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segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

O dia que as FARC invadiram o BRASIL - Rogério Cirino

A maior parte da sociedade brasileira não sabe disso.

[lembrar o passado é sempre bom; no mínimo, serve para lembrar aos inimigos internos - os mais repugnantes, por serem também traidores -  que o BRASIL do BEM, ainda tem dentes.]

Em 26 de fevereiro de 1991, um grupo de cerca de 40 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que se autodenominava “Comando Simon Bolívar”, adentrou o território brasileiro, próximo à fronteira entre Brasil e Colômbia, as margens do Rio Traíra, no Estado do Amazonas, e atacou de surpresa o Destacamento Traíra do Exército Brasileiro, que estava em instalações semipermanentes e que possuía apenas 17 militares, efetivo muito inferior ao da coluna guerrilheira que o atacara.

Operações de inteligência afirmam que o ataque foi motivado pela repressão exercida pelo destacamento de fronteira ao garimpo ilegal na região, uma das fontes de financiamento das FARC. Nesse ataque morreram três militares brasileiros e nove ficaram feridos. Várias armas, munições e equipamentos foram roubados.

Imediatamente, as Forças Armadas Brasileiras, autorizadas pelo Presidente Fernando Collor de Mello e com o conhecimento e apoio do Presidente colombiano César Gaviria Trujillo, deflagraram, secretamente, a Operação Traíra, com o objetivo de recuperar o armamento roubado e desencorajar novos ataques. Uma reunião bilateral entre representantes do Brasil e da Colômbia, em caráter de urgência, foi realizada em Leticia, na Colômbia, no dia 9 de março, na qual planos de ação foram discutidos e traçados.

Ambas as delegações concordaram sobre compartilhar, de imediato e também ao longo das semanas seguintes, informações sobre atividades subversivas, terroristas ou ligadas ao narcotráfico. A Força Aérea Brasileira apoiou a Operação Traíra, com seis helicópteros de transporte de tropas UH-1H, seis aeronaves de ataque ao solo AT-27 Tucano e aviões transporte C-130 Hércules e C-115 Búfalo.

A Marinha do Brasil apoiou a Operação Traíra com um Navio Patrulha Fluvial, que ficou baseado em Vila Bittencourt, cooperando com o apoio logístico e garantindo a segurança daquela região.

O Exército Brasileiro enviou suas principais tropas de elite: operadores de Forças Especiais e de Comandos, do então Batalhão de Forças Especiais (atuais 1º Batalhão de Forças Especiais e 1º Batalhão de Ações de Comandos), e também militares do, então, 1º Batalhão Especial de Fronteira (atual 8° BIS), para atacar a base guerrilheira que se encontrava em território colombiano, próxima à fronteira. Também deram apoio militares do 1º Batalhão de Infantaria de Selva, Batalhão Amazonas, principal Unidade do Comando Militar da Amazônia. O Comando de Aviação do Exército se fez presente fornecendo o meio de transporte utilizado pelos combatentes empregados na missão: 4 helicópteros de manobra HM-1 Pantera e 2 helicópteros de reconhecimento e ataque HA-1 Esquilo.

O saldo da Operação Traíra foi de 62 guerrilheiros mortos (1), inúmeros capturados e a maior parte do armamento e equipamento recuperados. Desde então, nunca mais se soube de invasões das FARC em território brasileiro, assim como ataques a militares brasileiros. O Exército realizou em 26/02/2019 homenagens aos 3 heróis que tombaram defendendo nosso território.

*Publicado originalmente em BSBTimes em 19/10/2020 - https://bsbtimes.com.br/2020/10/19/o-dia-que-as-farc-invadiram-o-brasil-para-nao-cair-no-esquecimento/

(1) A Wikipedia, em conteúdo sobre o assunto, fala em 12 guerrilheiros mortos e inúmeros presos.

[sugerimos aos traidores esquerdistas e toda a corja que os secundam, que tenham presente que perderam várias vezes e perderão nas tentativas futuras  - sem que os erros do passado sejam repetidos pelos sempre vencedores.]