Os critérios refinados do governo Dilma para escolher um ministro
Se um despreparado na Saúde torce para que meninas contraiam o vírus zika, o que pode desejar um outro despreparado na Aviação Civil?
Nesta
quarta, Marcelo Castro, ministro da Saúde, deu um declaração realmente
do balacobaco. Segundo disse, seria desejável que as meninas contraíssem
o vírus zika antes da idade fértil porque, assim, ficariam imunes.
A
delinquência intelectual não será, obviamente punida. Por quê? Tudo
considerado normal. Tal lembrança vem a propósito de quê? Prestem
atenção ao que vem agora.
A bancada do
PMDB de Minas marcou para a próxima segunda a reunião que vai decidir a
posição do bloco sobre a liderança do partido na Câmara. O governo
federal pressiona os mineiros para que eles deem uma garantia de que
apoiarão Leonardo Picciani (RJ), atual líder e aliado do Palácio do
Planalto.
Caso
oficializem o apoio ao parlamentar fluminense, o deputado Mauro Lopes,
do PMDB de Minas, deve ser anunciado o novo ministro da Secretaria de
Aviação Civil.
A bancada
mineira ainda está dividida sobre o que deve fazer. O deputado Leonardo
Quintão, por exemplo, já disse que não pretende recuar de sua
candidatura ao posto. Newton Cardoso Júnior, por sua vez, quer ser
“recompensado” caso desista de uma candidatura própria e apoie o nome de
Picciani.
Se, na
Saúde, um ministro escolhido por razões puramente políticas expressa
publicamente a torcida para que meninas contraiam o vírus zika por
razões de economia, que torcida correspondente faria um ministro da
Aviação Civil, escolhido nas mesmas circunstâncias?
Talvez pudesse dizer algo assim: “Tomara que os aviões caiam antes ou depois de eu ser ministro, nunca durante…”.