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sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

José Roberto Burnier: “Quando não mata, o câncer cobra caro”

VEJA - João Batista Jr.

Jornalista voltou a apresentar o programa 'Em Ponto', da GloboNews, depois da batalha contra a doença

Após três sessões de quimioterapia e outras 33 de radioterapia, que resultaram na perda de 18 quilos, o jornalista José Roberto Burnier retornou ao trabalho. Ele voltou a apresentar o programa Em Ponto, da GloboNews, depois da batalha contra a doença.

Como foi diagnosticado?
Em casa, notei um nódulo na região do pescoço. Achei estranho, mas não havia nenhuma dor. Dias depois, exames mostraram tratar-se de um carcinoma na base da língua, com metástase localizada apenas na região. A origem do câncer foi um HPV pego na adolescência, que eu não sabia que tinha. Ele fica escondido, por isso não foi detectado em check-ups habituais. Mas, pelo fato de a origem ser o HPV, a chance de cura é maior.

Como foi o tratamento?Quando não mata, o câncer cobra caro. O tratamento foi um baque de seis semanas, com três sessões de quimioterapia e outras 33 de radioterapia. Perdi 18 quilos. De tão fraco, ia para a sessão de radioterapia em cadeira de rodas ou maca. Depois do tratamento, fui tomado por uma fadiga de dois meses.

Como se sente hoje? 
Por ter feito aplicações de laser na região atingida, não tive feridas na boca. Mas meu paladar foi afetado. O gosto do sal já voltou; o do açúcar, ainda não.

Como foi voltar ao estúdio após seis meses afastado?
Tive apoio da Globo e de meus colegas, entre eles o Carlos Tramontina, com quem falei regularmente. Esse abraço forte, digamos assim, foi muito importante. Eu me preparei para voltar: fiz musculação e exercícios aeróbicos para repor a massa muscular perdida. Deu tudo certo. Passo três horas e dez minutos, ao vivo no ar, de pé. Estou muito feliz.

Publicado em VEJA, edição nº 2669 de 15 de janeiro de 2020