'Me dá o papel', diz a ex-presidente aos assessores. Jornalista de Janaúba nega ter vazado o áudio e diz que o incidente não foi ao vivo
Uma entrevista da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) a uma rádio de
Janaúba, no Norte de Minas, viralizou nas redes sociais na segunda-feira
(10/9) e irritou a equipe de campanha da petista. No áudio, ela pede um
papel para consultar, quando é questionada pelo jornalista José
Ambrósio Prates, da Rádio Torre, sobre o que a região pode esperar dela
no Senado, caso seja eleita.
“Vocês podem esperar … aquilo … só um pouquinho. Ô Eleonora? Me dá o
papel, dá o papel”, diz. Alguém fala algo que não é possível ouvir e
Dilma completa: “Tá com o Valdeci… Valdeci? O papel, Valdeci”, chama
novamente a ex-presidente.
Quando o assessor finalmente aparece com o papel, leva um pito da candidata. “Não sei o que que você está fazendo lá fora”.
Diante
da repercussão, nesta terça-feira (11), o jornalista José Ambrósio
Prates divulgou texto explicando o contexto da entrevista. Segundo ele,
ao contrário do que foi divulgado, a conversa com Dilma não foi ao vivo.
O entrevistador também nega ter vazado o áudio. Prates
diz que ia para casa quando viu o comboio da ex-presidente em Janaúba e
aproveitou a oportunidade para pedir a entrevista em uma casa onde
Dilma almoçava. O pedido foi atendido e ela falou em um local em que
outra pessoas puderam gravar. “Começamos a
gravação e foi quando ocorreu a fala que tem sido motivo das matérias
publicadas como se tivesse ocorrido ao vivo. A candidata realmente
interrompe pedindo um papel, que pude perceber era uma lista com números
e valores de investimentos feitos pelo governo federal na cidade e
região, quando a candidata era presidente da República. Quando houve a
interrupção da candidata, paramos a gravação e logo em seguida
iniciamos novamente a entrevista onde ela falou por cerca de 10 minutos,
citando com ajuda do dito “papel”, as obras e investimentos de seu
governo na região”, explicou Prates em seu blog e rede social.
Oficializado como candidato a presidente, Haddad vira alvo de Ciro
A possibilidade de crescimento das intenções de voto do petista, principalmente nos Estados nordestinos, onde Lula e o PT têm mais força eleitoral, causou uma inflexão no comportamento de Ciro
A 26 dias da
eleição, Haddad inicia oficialmente a campanha presidencial com 8% das
intenções de votos, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta terça. O
petista está empatado tecnicamente com Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina
Silva (Rede), ambos com 9%; e Ciro Gomes (PDT), que registrou 11%.
A possibilidade de crescimento das intenções de voto do petista, principalmente nos Estados nordestinos, onde Lula e o PT têm mais força eleitoral, causou uma inflexão no comportamento de Ciro, que também busca conquistar eleitores inclinados à esquerda e na região. Nesta terça pela manhã, ao cumprir agenda de campanha em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, Ciro já deu sinais de como pretende se comportar na disputa direta. Ele foi aconselhado a questionar a experiência administrativa do petista e o desempenho eleitoral de 2016 sem tecer críticas pessoais a Haddad, [quando perdeu a eleição para João Doria] .
Em Taboão da Serra, o pedetista criticou o desempenho eleitoral de Haddad e a postura do PT de insistir na candidatura de Lula à Presidência. Ao discursar, lembrou a campanha de 2016, quando o então prefeito da capital paulista e candidato à reeleição Fernando Haddad foi derrotado no primeiro turno para João Doria (PSDB). "Eu e Lula apoiamos o Haddad em 2016 e tivemos uma decepção profunda, já que ele perdeu no primeiro turno para o Doria e perdeu para os votos brancos e nulos. Isso não desqualifica o Haddad. Gostaria de tê-lo como vice em outra configuração. Mas ele sai muito fragilizado", afirmou o pedetista.
Em outro momento, sem mencionar o nome de Haddad, Ciro condenou a cúpula do PT. "Eles incitaram frações importantes do nosso povo que quer bem o Lula para tentar manipular este sentimento e lançar uma pessoa que talvez tenha dificuldades para interpretar com fidelidade aquilo que o Brasil precisa agora", disse. Ciro também afirmou que a esquerda do país já está dividida. "Nós já estamos divididos, porque não aceito a imposição da cúpula do PT. Eu fui convidado para exercer este papelão aí, de ser vice de ataque e amanhã ser escolhido na frustração do povo diante da não candidatura de Lula. Não é assim que se constrói uma liderança", disse.
A possibilidade de crescimento das intenções de voto do petista, principalmente nos Estados nordestinos, onde Lula e o PT têm mais força eleitoral, causou uma inflexão no comportamento de Ciro, que também busca conquistar eleitores inclinados à esquerda e na região. Nesta terça pela manhã, ao cumprir agenda de campanha em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, Ciro já deu sinais de como pretende se comportar na disputa direta. Ele foi aconselhado a questionar a experiência administrativa do petista e o desempenho eleitoral de 2016 sem tecer críticas pessoais a Haddad, [quando perdeu a eleição para João Doria] .
Em Taboão da Serra, o pedetista criticou o desempenho eleitoral de Haddad e a postura do PT de insistir na candidatura de Lula à Presidência. Ao discursar, lembrou a campanha de 2016, quando o então prefeito da capital paulista e candidato à reeleição Fernando Haddad foi derrotado no primeiro turno para João Doria (PSDB). "Eu e Lula apoiamos o Haddad em 2016 e tivemos uma decepção profunda, já que ele perdeu no primeiro turno para o Doria e perdeu para os votos brancos e nulos. Isso não desqualifica o Haddad. Gostaria de tê-lo como vice em outra configuração. Mas ele sai muito fragilizado", afirmou o pedetista.
Em outro momento, sem mencionar o nome de Haddad, Ciro condenou a cúpula do PT. "Eles incitaram frações importantes do nosso povo que quer bem o Lula para tentar manipular este sentimento e lançar uma pessoa que talvez tenha dificuldades para interpretar com fidelidade aquilo que o Brasil precisa agora", disse. Ciro também afirmou que a esquerda do país já está dividida. "Nós já estamos divididos, porque não aceito a imposição da cúpula do PT. Eu fui convidado para exercer este papelão aí, de ser vice de ataque e amanhã ser escolhido na frustração do povo diante da não candidatura de Lula. Não é assim que se constrói uma liderança", disse.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.