Assassino ameaçou aluna, conta parente da vítima: 'Está preparada?'
Suspeito do crime em escola de Alexânia, Misael
Pereira de Olair, 19 anos, tentava um relacionamento com a adolescente
Raphaella Noviski, 16, desde o ano passado
Misael
Pereira de Olair, 19 anos, preso em flagrante após matar a adolescente
Raphaella Noviski, 16 anos, em uma escola de Alexânia (GO), na manhã desta
segunda-feira (6/11), teria ameaçado a vítima pouco antes do crime. Segundo uma
prima de Raphaela, que estudava com ela na mesma sala da Escola Estadual 13 de
Maio, a garota era constantemente ameaçada por Misael e foi ameaçada por ele,
pelo telefone, horas antes.
Raphaella Noviski, de 16 anos, foi morta dentro da sala de aula, com 11 tiros
"Ele
já a ameaçava desde o ano passado. Quando foi hoje cedo, ela recebeu uma
ligação e ouviu: 'Está preparada?'. Aí, logo em seguida, ele desligou”, relatou
a prima, que pediu para não ter o nome revelado. Pouco depois, Raphaella foi morta na sala de aula da escola,
após ser atingida com 11 tiros no rosto, de acordo com a delegada
que cuida do caso.
Raphaella
morava com a avó e, em outra ocasião, Misael ameaçou entrar na casa da menina
com uma faca. “Ela não procurou a delegacia porque pensou que isso fosse
acabar. No ano passado, ele foi à casa da minha avó ameaçando entrar dentro com
faca. Minha avó é cadeirante, ficou desesperada. E meu tio ameaçou ligar para a
polícia se ele continuasse indo para lá", contou a prima da vítima.
A
testemunha não estava na sala de aula no momento do tiroteio, mas narra os
minutos de terror que viveu na escola: "Eu fui ao banheiro e, quando
estava entrando na sala, vi que ele estava atirando. Eu não vi que era nela.
Saí correndo para a secretaria e perguntei: 'Cadê a Raphaella? Cadê a
Raphaella?'. Aí eu voltei para sala e fiquei lá até os policiais
chegarem", detalhou.
Misael
pulou o muro por volta das 9h da manhã e foi de encontro à vítima, que assistia
a aula do 9º ano do ensino fundamental. O rapaz entrou em pelo menos três salas
antes de encontrar a adolescente. Ele estava com uma arma calibre .32 e usava
uma máscara no rosto. Todos os disparos, 11 no total, foram direcionados à
menina. A PM informou ainda que o
suspeito disse odiar a garota. Vítima e atirador eram amigos nas redes sociais.
“Ela não fazia mal para ninguém, não tinha por que ter raiva dela. Foi maldade
mesmo”, lamentou a prima.
Segundo a
Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Alexânia (Seduce), a escola dispõe
de câmeras no pátio e dois vigias noturnos. De acordo com a pasta, uma equipe
com três psicólogas e uma assistente social da Coordenação Regional de
Educação, Cultura e Esporte (Crece), de Anápolis, já foram deslocados para
Alexânia para apoiar a equipe da escola, alunos e familiares. "A Seduce
lamenta profundamente o trágico acontecimento e informa que trabalha em um
esforço contínuo para manter a paz e a fraternidade no ambiente escolar",
informou a pasta através de nota.
Transcrito do: Correio Braziliense