Com R$ 2,4 milhões, Flávia Arruda, mulher do ex-governador José Roberto Arruda, lidera o ranking
Dos 191 candidatos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
para a disputa pela Câmara dos Deputados pelo DF, cinco declararam
arrecadação superior a R$ 1 milhão. Mulher do ex-governador José Roberto
Arruda (PR), Flávia Arruda (PR) lidera a lista dos mais ricos, com R$
2,4 milhões recebidos por meio de doações. O valor acumulado pela
ex-primeira-dama é maior do que o embolsado por oito dos 10 concorrentes
ao Palácio do Buriti — a empresária perde apenas para Rodrigo
Rollemberg (PSB) e Alberto Fraga (DEM), cabeça de chapa da qual ela faz
parte, formada por DEM.
O
limite legal de gastos na campanha pela Câmara dos Deputados é de R$
2,5 milhões. Assim, Flávia está próxima ao teto. Todo o montante
arrecadado, de acordo com o portal da Justiça Eleitoral, provém dos
cofres do PR. A empresária é a principal aposta da legenda na disputa.
Em 2014, ela chegou a concorrer à Vice-Governadoria na chapa de Jofran
Frejat (PR). À época, o marido da ex-primeira-dama deixou a disputa às
vésperas da eleição, mas reorganizou o grupo, colocando o médico na
corrida pelo Buriti e a mulher como número dois da chapa.
Correligionário
de Flávia, Laerte Bessa, que tenta a reeleição, recebeu, no total, R$
2.002.300 — do montante, R$ 2 milhões foram doados pela legenda.
Policial aposentado, ele conquistou 32.843 votos em 2014 e ficou com uma
vaga no Legislativo federal, puxado pelo quociente da chapa, que
contava com Alberto Fraga, deputado federal do DF mais votado naquele
ano.
Na terceira colocação, aparece a distrital Celina Leão
(PP), com R$ 1,854 milhão em arrecadação para a campanha. Prioridade do
partido na disputa pela cadeira, a parlamentar recebeu R$ 1,8 milhão da
direção nacional da sigla, o que representa 97% do total. À época da
filiação e da negociação de coligações, Celina ganhou do presidente
nacional da agremiação, Ciro Nogueira, a garantia de que não seria
sacrificada para viabilizar acordos. O compromisso foi fator decisivo na
escolha do PP por apoiar Ibaneis Rocha (MDB) e, não, Fraga ou Eliana
Pedrosa (Pros) na disputa pelo Executivo local. Correligionário da
deputada, Olair Francisco acumula R$ 614 mil, sendo R$ 600 mil de origem
partidária.
Mulher de Luis Felipe Belmonte, um dos
principais financiadores de campanha neste pleito, Paula Belmonte (PPS)
investiu na própria candidatura R$ 1,451 milhão. Não constam, nos
registros do TSE, recebimentos dos cofres da sigla. Paula e o marido
estão em lados diferentes na eleição. Primeiro suplente do candidato ao
Senado Izalci Lucas (PSDB), ele integra a chapa de Fraga. A empresária
concorre na coligação de Rogério Rosso (PSD).
O
ex-vice-governador e presidente licenciado do MDB, Tadeu Filippelli,
ocupa a quinta posição, com R$ 1,055 milhão. Do total, R$ 1 milhão
provém da direção nacional da legenda e outros R$ 53 mil do diretório
regional. O emedebista concorre na mesma chapa de Celina Leão. Nas
contas da coligação, os dois seriam eleitos. Integrante da coalizão que
tem Ibaneis como candidato ao Buriti, Filippelli é o responsável pela
articulação que levou o advogado à legenda.
Abaixo de R$ 1 mi
Na
chapa de Rosso, destaca-se o distrital Julio Cesar (PRB), pastor da
Igreja Universal do Reino de Deus. O parlamentar conta com R$
516.343,47. Do montante, R$ 465 mil vem da legenda. Outros R$ 30 mil
foram doados pelo aspirante ao Senado Fernando Marques (SD), o mais rico
entre os candidatos do DF, conforme declaração de bens ao TSE. O PSD
também desembolsou verba para o pastor: R$ 20,7 mil.
Neto
do ex-governador Joaquim Roriz (sem partido), Joaquim Roriz Neto (Pros)
concorre pela segunda vez à Câmara dos Deputados — nas urnas, usará o
mesmo nome do avô. Em 2014, com uma campanha curta, conquistou 29.481
votos. Desta vez, com a peregrinação iniciada mais cedo, espera
conquistar a vaga. No total, o candidato arrecadou R$ 489.090,01. Todo o
valor saiu da direção nacional do partido.
Correligionário
de Joaquim Roriz Neto, o senador Hélio José detém R$ 629.775 — montante
investido pelo Pros em sua candidatura. O parlamentar, que ocupava a 1ª
suplência de Rollemberg, chegou ao Congresso Nacional quando o
socialista venceu as eleições para o Buriti, em 2014. Pelo mesmo
partido, concorrerá Zé Edmar, que dispõe de R$ 150 mil, verba também
doada pela sigla.
Na coligação que dá suporte à candidatura de Rollemberg, a ex-governadora Maria Abadia (PSB) acumula a maior cifra: R$
701 mil. Em seguida, aparece o correligionário e ex-secretário de
Cidades, Marcos Dantas, com R$ 500 mil. Professor Israel, que concorre
pelo PV, acumula 463.066.