Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Máfia do Asfalto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Máfia do Asfalto. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 11 de março de 2015

Ex-líder do PT, Cândido Vaccarezza, recebia propina em dinheiro vivo



O doleiro Alberto Youssef afirmou em sua delação premiada ter entregue pessoalmente propina na casa do ex-deputado federal e ex-líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), "umas três ou quatro vezes" a pedido do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Segundo o doleiro, em cada entrega foram repassados R$ 150 mil em espécie ao petista.  "Tais entregas ocorreram em São Paulo, na casa de Vaccarezza, na Mooca; que, não se recorda da época em que foram feitas tais entregas e por isso não pode vincular tais entregas à campanha de 2010?”, afirmou o delator. Segundo o doleiro, o pedido inicial do ex-diretor da Petrobras era de que fossem feitos repasses de R$ 300 mil cada, mas Youssef alegou não ter esse dinheiro "em caixa" na época.

 Apesar de o doleiro não ligar os repasses à campanha do petista em 2010, em sua delação premiada Paulo Roberto Costa afirmou ter se encontrado com o empresário Jorge Luz, no Rio, em "2009 ou 2010?, para tratar de repasses para a campanha do então deputado petista em 2010”. Indicado pelo PP à Diretoria de Abastecimento em 2004, Paulo Roberto Costa operacionalizava o esquema de propinas nos contratos da estatal junto com Alberto Youssef. Em sua diretoria, 1% dos valores dos contratos eram destinados ao PP, mas o próprio ex-diretor admitiu em sua delação ter operacionalizado em algumas ocasiões o repasse da "cota" da sigla para PT, PMDB e PSDB.

As delações que envolvem Vaccarezza foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot em um pedido de abertura de inquérito contra o petista por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No mesmo pedido, Janot também pede a investigação do deputado federal Vander Loubet (PT-MT) que, segundo Youssef disse em sua delação, também recebeu recursos do esquema por meio de intermediários como o ex-ministro do governo Fernando Collor (PTB-AL) e também investigado na Lava Jato, Pedro Paulo Leoni Ramos.

Máfia do Asfalto
Para justificar que a investigação contra Vaccarezza fique no Supremo, onde devem ser investigados apenas os políticos com prerrogativa de foro, Janot lembrou do escândalo da Máfia do Asfalto, esquema de desvio de dinheiro em obras no interior de São Paulo desbaratado em 2013 pela Operação Fratelli.