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domingo, 30 de novembro de 2014

Morte de cabo do Exército no Complexo da Maré gera comoção nas redes sociais = bandido bom é bandido morto

Enquanto for rotina no Brasil que quando um integrante das Forças de Segurança - Forças Armadas, Auxiliares ou Polícia Civil - tiver que abater um bandido já  começar a ser investigado como culpado, os bandidos vão matar mais policiais, mais militares.

Enquanto o sumiço de um traficante - caso do Amarildo - for motivo para punição de policiais, mais integrantes das forças de segurança serão vítimas dos bandidos.
 
Veja VÍDEO: Bandidos comemoram morte de militar na Maré - 28/11/2014

A comoção pelo assassinato do cabo do Exército Michel Mikami, morto na favela Vila dos Pinheiros, no Complexo da Maré, na última sexta-feira, gerou uma grande mobilização nas redes sociais. Colegas de farda, amigos e parentes manifestaram-se no Facebook por meio de mensagens de revolta e apoio mútuo. Muitos trocaram as fotos de perfil por uma simbólica bandeira do Brasil, em preto e branco, com a inscrição “luto”. 
 RIO - Corpo do cabo do Exército Michel Mikami é transportado para São Paulo, com honrarias de herói. - Reprodução/Facebook

Algumas pessoas usaram a tag #eternoMikami. Indignado, um amigo que também serve ao Exército escreveu: “Até quando vamos ver essa cena??? Até quando os jogadores vão ser os heróis desse país???”. A revolta foi ainda maior após a divulgação de vídeos de traficantes da Maré comemorando a morte do jovem. A página “Poder Militar Brasileiro” divulgou a informação na rede, que foi compartilhada por mais de 150 pessoas e cerca de mil comentários.
RIO - Morto no Complexo da Maré, o cabo era natural de Vinhedo, onde foi enterrado - Reprodução/Facebook
 
A missão de Michel no Rio, que foi atingido durante patrulhamento, terminaria na próxima terça-feira. Em resposta ao crime, o governador Luiz Fernando Pezão anunciou que pretende conversar com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que a Força de Pacificação permaneça no Complexo da Maré após dezembro, prazo inicialmente previsto para a retirada da tropa. Um inquérito já foi aberto para apurar as circunstâncias da morte do cabo, de 21 anos.
 RIO - Após mortes, policiais civis e militares organizam manifestação em Copacabana. O lema é "A vida do policial é sagrada, como toda vida é". - Reprodução/Whatsapp

Michel foi velado na madrugada de sábado no Hospital Central do Exército, em Benfica, em cerimônia reservada para os militares. Em seguida, o corpo seguiu para Vinhedo, no interior paulista, cidade natal do cabo. O enterro ocorreu neste domingo, por volta do meio-dia, com honras militares. Cerca de 400 pessoas acompanharam a cerimônia. Além das honras militares protocolares, os companheiros prestaram uma série de homenagens, rezando e bradando gritos de guerra. Um dos momentos mais emocionantes foi quando uma tia do cabo ergueu uma fotografia do sobrinho e gritou “Ele morreu defendendo o Brasil e lutando contra as drogas”, segundo o relatou o jornalista Lúcio Borges, que acompanhou o enterro. 

Em seu perfil no Facebook, a namorada de Michel, Drielle Lima, escreveu “dor sem fim”.
Michel foi criado numa igreja evangélica e era uma pessoa de fé, em junho ele fez uma tatuagem no braço direito: “Alimento sua fé e seus medos morrerão de fome”. Drielle fez a mesma tatuagem. Em março, o cabo fez uma declaração para a namorada na qual citava a importância de Deus. Ele escreveu: “Eu não sei o motivo e nem o porquê.! apenas tenho a certeza de que o cara la de cima sabe de tudo.! e sabe o que em nossas vidas é melhor para nós.!” (sic).

Ainda nas redes sociais e em grupos do Whatsapp, policiais civis e militares uniram-se diante das mortes recentes de colegas. Só na madrugada deste sábado, três policiais militares foram assassinados na Região Metropolitana do Rio. Juntos, eles estão organizando a manifestação com o lema “A vida do policial é sagrada, como toda vida é”, para o próximo dia 14 de dezembro, às 9h, no Posto 6, em Copacabana.

Fonte: O Globo

A matança de policiais tem que parar - bandido bom é bandido morto

NA DÚVIDA QUE MORRA O BANDIDO

Após seis mortes, Beltrame convoca reunião para discutir ataques a policiais

Em uma semana, cinco PMs e um cabo da Força de Pacificação do Exército no Complexo da Maré foram assassinados. Secretário diz que Rio precisa de 'ações institucionais articuladas' para combater violência 
Beltrame convoca reunião para discutir onda de ataques a policiais
O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, disse, na manhã deste domingo, que reunirá, nesta segunda-feira, os comandos das polícias Militar e Civil para traçar estratégias de ação contra a recente onda de violência contra agentes públicos de segurança do estado. Em uma semana, cinco policiais militares e um cabo da Força de Pacificação do Exército foram mortos em vários episódios de violência no Rio e Grande Rio. Beltrame esteve pela manhã num evento no Maracanãzinho e disse que, a princípio, os últimos ataques a policiais, ocorridos na noite de sábado, foram “tentativas de assalto”. — O que a gente tem a principio foram tentativas de assalto, mas isso não interessa para nós. São policiais, servidores do Estado e nós vamos atrás do autores. Teremos uma reunião das polícias Militar e Civil, onde pretendemos articular algumas ações — disse Beltrame.

Num discurso enfático, o secretário disse que o trabalho pela segurança no Rio depende da atuação conjunta de todas as esferas de governo e dos poderes Legislativo e Judiciário.
Gostaria também de dizer, neste momento, que precisamos de ações institucionais articuladas. Precisamos do Legislativo, do Judiciário, do sistema prisional, de um trabalho forte em fronteira, de segurança primária e de ações fortes em relação a menores — afirmou.

Em entrevista à Globonews, o relações públicas da Polícia Militar, coronel Luís Costa, disse que não há relação entre as mortes dos policiais ocorrida no sábado. Ele também descartou a possibilidade de facções criminosas terem ordenado esses ataques.

Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança informou que acompanha o trabalho das Delegacias de Homicídios da Capital e da Baixada Fluminense “de investigar e identificar os responsáveis pelas recentes mortes de policiais militares”. No comunicado diz ainda que “de acordo com a Subsecretaria de Inteligência da Seseg, não há informações de que existam ordens oriundas de presídios para ataques a PMs ou de que os casos ocorridos nos últimos dias possuam relação entre si”.

P-T pretende, se necessário, usar movimentos sociais para empossar Dilma na marra

PT aciona movimentos sociais para cerimônia de recondução de Dilma

Medida expõe a fragilidade do partido neste momento

Com a imagem arranhada pela série de denúncias de corrupção investigadas na Operação Lava-Jato, o Partido dos Trabalhadores (PT) quer arrastar uma multidão para a posse da presidente Dilma Rousseff, em 1º de janeiro, na tentativa de mostrar que a petista começa o novo governo com grande apoio popular. A preocupação, entretanto, é que o evento tenha um público espontâneo menor que o das posses anteriores.

Mesmo faltando ainda cinco semanas, uma comissão da legenda, formada na reunião da Executiva do partido do início de novembro, já trabalha na logística de convocação dos movimentos sociais para virem a Brasília. Os correligionários da presidente pretendem fazer uma festa semelhante à que foi montada para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. A Secretaria-Geral da Presidência, que faz a interlocução com os grupos sociais, também estabeleceu um grupo de trabalho para a mobilização.

A diferença é que, ao contrário da posse de Lula em 2003, que causou grande comoção no país, e da cerimônia da presidente Dilma em 2010, considerada um marco pela eleição da primeira mulher no cargo, a reeleição se dará em momento delicado. Além de alguns petistas reclamarem que a solenidade ocorre logo após as festas de fim de ano, quando a agenda dos convidados está cheia, um setor do partido está em alerta pela situação da presidente.

Interlocutores do governo ressaltam que integrantes do PT, que passa por um momento de desgaste, precisam se convencer da aproximação com os movimentos sociais como uma das principais armas para alavancar a popularidade do governo. A diferença de apenas 3 milhões de votos entre Dilma e Aécio Neves (PSDB), no segundo turno das eleições, é também apontada, dentro da sigla, como uma mostra da fragilidade do governo reeleito. 

Comento: o PT sabe que até o dia da posse Dilma pode ser denunciada por "crime de responsabilidade", situação que implicará no seu imediato afastamento  do governo; afastada do governo ainda em curso, obviamente, Dilma, não poderá ser empossada no segundo mandato.


Assim, a petralhada tenta trazer os bandidos dos chamados movimentos sociais para fazer pressão e inibir a acolhida, ou mesmo a apresentação, de um pedido de "impeachment". 

Fonte: Correio Braziliense 
 


 

Mais um escândalo no governo Dilma: desta vez envolve o ENEM

O Enem na rota do escândalo

Comparar as fraudes do Enem com as petrorroubalheiras é um exagero do ponto de vista financeiro, mas no efeito o dano é maior.

Quando Paulo Francis denunciou as petrorroubalheiras do tucanato, ganhou um processo. Quando o senador Tasso Jereissati denunciou as petrorroubalheiras do comissariado, o assunto foi varrido para baixo do tapete. Agora, diante da captura de 33 pessoas de uma quadrilha mineira que fraudava exames vestibulares e que neste ano vendeu para 15 ou 20 candidatos os gabaritos da prova do Enem, o Inep, responsável pela lisura do exame, informou o seguinte: “qualquer pessoa que tenha utilizado métodos ilícitos para obter vantagens no Enem será sumariamente eliminada do exame”.

Bingo. Seria mais divertido se o Inep dissesse o contrário. O problema está na outra ponta, nos 8,7 milhões de candidatos que se inscrevem para o exame e ficam sabendo que competem com gente que comprou a prova. O Enem tem uma tradição de vazamentos. Em 2009, os cadernos do exame foram furtados na gráfica, e o MEC suspendeu o exame. Em 2010, achou-se um vazamento de questões na Bahia. No ano seguinte, outro, no Ceará.

Neste ano, houve denúncias em Teresina e em Fortaleza. Além delas, a Polícia Federal chegou à quadrilha mineira que teria vendido as provas a 15 pessoas de Mato Grosso. Coisa de profissionais com 20 anos de experiência e intercâmbio tecnológico com chineses. A turma operava com exames antes da criação do Enem.  As provas podem vazar de duas maneiras, pelo furto das questões antes da prova ou pela transmissão das respostas durante sua realização.

Pelo primeiro método, o comprador não corre riscos imediatos. Na fraude eletrônica, arrisca ser apanhado em flagrante. Desde 2010, quando acontecem os casos de vazamento de questões, o Inep argumenta que eles foram pontuais. Claro, o segredo do negócio está na sua pontualidade. A polícia americana levou dez anos para achar, por acaso, um falsário que imprimia notas de US$ 1 e as usava, com cuidado, só para pagar suas modestas despesas.

A onipotência do MEC diante dos vazamentos do Enem cria nos milhões de jovens que fazem o exame a sensação de que, se tivessem conhecido a pessoa certa, com a quantia certa, poderiam comprar a prova. Sabendo-se que a doutora Dilma já prometeu a realização de dois Enems a cada ano e não cumpriu, a credibilidade do governo é duvidosa. Nos Estados Unidos, os jovens têm sete oportunidades anuais para fazer esse teste.

Comparar as fraudes do Enem com as petrorroubalheiras é um exagero do ponto de vista financeiro, mas no efeito o dano é maior. Não só porque atingem diretamente mais gente, mas porque o governo reage aos problemas de forma ofensiva, fazendo de conta que ele é da Polícia Federal.  (As petrorroubalheiras também eram, afinal, tudo ia às maravilhas na empresa.)

Se Paulo Francis e Tasso Jereissati tivessem ao menos sido ouvidos, a doutora Dilma não estaria na encrenca em que está. Ouvidos eles foram, mas achou-se que o caso poderia ser varrido para baixo do tapete.

Fonte: Elio Gaspari - O Globo

sábado, 29 de novembro de 2014

MILITAR do exército MORRE em combate no RIO de Janeiro.

A guerra que está em curso no país faz mais uma vítima. O cabo Michel Augusto Mikami tinha apenas 21 anos de idade e era da cidade de Vinhedo – SP. 

 

O militar, apesar de ser jovem, era experiente. Servia no 28º Batalhão de Infantaria Leve e já participou de missões no Haiti.

O cabo tirava serviço ontem no complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Michel fazia um patrulhamento com um grupo de militares quando foram alvejados em uma emboscada.  Outros militares foram também atacados em outro local do conjunto de favelas. Como estavam em um veículo blindado conseguiram escapar ilesos.

Quem é o inimigo?  “A maior dificuldade que temos aqui é de atuar contra brasileiros. É diferente das outras operações militares típicas, onde temos um inimigo físico definido, de uniforme. No confronto urbano, nós não podemos ver o inimigo do outro lado. O traficante, o ladrão e os suspeitos estão no meio do povo”

O patrulhamento se torna extremamente perigoso num local como o complexo de favelas carioca, na medida em que não há como saber quem são os criminosos, já que não vestem fardas que os identifiquem como inimigos, como ocorreria em uma guerra. O que está previsto em convenções internacionais. Só no Rio de Janeiro foram mais de 10 policiais baleados apenas essa semana. 
 
Quando morre um soldado, seja do exército, seja da polícia, morre um agente o estado brasileiro, morre uma parte importante das instituições permanentes que subsistem nesse país.

 A Revista Sociedade Militar teve acesso a um video onde moradores riem da situação, apontando sangue e marcas de tiros enquanto o militar era socorrido. Parte do mesmo foi mostrado pelas redes de TV, mas resolvemos não exibi-lo aqui por respeito à família e companheiros de trabalho. 

Nosso respeito e sentimentos à família do guerreiro falecido em combate.
 
Nota do editor: Ainda essa semana eu estive nas proximidades do local onde Mikami foi baleado. Fui na REFRICENTRO, que fica na Avenida Brasil, revisar o ar-condicionado do carro.  Depois que sai da oficina eu precisava ir a um local a cerca de 500 metros dalí, mas para isso teria que passar por dentro da favela. Os mecânicos me advertiram que não passasse de jeito nenhum por dentro da "comunidade", eu seria assaltado com toda certeza. Acabei dando uma volta de cerca de 8 quilômetros. Tive que retornar no viaduto da Penha. É inadimissível que existam locais públicos onde não podemos passar. Existem locais no Brasil onde vigora um estado de exceção, onde o governo não consegue garantir nosso direito de ir e vir. Isso é algo gravíssimo e mostra a total imcompetencia e/ou falta de coragem em resolver logo as situações.
 
Fonte: Revista Sociedade Militar – http://sociedademilitar.com.br


O retrato do Brasil

Meses atrás, por vários motivos, o tamanho do esbanjamento e da irresponsabilidade, explodiu na mídia, o caso de Pasadena.

O estupendo rombo de um bilhão e trezentos milhões de reais era tão absurdo que foram decretadas uma CPI e uma CPMI. Quem sacramentou a compra? Quem não leu o contrato? Quem, quem? Tivemos então o início de duas investigações morosas, cheias de contratempos, um festival de oba - oba, com muita fumaceira e condimentos para a confecção de duas imensas pizzas.

Gregos e troianos se empenharam em geral na embromação coletiva dos desforços inúteis, para que as investigações mergulhassem na ignorância e o problema caísse na berlinda, em especial devido à disputa eleitoral pela presidência. Este era o destino das indigestas pizzas. Porém, por artes do demônio, ao levantarem a tampa que encobria a fossa fecal da Petrobras, em diversas frentes surgiram escabrosos buracos e o mau cheiro inundou o já pestilento ar do País.

Apesar de benevolentes com assassinatos e estupros, corrupções e abusos de poder, a população, em geral, foi obrigada a tomar conhecimento do mensalão da Petrobras e os seus capilares desdobramentos. Delatores premiados, canalhas envolvidos até a pleura, impossibilitados de escaparem das mais simples investigações resolveram dar com a língua nos dentes.

A Petrobras revelou - se como um dinossauro de corrupções financeiras, morais e de fraudes que envolvem vários partidos, em especial o PT, grande prócer da sem - vergonhice nacional. Embora tenha aprendido que o mensalão fora coberto de falhas primárias, na Petrobrás o PT se esmerou, porém as cifras envolvidas foram astronomicamente elevadas e mesmo os nacionais que vivem do jeitinho brasileiro, se impressionaram.

Hoje, como na última eleição em que o Brasil foi dividido em duas partes, o lado comuna ainda venceu por milésimos, o escândalo da Petrobras agigantou - se e atingiu grosso modo uma debacle financeira de incalculáveis bilhões, sendo que algumas maracutaias que envolvem cifras fabulosas, nem foram, ainda, incluídas no rombo total. Julgando - se pela personalidade de metade da população, os jeitosos lamentam que alguns miseráveis golpistas sejam devidamente caçados, e esperam que os seus lideres políticos numa demonstração de que estão acima da deturpada lei dos homens, nem sejam arrolados.

A outra metade (quase) que é espoliada pelos impostos vai torcendo para que os envolvidos, independente, e, principalmente pelos cargos que possuíam na empresa sejam sancionados, e todos os envolvidos paguem pela sua roubalheira. Como vemos, prosseguimos com dois brasis, um que torce pelos bandidos e o outro pelos mocinhos, mas infelizmente pelo assistido nas últimas décadas, os bandidos, iguais aos terroristas, que assolaram o País após a Contrarrevolução Democrática de 31 de Março de 1964, deverão ser inocentados e uma borracha será passada para apagar seu conhecido envolvimento nas patifarias.

Os condenados pelo mensalão, na sua maioria estão soltos, o que anima os arrolados nas trapaças do Petrolão. É nítido que a Petrobras foi privatizada pelo PT, que posiciona - se contra a privatização das autarquias nacionais; para os outros, é claro, pois para o seu usufruto e a decadência da economia nacional luta com todas as forças para a sua privatização pelo partido.

O mais incrível é que a presidente da Petrobras, sob a qual ocorreu a grande parte das colossais falcatruas, continua firme no cargo. Pode? Hoje, mesmo diante dos mais otimistas, é inegável que o caso do Petrolão, é o retrato do Brasil, e que a monstruosa maracutaia é um excelente rascunho da nossa sociedade. Inúmeros nacionais repudiarão as nossas conclusões, porém o vantajoso e espantoso golpe nos recursos nacionais da Petrobras, apenas complementa o uso e o abuso do BNDES em prol da ruína econômica nacional.

Para muitos, a falência econômica nacional faz parte da estratégia maior do Foro de São Paulo, que espera iniciar uma nova etapa comunista a partir do caos; entretanto, outros acreditam que a debacle econômica e moral ocorre por incompetência e por ambições pessoais que afundam a nação de forma boçal e soberana. Talvez a opinião mais correta seja a que estamos mergulhados na tirania pré - comunismo, berço esplendido da incompetência e do enriquecimento ilícito.


Por: Valmir Fonseca Azevedo Pereira é General de Brigada, reformado.


Racismo no SUS - mais uma invenção desse governo de assassinos de prefeitos que constrói portos em Cuba e clínicas no Oriente Médio...

Tomou grande proporção a campanha do governo federal sobre o combate ao racismo no SUS. É mais um carimbo..mais uma acusação de “preconceito” contra uma classe que foi escolhida pelos petistas como a responsável pelo caos na saúde pública brasileira. Segue-se o mais antigo de todos os princípios: quando você é responsável por uma situação sem controle, crie uma polêmica sobre outro tema – todo mundo passa a prestar atenção nela e esquece a sua culpa.

Não vou tomar o tempo de vocês aqui descrevendo o que acontece nos hospitais brasileiros. Chega: ninguém aguenta mais e o texto não vai ser sobre isso. Trata-se de dizer simplesmente o seguinte: Agora nós médicos somos racistas..logo adiante seremos homofóbicos e machistas pois de preconceito contra nordestinos já fomos acusados. Cada novela da Rede Globo tem como vilão um médico picareta, incompetente, antipático ou alcoólatra mas sempre “com raiva de pobre” (isso se não for todas essas coisas juntas)..Até quando isso vai? A quem esse Partido da Papuda quer enganar?

Triste em tudo isso é observar, dentro da nossa própria classe, uma legião de ex-médicos, de colaboradores do petismo... dessa gente miserável que vive de comissões e cargos de confiança ocupando gerências, secretarias, conselhos e sindicatos para por “panos quentes” sobre nossa indignação cada vez que esse governo mensaleiro lança uma campanha contra nós.

Racismo, violência contra a mulher, agressão aos homossexuais não são, em hipótese alguma, o problema principal da sociedade nesse momento. Temos 70.000 homicídios por ano acontecendo no Brasil. A quantidade de dinheiro que o Partido do Foro de São Paulo nos roubou só pode ser estimada em termos de percentual do nosso PIB, nossa rede hospitalar está destruída e o respeito pela profissão acabou...até onde é necessário descer?? Quanto mais ainda temos que apanhar??

Pacientes brancos, pretos, amarelos e azuis estão morrendo no SUS por falta de literalmente TUDO enquanto esse governo de assassinos de prefeitos constrói portos em Cuba e clínicas no Oriente Médio...Especialidades da Medicina como Pediatria e Obstetrícia estão com “natalidade negativa” (os médicos estão se aposentando e ninguém mais quer seguir nessas áreas) pelo medo que temos dos processos, agressões e falta de condição de trabalho. Será que a sociedade brasileira não vê que nós, médicos, somos parte dela?? Que história é essa de falar “nos médicos e na população”..?? Desde quando nós deixamos de ser “população” no nosso próprio país?? Quem deu a esse partido associado às FARC o direito de dizer quem faz ou não parte da população??

Ninguém consegue ver que o Partido Mensaleiro está desesperado ??Que ele precisa jogar médicos contra pacientes, brancos contra negros, hetero contra homossexuais e, se for necessário, até gatos contra cachorros para escapar da prisão??

O PT finge não saber que a doença e a morte não tem cor nem crença religiosa...que a doença não escolhe sexo nem idade e estará sempre aí como são mais democráticas do que ele mesmo..que elas não tem uma outra verdade que ele, PT, quer esconder: ninguém pode mentir para sempre. A hora dessa gente está chegando.

Por: Milton Simon Pires é Médico.

Dilma, Lula e petralhada: a água está chegando ao pescoço

A água está chegando ao pescoço

O advogado da Petrobras avisou o Planalto dos riscos de a estatal continuar contratando obras sem licitação apesar das sucessivas advertências do Tribunal de Contas da União sobre irregularidades

Na semana passada, VEJA mostrou que mensagens eletrônicas encontradas pela Polícia Federal nos computadores do Palácio do Planalto revelavam que o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff tiveram, em 2009, a oportunidade de interromper a ação dos corruptos que atuavam no coração da Petrobras — e a desperdiçaram. Chefe da Casa Civil do governo Lula, Dilma recebeu do então diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, um e-mail alertando para o risco de que obras sob sua responsabilidade fossem paralisadas por recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU). Cérebro da quadrilha que desviou bilhões dos cofres da companhia, Paulo Roberto estava preocupado com a ação dos auditores que começaram a farejar pistas da existência do cartel de empreiteiras que superfaturava contratos na estatal. Para impedir que o dinheiro parasse de jorrar no bolso dos corruptos, o diretor sugeriu que o governo agisse politicamente para neutralizar as denúncias do tribunal. E assim foi feito. Logo depois de receber a mensagem, Dilma se pôs a criticar a iniciativa do TCU, e Lula vetou a decisão do Parlamento de interromper as obras suspeitas, entre elas a de construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Na esteira da apuração da reportagem, VEJA perguntou à presidente, que também comandava o Conselho de Administração da Petrobras na ocasião, se era comum um diretor desconsiderar a hierarquia, dirigir-se diretamente ao Palácio do Planalto e tomar a liberdade de oferecer sugestões políticas para um problema administrativo. Dilma não respondeu. A presidente também não explicou por que o governo, em vez de atuar para sanar as irregularidades apontadas pelo tribunal, fez exatamente o contrário. Depois da publicação da reportagem, Dilma Rousseff preferiu, em nota oficial, atacar o mensageiro. 

Ela acusou VEJA de manipulação. A revista só relatou fatos produzidos pelos governos de Lula e Dilma. Não foi VEJA que colocou Paulo Roberto Costa na Petrobras com o objetivo de montar um esquema de corrupção para obter recursos a ser entregues a políticos e partidos aliados do governo. Não foi VEJA que colocou o doleiro Alberto Youssef a serviço do esquema de Costa na Petrobras. Quem disse que Lula e Dilma sabiam de tudo foi Youssef. VEJA apenas revelou a fala do doleiro. Portanto, não adianta esbravejar contra o mensageiro, quando é a mensagem que fere.

Em 29 de maio de 2007, o então advogado da estatal junto ao TCU, Claudismar Zupiroli, enviou um e-mail à então secretária ­executiva da Casa Civil, Erenice Guerra. Ele relatou sua preocupação com o fato de o TCU estar no pé da Petrobras pelo uso abusivo de um decreto que permite gastos sem licitação na estatal. Zupiroli informa que há um “voa barata” entre os gestores da Petrobras, que estavam “com medo do recrudescimento do tribunal em cima deles”, por causa das contratações sem licitação. 

Editada em 1998 no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, a norma foi idealizada com uma finalidade nobre: agilizar a contratação de serviços prioritários e urgentes a fim de evitar que a estatal perdesse competitividade no mercado. Nas mãos de Paulo Roberto Costa e de outros diretores corruptos da estatal, no entanto, o decreto passou a ser usado indiscriminadamente para dispensar a licitação em praticamente todas as obras, servindo de biombo para acobertar as maiores atrocidades patrocinadas com o dinheiro público.

É da natureza dos corruptos não se intimidar diante de leis e decretos que dificultam sua ação. Assim, não se pode ver na dispensa de licitação a única causa da transformação das obras da Refinaria Abreu e Lima no maior assalto aos cofres públicos já registrado na história do Brasil. De 2,5 bilhões de dólares, o custo da refinaria saltou para 20 bilhões. Uma parte considerável desse dinheiro foi desviada pelo esquema de corrupção liderado por Paulo Roberto na Petrobras. No relatório de 2009, o TCU alertava para a existência de superfaturamento. Informava que os negócios suspeitos eram planejados em uma sala secreta, localizada no 19º andar do edifício-sede da Petrobras. Era lá que Paulo Roberto dava expediente como diretor de Abastecimento. Dali ele redigiu a mensagem a Dilma Rousseff sugerindo a bem-sucedida intervenção do governo para que nada fosse investigado.

Zupiroli também achou por bem advertir Erenice: “Cresce a corrente dos que se recusam a assumir cargos de responsabilidade, como cresce a disposição daqueles que acham que devem ligar ‘o f.’ no sentido de aplicar a Lei de Licitações, independentemente das consequências. A água está chegando ao pescoço”. Não há registro de que a principal conselheira de Dilma tenha tomado alguma providência no sentido de ao menos averiguar se havia algo errado. O que se viu foi que as contratações sem licitação continuaram a todo o vapor. O primeiro e-mail revelado por VEJA mostrou que o Planalto foi acionado por Paulo Roberto Costa para não deixar o TCU interromper as obras e, claro, a dinheirama sem licitação. A mensagem do advogado, bem mais explícita e eloquente, mandara o mesmo recado dois anos antes. 

Na semana passada, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) apresentou requerimento pedindo a convocação de Dilma e Lula para prestar esclarecimentos na CPI mista da Petrobras. “A presidente disse que está disposta a aprofundar toda a investigação. Nada mais justo do que ela ir à CPI para esclarecer, em primeiro lugar, a acusação do doleiro e, agora, a ligação com esse diretor corrupto.” O parlamentar também quer que o ex-presidente e sua sucessora expliquem como a quadrilha conseguiu se instalar na Petrobras sem que o governo percebesse. Quadrilha que, segundo os depoimentos colhidos pela polícia, também ajudou a financiar a própria campanha presidencial de Dilma em 2010 e alimentou o caixa do PT e de seus aliados.

Fonte: Veja On Line 
 

Policial branco que tentou prender assaltante negro e teve que matá-lo, foi inocentado - nos Estados Unidos. Fosse no Brasil, o policial já seria condenado antes mesmo de disparar

Quando os fatos não têm vez

A sensação de que a polícia é injusta com os negros nos EUA ofusca o fato de que, no caso da morte de Michael Brown, não houve crime

Em seu poema Burnt Norton, o americano T.S. Eliot (1888-1965) escreveu que “a espécie humana não pode suportar tanta realidade”. Diante de fatos concretos que desafiam uma ideia preconcebida, a saída mais comum é alterá-los e reduzi-los, em vez de mudar de opinião. Foi essa a reação que predominou na semana passada depois do anúncio, na segunda-feira 24, de que o policial Darren Wilson, branco, não iria a julgamento por ter matado a tiros, em agosto, o jovem Michael Brown, negro, em Ferguson, na região metropolitana de Saint Louis — cidade natal de Eliot. O episódio foi visto como uma confirmação da percepção de que a polícia americana é racista e injusta e provocou protestos, em alguns casos violentos, em mais de 100 cidades americanas. Dezenas de carros policiais foram destruídos. Lojas foram saqueadas e incendiadas. Na Califórnia, mais de 130 pessoas foram presas. As multidões indignadas preferiram ignorar as 4799 páginas com provas materiais, depoimentos de testemunhas e o relato do policial divulgados pela promotoria e que serviram de base para a decisão de não levar Wilson a julgamento.
 EVIDÊNCIAS - À esquerda, o rosto inchado do policial após enfrentar Brown (à direita). Ao fundo, imagem de vídeo mostra Brown agredindo o dono da loja que ele roubou

Aos fatos: em 9 de agosto, Darren Wilson, de 28 anos, fazia a patrulha com sua viatura quando avistou dois homens caminhando no meio da rua. Pela janela do carro, pediu a eles que fossem para a calçada. Dorian Johnson, amigo de Michael Brown, respondeu que já estavam quase chegando em casa e continuaram no asfalto. Naquele momento, Wilson se deu conta de que o biotipo e as roupas dos jovens coincidiam com a descrição dos bandidos que haviam roubado uma loja de conveniência minutos antes. Ele chamou reforço pelo rádio, engatou a ré e atravessou o carro na pista, impedindo a passagem dos suspeitos. Ao tentar abrir a porta para sair do automóvel, Wilson foi impedido por Brown, que deu socos em seu corpo e em sua cabeça. A agressão foi confirmada por fotografias do rosto de Wilson feitas pela perícia. Em algum momento da refrega, Brown entregou ao amigo uma caixa de cigarrilhas, o que confirmou a suspeita de que eram eles os ladrões procurados. Em seguida, Brown, de 18 anos e 1,98 metro, a mesma altura de Wilson, debruçou-se para dentro do carro e tentou tirar a arma do policial. A pistola Sig Sauer P229 escorregou. Quando Wilson a alcançou, ele apertou o gatilho uma, duas vezes, e nada. Na terceira tentativa, a arma disparou. A bala atravessou a porta do carro e atingiu Brown. 

O sangue encontrado dentro do carro confirmou a versão. Após o tiro, Brown fugiu. Wilson foi atrás dele com a pistola em punho, dando ordem para que se deitasse no chão. Depois de tentar, sem sucesso, entrar em um automóvel cheio de passageiros, Brown deu meia-volta e caminhou — ou correu (as testemunhas deram versões diferentes sobre isso) na direção do policial. Wilson disparou sua arma dez vezes para tentar detê-lo, sem sucesso. A bala fatal entrou pela parte de cima do crânio de Brown. Embora algumas testemunhas tenham dito que ele levantou as mãos, implorando para que Wilson não atirasse, os rastros de sangue encontrados pelos técnicos forenses corroboram o relato do policial: não houve esboço de rendição

Outra versão que evaporou com a coleta de provas foi a narrada por Johnson. Ele disse que Wilson, ainda sentado no carro, levantou seu amigo pela gola. Brown pesava 131 quilos, 35 a mais que o oficial. Diante de tais evidências e de tantos testemunhos desencontrados, o grande júri, formado por cidadãos comuns, decidiu que não havia elementos para indiciar Wilson. A versão do policial, de que atirou porque se sentiu ameaçado por Brown, era crível.

As minúcias da investigação, porém, são irrelevantes para os manifestantes que tomaram as ruas americanas, porque a narrativa de tensão permanente entre a polícia, predominantemente branca, e a população negra, em geral mais pobre, já estava posta. Embora os negros constituam 63% da população de Ferguson, só há três deles entre os 53 policiais da região. “A verdade é que a maioria dos negros não quer trabalhar na segurança pública. Precisamos da ajuda deles para diminuir essa grande discrepância”, disse o prefeito da cidade, James Knowles. A questão é que, nos Estados Unidos, ainda que as leis raciais tenham desaparecido há cinco décadas, os cidadãos infligem a si mesmos uma segregação baseada na cor.

Pelas regras do mercado imobiliário americano, por exemplo, vizinhos podem vetar a chegada de um novo morador. Isso leva à formação de bairros só de negros, asiáticos, brancos ou latinos. A maioria dos crimes é intrarracial: 84% das vítimas brancas foram mortas por criminosos brancos e 93% dos negros foram assassinados por negros. Mas, como as escolas são financiadas pelos distritos, áreas mais pobres acabam tendo os piores professores, o que resulta num ciclo vicioso que preserva as desigualdades e deixa algumas comunidades mais expostas ao crime. Em Ferguson, os negros representam 86% das pessoas abordadas pelas viaturas e 92% dos que terminam na cadeia. Embora aviltantes, esses números são condizentes com a proporção dos crimes atribuídos a negros pelas próprias vítimas. Isso se reflete no estereótipo que os policiais têm dos criminosos e leva ao tratamento injusto de pessoas que não devem nada à lei. 

Uma pesquisa mostra que cerca de 70% dos negros dizem se sentir injustiçados, enquanto entre brancos esse desconforto só existe para 37%. O número é menor que o de 2009, quando 86% dos negros tinham essa percepção. “A concentração de negros nas áreas pobres, de alta criminalidade, é um problema maior do que o racismo na polícia”, diz o sociólogo John Logan, da Universidade Brown, na Califórnia. Ainda que Darren Wilson não seja um racista dedicado a matar negros apenas por serem negros, uma parcela da população americana já o condenou a esse papel simbólico. Trata-­se de uma manipulação dos fatos amparada em episódios reais, como o espancamento de Rodney King, um operário negro, por quatro policiais em Los Angeles, em 1992. Em Burnt Norton, T.S. Eliot escreveu: “O que poderia ter sido e o que foi / Convergem para um só fim, que é sempre presente”.

Com reportagem de Paula Pauli
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Militância petista, petralhada desesperada, rejeita escolhas de Dilma em A face tucana do PT

A face tucana do PT

Para tirar o País da recessão e disciplinar as contas públicas, a presidente Dilma adota o receituário do PSDB, que tanto criticou na campanha, e anuncia uma composição ministerial com jeito de oposição

Se os símbolos dos partidos políticos retratassem as posições das legendas e dos seus principais representantes, a estrela do PT no segundo mandato de Dilma Rousseff poderia ganhar um bico tucano, símbolo maior do PSDB. Mesmo sob os protestos do seu partido e de aliados fisiológicos, Dilma dá aos primeiros contornos do seu próximo governo uma aparência semelhante ao que seus opositores defenderam durante a eleição. 

 CARTILHA COM PENA E BICO
Joaquim Levy, anunciado como novo ministro da Fazenda, é ligado
aos tucanos e um dos defensores do controle fiscal
e do arrocho das contas públicas

A explicação para a mudança de rumo é simples: a presidente precisa tirar o País do atoleiro em que se encontra. E o sucesso do próximo mandato depende diretamente da retomada do crescimento e do controle dos gastos públicos, que andam desgovernados. Para fazer isso, foi preciso assumir, mesmo que a contragosto, que ela e sua equipe econômica erraram muito nos últimos anos. Ao reconhecer que algumas das propostas defendidas pelo adversário Aécio Neves (PSDB) durante a campanha eram mesmo vitais para a correção de rota, ficou difícil para Dilma fugir de uma composição ministerial com jeito de oposição e se livrar da acusação de ter cometido estelionato eleitoral. 

Na última quinta-feira 27, a presidente confirmou as expectativas que rondavam o mercado há algumas semanas e oficializou sua nova equipe econômica. Em uma tentativa de reconstruir suas relações com investidores e grandes empresários, escolheu o economista Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda. O novo ministro é ligado aos tucanos e participou do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Ele defende, sem subterfúgios, rigor no controle fiscal e arrocho das contas públicas, propostas que Dilma demonizou durante a campanha.


 TENSÃO NO CAMPO PETISTA - KÁTIA ABREU, rainha do agronegócio = desmoralização para o Stédile e corja do MST
Ao convidar Kátia Abreu, um símbolo do ruralismo e dos grandes latifúndios,
para comandar o Ministério da Agricultura, Dilma bate de frente com o PT

As ironias que envolvem a escolha não param por aí. Levy mantém relações próximas com Aécio Neves e segue a mesma linha do amigo Armínio Fraga, o economista que montou o plano de governo da área para o PSDB na última eleição. Durante a campanha, Dilma atribuiu a Fraga uma futura culpa pela recessão ou pela falta de comida e emprego para os brasileiros de baixa renda, em um eventual governo tucano. A opção por um ministro alinhado com o grupo do seu maior adversário causou estranheza. É uma decisão da presidente. É um quadro qualificado, com quem tenho uma relação pessoal. Mas fico com uma expressão usada hoje pelo ministro Armínio Fraga: a indicação de Joaquim Levy é comparável a um grande quadro da CIA ser convidado para comandar a KGB.”

A inclinação de Dilma em direção às ideias da oposição, que ela combateu durante a campanha, ficou evidente também em relação aos juros. A presidente repetiu diversas vezes que as propostas econômicas do PSDB, e a promessa de perseguir o controle da inflação, iriam causar o aumento dos juros e provocar recessão e desemprego. Seus programas e seus discursos demonstravam que essas propostas estavam distantes dos planos do PT. No dia seguinte ao resultado do segundo turno da eleição, no entanto, ela anunciou o reajuste dos combustíveis. Dois dias depois, o Banco Central aumentou as taxas de juros para 11,25%, o maior patamar em três anos. A decisão pegou o mercado de surpresa e evidenciou quão pouco valiam as promessas eleitorais da presidente.



Embora a repercussão da escolha do novo ministro da Fazenda alinhado com as metas fiscais e o controle das contas desperte certo otimismo, ainda há um clima de desconfiança em relação à postura de Dilma, que sempre tentou comandar a política econômica ditando as regras pessoalmente. Agora, Levy assume com a promessa de independência e carta-branca para tomar o rumo de uma sonhada – e ainda improvável – guinada na economia. Em sua primeira aparição pública depois da confirmação de seu nome, Levy, acompanhado do escolhido para o Planejamento, Nelson Barbosa, e de Alexandre Tombini, que fica no Banco Central, deixou claro que é ortodoxo e que vai trabalhar para restabelecer o superávit primário nas contas públicas e atingir uma economia de 1,2% do PIB em 2015. “Alcançar essas metas será fundamental para um aumento da confiança e criará bases para a retomada do crescimento da economia e da evolução dos avanços sociais”, disse Levy.

Em muitos aspectos manifestados depois do resultado das urnas, a presidente reeleita parece outra pessoa. Antes, ela se armava com números – muitas vezes equivocados – sobre a economia, adotava um discurso repetitivo de que não havia descontrole de gastos e que a inflação a 6,5% estava controlada. Agora, sua nova equipe econômica vai promover cortes, trabalhar para puxar a inflação para a meta de 4,5% e adotar as medidas impopulares que a então candidata tantas vezes, em tom de ameaça de quem previa o caos, disse que seus adversários adotariam. Ao escalar seu time, Dilma mostrou que ficou impossível continuar atuando como a personagem que tem o controle de um País próspero, à imagem e semelhança do que era mostrado nos programas eleitorais elaborados pelo marqueteiro de campanha, João Santana.

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A Israel só interessa a extinção total dos palestinos

Projeto aumenta isolamento de Israel

Definição do país como ‘Estado-nação do povo judeu’ é um retrocesso na democracia porque marginaliza a população árabe-israelense

No Oriente Médio, nada é tão ruim que não possa piorar. No caso da Primavera Árabe, quase quatro anos depois apenas a pioneira Tunísia está no rumo democrático. O Egito voltou à ditadura militar, o Estado líbio se fragmentou, uma longa guerra civil destrói a Síria, provocando um êxodo de refugiados. Da maré montante de organizações islâmicas radicais, uma delas ergueu-se de forma inesperada e violenta: o Estado Islâmico (EI), que implantou um califado trevoso em amplas áreas da Síria e do Iraque em nome do fundamentalismo sunita e vem batendo todos os recordes de violência, barbárie e retrocesso civilizatório. Conflitos alimentados, no fundo, pela guerra entre sunitas e xiitas.

Nesse contexto, o embate entre Israel e palestinos, a luta destes pela constituição de um Estado, deveria receber prioridade máxima. Desatar este nó é vital para desanuviar o quadro, o que requer novas atitudes não só do Estado judeu, como dos países árabes. Mas, o que se verifica é que os dois lados cada vez mais se aferram a posições radicalizadas. Israel segue expandindo a ocupação de territórios palestinos. Estes seguem fazendo atentados sangrentos. Cansada, a comunidade internacional começa a demonstrar impaciência com Israel: a Suécia já reconheceu a Palestina, o Parlamento britânico também (medida mais simbólica) e a França poderá ser a próxima a fazê-lo.

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Nas últimas semanas, a violência aumentou em Jerusalém, devido a uma disputa religiosa: ativistas judeus querem ter o direito de rezar no local chamado pelos israelenses de Monte do Templo e, pelos árabes, de Nobre Santuário área entregue à administração religiosa islâmica e em que fica a mesquita de al-Aqsa, sagrada para os muçulmanos. [se a área está sob administração religiosa islâmica e é considerada sagrada para os muçulmanos, soa como provocação que ativistas judeus queiram exercer suas atividades religiosas em solo sagrado para outra religião.] Onze israelenses foram mortos, incluindo quatro rabinos e um policial esfaqueado e alvejado a tiros, por palestinos, em uma sinagoga da cidade. Doze palestinos também foram mortos, incluindo grande parte dos autores dos ataques. 

Só contribui para radicalizar mais a situação o projeto aprovado pelo governo do premier Benjamin Netanyahu, mas ainda não pelo Parlamento, que define Israel como “o Estado-nação do povo judeu”, aprofundando uma divisão já existente entre a maioria judaica e os árabes israelenses — 20% da população de 8 milhões. O projeto foi criticado pelo próprio presidente israelense, Reuven Rivlin: “o Estado de Israel foi estabelecido sobre duas fundações sólidas: judaísmo e democracia. A remoção de um deles vai levar à queda de todo o prédio”.

Em editorial, o “New York Times” lembrou que a Declaração de Independência enfatiza que Israel foi criado como um lar para os judeus, mas garante “completa igualdade de direitos sociais e políticos a todos os seus habitantes, sem distinção de religião, raça ou sexo”. O projeto sob exame é discriminatório, antidemocrático e aumenta o isolamento de Israel.

Do Editorial em O Globo