Revista Oeste
Terapia envolve técnicas comportamentais e psicanalíticas
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, oficializou a proibição dos chamados “tratamentos de conversão” — quando uma pessoa gay busca ajuda para se tornar heterossexual. Tais procedimentos oferecem técnicas comportamentais, cognitivo-comportamentais e psicanalíticas, além de abordagens médicas, religiosas e espirituais para se mudar a orientação sexual.
“É oficial: a legislação do nosso governo que proíbe a prática desprezível e degradante da terapia de conversão recebeu o consentimento real. LGBTs, sempre defenderemos vocês e seus direitos”, disse Trudeau.
Ao entrar em vigor no Canadá em 7 de janeiro de 2022, a lei vai determinar que “fornecer, promover ou fazer propaganda de terapia de conversão” é um crime. O anúncio do chefe do Executivo foi feito na quarta-feira 8.
Conforme o texto da medida, a conversão prejudica a sociedade porque “se baseia e propaga mitos e estereótipos sobre orientação sexual, identidade de gênero e expressão de gênero”.
A lei critica ainda “o mito de que a heterossexualidade, a identidade de gênero cisgênero e a expressão de gênero em conformidade com o sexo atribuído a uma pessoa no nascimento devem ter preferência sobre outras orientações sexuais, identidades de gênero e expressões de gênero”.
Tratamento não foi alvo de debates apenas no Canadá
As chamadas terapias de conversão baseiam-se no pressuposto de que a
orientação sexual pode ser alterada. No Brasil, em 2011, foi apresentado
um projeto que permitia psicólogos oferecerem o tratamento a quem
quisesse mudar de orientação sexual. Contudo, o texto foi retirado de
tramitação na Câmara em 2013, depois de ter sido aprovado em comissões.
Leia também: “Devemos desafiar a juventude woke“, artigo publicado na Edição 89 da Revista Oeste