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domingo, 1 de novembro de 2015

SEM CRISE - Mercado de moradia de luxo não sente crise e apresenta crescimento no DF

Faixa etária dos clientes é de 30 a 50 anos, com objetivos diferentes na hora da compra - que, em geral, é feita para habitação e não investimento

Perdas de rendimento e baixo desempenho do comércio são apenas uma das diversas facetas da crise econômica. Para quem tem capital, o momento é favorável à compra de imóveis de alto padrão. Por não dependerem de linhas de crédito habitacional e, em geral, já possuírem patrimônio, os consumidores desse segmento têm facilidade nas negociações e são responsáveis por manter aquecido esse nicho de mercado. Assim, uma tendência das principais capitais do país se confirma no Distrito Federal. Aqui, registrou-se um aumento de 32% na busca por apartamentos de luxo, no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com estudo de uma empresa da área. Os números mostram também uma nova forma de consumir, em que a internet é o meio principal de busca imobiliária.

A faixa etária do público-alvo é variada: abrange consumidores dos 30 aos 50 anos. São pessoas que já possuem um imóvel próprio e têm, em caixa, a maior parte da quantia a ser investida. A escolha pelo apartamento de alto padrão é baseada em argumentos diretamente relacionados ao momento de vida dos compradores. Os mais novos, por exemplo, tendem a procurar um imóvel melhor em razão da família que cresce, seja pelo nascimento de mais um filho ou pelo desenvolvimento das crianças. Por isso, buscam um apartamento maior e com mais opções de lazer. Piscina, playground e espaço são os principais atrativos.

Filhos fora de casa
No caso dos consumidores com 40 anos ou mais, o motivo da compra é a necessidade reduzir cômodos sem perder a qualidade de vida. São casais cujos filhos já saíram de casa e a residência se tornou um espaço grande demais. Ainda assim, a área social, como espaço gourmet e sala de estar, se torna uma prioridade. A atenção a esses espaços tornou-se um pedido recorrente à arquiteta Denise Zuba. O trabalho dela é focado no público que adquire imóveis de alto padrão. “O cliente quer qualidade de vida e introspecção familiar. Ele preza pelo conforto de poder, por exemplo, receber os amigos em casa e, assim, evitar deslocamentos. Não à toa, a varanda gourmet e a cozinha passaram a ser integrar a área social”, descreve.

O investimento em área de convivência transformou-se o critério do advogado Benjamin Caldas Galotti Beserra, 43 anos, ao optar por um imóvel no Noroeste. Os filhos entraram na adolescência e, em breve, Galotti acredita que a vida social vai ser uma questão relevante para eles. “Minha ideia é trazer os filhos e os amigos dos filhos para dentro de casa. Procurava um apartamento com atrativos, como piscina e churrasqueira, para que eles queiram estar em casa”, explica. Proprietário de outros imóveis, o advogado avaliou o mercado e se cercou de garantias para fechar o negócio, em setembro. “Tinha o recurso para investir e me certifiquei de que o patrimônio que tenho é maior do que a dívida contraída”, diz.

Diferenciais
Os imóveis desse segmento têm metragens e valores significativos. São apartamentos a partir de 150m² e com custo de R$ 1 milhão. Até a tradicional visita ao decorado é realizada de forma diferente, em momento mais avançado, quando o comprador já está prestes a fechar o negócio. Em Brasília, de acordo com recorte da pesquisa, 68% das buscas para alto padrão são focadas nos imóveis de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões. Aqui, a oferta de apartamentos de luxo se concentra no Setor Noroeste, mas é possível encontrar alguns na Asa Sul.

Os estoques a pronta entrega estão esgotados e há até mesmo uma lista de espera para desistência, explica o diretor de vendas da Via Engenharia, Tarcísio Leite. “O imóvel é um produto necessário e, no atual cenário econômico, não existe investidor que compra para revender. O cliente que adquire é o que, de fato, vai morar”, destaca Leite. O lançamento de novas projeções deve ocorrer de forma lenta. Um dos motivos são os trâmites burocráticos, como a liberação de habite-se — que depende, entre outras exigências, da elaboração de Relatórios de Impacto de Trânsito (RIT) —, matéria que vem sendo discutida pelo GDF e pela Câmara Legislativa.

Fonte: Correio Braziliense