A conversa fiada de
Dilma Rousseff informa: sai o coração valente, entra a coitadinha
perseguida desde a juventude. Nesta segunda-feira, com olheiras de quem
atravessou a madrugada ouvindo gritos de SIM em todos os sotaques, reapareceu para ensinar que impeachment e
tortura são a mesma coisa. É a vítima banalizando a violência que sofreu ─ violência execrada por todos os homens de
bem ─ para transformá-la em pilantragem marqueteira.
“Eu estou tendo meus sonhos
torturados”,
choramingou a cafetina do passado. (Por
falta de ensaio, a lágrima furtiva não caiu). “Mas não vão matar em mim a
esperança, porque eu sei que a democracia é sempre o lado certo da história”.
Se não mentiu, é uma conversão e tanto: ela esteve do lado
errado da história desde a virada dos anos 70, quando resolveu derrubar a bala o governo dos generais e trocar a ditadura militar pela ditadura comunista.
A comparação absurda, é apenas
uma vigarice abjeta, que
torna uma torturada tão desprezível quanto seu torturador. Enquanto evoca sevícias sofridas nos anos 70, a mulher que faz qualquer negócio para escapar do despejo decretado
pelo povo trucida o presente de milhões de brasileiros e agride com selvageria
o futuro da nação.
É Dilma a torturadora.
Os torturados somos nós.
Fonte: Coluna do Augusto Nunes