Senhor Ministro, sem afastar-me do respeito que é devido a um
autodeclarado assustado Ministro do Supremo Tribunal Federal, como brasileiro
que viveu os idos de 1964 e velho advogado que dedicou toda a sua vida à
profissão, quero externar meu sentimento às suas afirmações de que “os que
defendem a intervenção militar teriam perdido a fé no futuro” e, ainda, “que
pessoas de bem não desejam a intervenção militar” - o que induz à inevitável e
implícita conclusão de que seriam as pessoas do mal que a desejam.
Bem, preliminarmente, permita-me dizer, essa sua opinião, proclamada em
momento dos mais graves que o Brasil atravessa, mercê da pandemia do covid-19 e
o inescrupuloso uso político que a ela vem sendo dedicado pelos adversários
políticos do Presidente Bolsonaro, [e inimigos do Brasil] é absolutamente infeliz e inoportuna.
Primeiro, em razão de sua origem, vez que parte de Ministro dos mais
respeitáveis da mais alta e desmoralizada corte do País, que não deveria,
publicamente, falar sobres as manifestações político-populares que vêm
acontecendo, em especial a de domingo, 18/04; magistrado do STF, julga, e não -
embora lhe seja garantido pela democracia -, emite opiniões políticas, se bem
que, em tese, essa maltratada e enxovalhada “democracia”, hoje reduzida a mera
figura de retórica que, como perdigoto, escapa e escorre respingando das bocas
desses “democratas”, autores do maior assalto e da maior roubalheira já
acontecida em toda a nossa história, seja, dia após dia, prostituída pelos seus
maiores inimigos;
depois, porque vai de encontro aos anseios desse
sofrido, cansado, indignado e inconformado povo brasileiro, que durante 30 anos
suportou o domínio de governos “democráticos”.
Vossa Excelência, que vive afastado do povo, cercado de assessores,
mordomias, reverências, vantagens, facilidades e alta remuneração mensal que,
caso conhecidas em profundidade, encabulariam e avexariam qualquer cidadão,
parece, sim, ter perdido a noção da realidade. Coisa dos ares de Brasília, essa
ilha da fantasia.
“Democracia”, senhor Ministro, tem servido para justificar a assunção ao
poder de o que há de pior em matéria de comportamento ético, moral e
intelectual. Em todos os níveis, legislativo, executivo, judiciário, só se
destacam os malfeitores, os despreparados, os aventureiros, os franco
atiradores, os impatriotas, os subversivos e os corruptos. Vossa Excelência,
por sinal, definiu com extrema felicidade o que foram os governos do Partido
dos Trabalhadores (PT). O Brasil foi pilhado, e, para a repartição do butim,
participavam aqueles que hoje, como abstêmios em síndrome, atacam o governo que
interrompeu em definitivo a festança.
Nesse aspecto, vez mais renovando respeito, inexiste argumento que
justifique a libertação do homem responsável por toda essa roubalheira,
libertação que agride a consciência jurídico-política de todo e qualquer
cidadão, lamentavelmente, patrocinada, autorizada, referendada e aplaudida pela
Corte que Vossa Excelência, como exceção, integra. É triste constatar a
desmoralização dessa egrégia Corte, provocada por decisões e votos que porejam
a arranjos e cínica distorção do sentido de nossa lei maior, que vem sendo
interpretada ao alvedrios de Ministros que não mereciam ter assento nesse
Supremo Tribunal. Sempre os mesmos, dividindo essa Corte entre o bem e o
mal.
E, com a vitória nas eleições do Presidente Jair Bolsonaro, que por pouco
não acontecia, haja vista a facada que levou durante a campanha eleitoral,
tentativa de assassinato até hoje não esclarecida em seu mandante, episódio de
gravíssima repercussão que foi tratado de forma criminosa pela maior rede de
televisão do País, como acontecimento de somenos importância, se formou a mais
perigosa milícia, reunindo a rede Globo, o Presidente da Câmara, o Presidente
do Senado, os governadores do Rio e de São Paulo, associação que objetiva,
clara e exclusivamente, instabilizar o País e derrubar o Presidente da
República. Essa quadrilha, ou melhor, essa milícia, que ainda inclui o
Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, tem provocado um clima de grande
apreensão, preocupação, insegurança e medo em todos os brasileiros, medo que se
soma à sensação de que não temos a quem recorrer, já que o Supremo, a última
trincheira de esperança do cidadão comum, há muito deixou de sê-lo.
Dessa forma, senhor Ministro, quando brasileiros reclamam a intervenção
militar, o fazem, não porque tenham perdido a fé no futuro, não porque não
sejam pessoas de bem. Muito ao contrário, senhor Ministro, o fazem porque não
acreditam mais no Supremo Tribunal Federal como um tribunal isento,
incorruptível e justo;
não acreditam mais na Ordem dos Advogados do Brasil,
hoje presidida por advogado que confunde o exercício da missão com o exercício
político-partidário;
não veem como dar fim ao nefasto comportamento da Globo,
líder de audiência que dedica todo o seu noticiário à intriga e à manipulação
da verdade contra a pessoa de nosso Presidente da República;
não confiam nas
palavras dos governadores do Rio e de São Paulo que, eleitos na onda Bolsonaro,
tão logo eleitos, negaram o seu criador; porque têm pressa em ver restabelecida
a ordem, a disciplina, a autoridade, o respeito, o patriotismo e o amor a este
País;
anseiam ver banidos da vida pública políticos desqualificados, Ministros
despreparados, julgadores parciais e, mais que isso, ver o País voltar à
normalidade;
o fazem, senhor Ministro, porque acreditam serem as FFAA a única
Instituição séria, capaz de dar um basta a tudo isso;
finalmente, o fazem, na
esperança de que as FFAA, vez mais, atendendo ao clamor popular, garantam que o
Presidente Bolsonaro possa continuar governando para o nosso bem e o
engrandecimento do Brasil.