Após investigação, a Polícia Civil do DF
apreendeu, em flagrante, o adolescente J.S.J., de 15 anos, suspeito de
matar Maurício Costa Souza, de 11 anos. Na manhã deste domingo (19), a
vítima foi encontrada carbonizada nos
fundos de um barraco na Quadra 17, no Setor de Chácaras Santa Luzia,
próximo à cerca do Parque Nacional, Favela Estrutural. Segundo a 8ª DP, o
crime, ocorrido na tarde de ontem, foi motivado por um desentendimento
por causa de um aparelho de videogame.
Foto: Josemar Gonçalves
De acordo com a Polícia Civil, durante a briga, o autor degolou a
garganta da vítima, que foi jogada em um local onde se queima lixo, e
coberto por um colchão velho. O padrasto do adolescente infrator foi conduzido à delegacia por ter
sido abordado por policiais portando crack para consumo próprio. Ele foi
autuado por uso e porte de drogas e liberado após assinatura do termo
de compromisso de comparecimento à Justiça.
O adolescente foi encaminhado para a Delegacia da Criança e do
Adolescente, onde deverá responder pelo ato infracional análogo ao crime
de homicídio.
Foto: Josemar Gonçalves
Entenda o caso
O corpo de Maurício, que estava amarrado com um arame, foi localizado
em frente ao barraco de um amigo, a 100 metros de onde morava. Lá, a
polícia encontrou vestígios de sangue e uma arma. A área passa por
perícia. O adolescente, amigo da vítima, saiu algemado do local. Agentes
da 8ª Delegacia de Polícia, que investiga o caso, informaram que, além
do adolescente, um adulto também foi detido.
Foto: Josemar Gonçalves
A família informou que deu falta de Maurício por volta das 15h de
ontem, após ele ter pedido para sair para jogar bola. Hoje, o pai teria
ido procurá-lo no barraco onde o amigo da vítima morava. Ao chegar ao
local, o pai encontrou apenas o padrasto do adolescente.
“Ele disse que meu filho não estava lá, mas apontou para um corpo
queimado, na frente do barraco”, disse Francisco de Assis, que
identificou a criança pela bermuda que usava. “Não só mataram o meu
filho, mas cortaram seu pescoço e o queimaram. É muita maldade”,
desabafou o pai, que disse desconhecer envolvimento da criança com
drogas.
Fonte: Jornal de Brasília