Henrique Meirelles, o presidenciável do MDB, já despejou R$ 45 milhões
nas arcas do seu comitê eleitoral. A cifra corresponde a quase 12% do
seu patrimônio declarado: R$ 377,4 milhões. É mais do que o dobro do
último prêmio da Mega-Sena, R$ 21,7 milhões, amealhado neste sábado (22) por um apostador afortunado do município mineiro de Oliveiro.
Milionário,
Meirelles só obteve a aprovação de sua candidatura na convenção
nacional do MDB sob uma condição: o partido não apostaria no projeto
pessoal do seu presidenciável um mísero níquel do quinhão a que tem
direito no fundo eleitoral público. Os caciques do MDB podem ser
acusados de tudo, menos de ser tolos. A caciquia da legenda de
Michel Temer sempre enxergou a candidatura presidencial de Meirelles
como um empreendimento de risco zero. Pragmático, o MDB é a favor de
tudo e contra qualquer outra coisa, desde que seus lucros sejam
preservados. Na remota hipótese de uma vitória do candidato, as portas
dos cofres públicos continuariam escancaradas. Confirmando-se a provável
derrota, o MDB se reserva o direito de aderir ao presidenciável eleito,
seja ele quem for.
Por ora, o MDB já distribuiu R$ 233 milhões em
verbas do Tesouro Nacional aos seus candidatos. Como combinado,
Meirelles não viu a cor de um mísero ceitil. Tornou-se a pessoa física
que mais torrou dinheiro do próprio bolso na história das eleições
presidenciais. Deixou-se contaminar pela avaliação marqueteira de que
seria um candidato competitivo. Considerando-se que Meirelles
frequenta as pesquisas com irrisórios 2% das intenções de voto, o
investimento em sua candidatura virou uma nova modalidade de dinheiro
jogado pela janela. No fundo, o sonho presidencial do ex-ministro da
Fazenda de Temer nunca passou de um grande “wishful thinking”, um
bálsamo para as ilusões políticas do candidato.
O projeto
eleitoral de Meirelles entra para a crônica política nacional como uma
espécie de conto do vigário no qual o mago das finanças caiu. Quando
ouve o candidato afirmar na propaganda eleitoral que é o único capaz de
retirar o país do atoleiro fiscal, o eleitor fica autorizado a indagar:
ora, alguém que não consegue manter a salvo nem o próprio bolso, como
pode assegurar a prosperidade alheia? O autofinanciamento de Meirelles
tornou-se uma ofensa à lógica.
Blog do Josias de Souza
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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segunda-feira, 24 de setembro de 2018
Autofinanciamento de Meirelles é ofensa à lógica
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