O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, defendeu que está na hora de pensar no congelamento de salários de algumas categorias do funcionalismo público
[matéria que acende um sinal de alerta quando diz: "algumas categorias do funcionalismo público."
Quando cita TODOS OS BRASILEIROS, anima por dar a impressão que será justa, alcançará todos os brasileiros, não deixando espaço para que os funcionários públicos qus são classificados como MEMBROS do Poder Judiciário, Poder Legislativo e Ministério Público.
A condição de MEMBRO faz com que eles fiquem sempre fora - nunca entram em normas que possam reduzir/congelar salários ou outras benesses.
Todos os MEMBROS dos Poderes e e do órgão citado são BRASILEIROS e que eles estão no topo de remuneração - os menos felizardos estão da metade para o topo.]
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo
Sachsida, admitiu nesta terça-feira (14/2) que, diante da crise do
coronavírus, a possibilidade de reduzir os gastos com o funcionalismo
público tem que entrar no radar do governo e da sociedade brasileira. Em live com o mercado financeiro, promovida pela XP Investimentos,
Sachsida alegou que todos os brasileiros devem dar a sua contribuição
nesse momento de desaceleração econômica. E disse que, por isso, está na
hora de pensar no congelamento de salários de algumas categorias do
funcionalismo público.
"Quando falo abaixar,
não é cortar salário. É uma discussão honesta. Tem algumas carreiras que
realmente merecem reajuste, porque estão muito defasadas. Mas tem
carreira que a pessoa entra ganhando R$ 15 mil, $ 20 mil, R$ 30 mil.
Então, não é tão complicado assim passar um ou dois anos sem reajuste,
até porque a inflação está baixo", defendeu Sachsida, dizendo que está é
uma "contribuição honesta" que "tem que entrar no radar".
"Questão moral"
Sachsida
levantou essa questão dizendo que, diante do atual momento de crise, é
preciso pensar em medidas econômicas, mas também em questões morais.
"Nos lares em que mais da metade da renda vem do setor informal, a renda
caiu de 70% a 80%. O desemprego está subindo a passos largos. Então,
será que está correto algumas pessoas não perderem emprego e manterem
salários?", começou o secretário, dizendo logo depois que, diante disso,
é preciso "olhar com muita atenção a questão do funcionalismo público".
"Olha o sofrimento que está na
sociedade. Quantos não estão com medo de perder o emprego? Quem não tem
um parente em situação delicada? O exemplo tem que vir de cima",
emendou Sachsida, destacando que é servidor de carreira e que, por isso,
também poderia ser atingido por eventuais projetos de corte ou
congelamento de salários do funcionalismo. "Em um povo unido, todos
precisam dar a sua contribuição", alegou.
Voltando
à questão econômica, Sachsida lembrou ainda que a despesa com o
funcionalismo representa o terceiro maior gasto do governo brasileiro
hoje em dia. "O ministro Paulo Guedes já deixou claro que o Brasil tem
três grandes contas: a conta de Previdência, a conta de juros e agora é a
terceira ponta que temos que abaixar, que é a do funcionalismo
público", disse, lembrando que as reformas já atacaram os gastos com
Previdência e com os juros da dívida pública.
Correio Braziliense