[petralhada quer um cadáver; se forçarem a
barra terão não um, mas, vários e todos
de petralhas.]
Mais
do que toleradas pelo comando do PT, essas ações estão sendo estimuladas. Esse
é o espírito de luta que Lula cobrou na sexta-feira
Lula
decidiu que vai controlar o Executivo, o Legislativo e o Judiciário no berro. E, se
preciso, vai fazer sangue correr em praça
pública. Como ele mesmo já havia dito por aí, “acabou o Lulinha paz e amor”. Agora é “Jararaca Guerra e Ódio”. Os dois discursos irresponsáveis que fez na sexta-feira,
em que lançou sua candidatura à
Presidência e anunciou a sua marcha contra a Justiça, já têm
desdobramentos. Seus sectários estão nas ruas para o tudo ou nada.
Nesta terça, Lula jantou no Palácio da Alvorada com Dilma. Traçaram estratégias
contra a Lava Jato. É um sinal de que ela já
não governa. Nesta quarta, o chefão petista se encontra com Renan Calheiros
(PMDB-AL), presidente do Senado. Lula não busca apenas se defender. Por
incrível que pareça tamanha ousadia, ele tenta tomar as rédeas do país.
Os sinais da baderna
vindoura são evidentes. Os
petistas começam a deixar claro que terão de ser contidos pelo estado
democrático e de direito. Páginas do partido estão convocando manifestações em favor de Lula
e, como eles dizem, “contra o golpe”
para o próximo domingo, 13 de março,
mesmo dia das megamanifestações em favor do impeachment.
Embora a presidente Dilma tenha dirigido um apelo ao partido para
que o partido não estimule ações nessa data, diretórios estaduais do Rio Grande do Sul e do
Distrito Federal fazem abertamente a convocação. PT e
PCdoB organizam atos no Piauí, Maranhão, Rio e São Paulo. Na capital
Paulista, os lulistas
marcaram a sua concentração para a Praça Roosevelt. O epicentro do protesto em
favor do impeachment é a Paulista. Entre um local e outro, está a Rua da Consolação, que também
costuma ser fechada para eventos dessa natureza porque serve como um corredor. A
direção nacional do PT não disse uma vírgula a respeito. A aposta das esquerdas é que eventuais confrontos de rua vão
desestimular os manifestantes que querem o impeachment de Dilma. Na cabeça dos celerados, são “coxinhas” que se assustam com
facilidade. Estão errados.
Os braços de Lula, que em passado recente já se ofereceram para
portar armas, estão procurado a ação direta. Em Goiânia, mulheres do MST invadiram
nesta terça a afiliada da TV Globo. Por meia hora, mantiveram pessoas em cárcere privado, picharam o
prédio com expressões como “Globo e
ditadura de mãos dadas”, “Fora Globo” e “Não vai ter golpe”.
A barbaridade é tal que um
grupo de petistas interrompeu aos berros uma
homenagem
que a Câmara Municipal de Maringá (PR) fazia nesta terça à noite para a mãe do
juiz Sergio Moro. Ok. Você até pode se perguntar, como me pergunto, se a
homenagem era ou não pertinente. Mas o evento em si evidencia a intolerância
desses brucutus.
Em São Paulo, marcha de movimentos
feministas, todos eles de esquerda, acabou tendo cenas de pugilato
e xingamentos porque as petistas decidiram, vamos dizer, aparelhar o ato e gritar
palavras de ordem em defesa do PT, de Lula e, como diziam as doidas, “contra o golpe”. Mais do que toleradas pelos comando do PT, essas
ações estão sendo estimuladas. Esse é o espírito de luta que Lula cobrou na
sexta-feira. É assim, nos cascos, que Rui Falcão quer os militantes do seu
partido. Eis a legenda que, inequivocamente, tem uma jararaca no comando.
Dilma vai cair, é claro! Não haverá, como se sabe,
turbulência nenhuma no país entre as pessoas decentes. Ao contrário: a sua saída é um primeiro passo para que o país tente
equacionar seus problemas. Mas será, sim, preciso
dar uma resposta aos fascistas. Eles vão querer criar algumas dificuldades.
Não porque representem camadas expressivas da população, mas porque pertencem a um partido que
capturou o estado e que hoje depende dele para sobreviver.
Não se enganem: esses gatos-pingados que se
dispõem a sair às ruas em defesa de Lula e do PT estão apenas defendendo um meio de vida. Eles conseguiram, afinal, se livrar de uma maldição bíblica, não é mesmo? Ganham a vida sem trabalhar. E só por isso são militantes de uma organização
chamada Partido dos Trabalhadores.
Mas estão em decadência e
serão derrotados.