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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Para sustentar a desnecessária, injusta e racista política de cotas o Brasil cria TRIBUNAL RACIAL; – que outro nome se pode dar a um órgão cuja função é avaliar se o cidadão que se declara negro, mente ou diz a verdade?



Candidato que se diz negro terá que comprovar cor em concurso
Comissões devem ser formadas para avaliar o cumprimento das regras 

Concursos públicos federais deverão formar comissões para avaliar se candidatos que concorrem à reserva de 20% das vagas, determinada por lei como uma política de ação afirmativa, de fato são negros. As regras foram publicadas nesta terça-feira pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, sob a forma de uma orientação normativa.

Segundo a orientação, continua valendo o critério básico da autodeclaração. No entanto, o candidato que se identificar como negro para acessar o sistema de cota terá que passar por uma avaliação presencial em que serão verificados “tão somente os aspectos fenotípicos”, diz o texto publicado pelo governo. Ou seja, os avaliadores vão checar as características aparentes dos indivíduos.

Para Humberto Adami, presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil, ligada ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, as comissões aperfeiçoarão a política afirmativa de reserva de vagas: — Não tardará para que os opositores das políticas de reparação venham falar na existência de um tribunal racial no Brasil. Não se trata disso. Essas regras são importantes para evitar fraudes que vêm sendo noticiadas em universidades e, agora, no serviço público. Quando se trata de uma política em grande escala, é preciso adotar medidas como essa, embora sempre haja reclamações — afirma Adami.

O assunto gerou diversos episódios polêmicos. Num dos mais recentes, um candidato de pele clara e de olhos verdes, morador da Zona Sul do Rio e ex-aluno de escola particular, foi aprovado na primeira fase do concurso do Itamaraty graças à reserva de vagas para negros. A situação foi criticada, mas o aluno se defendeu, dizendo que tem parentes negros na família. [a política de cotas raciais não se sustenta; além de ser notória e indiscutivelmente inconstitucional - acaba com a norma constitucional de que todos são iguais perante a leite - permite grande subjetividade na definição de quem é negro, pardo ou branco e vários outros tipos de fraude.
Tanto que reconheceram o sistema de auto declaração é uma fábrica de fraudes e decidiram por criar tribunais raciais que definirão a cor de cada um dos seus jurisdicionados.]

Fonte: O Globo