Falha na interligação entre o Sudeste e o Norte provocou apagão em todas as regiões do País nesta manhã; causa ainda é desconhecida
Segundo o órgão, o fornecimento de energia já foi totalmente retomado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Até às 11h40, já haviam sido recompostos 38% da carga da região Norte e 80% da região Nordeste.
No Brasil, a transmissão da energia elétrica se dá majoritariamente por meio do Sistema Interligado Nacional, que conecta todas as regiões, independentemente de onde se encontra a usina que está gerando. Uma falha nessa interconexão pode prejudicar, portanto, todas as regiões.
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, classificou o apagão como um “evento de grande porte”. Segundo ele, a agência, o Ministério de Minas e Energia (MME), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e as empresas envolvidas estão acompanhando e tomando providências para estabelecimento rápido do serviço. “O Ministério de Minas e Energia já comunicou a agência e aos demais agentes que instituirá um grupo para analisar e estudar as causas deste evento, que é um evento, sim, de grande porte, que envolve as regiões Norte, Nordeste e algumas áreas da região Sudeste e Centro-Oeste do País”, afirmou durante reunião pública do órgão nesta manhã.
A queda de energia foi reportada por várias distribuidoras, em diversos Estados. Segundo o grupo Equatorial, em todos os Estados sob sua concessão (Alagoas, Amapá, Maranhão, Goiás, Pará, Piauí e Rio Grande do Sul) a normalização já foi iniciada. “O grupo segue acompanhando junto ao Operador Nacional do Sistema as providências para o restabelecimento integral das cargas e com equipes técnicas de prontidão em todas as suas bases nos Estados”, informou em nota.
O grupo informou ainda que, segundo informações preliminares, “houve atuação do Esquema Regional de Alívio de Carga, que consiste em um mecanismo de proteção da rede para tentar restringir a perda de carga no sistema”.
O grupo CPFL informou que a interrupção de fornecimento de energia elétrica que afetou diversas partes dos País impactou parte dos clientes de suas quatro distribuidoras: CPFL Paulista, Piratininga, Santa Cruz e RGE. A companhia declarou em nota, porém, que a situação já foi normalizada em todas elas e que aguarda mais informações do ONS referente às causas da falha. A RGE também é responsável por cerca de 65% da energia elétrica consumida no Rio Grande do Sul.
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, determinou a criação de uma sala de situação por conta da ocorrência na rede de energia elétrica que interrompeu o fornecimento em pelo menos três regiões do País.
Em nota, a pasta informou que a equipe do ministério está trabalhando para que a carga seja “plenamente restaurada o mais breve possível”. Foi determinada também a apuração das causas do incidente.
O Estado de S. Paulo