Ou... por que as investigações do caso devem continuar
Num país em que ministros do Supremo Tribunal Federal são continuadamente hostilizados, investigações contra os agressores são fundamentais para frear o ímpeto antidemocrático. Podem, inclusive, ser essenciais na cura de uma democracia adoecida, caso do Brasil.[em outras palavras: se a democracia está adoecida, acaba-se com ela e para curar o adoecimento da extinta democracia, se impõe, sem assumir, um regime antidemocrático.]
Com sua visão golpista de mundo, Jair Bolsonaro atacou os outros poderes em seu mandato, [CONFIRAM AQUI, qual poder foi mais atacado e quem atacou mais.] mas também fez questão de agredir verbalmente Alexandre de Moraes. Há dois anos, chamava o magistrado de “canalha” enquanto bradava, na Avenida Paulista, que não cumpriria mais suas decisões.
Era o sinal verde do então presidente para que o ministro se tornasse o alvo número 1 do bolsonarismo. Agora, mesmo após as eleições, Alexandre de Moraes continua sendo xingado de “bandido”, “comunista” e “comprado”. Desta vez, no aeroporto de Roma, acompanhado de seus familiares.
Segundo apurou a coluna, o fato de o magistrado ser o presidente do Tribunal Superior Eleitoral poderá ser considerado um agravante contra os acusados de envolvimento no caso.[alerta vermelho: virou praxe na maioria da velha imprensa usar a expressão "Segundo apurou a coluna" para 'fundamentar narrativa do que eles querem que aconteça e não realmente o que pode acontecer.] , Que seja! E que a Polícia Federal descubra, através das câmeras e de depoimentos, quem começou as agressões no aeroporto europeu, e mais: quem embarcou com eles na empreitada de xingar o ministro. [saiba mais aqui]
Quando essas situações forem sendo elucidadas e punidas, com a imprensa noticiando os casos, o país poderá ir voltando à normalidade – mesmo que essa resiliente polarização política permaneça no nosso encalço,
Matheus Leitão - Coluna em VEJA