Alckmin toma posse, e PSDB completa 20 anos de governo em São Paulo
Tucano chega a seu décimo ano como governador paulista e cotado para concorrer à Presidência da República em 2018
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e seu vice-governador, Márcio França (PSB), tomaram posse nesta quinta-feira na Assembleia Legislativa do Estado. Alckmin deu início a seu quarto mandato como governador – o vigésimo ano do PSDB no comando de São Paulo, recorde no país. Este será o décimo ano de Alckmin como governador paulista.
Alckmin toma posse como governador de São Paulo
(Divulgação/Governo de São Paulo/VEJA)
Alckmin recebeu oficialmente o cargo da Mesa Diretora da ALESP, presidida pelo tucano Samuel Moreira. Ele foi recepcionado no Palácio Nove de Julho por deputados federais e estaduais eleitos, pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Antônio Carlos Mathias Coltro, pelo procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, e pelo presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador José Renato Nalini, além de integrantes de sua equipe de governo. Antes da solenidade, o governador reuniu-se com líderes de sua base aliada. Alckmin seguirá para o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, onde dará o cargo aos seus secretários.
No ano passado, Alckmin recebeu 12,2 milhões de votos, o equivalente a 57,31% dos válidos, e foi reeleito no primeiro turno. Ele superou com folga os dois principais candidatos de oposição: Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT). O tucano é um dos nomes cotados no partido para concorrer à sucessão de Dilma em 2018.
Alckmin terá como principais desafios a crise de abastecimento de água no Estado e a entrega de obras de infraestrutura e mobilidade urbana, principalmente a expansão da rede de trens e metrô, além do prosseguimento das investigações contra o cartel de empresas que fraudou licitações no setor de transporte sobre trilhos.
Alckmin assumiu o governo estadual pela primeira vez em 2001. Ele era vice-governador de Mário Covas, que inaugurou a série histórica no partido à frente do Estado, e morreu por causa de um câncer naquele ano. Alckmin foi reeleito em 2002. Ele renunciou em 2006 para concorrer à Presidência da República, mas foi derrotado pelo ex-presidente Lula. Na ocasião, o então vice-governador Cláudio Lembo, à época no extinto PFL, assumiu o mandato por nove meses, único período em que o PSDB não esteve no comando do Estado. Em 2010, Alckmin conseguiu voltar ao Bandeirantes ao derrotar no primeiro turno o petista Aloizio Mercadante, atualmente ministro da Casa Civil de Dilma Rousseff.