PT está dividido sobre a saída imediata de Lula da disputa presidencial
Apesar de manter o registro de Lula para o dia 15, integrantes do PT se dividem sobre a substituição imediata por Haddad. O receio é de que, ausente de eventos oficiais de campanha, a legenda perca apoio, algo verificado em pesquisas internas
Com
o candidato oficial do partido preso em Curitiba e ausente do primeiro
debate entre os presidenciáveis, o PT reavalia a estratégia para a
campanha. A sigla continua decidida a registrar o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 15 de
agosto, mas repensa o que fazer a partir de então. Com base em
levantamentos internos, a direção do PT já avalia que a próxima pesquisa
eleitoral vai mostrar uma queda na intenção de votos em Lula — reflexo
da ausência no debate e sintoma da necessidade de uma mudança de rumos.
A
legenda está dividida sobre como agir nos próximos dias para não piorar
o quadro e perder algo em torno de 20% a 30% do eleitorado que Lula
ostenta até agora, a depender do cenário. A última esperança de boa
parte dos petistas é que, quando a candidatura for oficializada, a
Justiça o libere para participar de debates. [esperança tão estúpida quanto os pensamento de Lula e da presidente do PT - Lula além dos quase doze anos que ainda lhe restam de prisão, vai receber novas sentenças, o que inviabiliza sua libertação a médio prazo; bom que a corja petista aceite o inevitável e normal em qualquer país do mundo:
bandido condenado a pena elevada tem que ficar preso, pagar a pena puxando cadeia.] As divergências internas
ficam mais fortes diante da possibilidade de que venha outra negativa do
Judiciário em relação à possibilidade dele fazer campanha — como
ocorreu esta semana — ou a decisão do TSE de impugnar a candidatura do
ex-presidente, algo que a direção do partido espera que aconteça até uma
semana depois dos registros, em 22 de agosto. Em qualquer um desses
casos, uma ala defende a troca imediata do nome dele pelo do vice,
Fernando Haddad, enquanto outra aposta em recursos para esticar a
exposição de Lula como candidato.
A segunda
corrente, da qual fazem parte a presidente nacional do PT, Gleisi
Hoffmann, e o senador Lindbergh Farias (RJ), é favorável à manutenção de
Lula como cabeça de chapa o máximo de tempo possível, mesmo depois que o
TSE decidir pela nulidade da candidatura. Eles defendem a apresentação
de recursos, o que esticaria o tempo dele como candidato por mais alguns
dias, porque entendem que desistir antes de o TSE tomar uma decisão
iria contra o argumento defendido pela legenda até agora, de que Lula é
um preso político e está sendo injustamente impedido de participar das
eleições. [só pessoas completamente sem noção, com intelecto reduzido e completa ausência de neurônios, podem sequer considerar plausível que Lula seja um preso político - o presidiário foi condenado por crime comum (em português claro, por ser ladrão), recorreu em todas as instâncias, até à ONU seus advogados recorreram e todos os recursos foram negados - assim, não há a menor possibilidade de ser candidato, de participar de campanha, de ter seu nome submetido à votação;
o máximo que Lula pode esperar é em um futuro ainda não próximo ele ser favorecido com um indulto humanitário.
Também não pode ser esquecido que mesmo fosse candidato, Lula não chegaria sequer entre os cinco primeiros colocados - as pesquisas que apontam suposto favoritismo de Lula são FAKES, já que apresentam dados sobre algo impossível de ocorrer, qual seja, Lula ser candidato.] “Eles vão ter que abrir mão em algum momento, mas acredito que
evitam fazer isso muito cedo para não enfraquecer o discurso”, avalia o
cientista político Sérgio Praça, da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Mesmo
admitindo que é necessário um “selo” da impugnação do TSE para abrir
mão do nome do ex-presidente sem cair em contradições, outro grupo quer
que Haddad assuma o quanto antes a chapa, assim que a Corte decidir
negar a candidatura. Entre os defensores dessa ideia estão o senador
Jorge Viana (AC) e o ex-governador da Bahia e ex-ministro da Casa Civil
Jaques Wagner. Essa ala considera muito arriscado deixar o PT sem
representação nos debates e, talvez, na propaganda eleitoral gratuita, a
depender de decisão judicial a respeito desse assunto. “O problema é
convencer Lula disso”, disse um cacique petista.
Um
dos riscos de manter a candidatura de Lula até o fim é de que o partido
perca votos por não aparecer o suficiente, o que, em uma corrida
fragmentada como a que se desenha, é um perigo real de que o PT não
chegue ao segundo turno. Enquanto outros candidatos se expõem, ganham
destaque e conseguem apresentar propostas, o petista está, literalmente,
isolado. O partido está perdendo “preciosos dias de campanha para
apresentar Haddad”, que é pouco conhecido em nível nacional, pondera
Praça.
A reavaliação da estratégia petista
ficou clara em entrevista coletiva concedida na tarde de ontem por
Gleisi, após visita a Lula, em Curitiba. Apesar de ter reafirmado que o
ex-presidente é o candidato oficial do partido, que o nome dele será
registrado em 15 de agosto e que é a foto dele que estará nas urnas em 7
de outubro, a senadora fez uma observação que sinaliza para uma mudança
de rumos ao relembrar que, “durante a campanha, o nosso candidato a
vice é o porta-voz do presidente”. Segundo Gleisi, Haddad “vai andar o
Brasil, vai fazer os debates, vai participar das sabatinas, vai ser a
voz de Lula, do nosso programa, do nosso projeto para o povo brasileiro”
— ou seja, fará todas as tarefas atribuídas a um candidato cabeça de
chapa, não ao vice.
Os
receios do partido ficaram ainda maiores diante da pouca visibilidade do
“debate alternativo” promovido por Haddad e a aliada Manuela D’Ávila
(PCdoB) — vice-candidata, quando Lula sair de cena — ao vivo na
internet, durante o debate de quinta-feira. As visualizações foram muito
abaixo do que os petistas esperavam. Apenas 44,8 mil visualizações,
contra 2,6 milhões que viram o debate oficial, sem representante do PT e
quase nenhuma menção à candidatura de Lula, que foi encarado pelos
candidatos como página virada.
O partido tentou
minimizar o fato de Lula ter sido pouco mencionado e da ausência dele
não ter sido suprida pelo debate paralelo. Ontem, em entrevista coletiva
em Curitiba, após visitar o ex-presidente na sede da Polícia Federal,
em Curitiba, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, afirmou que ele
“só viu um pedaço do debate”, que considerou “sem propostas”. Mas, nos
bastidores, a ausência preocupa muitos dirigentes do partido.
Depois
de ter sido invisibilizado no debate, Lula corre o risco de não
aparecer no horário eleitoral gratuito, que começa em 31 de agosto,
segundo a especialista em direito eleitoral Karina Kufa. Se a justiça
criminal não autorizá-lo a participar das propagandas oficiais na
televisão e no rádio, ele não pode ser substituído pelo vice, explica.
“É a mesma lógica do debate”, diz. A propaganda eleitoral gratuita vai
até 4 de outubro, três dias antes do primeiro turno. [após tentar, sem êxito, participar do debate da Bandeirantes por procuração - outorgando mandado ao poste Haddad - Lula, por seus ultra competentes advogados (alternando o comando da 'banda' entre Zanin e Pertence - uma hora para cada um) vai peticionar que seja autorizado a realização de sorteio para escolha de um militante para ser seu bastante procurador e cumprir a sentença em seu lugar - Lula vai falar m ... nos palanques e o 'militonto' sorteado fica encarcerado.]