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sábado, 14 de outubro de 2017

Chávez chega à Catalunha

A Catalunha pode se converter na Venezuela do Mediterrâneo.

É preciso assinalar que, historicamente, a esquerda anti-sistema espanhola utilizou em repetidas ocasiões o nacionalismo catalão como um aríete para tentar dinamitar a ordem constitucional. O fez em 1909, no curso da denominada “semana trágica”, quando as oligarquias catalãs se aliaram com a extrema esquerda em uma tentativa de conservar privilégios, o que concluiu com uma revolução de rua marcada pelo sangue.

Voltou a suceder em 1917 quando, seguindo o exemplo russo, a extrema esquerda voltou a se aliar com as oligarquias catalãs em uma tentativa infrutuosa de fazer voar pelos ares a monarquia constitucional. Finalmente, em 1931, a aliança conseguiu seus objetivos devido a que um setor importante da direita somou-se a ela e a que o próprio monarca Alfonso XIII rompeu, dando lugar à proclamação da Segunda República.  O regime republicano foi agredido pela quase totalidade da esquerda desde o princípio, uma vez que o considerava não como um regime que deveria perdurar como um passo no caminho para a implantação da ditadura do proletariado ou, em outras versões, do comunismo libertário.

Em 1934, de novo, a extrema esquerda – começando pelo PSOE – se aliou com o nacionalismo catalão e, em outubro, se alçou em armas contra o governo da república. Na Catalunha a revolução durou apenas algumas horas, porém nas Astúrias se prolongou algumas semanas causando centenas de mortos. Desde outubro de 1934 até fevereiro de 1936, o nacionalismo catalão continuou unido à extrema esquerda, o que derivou em uma vitória ilegal da Frente Popular e em um clima revolucionário que precipitou a sublevação de julho de 1936 com a qual deu início a guerra civil.

Pensou-se que tão sinistra aliança não ia se repetir mais, porém, de fato, é essencial seu conhecimento para compreender qual é a situação da Catalunha e o que pode ocorrer no futuro. Em princípio, na mesma região catalã, o atual governo nacionalista tem uma clara inclinação para a extrema esquerda. Seu vice-presidente, Junqueras, pertence à Esquerra Republicana de Catalunya (Esquerda Republicana Catalunha) – ERC -, um partido que participou do levante armado contra a República de 1934 e que, durante a guerra civil, torturou e assassinou milhares de pessoas na Catalunha.

Não deixa de ser significativo que Lluis Companys, presidente da Catalunha, tivesse em seu haver mais fuzilamentos durante o período de julho de 1936 a maio de 1937, do que todos os que se produziram na mesma região durante as quase quatro décadas da ditadura Franco. Atualmente a ERC se caracteriza por um aberto anti-semitismo, uma acentuada simpatia com o Islã, uma aliança expressa com a organização terrorista basca ETA e um apoio cerrado a ditaduras como a chavista na Venezuela. De fato, Junqueras foi objeto de um ato de repúdio dos exilados venezuelanos em Miami há poucos meses e é lógico que fosse assim, porque seu partido bloqueou no parlamento espanhol e no europeu todas as tentativas de sancionar, ou ao menos condenar, a ditadura chavista da Venezuela.
Marta Torrecillas, a farsante cuja imagem gritando que a polícia espanhola lhe havia quebrado os dedos um a um percorreu o mundo, também pertence à ERC. 

Apenas algumas horas depois ficava claro que ela só tinha uma ligeira inflamação em um dos dedos e, inclusive nesse caso, o dedo pertencia à mão oposta à que o agente da polícia lhe sujeitou. Torrecillas, à parte de ser uma flagrante embusteira, utilizou crianças e idosos como escudos humanos no local onde se celebrava o referendo ilegal. Ela também participou do ataque contra um aquartelamento da Guarda Civil que teve lugar poucos dias antes do referendo ilegal.