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terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Quando o movimento LGBT passa a odiar uma trans - Ana Paula Henkel

Revista Oeste

Ao anunciar a candidatura pelo Partido Republicano, Caitlyn Jenner é cruelmente atacada pela turma do 'menos ódio e mais amor' 

Caitlyn Jenner discursa em Los Angeles
Caitlyn Jenner discursa em Los Angeles | Foto: Regina Wagner/Geisler-Fotopress/DPA via ZUMA Press

Você não precisa ser uma atleta de alta performance ou um fanático por esportes olímpicos para perceber que o decatlo não é chamado de esporte dos atletas de ferro à toa. Ser uma medalhista olímpica é uma honra. Ser um medalhista de ouro olímpico em decatlo é entrar para sempre no hall dos deuses do Olimpo.

Bruce Jenner começou sua carreira atlética na Newton High School, em Connecticut, onde praticou futebol americano, basquete e atletismo. De forma independente, começou a praticar esqui aquático. Tornou-se campeão da Costa Leste em 1966. Depois, novamente em 1969 e 1971. Jenner ingressou no Graceland College (Lamoni, Iowa), em 1969, com uma bolsa de estudos em razão de seu desempenho no futebol. Porém, uma lesão no joelho o restringiu ao basquete e ao atletismo. Ele se destacou no atletismo e, aos 22 anos, conquistou um lugar na equipe norte-americana de decatlo para os Jogos Olímpicos de 1972, em Munique, na Alemanha. Ficou em décimo lugar. Mais tarde, em entrevistas, confessou que a recordação de ver o vencedor no pódio foi marcante. No avião, de volta para casa, jurou voltar para conquistar a medalha de ouro. Aquela sensação o consumiu por mais quatro anos.

Jenner chegou aos Jogos de Montreal, em 1976, no auge da Guerra Fria, praticamente como um desconhecido. O jovem norte-americano de sorriso fácil rapidamente chamou a atenção da lenda soviética Nikolai Avilov, que lutava para manter o título de campeão olímpico. Durante a corrida dos 100 metros, Jenner quebrou o seu recorde pessoal. Depois, repetiu o feito nas quatro competições seguintes: salto em distância, arremesso de peso, salto em altura e a corrida de 400 metros.

Parte do sonho americano é tornar-se um herói, entrar no panteão dos mitos que jamais serão esquecidos. E Bruce Jenner fez a sua parte. Logo após o ouro olímpico em 1976, foi idolatrado nos quatro cantos da América. Tornou-se comentarista esportivo, escreveu uma autobiografia, rodou o país com discursos motivacionais, seu rosto estava estampado em todos os lugares, de linha de roupas a caixas de cereais matinais. Bruce was the man.

​​Caitlyn Jenner discursa em Los Angeles - 
 Foto: Regina Wagner/Geisler-Fotopress/DPA via ZUMA Press

A nova geração de norte-americanos conhece Jenner em razão de sua presença no império dos reality shows. Graças ao casamento, em 1991, com Kris Jenner, a mãe de Kim Kardashian, e de suas irmãs Khloé e Kourtney, Bruce era o patriarca mais famoso do showbiz. Depois de alguns anos exibindo visível transformação física em frente às câmeras, Bruce Jenner anunciou, em abril de 2015, que se identificava como mulher e, dois meses depois, revelou que queria ser chamada de Caitlyn Jenner.

Imediatamente, Caitlyn virou a grande heroína da comunidade LGBT e das manchetes que dão destaque à ideologia de gênero. Ela assinou um contrato para ter na TV seu próprio reality show, I Am Cait, que documentava sua transição e durou duas temporadas. A mudança pública para uma identidade de gênero feminina tornou-se o grande orgulho de um movimento cultural que busca aumentar a visibilidade dos transgêneros. Caitlyn Jenner, mais uma vez, foi amplamente elogiada, idolatrada e colocada no hall dos deuses do Olimpo.

Não por muito tempo.

O ódio nunca foi sobre o que é falado, mas sobre quem está falando

O que parecia ser a história perfeita de superação, do início ao fim, em vários aspectos, encontrou nesta semana um obstáculo olímpico e dificílimo de ser superado. Caitlyn Jenner é republicana e anunciou que concorrerá ao governo da Califórnia. Gavin Newson, o atual governador democrata, terá seu nome na cédula de julho no processo de recall, depois de protocolado o abaixo-assinado com mais de 2 milhões de assinaturas de eleitores californianos pedindo sua remoção do cargo no meio do mandato. Newson teve uma atuação desastrosa no comando do Estado durante a pandemia, com lockdowns eternos, ordens executivas inconstitucionais, recordes de desempregados e de pedidos de falência de empresas.

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