do concurso. As manchetes dos jornais questionavam se mulheres poderiam ocupar cargos públicos. Seu ingresso na carreira diplomática só foi possível por intercessão do jurista Ruy Barbosa junto ao então ministro das Relações Exteriores, Nilo Peçanha, que, sob pressão, autorizou a inscrição dela com um despacho: "Não sei se as mulheres desempenhariam com proveito a diplomacia, onde tantos atributos de discrição e capacidade são exigidos [...]. Melhor seria, certamente, para seu prestígio, que continuassem à direção do lar, tais são os desenganos da vida pública, mas não há como recusar sua aspiração, desde que fiquem provadas suas aptidões". Maria José foi aprovada em 1º lugar. Diante desse fato inédito, tiveram que adaptar um espaço para banheiro feminino no prédio do MRE.

Em abril de 2022, o quadro de 1.540 diplomatas era formado por 356 mulheres (23%) e 1.184 homens (dados do MRE). O perfil da diplomacia brasileira, segundo especialistas, é o do homem branco, de classe média alta, com acesso à educação e ao apoio de familiares que já fizeram o concurso. Recentemente, o embaixador e ex-ministro Sergio Amaral causou indignação ao afirmar, em entrevista à TV Cultura, que o baixo número de mulheres no Itamaraty ocorre por causa de questões de "qualificação" para um "concurso exigente". Desde a aprovação no concurso do Instituto Rio Branco, as mulheres enfrentam discriminação. Mesmo tendo as mesmas qualificações, elas não têm as mesmas oportunidades oferecidas aos homens. Não há nenhuma diplomata em embaixadas de maior visibilidade para a política externa brasileira, e elas nunca chefiaram postos estratégicos como Paris, Washington, Buenos Aires, Londres, Tóquio ou Pequim. Não há vontade política para que as diplomatas ocupem posições que valorizem seu trabalho e sua capacidade de liderança. [NADA CONTRA AS MULHERES - AO CONTRÁRIO. O concurso é aberto para ambos os sexos - masculino e feminino - as questões são exatamente as mesmas. Instituir uma política de cotas (como pretendem fazer na política = um determinado percentual de mulheres tem que ser eleito ... complicado,  já que o eleitor é quem decide em quem votar... ) é um absurdo, tem é que acabar com as cotas existentes, deixando apenas para deficientes físicos = O MÉRITO TEM QUE PREVALECER. Quanto a mulheres para embaixadas 'estratégicas' é uma prerrogativa de quem indica.]

Outro assunto velado é a questão do assédio. Quando uma reportagem anunciou que não havia assédio no Itamaraty, algumas diplomatas fizeram uma enquete e registraram mais de 100 casos de comportamento sexista dentro da instituição. Servidoras e diplomatas, em um grupo fechado no Facebook, relataram casos de assédio moral e sexual. Em um dos relatos, uma diplomata contou que um ex-chefe que a assediava se vingou transferindo-a para um local que não atendia aos seus interesses profissionais. [o que deve prevalecer é o interesse do serviço e não o do funcionário.]

Com o objetivo de combater a falta de representatividade feminina no Itamaraty, um grupo de diplomatas, criado em 2013, produziu o documentário Exteriores: Mulheres Brasileiras na Diplomacia. Uma das líderes é Irene Vida Gala, 60, ex-embaixadora em Gana e atual subchefe do escritório de representação do Itamaraty (São Paulo). Irene tornou-se a porta-voz das diplomatas que se sentem discriminadas. Ela é exemplo de como uma mulher em cargo de chefia pode fazer a diferença. Quando foi cônsul-geral adjunta em Roma soube de casos de violência doméstica contra brasileiras casadas com italianos, e da perda da guarda dos filhos quando pediam divórcio. Sua atitude foi abrir as portas do consulado, comunicando publicamente que quem precisasse de ajuda encontraria um ombro, advogado e assistência social. E foram muitas as denúncias recebidas.

A predominância masculina é de natureza estrutural e não ocorre apenas na diplomacia. Os homens têm acesso a cargos de poder e a salários maiores do que mulheres com as mesmas qualificações. É preciso somar a luta das diplomatas por igualdade e respeito com a luta das mulheres em outras profissões.

Passou da hora de o Itamaraty se libertar dessa saia justa, dessa posição embaraçosa de ser uma instituição que defende a igualdade na diplomacia e nas relações exteriores, ao mesmo tempo em que discriminam mulheres na própria estrutura. A imagem que o Brasil deve transmitir é a de um país que valoriza a igualdade de gênero e a afirmação dos direitos humanos.

Juliana Brizola - Correio Braziliense


domingo, 29 de maio de 2022

Questão indígena - “Cadê os Yanomami”: o outro lado do desaparecimento de uma aldeia e da morte de uma criança

David Ágape, especial para a Gazeta do Povo

Indígenas ianomâmis na cidade de Alto Alegre, em Roraima, foto de 30 de junho de 2020
Indígenas ianomâmis na cidade de Alto Alegre, em Roraima - Foto: EFE/Joédson Alves
 
No início de maio, percorreu o mundo a história do suposto desaparecimento de uma aldeia com 24 indígenas ianomâmis, depois que estes denunciaram que uma indígena de 12 anos teria morrido após ser estuprada por garimpeiros. 
Os garimpeiros também teriam sequestrado uma criança de três anos, que em algumas versões da história teria morrido afogada após cair de um barco

A denúncia foi feita em abril (25), por Júnior Hekurari, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Ianomâmi e Ye’kwana (Condisi-YY). Este ‘desaparecimento’ foi o gancho necessário para uma intensa campanha nas redes sociais, de artistas e personalidades que aderiram à causa e repercutiram a hashtag “Cadê os Yanomami?”.

Em uma das publicações a cantora Anitta aproveitou para relembrar o prazo final para a regularização de títulos de eleitor para a votação nas próximas eleições, parte de uma campanha que contou com artistas de e foi bancada por organizações internacionais. “Nos próximos anos eu quero um governo que se preocupe com a nossa natureza”, escreveu.[Quem é essa cantora para tentar impor o seu querer?]

Em reação a isso, o procurador-geral da República, Augusto Aras, declarou que o esclarecimento do caso era uma prioridade e que os autores não ficariam impunes. Durante uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia chamou o estupro da menina ianomâmi de “perversidade que não pode permanecer como dados estatísticos, como fatos normais da vida”, e cobrou investigações sobre o caso. O presidente do STF, ministro Luiz Fux, classificou o caso como gravíssimo.

Dias depois, entre 27 e 28 de abril, uma comitiva composta por Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF), e Fundação Nacional do Índio (Funai), com a presença de um intérprete, esteve na comunidade para investigar. Entretanto, após análise, não encontraram indícios de que os crimes aconteceram. Em entrevista à Jovem Pan News, em 12 de maio, o presidente da Funai, Marcelo Xavier, questionou o fato de serem difundidos boatos como esse, principalmente em ano eleitoral. [foi o maior mico já pago por uma chefe da PGR e por duas supremas autoridades. Curioso é que o assunto foi desmentido e nenhuma das autoridades que combatem as FAKE NEWS se manifestaram = ministro presidente do TSE e o ministro condutor do 'inquérito do fim do mundo.]

Mesmo após o “reaparecimento” dos indígenas, dias depois, alguns na companhia de garimpeiros, Hekurari manteve a narrativa e acrescentou que está recebendo ameaças de garimpeiros. A denúncia foi corroborada pela Hutukara Associação Ianomâmi, que afirma que este estupro não é um caso isolado e que a Terra Ianomâmi sofre sua pior ofensiva de garimpeiros em 30 anos.

A Gazeta do Povo conversou com moradores do local e indígenas ianomâmis, e obteve com exclusividade vídeos com o líder da aldeia Aracaçá, Tuxáua Morô, que revela que o incêndio na aldeia não foi realizado pelos garimpeiros, mas pelos próprios indígenas, em um ritual fúnebre tradicional não relacionado às denúncias.

Indígenas de Aracaçá negam as acusações
A comunidade Aracaçá fica dentro da Terra Indígena Yanomami, em local de difícil acesso, próximo à fronteira com a Venezuela. De Boa Vista, até a região dos Waikás, são cerca de 1h15 de voo. Para chegar a Aracaçá são necessários mais 30 minutos de helicóptero, ou cinco horas de barco pelo rio Uraricoera.

Em vídeo gravado na comunidade, por um missionário evangélico não identificado, dias depois do “desaparecimento” da comunidade Aracaçá, aparecem Tuxáua Morô, líder da comunidade e os demais indígenas da aldeia. É perguntado para eles se foram atacados por garimpeiros e eles dizem que não. Um outro missionário que esteve na aldeia, conhecido em Manaus como Evangelista Hilton, conta que os indígenas afirmavam todo o tempo que as denúncias de Hekurari eram mentira.

Em 8 de maio, Tuxáua Morô e sua esposa Cláudia estiveram em Boa Vista a convite de integrantes do Movimento Garimpo Legal, para que esclarecessem os fatos à imprensa local. Em vídeo, gravado por Jailson Mesquita, integrante do movimento, Morô conta que é falsa a acusação de Júnior Hekurari de que uma menina indígena de 12 anos havia sido estuprada e morta durante um ataque de garimpeiros à aldeia Aracaçá, e que, na sequência uma menina de três anos teria desaparecido ao cair de um barco quando a tia da moça estuprada tentou salvá-la.

Quanto ao incêndio na aldeia, Morô explica que foi causado por sua esposa em decorrência do suicídio de seu filho. “Ela estava zangada, por isso acendeu um isqueiro", diz. Por este motivo, a comunidade seguiu para outro local nas proximidades.

Segundo o antropólogo Diogo Oliveira, doutorando em antropologia social pela Universidade Federal de Santa Catarina, e pesquisador do tema suicídio indígena, diversas etnias têm por hábito queimar as moradias, desfazer aldeias e se mudar de locais onde acontecem mortes, sobretudo quando se tratam de situações traumáticas, o que também acontece conforme cada cultura. "Os indígenas têm lógicas culturais particulares em relação ao suicídio, associadas com as suas visões de mundo específicas, como a noção de espiritualidade e religião, nem sempre sendo vista como algo negativo”, diz.

Segundo ele, em algumas circunstâncias, a desestruturação da sociedade pode aumentar o número de mortes autoprovocadas, como em casos de uso abusivo de bebidas alcoólicas, perda de terras, conflitos familiares e intergeracionais, afetando principalmente jovens e adolescentes. Jailson Mesquita afirma que a denúncia no MPF foi realizada pelo pessoal ligado ao garimpo, para que tudo fosse esclarecido, e não por Junior Hekurari, que somente comentou sobre o caso nas redes sociais. “Quem denunciou o caso no MP, pedindo apuração imediata, fomos nós. Hekurari só comentou nas redes sociais. E fomos também na comunidade e encontramos os indígenas desaparecidos. Detalhe: como estavam sumidos se a gente encontrou? Lá nenhum deles sabia sobre caso de estupro de menina ou criança jogada em rio”, afirma.

Mesquita diz que não é a primeira vez que utilizam mentira para desmerecer o garimpo. Ele conta que Hekurari também foi o autor da denúncia, feita em 2021, de que dois meninos yanomami, de quatro e de sete anos, morreram afogados após serem sugados por uma draga de garimpeiros. Após investigações também não foi constatado que a draga dos garimpeiros causou a morte das crianças. “No final das contas a PF concluiu que a morte das crianças foi por afogamento, e não por causa da draga. Tecnicamente é impossível uma draga sugar uma criança pois a ponta da mangueira tem cerca de 30 cm. Como suga uma criança muito acima do rio? É subestimar a inteligência dos outros!”, afirma.

Para Mesquita, não faz sentido a acusação de que os garimpeiros estejam atacando os Yanomami, "pois o que mais os garimpeiros querem é ter uma convivência pacífica entre eles". Ele explica que a maioria dos garimpeiros têm baixa escolaridade e se eles forem procurar uma profissão honesta fora do garimpo o salário, provavelmente, será baixo. Por isso, a relação entre garimpeiros e indígenas seria de ajuda mútua. “A PF, a Funai e o MPF foram até a aldeia e disseram que não há indícios de que aconteceu. Não acredito que iriam mentir para fazer apologia para o garimpo”, diz Mesquita.

Acusações de autopromoção e oportunismo
Mesmo com a declaração das autoridades de que não foi encontrado indício de estupro ou sequestro na aldeia, Hekurari sustentou as acusações e acrescentou que os indígenas teriam sido subornados e coagidos pelos garimpeiros com barras de ouro em troca de silêncio.

Um indígena yanomami, que pediu para não ser identificado por ter recebido ameaças, diz que Hekurari conta estas histórias por oportunismo, para se autopromover. Este indígena conversou com seus “parentes” yanomami de Aracaçá, logo após as primeiras denúncias virem a público, e eles confirmaram que as acusações de Hekurari não procedem.“Eles disseram: aqui tem garimpeiros, sim. Mas os garimpeiros ficam no canto deles trabalhando e a gente na nossa localidade”, afirma.

Garimpeiros prometem processar Hekurari
Como resposta às denúncias de Junior Hekurari, garimpeiros do Movimento Garimpo é Legal, que negam as acusações, dizem pretender processá-lo por calúnia após o fim das investigações.

Na quinta-feira da semana retrasada (dia 12), o grupo organizou manifestação em frente à Assembleia Legislativa de Roraima, que naquele momento recebia uma comitiva de parlamentares, liderada pelo senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, que seguiu até o estado para investigar as acusações feitas pelos indígenas.

O coordenador geral do Movimento Garimpo é Legal, Rodrigo Martins de Mello, conhecido como Rodrigo Cataratas, esteve no dia 29 de abril no MPF solicitar que fossem investigadas as acusações de Junior Hekurari de que garimpeiros coagiram os indígenas da comunidade Aracaçá, com 5 gramas de ouro, para que negassem o que teria ocorrido na aldeia.

“Tomei conhecimento de que eu estaria perseguindo e ameaçando o indígena Junior Hekurari. Esse cidadão é aquele que falsamente denunciou a morte de uma criança indígena e agora alega que está sofrendo ameaças de garimpeiros”.

“Junior Hekurari não me conhece, como ele próprio afirma. Do mesmo modo eu não o conheço, mas percebo que este rapaz tem se esforçado tanto quanto outras pessoas para colocar-me como o algoz de suas denúncias”, diz.


A história de Haximu
Para antropólogo, consultor e intermediador de conflitos étnicos Edward Luz, o surgimento destas denúncias contra garimpeiros, há pouco menos de um mês das comemorações de 30 anos da criação da Terra Indígena Ianomâmi —- maior território étnico do mundo, com área equivalente a três Bélgicas, e população de apenas cerca 35 mil indígenas -- não é coincidência, devido às atuais propostas de legalização de mineração em terra indígena votadas no Congresso e a votação do marco Temporal no STF.

Segundo Luz, o aparato socioambiental indigenista aprendeu a utilizar esta estratégia com eficiência: “Sempre que um projeto de lei ou uma proposta não interessam ao movimento, eventos como esse surgem, recaindo contra o Estado brasileiro a acusação de ineficácia e ineficiência”
“As recorrentes denúncias de invasão e violência garimpeira contra ianomâmis é a mais acabada prova da ineficiência de um modelo de interação de relações interétnicas, permeadas pelo estado, que parece ter sido construída para não dar certo. Este modelo foi criado para ser um caos e as relações de ianomâmis só funcionarem com o aparato das ONGs”, diz.

Para Luz, antes mesmo de haver o resultado das investigações, a imprensa já levantava paralelos sobre outros casos de violência entre os ianomâmis, como o Massacre de Haximu.  Haximu foi uma suposta chacina de ianomâmis por garimpeiros, ocorrida em 1993, no estado de Roraima. Foi o primeiro e único crime julgado no Brasil como genocídio e até hoje tem implicações. Na quinta-feira (5), a PF prendeu em Roraima o garimpeiro Eliézio Monteiro Neri, foragido da Justiça, condenado por participação no massacre.

A história de Haximu foi intensamente criticada pelo jornalista Janer Cristaldo (1947-2014), que dedicou anos a analisar o caso e disse acreditar que este era o maior blefe já registrado na imprensa nacional e internacional até então, provocando lesões irremediáveis na imagem do Brasil no exterior. Para ele, os jornalistas estavam mais preocupados com vírgulas e acentos, se o termo tinha acento circunflexo ou não, do que com os fatos e provas.

Em seu livro "Ianoblefe", Cristaldo apresenta os diversos indícios de que tal genocídio nunca aconteceu: como número de mortos inconsistente. começou com 19 mortos, depois 40, depois 73, depois 89, depois 120, e por fim 16 — sendo uma ossada encontrada no local, com data da morte desconhecida, a única prova de que alguém morreu. Além disso, nem ao menos no Brasil o evento teria acontecido.

Ele relembra o caso do suposto massacre ianomâmi ocorrido na Venezuela, em setembro de 2012, denunciado pela Survival International, principal organização indigenista mundial. Na ocasião, após ser esclarecido que 80 indígenas não foram assassinados e sua aldeia queimada, a Survival veio a público informar que seu papel não é questionar as organizações indígenas que passaram a informação, mas divulgar internacionalmente. O argumento “índios não mentem”, diz Luz, foi o mesmo utilizado no caso Haximu.

A Máfia Verde
Segundo o escritor Lorenzo Carrasco, jornalista, ex-correspondente da revista Executive Intelligence Review (EIR) e atualmente editor da revista Solidariedade Ibero-Americana e autor do livro "Máfia Verde", a reserva ianomâmi é criação da oligarquia inglesa, que em 1969 criou a Survival International, tendo o objetivo principal de suas campanhas a criação do “Parque Ianomâmi”. Segundo Carrasco, o motivo para este interesse na região são as imensas riquezas minerais que existem ali.

Outra organização importante neste processo foi a Rainforest da Noruega, responsável por financiar diversas ONGs menores no Brasil, numa estratégia de nacionalização do discurso pró Ianomâmi. O interesse é tanto que o rei da Noruega, Harald V, esteve pessoalmente em Terra Yanomami, em 2013, onde foi recebido pelo líder ianomâmi Davi Kopenawa. A Rainforest é uma das financiadoras da Hukutara, instituição presidida por Kopenawa.

Por décadas a Survival pressionou as autoridades brasileiras, financiando campanhas, até que em 15 de novembro de 1991, o ex-presidente Fernando Collor de Melo cedeu à pressão e satisfez as pressões da casa de Windsor. Assinou o decreto conferindo a cerca de seis mil ianomâmis uma área de 90 mil quilômetros quadrados, o equivalente a duas vezes o estado do Rio de Janeiro.

Segundo Luz, até o termo "Ianomâmi" foi inventado por antropólogos estrangeiros — como o americano Napoleon Chagnon, o inglês Robin Hanbury-Tenison e o italiano Ernesto Migliazza — e não existia entre os indígenas até meados da década de 70. Ali, diz ele, existiam diversas tribos com denominações étnicas distintas que viviam, e ainda vivem, em intensas guerras tribais.


Ele cita o livro "A farsa Ianomami", do coronel do Exército e ex-Secretário de Segurança de Roraima Carlos Alberto Lima Menna Barreto, que argumenta que o termo nunca foi encontrado por exploradores e estudiosos que já estiveram na região. "Vigora no Brasil uma enorme economia do ‘cuidadismo’. Somos um dos únicos países do mundo em que existe um setor que vive exclusivamente de cuidar do índio. Neste modelo, criado para um caos e as relações de ianomâmis só funcionarem com o aparato das ONGs, não existe possibilidade de se falar de autonomia. Sempre que se sustenta a fala de autonomia diz-se que vão comprar os índios”, diz.

David Ágape, especial para Ideias - Gazeta do Povo