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terça-feira, 1 de agosto de 2023

Vazamento - Lista do Pix de Bolsonaro não tem empreiteira nem frigorífico, só brasileiros comuns - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo

Bolsonaro
Dados sigilosos de Bolsonaro entregues à CPMI dos atos de 8 de janeiro foram vazados à imprensa nesta semana.-  Foto: reprodução/PL

Querem derrubar mais uma vez o artigo 53 da Constituição, pelo qual os deputados e senadores são “invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer palavras, votos e opiniões”. 
É o que os constituintes escreveram na Constituição; muito discutiram o termo “quaisquer”, e é isso mesmo que eles quiseram dizer. 
Pode ofender a mãe do presidente, a mãe do papa, a mãe de quem quer que seja, está lá escrito: quaisquer palavras.
 
O líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu, parece que não acredita no artigo da Constituição que lhe confere essa inviolabilidade por quaisquer palavras. 
Ele próprio é protegido por isso, mas não quer que o seu par, o deputado federal Zé Trovão, seja protegido, porque ele usou alguns termos contra o presidente, chamou-o de “ladrão”, “bandido”, algo assim; ele se referia a uma fala do presidente sobre a relativização do furto em supermercados e tal, e gravou na rede social em 21 de julho, há pouco. Zeca Dirceu foi ao Supremo; a ministra Rosa Weber, presidente do STF, que estava de plantão, recebeu o pedido de investigação e o encaminhou para a Procuradoria-Geral da República se pronunciar, para saber se é caso de crime que deva ser denunciado no Supremo, ou se não há crime porque o discurso é protegido pela Constituição, e então arquive-se.
 
Continuo achando que a lei maior precisa existir. Ela não foi abolida por nenhum ato de força, nenhuma revolução, nenhuma assembleia constituinte; a Carta Magna, a lei maior está vigente. E, embora não tenha sido respeitada nesse artigo 53, diz que deputados e senadores são invioláveis por quaisquer palavras, ponto final. 
Se não for assim, não há Estado Democrático de Direito, não há devido processo legal.

Aliás, a ministra Rosa Weber mandou o pedido à PGR porque o Ministério Público é a origem de todo e qualquer inquérito
Está na Constituição também, nos artigos 127 e 129. 
Não pode haver inquérito que comece nas mãos de juiz
Tem de começar nas mãos de um promotor, que decide se há indícios para se denunciar um crime, abrir inquérito ou não. É simples.
Quem mandou dinheiro para Bolsonaro não precisa se esconder com codinome em planilha

Quebraram o sigilo bancário de Bolsonaro, mas não foi por ordem da Justiça; aconteceu alguma coisa, uma quebra de sigilo, mostrando que ele recebeu R$ 17,2 milhões em Pix de 820 mil doadores – ou seja, média de R$ 20 para cada doação –, para pagar as multas que lhe impuseram. Eu não sei se foi só a multa pela falta do pano na cara, mas também por andar de moto sem capacete, essas coisas. [perguntar não ofende: e aquela que está ministra e foi fotografada desfilando em uma moto, na favela da Maré, sem usar capacete - o motociclista que conduz  a moto também não utiliza o acessório obrigatório; não foi multada?]

Sabem o que eu não vi entre os doadores? Nenhuma empreiteira. Não estão lá a OAS nem a Odebrecht. Não vi nenhum frigorífico, a JBS não está lá. Não vi nada que pudesse sair daquela planilha com codinomes, é só gente comum, gente simples, 800 mil brasileiros, e parece que não tem imposto: a quantia é tão pequena que não cabe aquele imposto de “transmissão intervivos”, que é um imposto estadual.  Tampouco cabe a quem recebeu a doação pagar Imposto de Renda, porque não é renda. Ele vai ter de declarar a doação lá no campo “isentos e não tributáveis”. Coisas que só acontecem aqui no Brasil.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quinta-feira, 19 de abril de 2018

Esse circo, essa palhaçada que o PT está fazendo com a prisão do criminoso Lula tem que acabar; existe uma Lei de Execuções Penais e ela tem que ser cumprida por TODOS

Líder do PT desafia juíza e diz que comissão fará visita a Lula na terça-feira  

[é DEVER da Justiça cumprir e fazer cumprir as leis, incluindo a de Execuções Penais; o que aquela Lei autorizar pode ser feito o que ela silenciar ou negar NÃO PODE ser realizado.

quanto a trupe petista insistir em que Lula é preso político - apesar dos artigos que infringiu e que motivaram sua condenação serem artigos do Código Penal destinado a punir criminosos comuns, especialmente ladrões - é fácil de ser resolvido.

Nenhuma lei determina que Lula (sem foro privilegiado, analfabeto) tenha prisão especial. Então que seja transferido para um presídio comum, cela comum, convivendo com bandidos comuns iguais a ele.

O fato de ter sido ex-presidente não deve ser considerando atenuante, ao contrário, é uma agravante já que o condenado Lula conspurcou aquele cargo.

Quanto aos deputados petistas que estão posando de 'galo', ofendendo a Justiça, com certeza 90% deles tem o 'rabo preso' é só o MP apertar um pouco, assustar, falar em investigar e eles param de barulho, somem.]

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), desafiou nesta quinta-feira, 19, a juíza da Vara de Execuções Penais Carolina Moura Lebbos e comunicou que a comissão externa da Casa fará na próxima terça-feira, 24, a vistoria na sala especial da Superintendência da Polícia Federal no Paraná onde cumpre pena o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Pimenta, que é coordenador da comissão criada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que os parlamentares não receberam nenhuma comunicação oficial da Justiça sobre a visita dos parlamentares ao ex-presidente da República. Nesta semana, uma comissão de senadores também esteve com Lula em Curitiba. [a comunicação especial é a leitura da Lei de Execuções Penais.]

O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou contra a intenção da comissão de deputados vistoriar o local nesta quinta-feira, 19. Na mesma manifestação, anexada ao processo de execução penal do petista, o MPF afirmou não ser “viável” oferecer um horário diferenciado para visitas ao ex-presidente.   “Inicialmente há que se observar que a diligência que a comissão pretende realizar no dia 19 de abril de 2018 é materiaõeslmente inviável porquanto no mesmo dia da semana está estabelecido o horário de visitas para os parentes e demais pessoas elencadas no art. 41, X, da Lei de Execuções Penais”, informa o procurador regional da República Januário Paludo. Segundo ele, o pedido da comissão não respeitou o prazo mínimo de 10 dias fixado pela magistrada.

O petista disse que é prerrogativa do Parlamento fiscalizar qualquer repartição da administração direta ou indireta, incluindo estabelecimentos penais, e que os parlamentares nunca enfrentaram esse tipo de dificuldade. O deputado destacou que a comissão já tem autorização de Maia para entrar na Superintendência da PF. “Não cabe a juíza, o Ministério Público ou a Superintendência autorizar ou não a visita. Estamos apenas comunicando”, declarou Pimenta.

O líder do PT reclamou que Lula está sofrendo um tratamento diferente dos demais presos, que não tiveram pedidos de visita negados pela juíza. Governadores aliados foram barrados em Curitiba, assim como o prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel. Para Pimenta, há uma tentativa de constranger Lula. “Isso revela um tratamento inaceitável. Vamos nos insurgir quanto a isso”, disse. [já que querem tratamento para Lula igual ao dos outros presos, removam o condenado para um presídio comum, o coloquem em uma cela com 30 ou quarenta criminosos e fica tudo igual - sem diferenciação.
É só jogar Lula em um presídio comum, pavilhão comum, cela comum e lotada com bandidos comuns e a trupe petista põe o rabo entre as pernas.]

Pimenta afirmou que Lula tem direito a receber a visita de advogados, familiares e amigos. O deputado declarou que qualquer tentativa de violação do direito dos parlamentares será considerada uma “agressão ao Legislativo” e quem tentar impedi-los poderá ser responsabilizado administrativamente e criminalmente. Além da comissão externa formada por deputados, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara também aprovou ontem uma visita ampla a Lula. A data da viagem ainda será definida pelo presidente do colegiado, deputado Luiz Couto (PT-PB).

Estadão Conteúdo 

 


segunda-feira, 24 de abril de 2017

Líder do PT na Câmara, treme diante da possibilidade (já uma certeza) de delação de Palocci

Se Palocci fizer delação, Brasil vai sofrer terremoto, diz líder do PT

O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), classificou como um “verdadeiro terremoto” a eventual delação premiada do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Na avaliação do líder petista, Palocci tem muito a contar sobre as relações políticas com grupos econômicos. “Nós não sabemos exatamente o que o Palocci tem a dizer, mas a gente tem certeza que ele tem muito para falar, inclusive sobre os grandes grupos econômicos brasileiros, o capital financeiro, os grandes bancos e as grandes redes de comunicação”, afirmou Zarattini, que participa nesta segunda-feira, 24, do seminário “Estratégia para a Economia Brasileira – Desenvolvimento, Soberania e Inclusão”, promovido pelas lideranças do PT na Câmara e no Senado e pela Fundação Perseu Abramo, em Brasília. 

“Não sabemos exatamente o que ele pretende, mas, com certeza, se ele falar sobre o que tem conhecimento, o Brasil vai sofrer um verdadeiro terremoto no meio empresarial”, disse.
Na semana passada, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, Palocci deu indicações sobre sua disposição em fazer um acordo de delação premiada, ao sugerir que tem muito a contar sobre os esquemas investigados pela Operação Lava Jato. 

Entre as lideranças do PT presentes no encontro desta segunda-feira estão a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o senador Humberto Costa (PE), o presidente da sigla, Rui Falcão, e o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli. A previsão é de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareça ao encontro no final da tarde.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

 


 

terça-feira, 15 de março de 2016

Líder do PT, deputado Zé Guimarães, vulgo 'capitão cueca', irmão do Zé Genoíno, não tem medo de ser ridículo

Sem medo de ser ridículo: em Fortaleza, o irmão de Genoino que financiou a cueca-cofre promete juntar no dia 18 duas vezes mais gente do que se viu neste domingo

Protesto Fortaleza - 13 de março 

José Guimarães - manifestação 13 de março- Confiram o surto do líder do PT

 

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Renan chama PT de covarde por abandonar Delcídio; senadores avaliam que prisão de Delcídio vai inviabilizar governo Dilma. Inviabilizar o que já não existe?

Para o oposicionista Ronaldo Caiado, caso arrasta Planalto diretamente para a Lava Jato: 'Acabou o governo'

Autores de mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para garantir que o Senado promovesse uma votação aberta sobre a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), os oposicionistas Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) avaliaram que o governo Dilma Rousseff não conseguirá mais se reequilibrar diante do agravamento da crise política. "A agenda proposta pelo governo ao Legislativo está em risco. Não tem mais ambiente nem clima para votação de tema importante no Senado e nem na Câmara, pelos notórios acontecimentos do que ocorre lá", disse Randolfe, em referência ao processo contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tem apoio do governo. "A denúncia é de uma gravidade absurda, lamentável e me assustei com isso porque não é o perfil de quem nós conhecemos. Em especial vindo do senador Delcídio, nos surpreendeu. Mas diante de fatos não cabe a nós relações pessoais e corporativismos."

O senador Ronaldo Caiado foi ainda mais contundente. Para ele, a prisão de Delcídio arrastou o governo Dilma Rousseff para a Lava Jato. "Acho que acabou o governo Dilma. Não existe mais o governo do PT. Como eles vão aprovar um ajuste fiscal? Que condição de credibilidade terão eles para apresentaram aqui, com tantas denúncias chegando no líder do governo, que fez parte da articulação de todos esses projetos. Depois da nota do PT dizendo que não terá solidariedade com ele, como se ele tivesse caído de paraquedas na liderança", disse Caiado. Acho que teríamos de colocar os cargos à disposição e convocar novas eleições. Todos nós, Senado, Câmara e Presidência da República.

O democrata sugeriu que Delcídio estivesse agindo em defesa de outros investigados ao tentar negociar o silêncio do delator e ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, já condenado na Lava Jato. "Não acho que está reunião do senador Delcídio tenha sido para tratar exclusivamente de assunto pessoal dele, porque outros já foram citados e nem todos foram buscar uma situação para que o cidadão que fez a delação tivesse uma fuga ou a manutenção de sua família com uma mesada. Isso tem uma finalidade maior. Acredito que isso virá à tona."

Constrangido, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), tentou justificar a posição da bancada petista, que defendeu a votação secreta e, em seguida, votou em peso pela libertação de Delcídio. "As denúncias são graves e contundentes, mas entendemos que nesse momento era a preservação da independência e da autonomia entre os três poderes. Discutimos a autonomia e a inviolabilidade do mandato parlamentar, não a decisão do Supremo do ponto de vista do mérito. Não queremos questionar a interpretação do Supremo, mas achamos que há pelo menos dúvida no que diz respeito ao fato de ter havido um flagrante ou não", disse. [o líder do PT tenta usar, com adaptações, a velha tese da governabilidade para justificar o apoio do partido que ainda lidera (cuidado senador, exercer posição de destaque na organização criminosa PT e permanecer fora da cadeia são coisas incompatíveis) ao voto secreto (caminho que se usado libertaria Delcídio ontem mesmo) quando diz ser necessária optar pelo voto secreto para manter a independência e autonomia entre os três poderes.
Paciência senador, deixe de ser tão cara de pau e tenha em conta que um país que precisa apoiar criminosos para provar que seus Poderes são autonomos e independentes tem que fechar para balanço e limpeza geral.]
 
Costa também procurou uma maneira de isolar os atos de Delcídio e a repercussão negativa que gerou ao governo Dilma em meio à crise política e econômica: "Nada do que consta como denúncias tem qualquer coisa a ver com o governo. O governo em nenhum momento patrocinou qualquer coisa pudesse significar uma ilegalidade. Nem o governo nem nós aqui respaldamos o que está dito nestas denúncias. Nem o governo, nem o partido, nem a bancada patrocinou qualquer ato errado de quem quer que seja".


Fonte: Revista VEJA

quinta-feira, 19 de março de 2015

Leitura equivocada do PT

Não será radicalizando que o PT vai reverter o quadro. Vale lembrar outro chavão também usado por Genoíno: “Muita calma nessa hora!”

Em reunião realizada ontem em Brasília, a bancada do PT na Câmara dos Deputados resolveu que é hora de o partido “radicalizar” para sair do corner imposto pelas circunstâncias. Na avaliação de José Guimarães, líder do PT na Casa, o governo está sangrando e “é preciso ir para a ofensiva”. Na mesma linha, Rui Falcão, presidente nacional da legenda, disse que o partido vai aumentar os gastos nas redes sociais para se contrapor aos movimentos em favor de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Guimarães teria dito, também, que “não podemos ficar emparedados pelo PSDB. Precisamos radicalizar, ir para a ofensiva”.

A propósito, me lembro de uma frase que José Genoino, irmão de Guimarães, sempre repetia: “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.” Pois bem, o PT já foi melhor de análise e de estratégias. A solução preconizada por Guimarães e Falcão é simplista e atende, apenas, ao  público interno do partido. E parte do pressuposto (errado) de que o PSDB é a oposição a ser vencida. Não se vê nenhuma autocrítica frente ao espantoso montante de equívocos políticos protagonizados pelo governo nos últimos tempos, nem tampouco ao assombroso volume de recursos desviados da Petrobras!

Ora, a voz das ruas que derrubou a popularidade de Dilma e colocou mais de 2 milhões em protesto no último domingo não é nem será liderada pelo PSDB. Nem é apenas, apesar de maioritariamente, composta de eleitores do candidato tucano derrotado à Presidência Aécio Neves. A insatisfação é ampla e generalizada. A derrubada da popularidade e a aprovação do governo por apenas 13% de brasileiros são sintomas de uma grave anemia política contra a qual estão reagindo todos os eleitores. Existem largos focos de insatisfação em todos os estratos sociais.

Não será radicalizando que o PT vai reverter o quadro. Vale lembrar outro chavão também usado por Genoíno: “Muita calma nessa hora!” O PT deveria fazer uma ampla autocrítica sobre o aburguesamento do partido e sobre como o aparelhamento do Estado eliminou as bandeiras mais puras da agremiação. Outro equívoco é considerar que a radicalização é o caminho. Pelo contrário, é hora de harmonizar os interesses daqueles que ainda se dispõem a apoiar o Planalto e construir uma nova narrativa.

Jamais o PT será um partido hegemônico no Brasil. Tanto por conta do sistema político nacional quanto pela ausência de uma percepção clara de como funcionam o país e seu sistema. Nesse sentido, Lula, de longe, é o melhor estrategista político do partido. 

Certamente ele, que sempre gostou de apontar a linha imaginária que dividia as mesas de negociação, não recomendaria a radicalização. Não foi radicalizando que o PT chegou ao poder e não será pelos radicalismos que recomporá seu prestígio. Para a oposição, o anúncio do radicalismo infantiloide do PT é uma boa notícia. Mostra que sua leitura da realidade continua errada e que mais equívocos estão a caminho. Se a oposição é incompetente para criar uma narrativa poderosa que derrote o governo, o PT tem sido soberbo em destruir a narrativa sobre a qual construiu o seu sucesso. São coisas que só acontecem ao Brasil.

Por: Murillo de Aragão, cientista político - O Globo

quarta-feira, 11 de março de 2015

Ex-líder do PT, Cândido Vaccarezza, recebia propina em dinheiro vivo



O doleiro Alberto Youssef afirmou em sua delação premiada ter entregue pessoalmente propina na casa do ex-deputado federal e ex-líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), "umas três ou quatro vezes" a pedido do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Segundo o doleiro, em cada entrega foram repassados R$ 150 mil em espécie ao petista.  "Tais entregas ocorreram em São Paulo, na casa de Vaccarezza, na Mooca; que, não se recorda da época em que foram feitas tais entregas e por isso não pode vincular tais entregas à campanha de 2010?”, afirmou o delator. Segundo o doleiro, o pedido inicial do ex-diretor da Petrobras era de que fossem feitos repasses de R$ 300 mil cada, mas Youssef alegou não ter esse dinheiro "em caixa" na época.

 Apesar de o doleiro não ligar os repasses à campanha do petista em 2010, em sua delação premiada Paulo Roberto Costa afirmou ter se encontrado com o empresário Jorge Luz, no Rio, em "2009 ou 2010?, para tratar de repasses para a campanha do então deputado petista em 2010”. Indicado pelo PP à Diretoria de Abastecimento em 2004, Paulo Roberto Costa operacionalizava o esquema de propinas nos contratos da estatal junto com Alberto Youssef. Em sua diretoria, 1% dos valores dos contratos eram destinados ao PP, mas o próprio ex-diretor admitiu em sua delação ter operacionalizado em algumas ocasiões o repasse da "cota" da sigla para PT, PMDB e PSDB.

As delações que envolvem Vaccarezza foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot em um pedido de abertura de inquérito contra o petista por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No mesmo pedido, Janot também pede a investigação do deputado federal Vander Loubet (PT-MT) que, segundo Youssef disse em sua delação, também recebeu recursos do esquema por meio de intermediários como o ex-ministro do governo Fernando Collor (PTB-AL) e também investigado na Lava Jato, Pedro Paulo Leoni Ramos.

Máfia do Asfalto
Para justificar que a investigação contra Vaccarezza fique no Supremo, onde devem ser investigados apenas os políticos com prerrogativa de foro, Janot lembrou do escândalo da Máfia do Asfalto, esquema de desvio de dinheiro em obras no interior de São Paulo desbaratado em 2013 pela Operação Fratelli.