Adão
Souza levou um soco de outro preso na Casa de Detenção durante o banho de sol.
Ele é mantido em isolamento por causa do risco de ser atacado pelos demais
detentos
Acusado
pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de ser o artífice do estupro
coletivo de quatro adolescentes e da morte de uma delas em Castelo do Piauí, o
traficante Adão José Silva Souza, de 39 anos, foi agredido nesta quinta-feira
na Casa de Detenção Provisória de Altos (PI), onde aguarda julgamento. A
agressão ocorreu no mesmo dia em que Gleison Vieira da Silva, um dos menores
infratores condenados pelo estupro, morreu
após ser espancado pelos comparsas do crime no Centro Educacional Masculino, em Teresina.
O
traficante Adão José Silva Souza, de 39 anos, mentor do crime(Polícia Civil do Piauí/Divulgação)
Outro que logo será executado; um método adequado para punir o que ele fez é sessões de sufocação com saco plástico. Cada sessão sendo precedida de um intervalo para recuperação e mais demorada que a anterior, tornando a morte mais lenta
Adão se desentendeu com outro preso durante o banho
de sol e levou um soco. O ferimento foi leve. O gerente da unidade, Leandro
Oliveira, disse que foi instaurado um inquérito policial. Souza permanece isolado em uma cela
separada na Casa de Detenção. A unidade foi inaugurada em maio e tem capacidade
de 142 vagas. Ele recebeu atendimento médico e fez exame de corpo de delito.
O
traficante nega participação no estupro, mas foi apontado como mentor pelos
quatro menores infratores de 15 a 17 anos que confessaram o crime.
Adão Souza
responde por quatro estupros, três tentativas de homicídio, um homicídio
qualificado, porte ilegal de arma de fogo, associação criminosa e corrupção de
menores. Ele foi denunciado, mas não apresentou defesa ao juiz Leonardo
Brasileiro, de Castelo do Piauí. O juiz encaminhou o caso para a Defensoria
Pública nesta quinta e aguarda resposta para agendar as primeiras audiências na
Justiça.
O
Ministério Público estima que ele possa pegar até 151 anos e dez meses de
prisão, embora a legislação penal brasileira permita a prisão por no máximo
trinta anos. Souza deve ser levado a júri popular ainda neste ano.
Fonte: Revista VEJA