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domingo, 14 de junho de 2020

“Vacinas salvam populações”, diz especialista da Johnson & Johnson - Veja - Impacto

Por Jennifer Ann Thomas




Respirou, causou. Toda e qualquer ação transforma o mundo ao nosso redor.






corrida pela solução é global. À frente das pesquisas, a chefe global de descoberta e medicina transnacional de vacinas virais da Janssen, Hanneke Schuitemaker, falou a VEJA sobre os próximos passos e as dificuldades na busca pela receita que poderá garantir a imunização da população.

A Janssen anunciou uma vacina candidata para iniciar os testes a partir de julho O que isso quer dizer? 
Assumimos o compromisso de entregar 1 bilhão de doses em 2021. Infelizmente, a pandemia ainda está em curso. Para alguns, a vacina chegará tarde demais. Mesmo assim, acreditamos que estamos no caminho certo e poderemos usá-la para proteger as pessoas que ainda não se contaminaram. 

São mais de 7 bilhões de pessoas no planeta. Quais os desafios para imunizar toda a população? 
Essa é a grande questão. É bom ver outras empresas na corrida pela vacina. Para atender 7 bilhões de pessoas, vários desenvolvedores precisam trabalhar em conjunto. Aumenta-se a probabilidade de termos algumas opções bem-sucedidas. Por experiência, também sabemos que muitas candidatas a vacinas se mostram ineficazes justamente na fase final de testagem.

É comum desenvolver uma vacina em um período de tempo tão curto? De jeito nenhum. Normalmente, todo o processo pode levar entre dez a vinte anos. As ações costumam ser mais interativas, avaliando mudança a mudança após cada teste. Agora, conduzimos esses processos em paralelo e tomamos decisões de risco. Nunca para a saúde humana, mas para o negócio. 

A senhora participou de uma conferência da Organização Mundial da Saúde em fevereiro. Como foi a percepção sobre o coronavírus naquele momento? Provavelmente, 90% das pessoas que participaram não esperavam que a doença se desenvolvesse da forma como aconteceu. A delegação chinesa estava muito tensa. Em algum momento, fizemos uma piada e demos risada. Os chineses estavam tão impacientes que não havia espaço para felicidade. Eles tinham uma noção de urgência muito diferente. Na época, a maioria das pessoas achava que a doença se limitaria à China.

(.....)
A senhora acredita na possibilidade de que talvez não exista uma vacina que contenha o vírus? 
Sim, há uma chance. Será necessário que as pessoas se contaminem de uma forma que não sobrecarregue o sistema de saúde e que não acarrete em mortes pela falta de atendimento. Pode levar dois anos para que a gente chegue ao patamar necessário de imunidade. Sabemos que não podemos viver da forma como estamos para sempre. Esse momento não pode ser considerado o novo normal, porque não é normal vivermos assim. 

(.....)
Qual é a diferença entre o tratamento e a vacinação? 
Um remédio salva vidas, uma vacina salva populações. A beleza das vacinas é que quem é vacinado talvez nunca se beneficie do efeito dela, por não entrar em contato com aquele vírus. Porém, partir do momento em que alguém foi imunizado, a corrente de transmissão acaba ali. Por isso temos que deixar claro que tomar a vacina ajuda a população a reduzir o peso da doença na comunidade como um todo. 

Com o mundo inteiro focado na mesma questão, o processo se tornou mais fácil? 
É bom e também é um risco em potencial. Como todos estão pensando de uma forma parecida, talvez a gente deixe de perceber pontos importantes. Até o momento, a pesquisa está se espalhando rapidamente e acredito que podemos melhorar o compartilhamento de dados. Temos que aprender uns com os outros e não podemos nos dar ao luxo de esbarrar nos mesmos problemas. Acredito que nós, os desenvolvedores de vacinas, temos uma dívida com o mundo e temos que ser transparentes sobre as nossas descobertas.

Blog Impacto - VEJA - Jennifer Ann Thomas - Entrevista Completa