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domingo, 4 de setembro de 2022

Liga de Defesa Nacional - ABERTURA DA SEMANA DA PÁTRIA – 2022

 Mensagem da Liga de Defesa Nacional

ABERTURA DA SEMANA DA PÁTRIA – 2022

 (106° aniversário da LDN, em 7 de setembro)

Inicia-se a tradicional Semana da Pátria!

A Liga da Defesa Nacional, fundada em 7 de setembro de 1916, pelo patriota e inesquecível poeta Olavo Bilac, também Patrono do Serviço Militar Obrigatório, é quem abre, na Capital Federal, as Solenidades dessa Semana Cívica, com a realização da Cerimônia do Fogo Simbólico da Pátria. 
Nesta ocasião, a nossa centenária Entidade transmite a todos os brasileiros, uma breve Mensagem de cunho patriótico. Também é da Liga, o privilégio de realizar em Brasília, a abertura da Parada cívico-militar do dia 7 de setembro, quando o Fogo Simbólico da Pátria dá início ao desfile, conduzido por um atleta olímpico, que representa a determinação e o valor físico e moral do povo brasileiro.

No presente ano, vivemos um momento histórico ímpar, memorável e grandioso! Para ufania e gáudio de todos nós, a Pátria Brasileira celebra a efeméride do bicentenário de sua Independência!

          ... Era 7 de Setembro de 1822, quando o Príncipe Dom Pedro, depois Dom Pedro I, do Brasil, e Pedro IV, de Portugal - onde é conhecido como “Rei-Soldado”, proclamou a nossa Independência. Tal episódio é descrito, apoteoticamente, no Hino Nacional Brasileiro, logo nos primeiros e belíssimos versos de Joaquim Osório Duque Estrada. Caso eles fossem colocados em ordem direta, sem rimas, assim ficariam: “As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico. E o sol da liberdade brilhou em raios fúlgidos, no céu da Pátria nesse instante”. O “brado retumbante” foi popularizado como o “Grito do Ipiranga” - “Independência ou Morte!” - do jovem Pedro, quando, naquela tarde em São Paulo, o sol de nossa Liberdade brilhou no céu da Pátria em raios fúlgidos! E mais à frente: “Em teu seio, ó liberdade/ Desafia o nosso peito a própria morte!”, momento em que palavra Liberdade é citada pela segunda vez, pois retrata um Valor-Supremo a ser por nós preservado e defendido, com o sacrifício da própria vida!

         E no processo de nossa emancipação política, não podemos esquecer da resoluta Princesa Maria Leopoldina, posteriormente a primeira Imperatriz do Império. Ao receber insolente correspondência das Cortes portuguesas, ela assinou, em 2 de setembro de 1822, um Decreto que rompia os laços que nos uniam a Portugal. Leopoldina era, então, a Princesa-Regente Interina e mandou comunicar tal Ato, destemido e audaz, a Dom Pedro, que se encontrava em São Paulo. O Príncipe, de apenas 23 anos de idade, ao ler as cartas da esposa e de José Bonifácio, enfurecido, nos separou definitivamente da Metrópole, no dia 7 de setembro, que, para sempre, foi consagrado como a emblemática Data Magna brasileira! A Princesa Leopoldina, apesar de austríaca, amava profundamente o nosso País. Ela é merecidamente cognominada de “Libertadora do Brasil” e “Madrinha da Independência da Pátria”!

         ... No bairro do Ipiranga, na capital paulista, encontra-se o monumental “Parque da Independência”, venerável espaço histórico onde se localizam o riacho do Ipiranga, a “Casa do Grito”, o “Museu do Ipiranga” e o majestático “Monumento à Independência”, também denominado de “Monumento do Ipiranga” e “Altar da Pátria”. No seu mausoléu, repousam os restos mortais de Dom Pedro I, ladeados pelos de suas duas esposas, as Imperatrizes Leopoldina e Amélia...

  E se vivo estivesse, nas celebrações do ducentésimo aniversário da Independência do Brasil, por certo Olavo Bilac aqui estaria, junto a nós, de sua Liga da Defesa Nacional, bastante feliz e jubiloso, mas igualmente muito preocupado. Nesta fase conturbada da nacionalidade, ao evocar a nossa Independência, ele entoaria aos quatro ventos e a plenos pulmões, o Hino Nacional Brasileiro! Com certeza, também nos relembraria do Hino à Bandeira, cuja letra é de sua autoria, uma exaltação ao nosso Símbolo-Pátrio, o “Lábaro Estrelado”, a “Flâmula Verde-Louro”, segundo Duque Estrada, ou o “Auriverde pendão de minha Terra/ Que a brisa do Brasil beija e balança”, consoante o “poeta-maior”, Castro Alves, alusões a um notável cromatismo, que forma as Cores Nacionais! É a sagrada, altiva e gloriosa Bandeira Brasileira, que “Jamais será Vermelha”, e sim, para todo o sempre, o “Lindo Pendão da Esperança”, o “Símbolo Augusto da Paz”! Olavo Bilac ainda recitaria, em especial para os jovens, os maravilhosos versos de seu poema “A Pátria”:

“Ama, com fé e orgulho, a Terra em que nasceste!
Criança! Não verás nenhum País como este”!

Brasília, 1° de setembro de 2022
        (Início da Semana da Pátria e do Bicentenário da Independência e centésimo-quarto ano da morte de Olavo Bilac)