Esta semana pode marcar a abertura de um longo período de
alterações constitucionais no domínio econômico. O congelamento do gasto
global do setor público, se for cimentado sobretudo pela reforma
previdenciária, alterará em alguns graus o curso do transatlântico. No
correr dos anos, lentamente, ele vai se desviar da rota de choque com
os rochedos da falência civil, que no modo brasileiro costuma significar
inflação e desigualdade ascendentes, desorganização produtiva e
estagnação econômica.
A ocasião se assemelha à do início dos anos
1990. Como acontece hoje, o país vinha de uma trombada recessiva e de
uma crise política que decapitara o presidente da República. Como agora,
deparava-se com amarras constitucionais a bloquear o avanço da
produtividade. Seja porque a visão da forca ajuda a concentrar o
pensamento, seja por outra razão, a resposta do sistema político
submetido ao estresse foi notável. De 1995 a 2006, maiorias de no mínimo
3/5 do Congresso aprovaram cerca de 30 mudanças na Carta com impacto na
economia.
Outra batelada de consertos infraconstitucionais foi
implementada ao longo daquele período. Tanto ativismo normativo
favoreceu a abertura à competição econômica, o fortalecimento do direito
de propriedade, o florescimento do crédito e a percolação da eficiência
produtiva por diversos setores antes fossilizados.
Deixou-se sem
remédio eficaz, contudo, a insustentável marcha da despesa pública.
Mais tarde, a volta do velho desenvolvimentismo com seu consórcio de
parasitas do Estado colocou obrigações pesadíssimas sobre os ombros de
algumas gerações de contribuintes brasileiros. O Brasil quebrou,
mas o passado e eventos recentes indicam que talvez tenha preservado a
capacidade de reformar-se na crise para melhorar a perspectiva do
futuro. É o que veremos a partir de agora.
Fonte: Folha de S. Paulo - Vinicius Mota
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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segunda-feira, 10 de outubro de 2016
Pela segunda vez em uma geração, Brasil tenta sair do buraco econômico
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