Presente
à nova rodada de café da manhã que Jair Bolsonaro mandou servir a um grupo de
jornalistas, o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança
Institucional, impacientou-se. Interveio a certa altura para sugerir que os
convidados abandonem a "obsessão" pelo barraco armado por Carlos
Bolsonaro contra o vice-presidente Hamilton Mourão. Acha que o noticiário virou
uma espécie de "coluna social" hipertrofiada.
Parem",
exortou Heleno, observado pelo amigo Mourão, que estava sentado à direita de
Bolsonaro. Ele chamou de "coisinha" a pancadaria virtual de Carlucho
contra o vice-presidente. Afirmou que, ao "encher coluna social", o
reportariado "apequena o país". Declarou também que a mídia dá
"muito espaço para coisas que não são importantes." [a maior parte da mídia dá muito espaço e maximiza tudo que possa ser usado contra Bolsonaro - parte da mídia quer um terceiro turno, que jamais haverá.] O general Heleno
não se deu conta. Mas os radares que fazem dele um dos mais refinados
observadores da cena palaciana estão com defeito. Sem a orientação habitual,
ele comete o erro trivial de achar que a imprensa é a crise. Os repórteres
podem se alimentar da crise. Mas não se confundem com ela.
Chama-se
Jair Bolsonaro o dono da crise que inquieta o general Heleno e "apequena o
país". No instante em que o capitão tiver suficiente autoridade para
desligar o 'Zero Dois' da tomada, o curto-circuito se extinguirá. E a
"coluna social" mudará de assunto instantaneamente. [Bolsonaro tem que mandar os três filhos cumprirem os mandatos para os quais foram eleitos e afastar de vez a ideia que parte da imprensa tenta 'vencer' que foram os três filhos que elegeram o nosso presidente, ao contrário, antes do primeiro deles ser eleito, Bolsonaro já vencia eleições.
Determinando que os três filhos vão trabalhar e descartando o 'filosofo' Olavo, o governo Bolsonaro toma um bom rumo.
Ontem, a maior parte do que Bolsonaro falou foi acertada e foi magistral quando sepultou de vez a ideia que gays e assemelhados tem, ou tinham, que implantariam uma 'república gay' no Brasil - a cidade que é muita chegada a receber gays é a cosmopolita Telaviv.]
Blog do Josias de Souza