Ao todo seis pessoas foram presas. O grupo vitimou aos menos 33 prefeituras em diversos estados do país ao se passarem de juízes e ameaçarem o bloqueio das contas públicas dos municípios
Seis pessoas que se passavam por juízes e servidores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) para aplicar golpes em prefeituras do interior do país estão presos. De acordo com as investigações, o grupo atuava desde 2019 e lucrou ao menos R$3 milhões, coagindo e constrangendo prefeitos com ameaças de bloqueio das contas públicas.
“Para evitar os bloqueios, os prefeitos e os procuradores eram induzidos a realizarem pagamentos de dívidas inexistentes, representadas por atos judiciais e sentenças falsificadas. Os criminosos contavam com linhas telefônicas falsas de prefixo (61), supostamente ligadas ao TJDFT, a fim de fornecer atendimento a essas autoridades públicas, durante o horário de expediente do Tribunal de Justiça do DF”, destaca o delegado da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), Dário Freitas.
Durante as ligações, a quadrilha se passava por juízes e servidores do TJDFT, tratando de assunto jurídico ligado a supostas execuções fiscais. Segundo a polícia, o grupo se aproveitava da troca de equipes das prefeituras, especialmente após a eleição de novos prefeitos, para criar falsas dívidas ligadas à gestão anterior, que poderiam ocasionar o imediato bloqueio das contas públicas.
Ao todo, pelo menos 33 prefeituras caíram no golpe, nos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná e Piauí. As investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) começaram em 2020, realizada pela DRCC.
As prisões e mandados de busca e apreensão foram realizadas nesta sexta-feira (12/11) em Campinas e Hortolândia, no estado de São Paulo, e teve o apoio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas e do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia de São Paulo. A Operação foi nomeada de Falso Juízo e contou com 12 policiais civis do DF e 18 de São Paulo e do Grupo de Operações Especiais (GOE).
Cidades - Correio Braziliense