Guilherme Fiuza
Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE
O TSE está preocupado com a legitimidade das eleições no Brasil. Por isso tem realizado uma série de ações preventivas, para as quais acrescentamos aqui algumas sugestões, a título de aprimoramento:
O TSE está buscando observadores internacionais para a eleição brasileira. Sugerimos que os observadores venham do Butão e de Bangladesh, os únicos países do mundo que têm um sistema tão moderno quanto o nosso;O TSE está procurando igrejas para se associar a ele na cruzada contra as fake news. Como essas escrituras estão um pouco confusas e os critérios do TSE para punir pecadores andam um tanto imprecisos (como se constata no episódio relatado acima), vamos contribuir com a cruzada pela segurança e a lisura do pleito oferecendo uma definição precisa do pecado de fake news: será considerado pecador por disseminação de fake news qualquer mortal que expressar alguma forma de preconceito, ainda que velado, sobre o sistema eleitoral do Butão. Se alguém reclamar porque teclou o número do Bolsonaro e apareceu na tela a cara do Lula, o TSE prende e arrebenta por atentado à liberdade de expressão da urna;
O TSE organizou uma solenidade na qual foram condecoradas personalidades simpatizantes do PT. Para reforçar ainda mais a imagem de idoneidade do juiz da eleição, assinalamos respeitosamente que faltaram algumas condecorações essenciais para a consagração da ordem do mérito criminal: Delúbio, Vaccari, Valério, Bumlai, Duque, Cerveró, Barusco e grande elenco garantidor da lisura democrática;
Ao criar uma Comissão de Transparência para as eleições e depois declarar que as propostas advindas dessa Comissão não valem nada, o TSE emitiu um sinal confuso sobre a sua conduta no processo eleitoral. Sugerimos então uma emenda esclarecedora para o ato que criou a referida Comissão: “É considerada transparência toda e qualquer ação do TSE para mandar calarem a boca os técnicos que se meterem a dar pitaco na segurança do sistema, que não será alterado nem aqui, nem no Butão. É bem verdade que foi o TSE quem pediu a colaboração das instituições integrantes da Comissão de Transparência, mas ele fez isso porque não tava num dia legal e ninguém tem nada com isso”.
Confiamos que se as
nossas sugestões forem incorporadas ao processo eleitoral, o risco de
incidentes chegará a zero – e o companheiro Lula poderá conquistar até 120% dos
votos sem nenhum chato negacionista pedindo recontagem.
Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES