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terça-feira, 11 de agosto de 2020

Alívio para o mundo = fim do reinado de terror da OMS, baseado na disseminação do pânico

Governo brasileiro conversou em sigilo com a Rússia sobre produção de vacina

Delegação do Ministério da Saúde se reuniu com russos há uma semana; documento obtido por VEJA indica que o Brasil estaria 'interessado em continuar o diálogo' sobre o imunizante

Na terça-feira da semana passada, uma semana antes do anúncio do registro da vacina russa contra o coronavírus, uma delegação do Ministério da Saúde se reuniu em sigilo, por videoconferência, com  representantes do Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF) para discutir a produção no Brasil do imunizante.

O grupo brasileiro era chefiado pelo secretário de Ciência e  Tecnologia, Inovação e Insumos, Hélio Angotti Neto. O vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, também estava na delegação. O lado russo foi representado  pelo CEO do RDIF, Tagir Sitdekov. Representantes da Phosagro/Conselho Empresarial Rússia-Brasil também participaram.

 Na mesa, o possível acordo de produção da vacina que envolveria ainda a transferência de tecnologia. Na reunião, os russos indicaram que a vacina já estaria na fase final de testes clínicos com previsão para início da aplicação em partes da população ainda neste mês.  O Radar teve acesso a um relatório interno do governo sobre o encontro.  Segundo o documento, o Brasil “indicou estar interessado em continuar o diálogo” com o lado russo. 

O representante da Rússia explicou que a vacina é aplicada em duas doses, o que gera melhor resposta imunológica e permite melhor resposta do que testes com vacinas de uma só dose, segundo o documento. A aplicação das duas doses custará 20 dólares (108 reais). Sitdekov contou na reunião que a Rússia precisa de 50 milhões de doses da vacina para desenvolver a resposta imunológica necessária na população, quantidade que demandará em torno de dez meses de produção nos laboratórios. 

Os custos para o Brasil, se iniciada do zero a infraestrutura para produção da fórmula russa, foram estimados em até 50 milhões de dólares pelos russos, algo em torno de 271,5 milhões de reais. Segundo o relatório do governo sobre o encontro, o representante do Ministério da Saúde “indicou estar interessado em dar continuidade ao diálogo com os russos sobre a vacina”. O lado brasileiro  também pediu o relatório final do desenvolvimento da vacina, logo que finalizado, “com vistas a estudar melhor o caso”. O russo respondeu que o relatório final estaria disponível ao governo brasileiro até esta quarta.

VEJA - Radar