Evidente que não sou contrário a determinados temas dessa programática, no entanto, há muitos interesses de poucos envolvidos, muita ganância política e de grandes investidores, uma profusão de modismos contraproducentes e, especialmente, uma miscelânea de temáticas que, de fato, depõem contra a possibilidade de as empresas solucionarem os problemas efetivos dos consumidores e melhorarem, objetivamente, a vida das pessoas e das comunidades em que essas vivem.
É mais do que crucial enfatizar que a missão de uma organização é satisfazer os desejos e as necessidades dos consumidores, resolvendo seus problemas reais, o que em um mercado livre é sinalizado pelo alcance de uma lucratividade superior. O consumidor é o soberano.
Aliás, os velhinhos - e as velhinhas - investem suas aposentadorias na expectativa de ganharem dinheiro. Infelizmente, há muita manipulação ideológica por parte de intermediários, possuidores de interesses distintos dos poupadores. Para os pequenos investidores, sem retorno financeiro, “no dancing”! Eles ainda dançam?
O ESG, como muitos quiméricos e lúdicos aludem e confundem, não se trata exclusivamente de pautas relacionadas à sustentabilidade e as políticas de identidade, baseadas pesadamente no binômio raça e gênero. Vive-se a era “progressista” da sinalização de virtudes e dos esteriótipos! Crenças são crenças.
A preservação do meio ambiente é um imperativo. No entanto, sem meios financeiros agora, demandas utópicas em relação ao futuro podem ser desastrosas no tempo presente, trazendo pobreza, desemprego, fome e morte. A crise energética na Europa com a proximidade do inverno mandou para longe as metas relativas ao carbono. E as usinas termelétricas queimarão todo o carvão necessário.
Nesse quesito, é essencial lembrar que a vasta maioria do “bicho homem” pensa e factualmente necessita viver dentro de uma lógica de curto prazo.
No que se refere às políticas de raça/cor e gênero, evidentemente que essas foram apropriadas pela politicagem. Inclusão e diversidade tocam igualmente jovens da periferia, idosos, indivíduos de outras etnias, deficientes, enfim, algo para muito além da “indústria da diversidade”, que notadamente tem criado rachas sociais e preconceitos em relação aos “vilões racistas”, homens, brancos, heterossexuais…
O ativismo social, verdadeiramente político, pouco ou nada faz em relação a uma questão fundamental do ESG, ou seja, a criação de empregos, sobretudo, melhores e mais bem remunerados. A solução? Crescimento.
Não me parece que exista a pressão necessária para aliviar o peso do Estado das costas dos criadores de riqueza, as pessoas e as empresas.
Pelo contrário, a grita é por impostos corporativos mais altos, mais taxação ao empreendedorismo, mais intervencionismo e burocracia estatal, a fim de sustentar seus burocratas e o compadrio, e a sempre presente educação, quando se sabe, comprovadamente, que o problema não são os investimentos no ensino, mas o atual e fracassado modelo tupiniquim.
Qualquer discussão racional e não ideológica, contempla a ideia de que é vital o crescimento e o aumento da produtividade, até mesmo para que as pautas inteligentes do ESG avancem objetivamente. Para gerar mais empregos, renda e riqueza, para as pessoas e para os pequenos acionistas, precisa-se de níveis justos de tributação, regulamentação sensata, e políticas que incentivem o empreendedorismo verde-amarelo.
Quase todos são dotados de altruísmo e de impulsos morais a fim de contribuir e criar um mundo melhor e/ou, se preferirem, de “salvar o mundo”. Porém, há uma linha lógica que separa o utópico da realidade.
Propósito empresarial é importante e edificante, com lucro.
As empresas existem, e se manterão no mercado de forma sustentável, com o atingimento de rentabilidade superior, por meio da satisfação das necessidades e da oferta da melhor - e inovadora - solução para os problemas das pessoas.
Portanto, para o bem da sociedade, penso que chegou a hora de ajustes finos e lúcidos nas pautas do ESG.