Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Freud e Espinoza. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Freud e Espinoza. Mostrar todas as postagens

domingo, 25 de março de 2018

A caravana de Lula teve escolta policial



Percurso do ex-presidente foi semelhante ao que ele fez em 1994

Nos primeiros dias de sua caravana pelo Rio Grande do Sul, Lula passou por algo que jamais lhe aconteceu. Em Bagé a estrada foi bloqueada e, de um guindaste, pendia um Pixuleco encarcerado. Em Santa Maria reuniram-se manifestantes para hostilizá-lo. Para chegar a São Borja, com escolta policial, teve que tomar uma estrada de terra porque a rodovia estava bloqueada. Em São Vicente do Sul um grafite dizia “Lula ladrão”.


O percurso do ex-presidente foi semelhante ao que ele fez em 1994, quando disputou a Presidência contra Fernando Henrique Cardoso e o real. Ele atravessou o Rio Grande do Sul num ônibus sem que houvesse um só incidente. Tinha a proteção discreta e suave de dois faz-tudo petistas. Um chamava-se Freud. O outro, Espinoza, tinha 2m02cm e 112 quilos. Lula chegava a uma cidade, às vezes reunia-se com fazendeiros ou empresários, ia para a praça e discursava. Em Rosário do Sul desceu do palanque para entrevistar populares. (Se o público não esquentava dizia que lugar de político ladrão é a cadeia. Se fosse pouco, recorria a um infalível pedido de confisco dos bens do ex-presidente Fernando Collor.) Esse era um tempo em que ele ainda falava “cidadões” (em Livramento), e o PT pedia notas fiscais de todas as suas despesas.


Mudaram Lula, o Brasil e seus adversários. O comissariado diz que os manifestantes hostis são uma “milícia fascista”, mas a partir de um certo momento a caravana foi protegida por uma patrulha do MST. Durante o consulado petista, o governo não patrocinou quaisquer atos de violência, mas Lula chegou a ameaçar com o que seria o “exército do Stédile”, referindo-se a João Pedro, donatário do movimento dos sem-terra desde o século passado. É de justiça lembrar-se que, em julho de 2003, um grupo de 15 militantes do PSTU foi protestar diante do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo contra uma visita do então ministro da Fazenda Antonio Palocci e a reforma da Previdência de Lula. Apanharam, e o técnico judiciário Antônio Carlos Correia teve o nariz quebrado. Segundo ele, foram “pit bulls petistas”. Palocci está na cadeia, e o PT lutou contra a reforma de Temer.

Lula e seus adversários mudaram para pior. O Brasil, quem sabe.


(...)

Indulto para Lula

Nos subúrbios das conversas sobre a eleição presidencial, circula um novo ingrediente: a negociação da promessa de um indulto para Lula com um dos candidatos que consiga chegar ao segundo turno. Se o outro for Jair Bolsonaro, esse caminho fica teoricamente fechado. [com Bolsonaro o único indulto para Lula é prendê-lo por conta das futuras sentenças que vai receber - tem a prisão temporária, tem a prisão preventiva (que quando interessa ao Judiciário passa a ser a prisão perpétua à brasileira - nem a Justiça sabe quando o preso preventivamente será solto) e no caso de Lula, sob Bolsonaro, teremos também a prisão antecipada.
Lula, só para deixar você e seus sequazes mais animados: a dúvida que existe é se Bolsonaro ganha já no primeiro turno ou precisa de um segundo.]

O candidato que aceitasse essa proposta herdaria os votos do PT, caso o seu poste morresse na praia do primeiro turno. A construção soa difícil, mas quem ouviu falar dela acredita que o ministro Luís Roberto Barroso derrubou o indulto de Temer antecipando-se ao passe. Nada garante que isso seja verdade mas, se for, faz sentido.


Tristeza

O Supremo Tribunal Federal julga mas não julga, decide mas não decide. Seus ministros trabalham, mas precisam sair cedo e, às vezes, têm mais o que fazer. Os doutores falam uma língua que ninguém entende (salvo quando se insultam), e alguns deles transformaram as reuniões plenárias num cansativo BBB.


Erro

Estava errada a informação de que se passaram 37 dias entre o atentado contra Carlos Lacerda, onde morreu o major Rubens Vaz, e a prisão de Climério de Almeida, o contratador do crime.

Passaram-se apenas 12 dias. O atentado ocorreu no dia 5 de agosto de 1954 e Climério foi capturado no dia 17.

Amanhã completam-se 12 dias da execução de Marielle Franco. [um  crime que tem todos os ingredientes para ficar insolúvel; muito barulho,  muita maximização do ocorrido e tudo isso concorre para a impunidade.
Infelizmente, gritos, manifestações não costumam identificar criminosos - claro há exceções.
Se o ocorrido tivesse recebido o tratamento proporcional a sua dimensão os criminosos muito provavelmente relaxariam;
aumentaram demais a repercussão e agora é aguardar.]


Madame Natasha

Natasha ouviu a presidente do PT, senadora [e ré] Gleisi Hoffmann, dizer que “estamos perdendo na narrativa e na ocupação de espaço” e decidiu conceder-lhe mais uma de suas bolsas de estudo.  A comissária quis dizer que o PT perdeu a capacidade de se explicar e de levar gente para a rua. Tirar gente de casa para defender algo em que não acredita é coisa difícil. [afinal é uma corrupta, futura presidiária, convocando pessoas (em sua maioria inocentes, já que ser babaca e otário- condições inerentes a  99,999% dos petistas - não é crime.)]

SAIBA MAIS, sobre a CARAVANA DO LULA, clicando aqui

Elio Gaspari - Folha de S. Paulo