A dúvida,
como se sabe, produz insônias torturantes. A certeza, inversamente, funciona
como um sonífero irresistível. Ao migrar do posto de juiz da Lava Jato para o
cargo de ministro da Justiça, Sergio Moro conspirou contra o próprio sono. Após
flexibilizar suas certezas quanto à gravidade do delito de caixa dois na
comparação com o crime de corrupção, Moro tornou gelatinosas suas convicções
sobre o significado de ternos como "ditadura" e "golpe
militar".
Moro foi
citado no miolo de uma ampla reportagem do New York Times sobre a decisão de
Jair Bolsonaro de comemorar o golpe de 1964. O jornal anotou que, em 2017, o
então juiz da Lava Jato chamara "a ditadura militar" de "grande
erro". Na semana passada, entretanto, o agora ministro "se recusou a
dizer se os termos 'golpe' e 'ditadura' são historicamente precisos." Sob
Bolsonaro, informa o NYT, Moro prefere afirmar: "O que realmente interessa
é que nós recuperamos nossa democracia." Então, tá!
[comentário 1: FATO = não fosse a intervenção das FF AA brasileiras, tendo à frente o Exército brasileiro, salvando o Brasil do comunismo e de sua transformação em mais um satélite da extinta União Soviética, hoje estaríamos em situação pior que a Coreia do Norte, Cuba e Venezuela.]
[comentário 2: Aproveite e saiba mais a respeito do 'herói' Oswaldo Aranha, adiante alguns excertos sobre ele:
- ele presidiu a Assembleia da ONU não devido a seus méritos e sim por um acaso =
... "O acaso
instalou Aranha na cadeira da presidência da Assembleia Geral da ONU. Afastado
da política desde o fim do Estado Novo, a ditadura de Getúlio Vargas à qual
servira com zelo, o veterano estadista estava nos Estados Unidos em viagem de
negócios, em janeiro de 1947, quando foi surpreendido por um convite para
assumir o assento que caberia, por rodízio, ao Brasil no Conselho de Segurança
da ONU, em razão da morte do embaixador designado para a missão." ...
- ele conseguiu transformar 33 em 2/3 de 56 =
O papel de Aranha à
frente da Assembleia Geral de novembro de 1947, a segunda em caráter
regular realizada pela organização, é alvo de controvérsia desde que o
resultado (33 votos favoráveis, 13 contrários, 10 abstenções e uma
ausência) foi proclamado. Para ser adotada, a resolução pela partilha
deveria alcançar os votos de dois terços dos países presentes à
Assembleia. ... - Veja mais em
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2019/03/31/governo-bolsonaro-quem-foi-oswaldo-aranha-brasileiro-citado-pelo-presidente-em-seu-discurso-de-chegada-a-israel.htm?cmpid=copiaecola
... "O
papel de Aranha à frente da Assembleia Geral de novembro de 1947, a segunda em
caráter regular realizada pela organização, é alvo de controvérsia desde que o
resultado (33 votos favoráveis, 13 contrários, 10 abstenções e uma ausência)
foi proclamado. Para ser adotada, a resolução pela partilha deveria alcançar os
votos de dois terços dos países presentes à Assembleia"...
- Antissemitismo governo Vargas =
..." Peça-chave
na articulação para a criação do Estado de Israel na ONU, chanceler brasileiro
também teve participação na política antissemita do governo Vargas"...
- Documentos comprovam antissemitismo de Aranha =
No início dos anos
1980, com a publicação de Antissemitismo na Era Vargas, Maria Luiza
Tucci Carneiro revelou pela primeira vez a existência de circulares
secretas do Itamaraty contra a concessão de vistos de entrada no Brasil a
judeus.... - Veja mais em
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2019/03/31/governo-bolsonaro-quem-foi-oswaldo-aranha-brasileiro-citado-pelo-presidente-em-seu-discurso-de-chegada-a-israel.htm?cmpid=copiaecola
..."No
início dos anos 1980, com a publicação de Antissemitismo na Era Vargas, Maria
Luiza Tucci Carneiro revelou pela primeira vez a existência de circulares
secretas do Itamaraty contra a concessão de vistos de entrada no Brasil a
judeus."...
- outro documento =
..."No
início dos anos 1980, com a publicação de Antissemitismo na Era Vargas, Maria
Luiza Tucci Carneiro revelou pela primeira vez a existência de circulares
secretas do Itamaraty contra a concessão de vistos de entrada no Brasil a
judeus."...
- mais outra prova =
..."As
evidências de que Aranha teria nutrido preconceitos normalmente identificáveis
como antissemitas nos anos 1930 são fartas. Ao então interventor de São Paulo,
Adhemar de Barros, ele escreveu em 20 de outubro de 1938: "Necessitamos,
entretanto, de correntes migratórias que venham lavrar o solo, ao mesmo tempo
que se identifiquem com o ambiente brasileiro, não constituindo, jamais,
elementos subversivos ou dissolventes e com tendências a gerar quistos raciais,
verdadeiros corpos estranhos no organismo nacional, tal como acontece com os
israelitas e os japoneses." ...
(...)
..."O
israelita, por tendência milenar, é radicalmente avesso à agricultura e não se
identifica com outras raças e outros credos. Isolado, há ainda a possibilidade
de vir a ser assimilado pelo meio que o recebe, tal como aconteceu, em geral,
no Brasil, até a presente época. Em massa, constituiria, porém, iniludível
perigo para a homogeneidade futura do Brasil"...