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quinta-feira, 16 de junho de 2022

Contador ligado a Lula é suspeito de lavar R$ 16 milhões em loteria com PCC

Revista Oeste

Polícia pede sequestro de bens de João Muniz, que, junto com a mulher, ganhou 55 prêmios; advogado de ex-presidente diz não saber se suspeito ainda presta serviços ao petista; defesa de integrantes da facção citados não foi localizada

João Muniz Leite é investigado em São Paulo por suspeita de esquentar dinheiro ilícito por meio de prêmios de loterias
Lula teve o IR feito por contador investigado pela Justiça paulista
Lula teve o IR feito por contador investigado pela Justiça paulista | Foto: Reprodução/YouTube

O Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) pediu à Justiça o sequestro de bens de João Muniz Leite, ex-contador de Lula, por suspeita de lavagem de dinheiro do crime organizado. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

(...)

Contador de confiança
João Muniz Leite fez as declarações de Imposto de Renda de Lula entre 2013 a 2016. Segundo O Estado de S. Paulo, o escritório do contador, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, fica no mesmo endereço em que Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente, mantém três empresas.

Há mais de uma década, Muniz é o contador de confiança da família de Lula. Em dezembro de 2017, o profissional chegou a prestar depoimento no âmbito de um incidente de falsidade aberto para apurar se eram frios os comprovantes de quitação de aluguel entregues pela defesa do ex-presidente à Justiça Federal.

Na oportunidade, o Ministério Público Federal acreditava que a Odebrecht pagava aluguéis de um apartamento vizinho ao de Lula em um edifício em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. Sergio Moro era o juiz do caso na época e descartou a falsidade dos recibos. No entanto, a Procuradoria afirmou que, mesmo não tendo sido fabricados, os comprovantes eram frios. [são os famosos recibos em que os meses de junho e novembro possuem 31 dias. Confira aqui.] Ou seja, que Lula nunca havia pago pelos aluguéis do apartamento. Depois da decisão que tornou o ex-juiz da Lava Jato suspeito, o processo teve suas provas anuladas e acabou arquivado.

Revista Oeste