Bolsonaro afirmou que ao longo dos últimos anos a liberdade do Brasil está sendo açoitada por quem deveria defender a Constituição
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a questionar nesta segunda-feira (11) a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF) no processo eleitoral do país, afirmando sobre a importância dessas eleições para o país e que, neste momento, o inimigo está na região da Praça dos Três Poderes. O presidente da República questionou também a atuação do presidente do TSE, ministro Edson Fachin, declarando que ele se intitulou “o ditador do Brasil”.
“O TSE convidou as Forças Armadas para participar de uma comissão de transparência eleitoral. Só que eles não entenderam, não sabiam que o chefe supremo sou eu. E eu determinei que as Forças Armadas, junto com seu comando de defesa cibernética, fizesse o trabalho que tinha que ser feito dentro do TSE. E nós fizemos e apresentamos sugestões. Bem, agora o TSE na pessoa do Fachin, era na pessoa do Barroso, não aceita que o nosso pessoal técnico converse com o pessoal técnico deles”, disse Bolsonaro em conversa com apoiadores.
“Ontem, o Fachin falou que não tem mais conversa com as Forças Armadas. Eu acho que ele já se intitulou o ditador do Brasil. Quem age dessa maneira não tem qualquer compromisso com a democracia. Deixo bem claro: Fachin foi quem tirou o Lula da cadeia. Fachin sempre foi o advogado do MST. Nós sabemos o que está na cabeça dele”, afirmou Bolsonaro para apoiadores em conversa com apoiadores.
“Ao longo dos últimos anos nossa liberdade está sendo açoitada por quem deveria defender a Constituição. Temos eleições pela frente. O voto é importante. Sei o que está em jogo aqui no Brasil. Não queremos que outros poucos países venham mandar aqui, como mandam na Venezuela. Agora, é um momento difícil porque inimigo não é externo, é dentro do Brasil. Está aqui nessa região da Praça dos Três Poderes”, declarou o presidente.
“Essa semana terei reunião, só não sei se vai ser aqui ou outro local, com todos os embaixadores do mundo aqui no Brasil. São mais de 150. Quero explicar para eles o que aconteceu no 2º turno de 2014, documentado, e o que aconteceu no 1º e 2º turno de 2018, documentado. Não adianta eu querer falar com a imprensa, que distorce. Eles têm o candidato deles. O cara fala que vai querer censurar a mídia e ainda estão com ele.”
Breves - Gazeta do Povo