Ele sonha: "O ideal de um partido é que ele pudesse ganhar a Presidência da República, 27 governadores, 81 senadores e 513 deputados sem se aliar a ninguém"
Prometi não
tratar mais das entrevistas de Lula, a menos que ele diga algo de
aproveitável, de supinamente estúpido ou de revelador. E ele fez isto
nesta sexta.
O homem
discursou a uma pequena plateia no Trigésimo Congresso Nacional da
Juventude do PT, em Brasília. Atacou a oposição, pediu que a militância
defenda o mandato de Dilma Rousseff e falou nas eleições presidenciais
de 2018. Ao citar Dilma, o ex-presidente disse que é preciso ajudá-la “a
sair da encalacrada” em que a oposição colocou o PT.
Em outro
momento, Lula afirmou aos jovens que seria “ideal” para um partido
vencer as eleições sem a necessidade de fazer alianças políticas, mas
como isso não é possível, é necessário, então, “aceitar o resultado e
construir a governabilidade”.
Disse:
“O ideal de um partido é que ele pudesse
ganhar a Presidência da República, 27 governadores, 81 senadores e 513
deputados sem se aliar a ninguém. Mas, muitas vezes, temos que aceitar o
resultado e construir a governabilidade.”
Por fim,
Lula revelou à plateia que pretende escrever um livro com o
ex-presidente do Uruguai José Mujica. A obra teria como objetivo
“provocar a juventude a assumir um papel mais importante na política”.
Então vamos pela ordem das implicações:
– Lula revela que bom mesmo é comandar uma ditadura. Nem Saddam Hussein chegava a 100% dos votos; contentava-se com 95%;
– Se, enfrentando oposição, o PT já comandou o mensalão e o petrolão, imaginem como não seria.
– Lula sonhava ser o califa do Estado Petista. Em vez disso, terminará seus dias tendo de se explicar à Justiça.