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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

O grave erro de Bolsonaro


Pediu para ser atacado – e será

[Se os adversários do presidente Bolsonaro são covardes o suficiente para atacar quem não pode se defender, estejam à vontade.

A covardia é marca registrada deles e certamente vão querer tirar vantagem da situação.

Quanto ao gesto de simular atirar é antigo e mostra a postura -  conhecida por todos, contra o desarmamento das pessoas de BEM - que , foi, é e continuará sendo uma das várias razões para o eleitor votar do capitão.]

Exibir-se como um paciente em veloz estado de recuperação, dando-se inclusive ao luxo de repetir o gesto de quem simula atirar com uma arma, pode ter servido a Jair Bolsonaro para reforçar a imagem de candidato indestrutível e valente, mas pôs fim à trégua que seus adversários haviam lhe concedido. Quem ousaria criticar o recente alvo de um atentado que quase resultou em tragédia, e que jaz enfermo em um leito de hospital a precisar de urgentes cuidados médicos? Bolsonaro, digamos, ficou bom depressa demais. E, como mostra foto tirada por seu filho Eduardo, voltou a disparar. Pediu para ser baleado em troca. [será que no Brasil ser favorecido por Deus com um organismo forte, que facilita uma recuperação não lenta da saúde, é crime???]

A demora em sair do hospital e os boletins médicos diários fariam por Bolsonaro o que ele ficara dispensado de fazer. O país permaneceria em suspense enquanto não o visse plenamente bem disposto. Ninguém o acusaria de aproveitar-se do próprio sofrimento para faturar votos a qualquer preço. Tal comportamento é próprio de políticos comuns, demagógicos, sem caráter, e Bolsonaro decididamente não seria um deles. [o presidiário petista já reclama que sua sala cela (que usa, impunemente, como comitê eleitoral) em Curitiba não é mais foco de atenção.
O foco agora é o hospital Albert Einstein.] O senador Magno Malta, candidato à reeleição no Espírito Santo, talvez fosse. Apressou-se a ser filmado em uma roda de orações ao pé da cama de Bolsonaro ainda em Juiz de Fora.

Melhor para os que disputam uma vaga no segundo turno foi o retorno relâmpago de Bolsonaro à caça de votos. Se o imprevisto não aprontar novamente, só haverá uma vaga de fato em jogo a ser preenchida por Marina Silva (REDE), ou Ciro Gomes (PDT) ou Geraldo Alckmin (PSDB). A outra vaga já tem dono.  Eleitorado algum é mais fiel a um candidato do que o de Bolsonaro, conferiu a mais recente pesquisa de intenção de voto do Ibope aplicada antes do atentado de Juiz de Fora. Não tem para ninguém em matéria de voto cristalizado. E ele cresceu depois de ter sido esfaqueado, como atestarão as próximas pesquisas.

Esta será a eleição das vítimas. Uma de verdade: Bolsonaro. A outra falsa vítima de um golpe: Lula, condenado e preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Não merecíamos uma eleição melhor?

A eleição dos generais
Quando culpa a mídia pelo atentado a Jair Bolsonaro, o que pretende o general da reserva Augusto Heleno, ex-comandante das tropas brasileiras no Haiti, e conselheiro do candidato?  Intimidar a mídia, jogar a população contra ela, calá-la ou torná-la irrelevante. [o general Augusto Heleno, quando responsabiliza a mídia não pretende nada, está apenas e tão somente expondo um fato.] É o sonho da direita extremada que aqui nunca chegou ao poder pelo voto, mas parece próxima disso.


Quando defende o coronel Brilhante Ulstra, o único militar acusado pela Justiça de torturar presos da ditadura de 64, o que pretende o general da reserva Antonio Mourão, vice de Bolsonaro?  Primeiro expor o que de fato pensa a respeito de ditadura e tortura. Segundo assustar os que apoiam os demais candidatos a presidente ou que possam apoiá-los.

A propósito de Ustra, Mourão disse que “os heróis também matam”. Em entrevista a GloboNews, admitiu que Bolsonaro eleito poderá aplicar o “autogolpe”, provocando nova intervenção militar.  Desde o fim da ditadura que durou 21 anos, os militares jamais tiveram um candidato a presidente para chamar de seu. Agora, tem. Um paisano disposto a governar em nome deles.

Outro drible do PT na Justiça
O programa de propaganda do PT exibido ontem à noite na televisão foi mesmo de quem?

De Lula, que teve negado pela Justiça o pedido de registro de sua candidatura a presidente? Ou de Haddad, por ora apenas vice?
Outra vez o PT burlou a determinação da Justiça. E como essa só age quando provocada, está à espera de ser.

Blog do Noblat - Veja