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terça-feira, 15 de agosto de 2023

Energia volta no Sul, Centro-Oeste e Sudeste; falta de luz ainda afeta Norte e Nordeste - O Estado de S. Paulo

Falha na interligação entre o Sudeste e o Norte provocou apagão em todas as regiões do País nesta manhã; causa ainda é desconhecida

Uma falha no sistema elétrico nacional provocou um apagão na manhã desta terça-feira, 15, que afetou todos os Estados do Norte e Nordeste e também parte do Sudeste, Sul e Centro-Oeste, segundo informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)
De acordo com o órgão, às 8h31 houve uma falha na interligação da transmissão de energia entre o Norte e o Sudeste, o que provocou a interrupção de fornecimento de 16 mil megawatts de carga. “As causas da ocorrência ainda estão sendo apuradas”, disse o ONS, em nota.

Segundo o órgão, o fornecimento de energia já foi totalmente retomado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Até às 11h40, já haviam sido recompostos 38% da carga da região Norte e 80% da região Nordeste.

No Brasil, a transmissão da energia elétrica se dá majoritariamente por meio do Sistema Interligado Nacional, que conecta todas as regiões, independentemente de onde se encontra a usina que está gerando. Uma falha nessa interconexão pode prejudicar, portanto, todas as regiões.

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, classificou o apagão como um “evento de grande porte”. Segundo ele, a agência, o Ministério de Minas e Energia (MME), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e as empresas envolvidas estão acompanhando e tomando providências para estabelecimento rápido do serviço. “O Ministério de Minas e Energia já comunicou a agência e aos demais agentes que instituirá um grupo para analisar e estudar as causas deste evento, que é um evento, sim, de grande porte, que envolve as regiões Norte, Nordeste e algumas áreas da região Sudeste e Centro-Oeste do País”, afirmou durante reunião pública do órgão nesta manhã.

Alcance
A queda de energia foi reportada por várias distribuidoras,
em diversos Estados. Segundo o grupo Equatorial, em todos os Estados sob sua concessão (Alagoas, Amapá, Maranhão, Goiás, Pará, Piauí e Rio Grande do Sul) a normalização já foi iniciada. “O grupo segue acompanhando junto ao Operador Nacional do Sistema as providências para o restabelecimento integral das cargas e com equipes técnicas de prontidão em todas as suas bases nos Estados”, informou em nota.

O grupo informou ainda que, segundo informações preliminares, “houve atuação do Esquema Regional de Alívio de Carga, que consiste em um mecanismo de proteção da rede para tentar restringir a perda de carga no sistema”.

O grupo CPFL informou que a interrupção de fornecimento de energia elétrica que afetou diversas partes dos País impactou parte dos clientes de suas quatro distribuidoras: CPFL Paulista, Piratininga, Santa Cruz e RGE. A companhia declarou em nota, porém, que a situação já foi normalizada em todas elas e que aguarda mais informações do ONS referente às causas da falha. A RGE também é responsável por cerca de 65% da energia elétrica consumida no Rio Grande do Sul.

Reação no ministério
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, determinou a criação de uma sala de situação por conta da ocorrência na rede de energia elétrica que interrompeu o fornecimento em pelo menos três regiões do País.

Em nota, a pasta informou que a equipe do ministério está trabalhando para que a carga seja “plenamente restaurada o mais breve possível”. Foi determinada também a apuração das causas do incidente.

O Estado de S. Paulo

 

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Lula, Fausto e a esfinge do petróleo - Alon Feuerwerker

A tática de Luiz Inácio Lula da Silva no intrincado xadrez do clima parece clara. Segue a receita tradicional: bater bumbo para a narrativa do momento, buscar articulações que ampliem a superfície política de contato, reduzindo assim a pressão exercida sobre o Brasil pelas forças externas, e, entrementes, ir tocando a vida de acordo com as necessidades práticas, preenchendo o tempo com ataques continuados aos adversários políticos do momento.

Posto que a realidade material nunca consegue ficar circunscrita aos discursos, alguma hora os fatos terão, porém, de se impor.   
Logo o governo brasileiro terá de decidir a autorização ou não para explorar o petróleo na foz do Amazonas. 
E autorizar trará necessariamente custo reputacional [em nossa opinião 'custo reputacional' é um valor que só incide sobre boa reputação - qualidade que a folha corrida do cidadão mostra ser ele desprovido.]que  para um presidente empenhado em se apresentar como liderança planetária nos assuntos do momento, entre os quais brilha o clima.

E tem pelo menos outro nó aí. A reindustrialização, agora repaginada como neoindustrialização (também para reduzir a área de atrito com os antidesenvolvimentistas), ocupa lugar central nos planos governamentais, sem ela vai ser difícil reduzir estruturalmente as altas taxas de desemprego. [neo industrialização com  as  taxas extorsivas de impostos que nos alcançarão nos próximos dias?] O PIB projetado é bom, mas a beleza dos números deve-se na maior parte ao agronegócio, cuja vocação não é empregar. Serviços e indústria comem poeira.

Qual é a real, então? Não haverá reindustrialização sem energia barata. Aliás, encarecimento da energia causa desindustrialização. Que o diga a Alemanha.  
E, posto que o preço nunca está imune à lei da oferta e da demanda, fica claro que é ficção reindustrializar sem energia abundante. 
O papel e o Power Point aceitam tudo, mas alguma hora governos têm de entregar o que projetaram para o futuro.

Pois se há algo certo sobre o futuro é que ele sempre chega.

O Brasil tem um dos perfis energéticos mais limpos, graças principalmente às hidrelétricas. Mas o potencial hídrico ainda inexplorado concentra-se na Amazônia, a construção das barragens ali enfrenta oposição cerrada
. [afinal, uma imensidão das terras localizadas na Amazônia é reserva indígena - o governo Bolsonaro acabou em 31 dezembro 2022, mas, a declaração '
‘Hoje, o maior latifundiário do País é o índio’, diz Nabhan', permanece atual e os indígenas são especialistas em cobrar pedágio de tudo.]   Ah, há também o etanol, mas a cana sofre a concorrência dos alimentos pela área plantada. Um desafio adicional para o país que aceitou o dogma de, também para ajudar a salvar o planeta, congelar a fronteira agrícola.

As energias eólica e solar vêm em franca expansão, mas não deixam de ter impacto sócio-ambiental. 
 Seus custos estão caindo rapidamente, mas a oferta nem de longe será capaz de atender a demanda imediata. 
O mesmo vale para a energia nuclear. Ou o Brasil acelera a exploração de petróleo e gás, ou a reindustrialização acelerada continuará confinada aos discursos e às apresentações.
 
É provável que, com o tempo, as soluções pragmáticas acabem se impondo, e o presidente sempre terá à mão o argumento de, afinal, estarmos um período de transição energética, daí precisarmos usar todas as fontes disponíveis. 
Mas Lula neste tema não joga em casa, não tem com ele a torcida incondicional dos mecanismos construtores de opinião pública nem a simpatia da arbitragem.
 
Mais um detalhe. Em 2014, a acusação de que adversários parariam a exploração do pré-sal e privilegiariam as energias limpas foi decisiva na reeleição de Dilma Rousseff.  
Agora, Mefistófeles aparentemente veio acertar a fatura. 
A ver se Lula, como Fausto, consegue escapar de ter de pagar toda a conta. 
 
Alon Feuerwerker,  jornalista e analista político

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

A energia solar aquece o Brasil - Revista Oeste

Bruno Meyer

E o país da cerveja se rende ao vinho 

 
Placas solares no telhado de um edifício residencial em dia ensolarado | Foto: Shutterstock
Placas solares no telhado de um edifício residencial em dia ensolarado | Foto: Shutterstock

O setor de energia solar tem crescido anualmente de 80% a 100% nos últimos sete anos no Brasil. 
 A dimensão continental e o grande potencial de geração de energia solar do país têm atraído empresas estrangeiras para aproveitar o que já é chamado de boom do mercado. “O Brasil é um dos maiores países do mundo, com grande mercado consumidor e uma demanda crescente por energia elétrica”, diz André Gellers, CEO da operação brasileira da SMA, líder global em energia solar, com sede na Alemanha. “É óbvio que a energia solar é atraente para o Brasil, à medida que a gente pode suprir as demandas futuras por energia limpa.” Desde 2016 no país, a empresa alemã e outras estrangeiras chegam e olham o avanço do setor por aqui: em julho, a energia solar fotovoltaica se tornou a terceira maior fonte na matriz elétrica nacional, com 8,1% de participação, atrás das hidrelétricas e da energia eólica, segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
A energia atrai dinheiro…
O setor atraiu R$ 35 bilhões em investimentos no primeiro semestre, depois de um 2021 considerado glorioso para o mercado, quando foram investidos R$ 93 bilhões em solos brasileiros. Com isso, o país se tornou a quinta economia que mais atraiu investimentos na área no mundo. Com mais aportes, surgiu uma infinidade de novas posições de trabalhos.

…e gera contratações
Atualmente, existem 540 mil empregos qualificados no país ligados ao setor de energia solar: de engenheiros e eletrotécnicos responsáveis por projetos e instalações passando pela turma da pesquisa e desenvolvimento até o time de logística, marketing, seguros e recursos financeiros. E a demanda atual pede mais gente. “Buscamos desde a formação em ciências humanas e exatas, como também o pessoal de nível técnico”, diz Gellers. “Queremos profissionais talentosos e principalmente com capacidade de crescer. Estamos contratando.”
O sol do agro
O agronegócio brasileiro é um dos mais beneficiados e com maior potencial de vantagens com o crescimento da energia solar. 
Projetos ligados à irrigação de colheitas ou a secadores de grãos são algumas das formas pelas quais o agro pode mudar com a nova matriz energética. “No campo, muito do seu business depende de geradores a diesel. Estamos trabalhando para substituí-los. O principal é garantir a disponibilidade de energia sem produzir carbono”, diz Gellers. Atualmente, 8% das usinas rurais usam energia solar.
O melhor dia é hoje
Quem trabalha na área tem uma máxima: “O melhor dia para colocar energia solar é hoje e o segundo melhor é amanhã. A cada dia que o sol brilha, você pode converter energia e economizar”. O preço mínimo de entrada nesse mercado não é trivial: está em cerca de R$ 20 mil. Mas o mercado garante que o retorno sobre o investimento é mais rápido do que se espera, numa média de três a seis anos. “O consumidor pode economizar 100% da energia usada e vai ter de pagar apenas a tarifa de conexão com a sua concessionária de distribuição de energia”, diz Gellers.
(...)
Vinho digital: 51 milhões de brasileiros têm interesse no tema 
no ambiente digital | Foto: Shutterstock

O clique da bebida
As empresas Wine e Evino concentram 10% da audiência dos maiores sites de bebidas alcoólicas do Brasil. São 800 mil visitas mensalmente. Os cinco maiores sites de vinhos do Brasil recebem 1,5 milhão de visitas todos os meses. E 59% do tráfego desses sites têm origem em aparelhos móveis, sobretudo os celulares.
(.....)
50 milhões de bebedores
O mercado consumidor de vinho no Brasil praticamente dobrou de tamanho entre 2010 a 2021, segundo a consultoria Wine Intelligence, alcançando 36% dos adultos, perfil semelhante ao dos Estados Unidos. Foram mais de 50 milhões de brasileiros consumindo vinho em 2021, contra 39 milhões em 2020.

bruno@revistaoeste.com

Leia também “O Mercado Livre, o Mercado Pago e os pneus japoneses”

Bruno Meyer, colunista - Revista Oeste 

 

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Fernández quer usar vento brasileiro estocado por Dilma para desenvolver a energia eólica na Argentina - Augusto Nunes - VEJA

Por Augusto Nunes

SanatórioGeral: Parceria revolucionária



“Com Lula livre sopram outros ventos no Brasil”. (Alberto Fernández, presidente eleito da Argentina, numa conversa com o colega francês Emmanuel Macron, insinuando que vai montar em parceria com Dilma Rousseff um plano binacional para o desenvolvimento da energia eólica na terra do tango usando estoques de vento brasileiro)

Blog do Augusto Nunes - Augusto Nunes, jornalista - VEJA


segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Sobradinho, Vale do São Francisco: Bolsonaro acerta contas no Nordeste Blog do Noblat - Veja

Por Vitor Hugo Soares 

“O que esses governadores pretendem? Querem fazer disso (do Brasil) uma Cuba?”


Treze dias depois da batalha do Aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, o presidente da República, em sua conduta confessa de governo “de direita”, desceu de novo em solo baiano, segunda-feira 5, do mês de agosto que promete! Desta vez, em Sobradinho, nas barrancas do São Francisco – rio da minha aldeia -, para inaugurar os cata-ventos sobre plataformas, do inovador projeto de produção de energia eólica do monumental lago artificial da hidrelétrica da Chesf, no Nordeste, dez vezes maior que a Baia de Guanabara. Cenário sob medida para o novo acerto de conta de Jair Messias Bolsonaro com os separatistas governadores “de esquerda” da região, bem na área em que a letra da famosa canção de Sá e Guarabira prevê que “o sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão”.

Dias antes, reunidos em Salvador, capital administrada pelo prefeito ACM Neto, presidente nacional do DEM e aliado de peso do mandatário do Planalto, os 9 sediciosos gestores nordestinos promoveram a mais badalada e desafiadora reunião contra o governo da União, desde a eleição e posse do novo dono da chave do cofre da “Viúva”, que arrancou do poder e tomou pelo voto, de quase 60 milhões de eleitores, o mando das mãos do petismo dominante durante quase 14 anos. Sob comando de Rui Costa (PT-BA) e forte influência de Flavio Dino (PC do B-MA), cujo nome e procedência causam urticárias no presidente, os nove chefes políticos da região criaram o “Consórcio Nordeste”, entidade que, propagam seus articuladores, viabilizará parcerias autônomas entre os estados dos replicantes gestores.

Depois, perfilados lado a lado, os manda-chuvas nordestinos posaram para fotos e vídeos, bem ao velho estilo marqueteiro vigorante nos governos Lula e Dilma, que acabaram mal, como se sabe. Esta semana, o petista da Bahia, “presidente do Consórcio”, falou sobre reunião com embaixadores da Itália e da Espanha, “para promover um mapa de oportunidades para a região como um todo”. Para oposicionistas, a exemplo do deputado Targino Machado, líder da oposição na Assembléia baiana, a reunião e o consórcio não passam de uma forma de “criar espuma” enquanto os estados enfrentam uma grave crise financeira, com investimentos em baixa e servidores descontentes e indignados, principalmente os professores.

Em Sobradinho, no palanque da inauguração, Bolsonaro não perdeu tempo nem mediu palavras para dar o troco, bem ao seu estilo e gosto: “O que esses governadores pretendem? Querem fazer disso (do Brasil) uma Cuba?”, perguntou sob aplausos de prefeitos, vereadores, empresários, populares e convidados especiais. “Não tenho preconceito contra nordestinos, mas não gosto de governador corrupto e da esquerdalha canalha”, completou. O governador da Bahia, a exemplo da entrega do aeroporto Glauber Rocha, também não foi ao ato no Vale do São Francisco. “Ele teria sido bem recebido por todos aqui. Rui Costa diz que tenho preconceito, mas ele é que se revela preconceituoso, mais uma vez”.
Precisa desenhar? Responda quem souber. E pode apostar que não ficará só nisso.

Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site blog Bahia em Pauta. 


Veja  2647 14/08/2019  - Blog do Noblat